Julga-se que o topónimo Montijo, advém da caracteristica do terreno de pequenos montes, de baixa altitude, afilados ao longo do Tejo, a ditar Montijo- um monte pequeno. Topónimo que veio de Espanha, talvez com os judeus na sua expulsão de 1429.
A batalha de Montijo, travada nas proximidades da localidade com aquele nome, na província de Badajoz. E não no Montijo na margem sul.
Resultou de uma incursão levada a cabo pelo exército do Alentejo, comandado pelo governador das armas Matias de Albuquerque. Não se tratou de uma simples entrada para pilhagem, embora esse fosse também um móbil importante. O futuro Conde de Alegrete levou consigo praticamente todo o exército da província, oito terços pagos com cerca de 6.000 infantes e a cavalaria com 1.100 efectivos, o trem de artilharia com dois meios-canhões de 24 libras, quatro peças de campanha de 7 libras e uma extensa cauda de 205 carros de bois, carretas e 1.000 machos e mulas. Para trás, a guarnecer as praças, ficaram somente duas companhias de cavalaria e as unidades de infantaria da ordenança provincial e as que tinham vindo de Lisboa e de Coimbra. Saiu esta força de Elvas a 16 de Maio. Dez dias depois, após várias escaramuças e depredações, envolvia-se em confronto com o exército da Extremadura, comandado pelo Barão de Mollingen, com 7.000 infantes e 2.500 cavalos, entre os quais várias companhias de caballos corazas, os couraceiros que não existiam ainda entre a cavalaria portuguesa. O choque deu-se sob um intenso temporal, com muito vento e chuva forte, o que impediu a utilização efectiva das armas de fogo (...) há diversas relações sobre a batalha , recontadas ao longo dos séculos seguintes. A historiografia portuguesa tem tradicionalmente feito eco da propaganda impressa da época, evocando a vitória obtida por Matias de Albuquerque, que num arremedo de bravura reagrupa a infantaria e vinga a derrocada inicial do exército português, precipitada pela fuga precoce da sua cavalaria.
Para os portugueses, Montijo foi uma vitória do exército de D. João IV, a primeira obtida numa batalha campal desde o início do conflito. Todavia, para a historiografia espanhola, a batalha de Montijo é apresentada como uma vitória do exército de Filipe IV, que destroçou o exército inimigo, não obstante o que sucedeu posteriormente. Fixa-se na memória e no imaginário, deste modo, a guerra de palavras a papel e tinta, depois da guerra dos actos, a ferro, fogo e sangue…
A ciência histórica é hoje mais rigorosa nos seus métodos de análise e exigente na interpretação. Revisitar a batalha de Montijo significa afastar os mitos que a encobrem, procurando em fontes esquecidas ou descuradas a resposta para diversas incongruências das narrativas panegíricas. Esta arqueologia da realidade possível tem revelado um cenário diverso e muito interessante em várias perspectivas de análise – mas ainda é cedo para a divulgação, neste caso, pois o estudo ainda está em curso.Para além do combate propagandístico que ambos os lados levaram a cabo e que ainda marca o nosso imaginário, houve um outro, o ponto de partida bem concreto e terrível, que há mais de três séculos e meio teve lugar nos campos de Montijo. Em memória dos que ali se bateram relembramos o dia 26 de Maio.
"Matias de Albuquerque sabia que as tropas filipinas eram comandadas pelo Marquês de Torrecusa, e estava desejoso de afirmar a sua própria presença. Ainda que com grandes dificuldades, juntou seis mil homens de infantaria, mil e cem de cavalaria e sete canhões, a fim de provocar uma batalha «a sério», e atravessando a fronteira, foi atacar Montijo, apoderando-se da praça."
Painel de azulejos da comemoração da vitória dos portugueses contra os espanhóis na Batalha da Restauração no Montijo, em Badajoz, em 26.05.1644
Tem se estendido ao longo da calçada defronte da igreja para sul. Abanquei defronte do café , de costas para os amores perfeitos do relvado do jardim, sob um calor assustador.
O povo tem pouco dinheiro. Diz-se que há colegas que arranjam roupas nos caixotes e nas casas de 2ª mão que vendem, algumas boas a 1€, numa banca vi pelo mesmo preço 3 peças...
Na minha frente um colega a vender bijutaria , divertido, de colares ao pescoço e brincos nas orelhas...
Dei conta do rodado de uma charrete na calçada, não sei se é de aluguer para passeios
"Bela igreja matriz de fachada maneirista de linhas sóbrias, é flanqueada por duas torres sineiras, rematadas por coruchéus gomados. Os largos cunhais das torres dividem a frontaria em três corpos.
No central rasga-se o portal enquadrado por pilastras com caneluras, sustentando frontão triangular rematado por pináculos angulares. A encimar o portal, rasga-se janela de vão retangular gradeado, datada de 1604. Na fachada sul abre-se um outro, igualmente de recorte maneirista. "
"À entrada do templo, no átrio, pode
ser admirado um painel de azulejos representando N. Sra. do Rosário, de 1645. A
partir do século XVII, o interior do templo é dividido em três naves
(anteriormente de nave única). Estas naves são separadas por arcos de volta
perfeita, sustentados por colunas toscanas. Nas naves podemos admirar
variadíssimos ornamentos de azulejaria: setecentistas os painéis que
representam o Batismo de Cristo e toda uma série de cenas relativas ao Seu
nascimento, Santa Ana e N. Sra, a Virgem, o Menino e S. João Batista, a Sagrada
Família e a Descida do Espírito Santo. O arco cruzeiro contém, na pedra de
fecho, a Pomba do Espírito Santo. Na capela-mor, também do século XVIII, são os
painéis de azulejos que narram a Descida do Maná e o Castigo dos Blasfemos. O
retábulo-mor, em talha dourada do século XVII, entre dois pares de colunas
espiraladas, mostra-se uma pintura quinhentista que retrata a Descida do
Espírito Santo, atribuída ao pintor maneirista Diogo Teixeira. Nos absidíolos e
capelas laterais espalham-se interessantes retábulos em talha dourada barroca
do século XVII, ornados de boas esculturas, que enriquecem, assim, todo o
ambiente sagrado. Valoriza ainda este espaço o magnífico púlpito do século
XVII, conjugando harmoniosamente diversos materiais: cálice e pé esculpidos,
escada em mármore e balaustrada em bronze.
Na sacristia, mais uma vez, os azulejos
encontram-se em destaque, pelas suas albarradas barrocas em azul e branco.
Igualmente interessantes são o lavabo de mármore rosado e o arcaz de madeira
exótica."
Quando entrei na igreja rezava-se o terço com o padre, em louvor de alguma desgraça, mas são tantas desgraças a cada dia que já não me lembro...já sei das vitimas do avião nos Alpes.
Casario forrado a azulejo que a autarquia deveria intervir na sua preservação
Platabanda de balaustres em losango de faiança rematada por vasos, quiçá produção do norte, Devezas ou Santo António do Vale da Piedade.
Praça onde começou o evento das velharias e do artesanato que neste agora se estende para norte
Andava um peixe negro mutilado ou com mioma numa barbatana no lago...
Uma colega com um belo chapéu de polícia?
Uma rapariga apreciou um casaco a que pedia 5€, com desplante diz-me" o casaco que trago vestido comprei-o aqui nesta feira por 1€ , prontamente respondo-lhe- Acredito, mas comprou um casaco dos chineses, feito de plástico...Retorqui " mas é muito quentinho" - Pois é, mas se lhe cai uma fagulha vai-se...Não queira comparar alhos com bugalhos, o casaco que apreçou tem marca...
O certame deveria ser reorganizado, com espaços marcados e feirantes certificados, para não dar azo a feirantes ocasionais que só estragam o negócio a quem desconta e paga impostos.
Apesar da recessão, do desemprego, este tipo de feira não deveria ser um saco grande onde se acolhe tudo e todos, tem de haver ética, estando o Montijo estrategicamente em local turístico, deveria apostar no certame, publicitando o evento, e definir se é o dia todo ou só de manhã, na verdade da parte de tarde é uma parouvela!Volto ou não volto, eis a questão!
Fontes:
Wikipédia
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