domingo, 12 de julho de 2015

Desculpa, não sou capaz, aprendi a dançar com uma vassoura de piaçaba...

Ontem ao aportar em cima das 8 H a Lisboa, o homem do leme do cacilheiro equacionou (?) passar pela frente do paquete da família do "C" que se afundou-, "arrepiado com o monstro" apelou o bom senso em meter freio, passando pelo tardoz-, já eu nunca tinha passado a metros de uma torre, um monumento flutuante, inesquecível, fascinante.
Bem haja o casal Zé Manel e Ivone, que nos proporcionaram um excelente sábado na sua quintinha, para os lados do Cartaxo. 
A água salgada da piscina marcava 23º, sentia-se ligeira brisa. 
Como nos esquecemos de levar brinquedos para o Vicente brincar na piscina, não foi de modas e pegou no boneco do termómetro...
A minha Dina de esperanças, linda!
O chapéu do Vicente secava na cabeça do Buda, mas voou para a piscina, teve de ser pescado...

Fenomenal como habitué na recepção, o carinho, onde nunca falta o bom champanhe, vinhos, e comida saudável, determinados a comer produtos portugueses, mas ontem só comida de origem espanhola, dado pelo mote do leque na mesa ladeado de flores buganvília. 
Ainda só estavam os copos para a limonada com água mineral
Mesa já engalanada com os fluts do champanhe e copos de vinho

A paelha, uma receita dada por um colega espanhol, investigador da Interpol, teve a participação de todos, já cozinheiros de colher na mão só mesmo eu e o Zé Manel.
Divinal no gosto, tempero e apresentação. Todos repetiram.
Na frigideira azeite a estalar a cebola, a que se juntou o chouriço cortado às rodelas, e depois  um quilo de arroz do Sado, sempre a mexer, envolvendo. De seguida um consomé (ratatouille, feito de cebola, alho, pimento, tomate e curgete), as carnes (peitos e  lombinho) já cozinhadas: coelho, galinha , porco, gambas descascadas, uma panela de caldo de galinha, ervilhas e  por fim a decoração com as gambas grandes e os mexilhões. 
Todos se esqueceram do açafrão que era da melhor qualidade, em filamentos vermelhos...
Mas não fez falta, estava deliciosa! 

A sobremesa um bom gelado, delicioso
Em redor da mesa perdi-me na conversa de muitas conversas, mais uma vez, o pôr do sol só me dei conta quando se escapava no horizonte no meio de nuvens e algum nevoeiro.
Charli, muito educado, só entende francês...Zangou-se por a sua hora da gamela com ração já ter passado há muito, os donos adeptos da disciplina, explicaram a demora, que percebeu amuado indo se refugiar debaixo da mesa!
Mas antes ao entardecer fomos ao pomar apanhar fruta.
Não resisti a comer morangos, ao lembrar o tempo de gaiata, quando os roubava da volta dos poços, fora de portas no Vale Mosteiro, porque era iguaria rara, quase ninguém os plantava.
E maças Casanova, que nos levaram na conversa do amante fervoroso... e pêssegos de roer, maças raineta, limões, ameixas amarelas e,...
Foi tão bom, mas tão bom este dia...fascinante!
Brindes de saúde, sempre olhos nos olhos, em horas sem hora, em alegre cavaqueira...
Desfrute em ambiente de bem estar, em que fácil é se amar desmesuradamente o belo, pessoas de mente aberta, modernistas, sem clichés, almas gémeas, touro/Virgem, um encanto de boas emoções sentidas, também nos beijos e fraterno, os  abraços.

Logo na chegada o Zé Manel se queixava aflito das "cruzes", ao final da tarde quem diria, puxou-me para uma dança, debalde como podia dançar com um homem que na juventude foi figura de cartaz da Companhia de Bailado Nacional, que acompanhou a nossa Amália ao Japão e,...

Perplexa de boca aberta, com tamanha classe do passo e leveza... dizia-me "deixa-te ir"...visivelmente atrapalhada balbuciei-, desculpa, não sou capaz, aprendi a dançar com uma vassoura de piaçaba...

Sorriu, de olhos bem abertos azul forte, nascido algures numa terra nas abas da serra algarvia-, não resisti a partilhar, a única terra que há anos senti os homens serem muito atrevidos, se metiam comigo, estando acompanhada com o meu marido...

Em uníssono uma ovação de forte risada...

- entendo gostas de ser líder!

Sabes que eu e a Ivone fomos parceiros de grande empatia e sintonia, muita vez sem treino, foi um tempo fantástico na dança.
Casal excecional, amante de regras, gostam do rigor na vida, senhores de excelsa educação, mas também sem tabus em falar seja de que assunto for, de bom humor, hoje  é raro já assim encontrar.
Bem hajam caríssimos amigos!
Espero que o Charlie não se tenha amofinado por termos prolongado o lanche ajantarado...

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Na saga das Tascas do Cais, ao Cais do Sodré

Saída no Metro na Baixa-Chiado.
Num prédio no tardoz da CGD da Rua do Ouro, em obras, de porta aberta descobri este lambril de azulejos em policromia fantástico, no edifício funciona o Sindicato dos futebolistas prodissionais.
No largo do Corpo Santo,no limite do estacionamento, a vegetação de rícino alastrou, há tempos alguns ramos cederam com a ventania, incrível ninguém da junta de freguesia que tem de limpar os passeios ainda reparou, o que é bom de ver e está à vista de quem quer ver... Os arbustos tem de ser podados, e o espaço limpo.
Curiosamente nas obras de requalificação da Avenida das Naus, ainda está por acabar esta parte(?) a poente. Os plátanos que já existiam  a norte não foram podados, ao invés dos que foram transplantados, alguns não resistiram, secaram devem ser substituídos.
 Nova alameda com árvores que resistiram ao transplante e outras que morreram.
As oliveiras no Cais, estavam a ser regadas. Uma carrinha com um depósito de água, serviço que  deveria ser efetuado de manhã, com mangueira, e não com um balde às 3 da tarde, não é hora de se regar!
As oliveiras estão a secar (?), precisam de ser bem podadas e claro bem regadas para se aguentarem.
 
Um novo tipo de transporte, a pedal, se a moda pegar a juntar os tuk tuk, daqui a um ano é impossível transitar na cidade... Urge a saída da lei que os regulamenta.
Na hora acertada a minha Dina chegou para o lanche
TASCAS DO CAIS, das 2 às 5 com entrada gratuita
Ao fundo do certame compram-se as senhas para o que se pretende comer e beber
As mesas com cobertura em castanho, engalanadas com candeeeiro aceso em forma de copo. 
Um empregado em corropio , constantemente, limpa mesas e recolhe excedentes.
Saboreámos um pratinho de salada de polvo com mistura de pimentos, azeitonas galegas e pãozinho bem cozido a lenha e claro boa cerveja
Treino do heli da marinha, com a vedeta(barco) que transporta funcionários da base do Alfeite para o cais no Campo das Cebolas.
As estrangeiras divertiram-se com as diabruras do Vicente, com os meus óculos, a forma comoos tirava...
Demos corda aos sapatos, amanhã dia cheio com piscina no Cartaxo  e paelha!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Travessa do Forno aos Anjos

Prefaciando um excerto de http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/

"Fora da cinta formidável das muralhas que D. Fernando mandara erguer na volta de Lisboa , e para além das ruelas intrincadas e pitorescas da Mouraria ,entestanto com as hortas viçosas de Santa Bárbara e S.Jordão(Charca), escabralhado pelos pendores e pelas corcovas das abas do Monte de S.Gens, entremeado de almoinhas,paredes meias com os almocávares de mouros e de judeus , estendia-se, já do tempo de D.João I, o agrupamento fabril das Olarias.Mouros e cristãos trabalhavam aí, em oficinas caseiras, numa continuidade de  tradições e de modelos, romanos,orientais e indígenas, o barro fresco que se arrancava das encostas dos montes  sobranceiros.Desde quando.Ignora-se desde o século XIV e XV.
Os Róis de Confessados de 1634 e 1637 a 1640  da freguesia dos Anjos  são talvez os mais antigos de Lisboa, e os únicos  de toda a coleção que a igreja conserva, onde se discriminam as profissões dos paroquianos..Mas os oleiros é que predominam, ocupam ruas completas"

Descobri  o que resta de uma velha fábrica/olaria que dita o nome da travessa -,  deveria no tempo ter tido várias funções, julgo a última armazém de medicamentos(?)

A caminho do Bairro das Colónias a subir consegui descortinar o términus da chaminé
Aqui está ela!

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