terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Casal d' Afonso d' Pêra na toponímia ancestral de Ansião!

Desde miúda que  tive o privilégio de vir amiúde ao Casal das Pêras, a casa da "Ti Otília  Silva, da Ilhoa,  da mãe da Helena e da Maria " . Recordo de haver ruínas, que me deixavam a pensar o que ali teria existido no passado e ainda a razão do nome do Lugar, porque pereiras não distinguia nos quintais  alguma!
Verossímil que a expansão da herdade de Ansião com 30 casais, para neste local altaneiro se ter instalado um casal de apelido - Pêras -  o pioneiro, seu fundador. Desconhecemos de onde aportou. Mas, se admita que em 1527 - data que nos aparece abaixo referenciada sobre a sua existência, seja proveniente de um clã de judeus fugidos de Espanha do êxodo de 1492 que se foram encaminhando da raia até aqui . A sua descendência terá ido para outros Lugares,  pois em 1721, continua neste Lugar, apenas, a viver um casal cuja descendência  se mantêm ainda viva com o apelido,  que se fidelizou na toponímia no plural - Casal das Pêras. 
Aparece descrito nas Memórias Paroquiais (...) segundo o Numeramento Geral do Reino, de 1527, informa-nos que a aldea de Ansião tinha 67 vizinhos com Casal, Fonte Galega, Constantina, Ribeira do Açor, e Cervedela ( Sarzedela) , Lousal, Escampado, os Empojados (Empiados) e o casal d’Afonso d' Pêra. Nesta data, no lugar de Ansião havia 24 vizinhos «e os mais nestas póvoas».
Em 1721 a «Villa de Ancião» tinha «47 moradores», mais «hum cazal chamado Cazal de Pêras situado em hum outeiro com 2 moradores» .

Registo de 1585 do  Livro de baptismos de Ansião
Margarida do Casal das Peras, no final da página  

Sem o devido conhecimento em Paleografia, atrevo-me a traduzir o que depreendo da escrita medieval 
Aos 8 de dezembro baptizei Margarida  de Paula ou Pedra? Ânes sua mãe, do Casal das Peras. Padrinhos Silvina Paiz de Sousel mulher de Manuel Paiz Galvão? de Ansião.
O registo mostra-se interessante em vários aspectos;
A data 1585 a indiciar a continuação viva do Lugar Casal das Pêras.
Batismo de uma criança de mãe solteira, por não ter menção do nome do pai.
Apelido Paiz, que evoluiu para Paes e hoje Pais? Ou Paz?
Padrinhos, se depreende de  Silvina Paiz Sousel ? A lembrar a ligação de gente da região ao Alentejo e ao Senhorio de terras em Pussos, nos Cabaços  no concelho de Alvaiázere, a reportar para o Visconde de Sousel - António José de Miranda Henriques da Silveira (?)

Livro de óbitos de 1682 de Ansião
Aos dezassete de outubro de 1682 faleceu a mulher de Abel Roriz do Casal das Peras enterrada na igreja
O fato de ter sido sepultada na igreja e, não no adro, reporta que era de gente rica.

Nas Memórias Paroquiais do Cura José Fernandes da Serra de 1769 (...) não sei que haja discórdias ou particulares , mais que hum Manoel António do Cazal das Peras desta Freguesia , o qual por cauza de munto vinho que bebe, trata mal de palavra, a sua mulher e família pondo os fora decaza muntas vezes as deshoras da noute, com o que cauza grave escandallo, e não tem sido bastantes muntas vezes reprehencoens, e avizos queho dado, ja particulares, e publicos, e cheguei, alevar em minha companhia duas testemunhas para verem o que lhe dezia, as quais foram António Cardozo desta villa de Ansião; e António Mendes do Bairro de Santo António; prometeo immenda mas não a comprio, e continua, ainda que não sessam as admoestassoens; hé o que posso informar, e vossa Senhoria Reverendíssima mandara o que for servido, a cujos decretos sujeito a minha escravidão com quem hé.
O relato mostra-se curioso e, uma vez esquinado, pela ingestão de vinho na estalagem do Bairro,  fazia disparates, exercendo violência doméstica, como hoje se diria. Ao se chamar apenas Manoel António sem apelido, pode evidenciar filho incógnito (?).
Apelido Pêras
O meu bom amigo Pedro Guerreiro Henriques, comprou uma papelada a gente de Beja , antes de vender gosta de a ler quando deu conta de uma caderneta militar em nome de Manuel Simões Pêras dos Impiados, Ansião, nascido a 31 de maio de 1898, que logo a põe de lado  por saber que muito falo desta terra, temática que jamais lhe passa em nada despercebido! 
O meu bem haja pela cortesia, por se interessar pelas coisas que escrevo sem lhe dizerem directamente respeito, porque é algarvio, o que valorizo em dobro na vontade de mais saber.
Caderneta Militar
Não tem foto
Achega em correlacionar a descendência do primeiro habitante no Casal d' Afonso d' Pêra, cujo apelido se manteve pelo menos até 1898. E ainda vivo na boca do meu compadre, em conversa ocasional  sobre alguém que mora na Lagoa da Ameixieira, nascido no Casal das Pêras, onde ainda vive uma irmã Isaura, que bem conheço, filhos do Ti Sebastião Pêras.

No Livro Ansião e a Primeira Guerra do Dr Manuel Dias
Que a minha irmã gentilmente me ofereceu, o  autor dedica-o à memória do seu avô materno José Simões Pêras .Supostamente irmão do Manuel Simões Pêras, o da caderneta militar ou seu  familiar...

Ambos os indivíduos a evidenciar parentesco com origem no primeiro casal povoador que ditou o nome ao Casal das Pêras. Por casamento ou, outra situação se deslocaram para os Empiados, Lagoa da Ameixieira e Manguinhas, entre o Casal de S. Brás e Viegas e, algures no Alentejo o da caderneta militar por lá ficou aquando da  safra das ceifas...

A primeira acessibilidade de Ansião para o Casal das Pêras
Foi rasgada sob a que foi a via romana vinda das Lagoas reutilizada em época medieval com a construção da Ponte da Cal, seguida da Rua Direita, a caminho da vila, pela frente da igreja ,continuando para sul  ao atual Cimo da Rua, seguindo ao lado poente do Castelinho e Cruzeiro para a Garreaza ( existe aqui, uma mina que serviu na distribuição de água na vila, pela arquitetura pode ter sido romana? E aqui questionar por onde seguia a via? Pelo Carrascoso o caminho é estreito até às Almitas, para seguir aos Empeados,  ou não, e, seguia em frente para o Casal das Pêras, Barranco e Escarramoa. Recentemente na caminhada a sul do Carrascoso, cortei ao 1º corte à esquerda, desconheço se ali se ali se chama Vale Frade? Ao alto, vislumbrei o entroncamento vindo de poente de um caminho que suponho vem dos Matos, há anos roteado. Mais acima existe outro entroncamento, segui para sul pelo rasto de lajedo, que aventa ter sido da via romana, a caminho da Escarramoa, a ligar a Sarzeda e Almoster. Voltei para trás, seguindo para norte, onde nas descidas as chuvas deixaram à mostra lajedo fragmentado, a evidenciar a via romana vinda dos Empeados, reutilizada em parte, na Rota das Carmelitas e do Caminho de Santiago de Compostela, na direção do Casal Viegas.  
Recordo desde sempre a estranheza da ladeira da Garriaza até às Almitas do Casal das Pêras,  larga empestada de vegetação rasteira,sem jamais me passar pela cabeça tamanha ancestralidade. 
Um dia vinda do Carril de bicicleta com uma saca de azeitona mal cheguei à ladeira para aliviar a canseira levantei-me do selim, debalde a saca nas pontas tropeçou nos pedais tendo-me feito cair em amálgama  com a saca, que não se abriu e a bicicleta não me caiu em cima ...
Ao chegar a sul ao cimo do Casal das Pêras, na esquerda vivia a Isaura (Pêras) que não carrega o apelido do pai, o Ti Sebastião, dita que tenha sido aqui primitivamente o local  da fundação do Lugar, por ser altaneiro onde viveu d' Afonso d'Pêra. A Isaura há anos confidenciou-me ou foi a mãe ou a avó que era espanhola.
Mas, não a tenho visto para mais saber.

Alminhas do Casal das Pêras
Capelinha por alma das almas do Purgatório  feita em 1922
Não a encontrei referenciada no Livro Património Religioso do Dr António Simões, Dra Joana Dias e Dr Manuel Dias,  o que se estranha, tendo à partida os dois últimos raízes neste Lugar ancestral na história de Ansião, mas não me cabe a mim fazer a árvore da sua genealogia...
O chão onde está implantada a capelinha é calcarenito branco com laivos rouge para se expandirem em ocre, quase barro empedernido que se estende por uma língua vinda de norte, da Rua Políbio Gomes dos Santos . Nas obras de requalificação desta rua onde entronca com a Quelha do Canto, se evidenciava e sempre me recordo  de também a observar na que foi a Quinta do Bairro, à imediação do Ribeiro da Vide  que era baldio,  por ser chão inóspito, estéril onde nada crescia, apenas os plátanos nos anos 30 do séc. XX, se deram bem e algumas oliveiras na direção sul no chão que foi do "João das notas" ainda hoje estéril para aflorar com mais evidencia no Casal das Pêras no palco da capelinha.  Mas nos séculos, até hoje, a terra foi sendo objeto de trabalho para lhe retirar sustento ao ser adicionada com estrumes e queimadas,e hoje  apresentar  um solo de camada arável  à superfície  com os pontos referidos a mostrar como foi no passado.
Supostamente as iniciais no ferro forjado sejam de quem a mandou fazer?
Gosto do altar, em pedra, é gracioso e da lanterna suspensa que tem vindo a desaparecer doutras .
Estranhei com mulheres tão bonitas e prendadas a toalha se apresentar de bainha simples sem ornato de uma renda...A pensar na bordadeira de excelência a "Maria José - a  ilhoa" e do seu  bordado da Madeira.
Tanta vez pelo Casal das Pêras a caminho de uma fazenda no Carrascoso da minha tia Maria e, de outra que o meu pai herdou no Carril, a caminho dos Matos. Tomado o caminho depois das Almitas corta-se para sul a caminho do Carril e,  na esquerda,  ao alto ainda existiam ruínas de uma casa, julgo foi do Ti Sabino.
Um dia, a minha prima Júlia Silva do Bairro - no meu tempo de criança mostrou-me por ali algures a poente  um grande penedo onde estava escavado o pézinho  de Nossa Senhora, escultura de grande perfeição, para mais tarde perceber tenha sido esculpido no calcário, no tempo do neolítico, cuja erosão nos séculos, o deixou perfeito para em tempo de forte beatização a tudo que se mostrava estranho, se atribuir milagre ou relativo a Nossa Senhora...
Rua do Casal das Pêras
Na foto abaixo a casa que foi da Ti Otília irmã do Ti Manel Silva que casou no Bairro com a tia do meu pai - Maria, irmã do meu avô paterno "Zé do Bairro".
Horas de aflição naquele tempo ouvir falar em dentista aos doze anos para me acompanhar o meu pai ao consultório por cima do antigo café  do Calado, ao largo do Correio velho, onde me extraíram dois molares. Aprendi a lição de me vangloriar na festa de batizado da Inês, filha do meu primo Afonso Lucas, na sua casa de Além da Ponte, onde abri as garrafas da gasosa e laranjada com os dentes, gracinhas de " maus talentos" da adolescência. A partir daí nunca mais descuidei a boca, interiorizei o que é uma "dentadura artificial" que a Ti Otília, mulher solteirona do Casal das Pêras,  quando descalça passava ao adro da capela de Santo António, ao Bairro, na frente da casa dos meus pais,  vinda da casa do irmão, o tio Manel, e me atazanava e à minha irmã, gesticulando a dentadura em vaivém repentino  -  de dentro para fora da boca, há mais de 55 anos. Visivelmente assustadas a mulher metia medo, alta de pele enrugada, cabelo desalinhado, vestida de avental mais parecia um vampiro, apesar de excelente pessoa, mulher de paródia que  adorava crianças...sem perceber o medo com que nos aterrorizava, pois nem sabíamos que existiam dentaduras artificiais... Só muito mais tarde percebemos que tinha as gengivas mirradas com a idade, a dentadura estava larga  que lhe dava o mote para nos assustar, naquele tempo em Ansião, usar dentadura era um luxo só dela talvez pela irmã  que vivia em Tomar onde tratou da boca...
 que a vida humana nos merece
As vezes que subi a ladeira sinuosa do Serrado das Sobreiras do avô "Zé do Bairro", hoje fazenda da minha irmã, onde havia gente que atalhava caminho ao endireito do ribeiro, como a "Ti Augusta do Tarouca" e os filhos: Mário, Carlos, Amândio, António, Olinda e Fátima Valente, os rapazes lindos de morrer os mais parecidos ao pai. 
Confidenciou-me a "Ti Augusta do Tarouca" que o seu pai António Santos tinha uma galera de 4 rodados, que usava para tirar o estrume da estalagem do Bairro onde por vezes iam corpos mortos misturados ... e depois ia despejar tudo ao fundo do Casal das Pêras...Quando a estalagem acabou e foi a herança, repartida,  no sitio da cavalariça foi feita uma casa para o Ti Inácio e a Ti Laurinda. Ao serem escavados os caboucos  pelo meu tio Manuel Silva, que era do Casal das Pêras,mas vivia no Bairro, casado com a minha tia Maria, disse em casa que  encontrou muitos ossos...se depreende que era comum a outras estalagens noutros tempos, forasteiros e mercadores, bêbados ou surpresos a dormir sendo mortos para lhe roubarem o dinheiro, e depois enterrados, para não dar more a falatório e denúncia, por isso se encontrou tanto osso e caveiras, por fim,  já nem se importavam, porque o poder já tinha saído do Bairro, perdendo a dignidade com o seu depósito na estrumeira, uma desumanidade!

Lembranças ainda de gente boa
Ti Sebastião e das filhas - Isaura e Céu, da mãe da Helena e da Maria, da casa da Ilhoa, ainda viva, quase a celebrar cem anos de seu nome Maria José, madeirense, o marido conheceu-a no Funchal, quando cumpria o serviço militar, onde esteve dois anos e meio. Enamorou-se dela e desse amor nasceram as duas filhas mais velhas,  a Conceição, carinhosamente tratada por São e a Lurdes. Findo o serviço militar foi obrigado a trazer a mulher e as filhas para o continente vindo morar na casa dos pais dele, cuja mãe (galega) de génio forte, ao jus de sogra  "encravilhadora" aliciava o filho contra a nora. E das namoradas que ele deixou, pelo menos duas, julgo em Albarrol, onde teve de ir morar até a irmã emigrar para o Brasil e poder voltar ao Casal das Pêras. Em Albarrol nasceram as belas gémeas- Eulália e Amália . Sorte teve o pobre homem não dar muitos ouvidos à mãe, sabia bem a mulher boa que escolhera, de bom coração, trabalhadora, amiga de todos e, muito boa mãe. No Casal das Pêras nasceu a Tina que julgo vive em Torres Novas, o Fernando, muito bonito e os gémeos a Ana Maria e o Zé Júlio, os mais novos, que não ficam atrás de nenhum deles nem em simpatia nem em beleza. A Maria José, não tinha tempo para se dedicar ao bordado madeirense. Grande a lida da casa e a cuidar dos filhos. Mesmo assim, ainda bordou um lindo vestido em xantung azul escuro, lindíssimo na boca da minha mãe "rica a barra larga numa silva de flores"  do vestido da sua colega Irene, do externato, filha da "Ti Alzira Aureliano" julgo irmã do "Tinta", que viveu ao Ribeiro da Vide.   
O marido da" Ilhoa, a Maria José" o apelido do marido "Lopes" homem de alta estatura e seco de carnes tal como o Ti Manel Silva, nascido na casa que ficou para a irmã a Ti Otília. Dizia-se que tinham ascendência britânica (?). A linhagem é comum a outros de Ansião, que os interligo a judeus, a um clã com características de bela silhueta, elegância e cariz sóbrio, comum ao do meu bisavô paterno Elias da Cruz.

Pedidos de passaportes:

Passaporte de Salim Diogo

1913-03-28

Idade: 22 anos

Filiação: Joaquim Diogo / Josefa de Jesus

Naturalidade: Ribeira de Açor / Ansião

Residência: Casal dos Pêros / Ansião

Destino: Santos ( Brasil )

Observações: Não tem


Passaporte de Roberto Filipe Fazenda

1913-03-28

Idade: 27 anos

Filiação: Manuel Caetano Filipe/ Ana de Jesus

Naturalidade: Ribeira de Açor / Ansião
Residência: Casal dos Pêros / Ansião

Destino: Santos ( Brasil )

Passaporte de José Nunes

1907-12-17

Idade: Não mencionada

Filiação: Manuel Nunes da Fonseca / Maria de Jesus

Naturalidade: Santo Aleixo do Beco / Ferreira do Zêzere / Santarém
Residência: Casal das Peras / Ansião

Destino: Santos / Brasil

Observações: Não escreve


Passaporte de Alexandre Lopes

1907-12-17

Idade: Não mencionada

Filiação: Salvador Lopes / Josefa Marques

Naturalidade: Albarrol / Pousa Flores / Ansião
Residência: Casal das Peras / Ansião


Em conclusão a linhagem de gente que aqui viveu que agora se pôs a descoberto: ÂnesPêras; Lopes; Santos; Nunes, Fazenda , Diogo, Silva; Carvalho, Bento, Valente e,...

A minha querida amiga Fátima Valente, filha da Ti Augusta Tarouca ajudou-me nos apelidos das gentes do Casal das Pêras.
"Zé da Tuba" chamava-se José Simões Bento,  viveu na primeira casa à entrada era o pai da Helena e da Maria,  que bem conheci, seria conhecido pela alcunha "Tuba", por ter sido musico na filarmónica onde tocava o instrumento a  tuba.
Claro há sempre alguma coisa a acrescentar...

Fontes
Livro das Memórias Paroquiais
Livro do Património Religioso d Ansião
Livro Ansião e a Primeira Guerra do Dr Manuel Dias
Testemunhos da minha boa amiga Eulália, Isaura, Júlia Silva e do meu compadre Fernando Moreira
Caderneta militar de Manuel Simões Pêras
Testemunho de Fátima Valente

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O ansianense Mestre jesuíta Dr António dos Santos Coutinho!

Certo dia, liga-me a minha filha, do Santuário de Nossa Senhora da Lapa – “mãe adivinha onde estou?” Resposta escorreita - Sernancelhe, onde faleceu o obreiro da Igreja da Misericórdia de Ansião, pela leitura do livro de 1986 do Padre Coutinho e  graças a um documentário televisivo, há pouco mais de um ano, que conheci a requalificação da Residência Jesuíta do Santuário da Lapa, iniciativa há 25 por um padre que  meteu mãos à obra. Desconhece-se a a Imagem mais antiga da Senhora da Lapa  encontrada na gruta é  a que se encontra no  Museu.

Santuário de Nossa Senhora da Lapa no concelho de Sernancelhe na Diocese de Lamego 

Foi implantado em planalto inóspito de penedos graníticos quase estéril a rejuvenescer com uma  lenda ocorrida em 1498.

Versões «https://autocaravanista.blogs.sapo.pt/senhora-da-lapa-sernancelhe-viseu de Abílio Louro de Carvalho (...) general mouro, Al-Mançor, pelo ano de 982, atravessou o Douro para a margem esquerda. Havendo destruído Lamego, progrediu para Trancoso. No trânsito arrasou o Convento de Arcas, onde martirizou muitas das religiosas. Atravessada a serra de Pêra, chegaram ao convento de Sisimiro, sito na actual Quinta das Lameiras, freguesia de Pinheiro, concelho de Aguiar da Beira. Parte das religiosas sofreram o martírio, outras escaparam levando consigo uma imagem de Nossa Senhora, procurando abrigo nos matos por onde se embrenharam. Acharam a gruta ou lapa, onde guardaram a dita imagem que ali resistiu à agrura dos séculos, durante uns 515 anos.»

» (...) Em 1498, uma pastorinha chamada Joana, muda de nascença, da freguesia e lugar de Quintela, andando a guardar o gado de seus pais, lembrou-se um dia de entrar ali na gruta e encontrou a santa imagem que meteu na cesta onde guardava as maçarocas e a merenda. A imagem era de pequena dimensão, mas muito formosa. E a pastorinha guardou-a e enfeitava-a como podia e sabia, com as mais lindas flores que topava nos campos ou no monte. Ao voltar a casa, no fim do dia, cuidava da roupa da imagem. As ovelhas, apesar de fartas e nédias, eram apresentadas quase sempre nos mesmos lugares, o que motivou acusações por parte de outrem à mãe de Joana. Tudo isto e as teimosias da filha a fizeram enervar e, sem mais, tirou-lhe a imagem, que teve por uma vulgar nena ou boneca, e atirou-a ao lume. A menina, transida de pavor, gritou; “Tá! Minha Mãe! É Nossa Senhora! Ai! Que fez?”. A fala começou a prender irreversivelmente a mocinha pastora e a mãe ficou com o braço paralisado, transe de que se curou com a oração de ambas.»

« (...) foi permitido aos Jesuítas, a título transitório, que dirigissem o culto da Lapa, auxiliando os fieis e atendendo-os de confissão. Porém, no ano de 1575, o padroado da Abadia de Vila da Rua passa a jurisdição e posse da Coroa Portuguesa, com o curato de Quintela que lhe estava adstrito e em cujo limite se encontrava a Ermida da Senhora da Lapa. Em 1576, sob autorização do Papa Gregório XIII, D. Sebastião, deu a Igreja da Rua, com metade dos seus réditos, ao Colégio de Jesus, que os Jesuítas fundaram em 1542 e possuíam em Coimbra, ficando-lhes a pertencer também o Oratório da Lapa. Efectivamente, D. João III tinha-lhes entregue o Colégio das Artes, com a promessa de um dote, para côngrua sustentação, promessa que não satisfez na totalidade, cabendo o ónus do cumprimento ao seu sucessor. Vindo estabelecer-se na Lapa, os Jesuítas dão corpo, com o auxílio de particulares, à edificação do Santuário e do Colégio, obras iniciadas no século XVI. O Colégio, junto ao Santuário, começou nos finais do século XVII, mais exactamente em 1685 e ficou sempre obra não acabada. O complexo religioso e escolar afirma-se progressivamente como um prestigiado e prestigiante santuário de peregrinação nacional e um notável pólo de de aquisição e consolidação de cultura. O colégio locupleta-se de escolares. E a Senhora da Lapa impõe-se como um centro de irradiação do culto à Virgem e como fermento de mais povoações, cidades, dioceses e santuários um pouco por todo o mundo, sobretudo pelas inúmeras estâncias por que andarilharam os padres jesuítas. »

 « em 1576, a Lapa foi confiada aos Padres da Companhia de Jesus, sediados no Colégio de Coimbra onde vieram a construir no planalto inóspito de penedos e fraguedos um Santuário com a gruta de Nossa Senhora da Lapa a ficar dentro de portas e ainda um ColégioA Senhora da Lapa, em Portugal e Santiago de Compostela em Espanha chegaram a ser os dois Santuários mais importantes da Península Ibérica até à expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em que ficou ao abandono». 

Até ao inicio do século XX foi frutifico ouvir falar de Milagres onde o profano e a religião cristã se confundem em brutal simbiose para estranhar a família jesuíta tão crente abençoada de sapiência intelectual e filosófica os cimentar com facilidade. Curiosamente a Imagem da Senhora da Lapa parece imitar a imagem do Menino Jesus de Praga, ao se mostrar  ingénua, com as vestes rematadas por lacinhos. Se a lenda reporta a 1498 aventa ter sido trazida por judeus em fuga do êxodo de 1492 de Espanha, como outras achadas escondidas entre pedras...Como o sítio da Senhora da Luz de Pedrogão Grande. 

De imediato pedi à minha filha para estabelecer abordagem com a Irmã Lídia Lemos, o que fez em boa hora. Mais tarde esta veio a solicitar ajuda a outro jesuíta - Abel Estefânio. Então doente, de realçar o seu exaltado contributo, por o conhecido ser escasso. Empenho dedicado, que muito se agradece e, se descrimina: 

No Livro Loreto Lusitano, Virgem Senhora da Lapa, do Padre António Cordeiro, de 1719 reeditado em 2019, páginas 59, 85, 1111 (…) o Padre António dos Santos era doente antes de chegar à Lapa onde melhorou, vivendo muitos anos, tendo sido Superior da Residência da Lapa.

Era desconhecido o fato de ser doente, por isso deixou Lamego.

Na obra Synopsis annalium Societatis Jesu in Lusitânia, de António Franco de 1726, página 418, refere o ansianense, falecido a 25 de dezembro de 1704, era coadjutor espiritual, possuidor de uma rara gentileza, de uma grande tendência para o desenvolvimento espiritual, incansável para ouvir em confissão o grande número de peregrinos que acorriam à Nossa Senhora da Lapa e auxílio dos doentes e pobres.

Segundo o Padre José Eduardo Reis Coutinho nos eu livro de 1986  «movido pelo zelo caritativo e com um forte espírito de serviço para com os pobres e necessitados, foi assistir soldados vitimas de doenças infecto- contagiosas, que acabou por contrair, vindo a morrer em 25 de dezembro de 1704, na residência de Nossa Senhora da Lapa em Quintela da Lapa em Sernancelhe junto ao Santuário do mesmo nome, e no qual assiduamente ouvia os peregrinos em confissão, pois, na Companhia, tinha o grau de coadjutor espiritual.» 

No Arquivo da Universidade de 21 de novembro de 1701 (…) Processo na Câmara da diocese de Coimbra, à autorização pedida pela Misericórdia de Ansião ao bispo para se poder celebrar missa na Igreja que tinham acabado de construir. Dizem o provedor e mais irmãos da Mesa da Misericórdia da villa de Ancião que por the o prezente se não ter acabado a igreja da dita Santa Caza se não celebrou nella o santo sacrifício da missa. E porque os supplicantes a têm acabado e preparado com todo o ornato necessário e está capaz para nella se celebrar o dito santo sacrifício da missa, o que não pode ser sem licença de Vossa Ilustríssima Senhoria (…) Reverendo arcipreste do Alvorje fui a villa de Ancião fazer vestoria na igreja da Mizericordia e achei acabada com muito aceo e perfeição no tocante ao material de paredes, altares, púlpito e portas, em que não ha indecencia alg˜ua, e por ditto de muitas pessoas das principaes da ditta villa me constou que o doutor António dos Santos Coutinho, conigo em Sée de Lamego se tem obriguado a dar para ornato do altar-mor dois frontaes, duas vestimentas com tudo o neceçario para se dizer missa e hum calix de prata sobre dourado e galhetas de prata e que a isso se obriguara o ditto conigo por h˜ua escriptura que esta nas notas da ditta villa e que se obrigua também a dar sem mil reis para renderem sinco perpetuamente para a fabrica da ditta igreja, por cuja cauza me parece que se lhes deve conceder aos irmãos da Mizericordia a licença que pedem. Alvorge, em 3 de Março de 1702. Passe licença para o reverendo parocho benzer a igreja de que se tracta por evitar o damno que lhe pode rezultar de pella falta de se não dizer missa perder h˜ua grande esmolla de hum devoto de que consta na informação atras, querem os supplicantes aprezentar ao capitão Manoel Godinho da ditta villa e este obrigar-se por termo a restituir o ditto dinheiro quando delles sua Illustrissima lhe não fassa esmolla quando se recolher (…) Fazendo depozito na Câmara do marco de prata que pertence a sua Illustrissima, que se lhe restituirá sendo-lhes pello mesmo Senhor remetido. 

Obscuro, ter sido o vigário do Alvorge, o Dr. Francisco Freire da Silveira a inspecionar a Igreja. Mais adiante temos um registo de batismo aos 10 dias do mês de Março de 1711 de minha licença, o Doutor Francisco Freire da Silveira vigário do Alvorge. Diz-nos que o vigário sendo afeto ao Alvorge,  esteve de empréstimo na paroquia de Ansião, em 1702 quando fez a vistoria a igreja da Misericórdia e ainda vigorava em 1711.

Curiosamente encontrei  esta última informação na mesma altura que recebi a informação de Abel Estefâneo 

Obra Portugaliae Monumenta Misericordiaum de Maria Marta Lobo de Araújo e José Pedro Paiva  excerto https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/8636/1/PMM_Vol6.pdf 1701, anterior a 21 de Novembro, [Ansião] a 1702, Abril 3, Coimbra 

Processo elaborado na Câmara Eclesiástica da diocese de Coimbra, relativo à autorização pedida pela Misericórdia de Ansião ao bispo daquela cidade, para se poder celebrar missa na Igreja que tinham acabado de construir. Arquivo da Universidade de Coimbra – III/D,1,6,1,13, doc. 20. Dizem o provedor e mais irmãos da Mesa da Misericordia da villa de Ancião que por the o prezente se não ter acabado a igreja da dita Santa Caza se não celebrou nella o santo sacrifício da missa. E porque os supplicantes a tem acabado e preparado com todo o ornato necessario e está capaz para nella se celebrar o dito santo sacrifício da missa, o que não pode ser sem licença de Vossa Illustrissima Senhoria. Pedem a Vossa Illustrissima Senhoria lhe faça merce conceder licença para que na dita igreja se celebre o dito santo sacrifício da missa. (Rubrica). O reverendo arcipreste do Alvorje fazendo vistoria informe. Coimbra, em mesa, 21 de novembro de 1701. (Assinaturas) Teixeira. Carvalho. Antam.

Illustrissimo Senhor. Fui a villa de Ancião fazer vestoria na igreja da Mizericordia e achei acabada com muito aceo e perfeição no tocante ao material de paredes, altares, pulpito e portas, em que não ha indecencia alg˜ua, e por ditto de muitas pessoas das principaes da ditta villa me constou que o doutor António dos Santos Coutinho, conigo em a Sée [fl.1v.] a Sée de Lamego se tem obriguado a dar para ornato do altar mor dois frontaes, duas vestimentas com tudo o neceçario para se dizer missa e hum calix de prata sobre dourado e galhetas de prata e que a isso se obriguara o ditto conigo por h˜ua escriptura que esta nas notas da ditta villa e que na ditta escriptura se obrigua tambem a dar sem mil reis para renderem sinco perpetuamente para a fabrica da ditta igreja, por cuja cauza me parece que se lhes deve conceder aos irmãos da Mizericordia a licença que pedem. Alvorge, em 3 de Março de 1702. 

Passe licença para o reverendo parocho benzer a igreja de que se tracta e nella se poder diser missa. Coimbra, mensa, 17 de Março de 702. (Assinaturas) Teixeira. Carvalho. Simões. Francisco Theive da Silveira. 

Querendo os supplicantes tirar a licença na forma do despacho retro, lhes pede o escrivão da camara sete mil reis dezasseis tostois para elle e hum marco de prata para o Illustrissimo Senhor Bispo, sendo que o Illustrissimo Senhor Bispo para ajuda da dita igreja deu a sua esmolla e de prezumir he que tambem dê por esmolla o ditto ma[r]co de prata, porque conhece a muita pobreza da dita Santa Caza da Mizericordia, e para isso determinão os supplicantes recorrer ao Illustrissimo Senhor Bispo. E no entanto, por se não dilatar o dizer missa na ditta igreja, por evitar o damno que lhe pode rezultar de pella falta de se não dizer missa perder h˜ua grande esmolla de hum devoto de que consta na informação atras, querem os supplicantes aprezentar ao capitão Manoel Godinho da ditta villa e este obrigar-se por termo a restituir o ditto dinheiro quando delles sua Illustrissima lhe não fassa esmolla quando se recolher. Pede a Vossa Merce lhe faça merce mandar que obrigando-se o ditto capitão por termo na Camara, o escrivão della lhe passe mandado de licensa na forma do estillo. (Rubrica).

Registada em mesa. (Assinatura) Teixeira. 

Fazendo depozito na Câmara do marco de prata que pertence a sua Illustrissima, que se lhe restituirá sendo-lhes pello mesmo Senhor remetido. Passe licença, Coimbra, mensa, 3 de Abril de 1702. (Assinaturas) Carvalho. Caldeira. Antam. 

Passada a licença aos seis de Abril de 1702

Igreja da Misericórdia de Ansião

                             

Nas Memórias Paroquiais de Ansião a informação do juiz Manuel Rodrigues em 1721  «o Doutor António dos Santos Coutinho cónego que foi da cidade de Lamego fez uma igreja de Misericórdia que não tinha rendas à qual se anexou uma albergaria de Nossa Senhora da Conceição (...) instituiu um Morgadio em que parte dele estava na vila, sendo seu administrador Manoel dos Santos da Guarda, termo da villa do Rabaçal, que auera 25 annos que foi instituído». Pela dedução é apurado o ano de 1696, quiçá o da sua chegada a Ansião (...)  " mandou erigir uma Capela  entre Santiago e Rabaçal" .

Retira-se da informação que o Morgadio foi  instituído em 1696, credível a poente de Além da Ponte, pelo chão na mão de descendentes; o meu quinhão e o da minha irmã. E a capela foi erigida na Junqueira, que teve frontaria inicial a poente. Então o limite do Rabaçal seria por ali e  anular a hipótese de ter sido a capela da Ribeira de Alcalamouque.

A estela de pedra na Igreja da Misericórdia refere-o 

                               

Doutor em Teologia, cónego magistral da Sé de Lamego e Provisor geral do seu bispado. Como encargo, Missas aos domingos e dias santos, pela sua alma e a dos fundadores e irmãos da Misericórdia de Ansião, assim como pelos seus pais e benfeitores da mesma Santa Casa.

Devoto, pela escritura da esmola de cem mil réis, a render cinco perpetuamente. Em 1706, um grande vendaval deixa a Igreja desativada e, a Imagem recolheu à matriz. A demora do seu reparo mais de 60 anos. Se havia farta esmola e outra a render, em que mãos andaram? Em março de 1769, o Padre Serra informa o bispado; já apresenta a Misericórdia com tudo o necessário para servir o culto do santo sacrifício da Missa.

Em vão a pesquisa do seu registo de batismo. Especula-se nascido por volta de 1650 e, aos 12 anos, ingressou no noviciado a 6 de maio de 1662, data avançada pelo seu descendente Padre Coutinho no seu Livro de 1986 « com o grau de coadjutor espiritual ouvia peregrinos em confissão e movido pelo zelo caritativo e com um forte espírito de serviço para com os pobres e necessitados, foi assistir soldados vítimas de doenças infeto-contagiosas, que acabou por contrair, vindo a falecer a 25 de dezembro de 1704».

Desconhece-se ainda se frequentou o Noviciado, na Residência da Granja dos Jesuítas de Évora, em Santiago da Guarda, ou em Coimbra. Contudo, ao ter instituído um morgadio com parte na vila  até à imediação do Rabaçal, se avente  tenha frequentado a Residência da Granja, a que se junta a escolha do administrador da capela da Junqueira, ser da Guarda. Sobre ele, não encontrei informação nos Jesuítas de Évora nem de Coimbra. Como não encontrei o seu registo de óbito. Na penumbra  se teve amparo na sua ascensão e tomada de cargo importante na Sé de Lamego, se atender a um  tempo com muitos indivíduos ordenados se mostrar ser superior aos lugares a ocupar. Foi Mestre, cónego magistral desse bispado,  com o papel de Provisor ( punia quem não cumprisse com a indumentária, barba e tonsura e passava cartas de cura. Os examinados ficavam descritos num livro, que daria ao escrivão da Câmara .A ele estava reservado passar licença para peditórios e cautelas com o selo do Bispo. Como o Provisor e ao Bispo estava permitido passarem licenças para a pregação entre outras funções). Vivência ao tempo do  bispo  que ali esteve até 1706 - D. António de Vasconcelos e Sousa, filho do 2.º conde de Castelo Melhor, com terras na Guarda, em Ansião . Em genealogia, abre-se perspetiva a costado da condessa de Vagos - D. Maria Coutinho do Senhorio de Abiul e terras na Comenda de Soure.  Também se conhece este apelido Coutinho  com um licenciado no Rabaçal.

O padre Coutinho no seu seu livro de 1986

« segundo uma tradição familiarmente conservada, viveu na casa senhorial defronte a igreja matriz e a ele também se deve a edificação da ermida da Rainha Santa Isabel, em Além da Ponte.» 

A casa senhorial, hoje palco da pastelaria Diogo, não existia na centúria de 600 do séc. XX. Foi mandada construir pelo novo-rico Manuel dos Santos Franco, com o ouro verde do Brasil. Uma forte possibilidade atendendo ao pedido de passaporte em janeiro de 1913 para o Brasil  de Augusto Maria Coutinho, levando a mulher Cecília e 5 filhos. No Brasil já estava o seu irmão Artur; em  supor  foi o Augusto quem lhe vendeu o lote e casa de família Coutinho, já que tinha necessidade de custear a viagem e se suprir no Brasil até arranjar emprego. E assim crer que a rica memoria familiar conservada do sítio da família Coutinho em 600, tenha sido ali onde o laureado Mestre nasceu e seus descendentes, mas, a casa que existe é que não.

Sobre a capela em Além da Ponte, a mim faz sentido dizer que foi erigida a marcar o inicio do Morgadio, para não se perderem as memorias da Rainha Santa Isabel, de quem era estremoso devoto como todos os jesuítas e, não apenas uma ao limite norte do fim do Morgadio. Ate porque ele tinha conhecimento da Feira Franca que lhe era dedicada na Constantina - debalde sem noticia que tenha lá ido tão pouco deixou esmola. Porque seria? Rivaliddae com a Confraria da Misericórdia onde os seus pais tinham papeis a desempenhar? O mais provável. 

 Em 1706 houve um grande vendaval que deixou desativada a Igreja da Misericórdia, ora estando na mesma direção da suposta existente em Além da Ponte, tenha também deixado esta capela, muito mais pequena, demolida. Porém por ser particular e o donatário já ter falecido em 1704, não foi mote de menção nas noticias do juiz em 1721, nem aposta de restauro pelos herdeiros. A capelinha que existe foi apenas erigida nos finais do séc. XIX e ao orago S. Pedro , só mais  tarde foi entregue, e não se sabe por quem,  um oratório com  Imagem da Rainha Santa Isabel. 

Lateral norte e tardoz da Albergaria que instituiu em Ansião adoçada à Casa da Misericórdia          Pelos telhados, percebe-se que a parte do portão foi acrescentada depois do aluguer em 1924, onde funcionou uma taberna.

Se analisar a estela - encargo, Missas aos domingos e dias santos, pela sua alma e a dos fundadores e irmãos da Misericórdia de Ansião, assim como pelos seus pais e benfeitores da mesma Santa Casa. Casa. Suscita os seus pais tiveram algum papel na Confraria da Misericórdia. A quem a tenha deixado a gerência da nova albergaria com apoio assistencial de enjeitados.       Na lateral existe a porta inicial, com a tranca da fechadura e uma montra que foi aberta nessa altura (1924) onde  se suponha foi  a janela da roda. 

No tardoz da albergaria 

No tardoz da Casa da Misericórdia e da sua Albergaria , houve as cavalariças e palheiros e naturalmente casario adjacente a pessoal que aqui trabalhava. Numa delas veio a nascer segundo  a São do Ti Estevão  Tojo, nos finais do séc. XIX -  João Gomes dos Santos. Foi emigrado ao Brasil uns anos e depois de regressado comprou um lote a seguir à casa onde nasceu onde  construiu uma vivenda de gaveto com a Travessa da Misericórdia  e a Avª Dr. Vitor  Duarte Faveiro. Casa de arquitetura graciosa ao estilo Português Suave que o dinheiro do ouro  verde do Brasil lhe proporcionou onde viveu os últimos anos de vida e faleceu, a sua filha Paulete. Era também pai do poeta mais célebre de Ansião - Políbio Gomes dos Santos, nascido em 1911 no r/c da casa onde funcionou o Posto da GNR. 

Conclusão 

Informação relevante, a depreender que o Mestre era doente, para ter deixado o cargo na Sé de Lamego e se transferir para desempenhar o lugar de Superior na Residência da Lapa, onde melhorou de saúde. De Sernancelhe, veio à sua terra - Ansião, pelo afeto ao comum topónimo Senhora da Lapa - o cerrado nascente do atual cemitério, antes em 1800, onde era foreiro da Quinta de S. Lourenço - António Caetano dos Santos Coutinho. Um seu ascendente.

Não foi incumbido por Dom Luís de Menezes, o Senhor de Ansião, por ter falecido em 1690. Não se vislumbra outra influencia , antes vontade própria no propósito de construir uma Igreja para a Misericórdia de Ansião. Sendo percetível que os seus pais eram confrades  com papéis na Casa da Misericórdia. Ao tomar conhecimento que a ermida de NSConceição que a servia, era pequena para atender enfermos, prestar sacramentos e receber enjeitados, tenha tomado a decisão da obra , como está exarado na estela na Igreja. Além de ter deixado uma Albergaria anexada, sem rendas, para cumprir essa função, de apoio assistencial ás crianças.Um digno benfeitor de Ansião.

Quando os ouvidos e olhos ignoram a Cultura resta a Palavra na informação!
Reivindica-se no direito à Cidadania justiça cívica de o vir a agraciar na toponímia. Exalta-se repto sugestivo à alteração da Rua Almirante Gago Coutinho, por ora sem significado na vila, graças ao estrangulamento ao Ensaio – para Sul: Rua Sociedade Filarmónica Santa Cecília de 1903 e para norte, pese menor, assim grande pelo palco do Hospital, Casa da Misericórdia e Albergaria a ser atestada - Rua Dr. António dos Santos Coutinho. Numa só emenda, a correção a duas grandes faltas, na voz do povo matar dois coelhos de uma só cajadada a dois grandes esquecidos!

Situação a merecer reparo e urgente, para isso haja gente de gabarito a se impor e a todos calar agora pelo sábio saber!

Em fica pé, em repor a legitimidade do passado. Ao se exaltar do esquecimento ilustres presentes no progresso de Ansião, em  honra  a reparar e a fazer bem feito a melhor herança a deixar aos vindouros o que foi o passado histórico e suas individualidades! 


Fontes
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/8636/1/PMM_Vol6.pdf

Testemunho de Abel Estefâneo
Livro do Padre Coutinho
Memorias Paroquiais

domingo, 25 de novembro de 2018

Padrão ao Fundo da Rua ao Senhor de Ansião Dom Luís de Meneses

A crónica para Memória Futura ao monumento de Ansião descrito por Gustavo Matos Sequeira no Inventário Artístico de Portugal em 1955. 
Ao qual não registou foto..." Esta vila que teve o título de Mordomado pelo Foral de Coimbra de 1465, teve também Foral novo dado por D Manuel I em 1514. D Afonso VI deu-lhe o título de Vila em 1663. Foi do Senhorio dos Condes da Ericeira, como está documentado num Padrão com longa legenda latina que ainda se encontra conservado na ponte, na entrada da vila . é um monumento lapidar de reconhecimento , ereto em 1686, ao conde da Ericeira vencedor da batalha do Ameixial.

Postal  do início do séc. XX, a preto e branco
O Padrão  ao Senhor de Ansião Luís de Menezes encontra-se na esquerda, embora se distinga mal, é percetível. Sendo de interesse referenciar o   Padrão foi ali colocado isolado, a nascente da rua na frente do muro descarrilado de pedras da quinta cujo nome ainda se desconhece, e lhe corre pelo tardoz.
A foto pese a folhagem da mimosa, mostra-o. Ansião na primavera devia ser bonita com esta espécie de mimosas, que não se proliferam. No meu tempo havia uma extraordinária na frente da casa do Sr. Albertino, em Aquém da Ponte e no Bairro de Santo António duas, uma no adro da capela e outra no gaveto poente da Cerca da Misericórdia. Todas se perderam. O seu tronco era avermelhado.
A razão do Senado de Ansião em 1686  aqui o mandar edificar?
A razão da escolha deste local esteja ligada à entrada da vila a norte, a mais importante desde a construção da Ponte da Cal em 1648 na ligação à vila pela antiga via romana/medieval que se passou a chamar Rua Direita. 
A quinta no tardoz do Padrão foi de uma família de apelido Paula e Veiga com origem em Góis, onde ainda vive sua descendência . No cemitério lamentavelmente o canteiro ao fazer a lápide de um jazigo escreveu Paulo...E por isso foi grande a dificuldade de a enquadrar na sua genealogia.
Vista do Pelourinho ao Fundo da Rua da foto acima em relação à foto abaixo ?
O muro da quinta a nascente em desmoronamento da 1º foto encontra-se mais recuado em relação ao que vem de sul ao cruzamento para se mostrar evidente na foto abaixo no gaveto já com prédios dos irmãos Júlio e José Silva. Supostamente deu mote a "entalar o Padrão" e ninguém se condoeu...
O Padrão em 2018 com uma vida de 332 anos 
Sem ter tido sempre uma vida pacifica foi alvo de atrocidades, e as pedras disso nos falam. 
Durante anos o Padrão, passou despercebido do seu valor patrimonial ao ter sido "entalado" por alto muro na década dos anos 30 do séc. XX, e assim o conheci,  conforme a foto acima explicita ao lado direito, onde se encontra uma carrinha estacionada, o local da paragem da camioneta, correndo-lhe debaixo um ribeiro encanado coberto por lajeado largo. 
Atualmente no pé do Padrão estão agregadas pedras laterais resultantes do entablamento mural...
Nos finais do século XX, o rasgo de uma nova variante a Rua de Erbach e a construção de um prédio mais recuado, sem estética na linha do passado histórico espectável para este local , ainda assim  a benesse  a  destacar o Padrão, como bem o  merece e,  finalmente voltar ao brilho que lhe foi retirado durante anos.
O Padrão depois de liberto do muro
Desconhece-se o seu escultor. 
Se alvitre o Mestre de Obras José da Fonseca natural de Ansião que construiu a Ponte na Fonte Coberta, no Rabaçal em 1637, ou seu descendente, por hoje ainda denotar veia artista em Ansião os seus descendentes. 
Atrocidades ao Padrão
Diz o Padre Coutinho
O Padrão sofreu umas valentes sacudidelas com uma camioneta, a intenção era muda-lo para a Mata...Mas alguém lúcido falou alto para ser deixado ficar no seu local.
Ainda há poucos anos por altura da festa do S. Pedro , foi derrubado um pináculo que demorou muito tempo a ser reposto depois de ter denunciado essa grave falta à preservação do património publico. 
O Padrão como se encontra atualmente 
Teria o pedestal no passado sido em baixo enriquecido com painel de azulejos?
O Padre Coutinho afirma que sim, pese não haver qualquer indício azulejar. 
Ficaria bem o nome Ancião a azul e branco.

O texto em latim
«IN PERPETVAM REI MEMORIAM/D LUDOVICO MENESIO COMITI ERICEIRÆ RE-/GIS PETRI II A CONSILIO SATVS ET FISCO/PRÆPOSITO IN TRASTAGANA PROVINCIA/MAXIMO TORMENTORVM PRÆFECTO IN/TRANSMONTANA PRÆTORI PRO VICTO CA-/NALENSI PRÆLIO IOANNE AVSTRIACO EBO/RAQ RECCVPERATA HOC ILLI OPPIDVM CVM IV-/RISDITIONE CONCESSV AVCTVSQ FVIT ALIIS/PRÆMIJS ET HONORIBVS QVOD XVIII ANNOS/BELLO IMPENDIT QVINQ PRÆLIJS ET PLVRI-/MIS VRBIVM OBSEDIONIBVS INTERFVIT AD-/EPTVSQ EST GLORIAM MILITAREM ET/POSTQVAM FVIT PACE MVTATVM MAXI/MA EJVS MVNIA CVM LAVDE EXERCVIT/IDEO ANSIANENSIS SENATVS HOC ERI-/GI MVNVMENTVM CVRAVIT/ANNO DOMINI MDCLXXXVI»
A tradução do memorial em latim, do Padre José Eduardo Coutinho, perito nestas coisas da história de Ansião: « Para Perpétua Memória/A D Luís de Meneses Conde da Ericeira d'El-/Rei PedroII Conselheiro de Estado e do Fisco/Intendente Na Província do Alentejo/Supremo General de Artilharia/Governador da Província de Trás-os-Montes/em vez de João de Áustria/vencido na batalha do Canal/E após a recuperação da cidade de Évora/esta pela jurisdição/que lhe foi concedida o cumulou de tais/prémios e honras por durante 18 anos/se haver dedicado à guerra por ter travado/cinco batalhas e ter participado em tantos/cercos à cidade obtendo glória militar e/alcançada a paz exerceu os maiores/cargos com louvor Por isso o Senado/de Ansião tratou de lhe mandar erigir/este monumento/No ano do Senhor de 1686»

Marco turístico referente ao Padrão
O Padrão pela arquitetura Civil foi classificado como Imóvel de Interesse Publico em 1980
Excerto http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt Nota Histórico-Artística (Rosário Carvalho)
«A contribuição decisiva do Conde da Ericeira para a vitória portuguesa na Batalha do Ameixial, uma das etapas mais importantes das Guerras da Restauração, foi muito celebrada em Ansião, pois D. Luís de Menezes recebeu o senhorio desta vila como recompensa pelos serviços prestados ao reino e, em particular, pelo seu papel de destaque na referida batalha, que teve lugar em Junho de 1663. 
Em frente da sua casa, ergue-se um pelourinho com uma lápide comemorativa deste acontecimento. Na ponte à entrada da vila, o senado da vila mandou erigir, em 1686, o padrão que perpetua a memória do Conde da Ericeira e dos seus feitos. Aí se refere, em latim, que D. Luís de Menezes foi conselheiro de Estado do Rei D. Pedro II, Intendente do fisco, supremo General de artilharia da província do Alentejo, governador da província de Trás-os-Montes, que durante dezoito anos se dedicou à guerra. 
O padrão seiscentista, de secção retangular, é formado por uma base que se divide em três registos. O primeiro separa-se do seguinte por um friso, e em ambos os cunhais exibem pilastras, sendo que as superiores são rematadas por capitel e entablamento, sobre o qual se erguem pináculos. Remata o conjunto uma pirâmide sobre base de secção quadrangular. A inscrição latina já referida, encontra-se numa das faces. »

Aguarela espetacular de José Carlos retirada da net
                   

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Maçonaria na região de Ansião, circundantes e antigas Cinco Vilas ?

Atribuo a televisão que consumo relativa a 90% ao Canal 2 onde na semana passada despertei para um documentário sobre a Maçonaria em Portugal, no imediato me remeteu para a partilha de uma simples conversa recente onde foi abordada com o meu bom amigo João Patrício, espero não leve a mal a partilha, em abono da verdade trata-se de transmissão de Cultura!
Pentagrama
«Com a letra G a indiscutível melhor significação da Gnose, ou seja, Conhecimento. Esquadro e o compasso por detrás da história maçónica com a letra G a sétima letra do nosso alfabeto com os seguintes significados: Gravitação;Geometria;Geração;Génio;Gnose;Glória;Grandeza e Gomel.»
 

« - Olá. Sempre à espreita de um novo "post" teu. Seja sobre o que for. Ás vezes pela tua escrita tão peculiar. Desta vez chamou-me à atenção o tema "pedras" . E pus- me a pensar. Não tendo tu passado ao lado da “vida”, de maneira nenhuma... fico sempre com a sensação se não devias publicar as tuas investigações ou simplesmente as tuas “divagações “. Mas hoje não era isso que te queria falar. Ao ler “ Uma pedra” ...lembrei- me do simbolismo da Maçonaria . Serás tu “Iniciada”??? Desculpa isto nunca se deve perguntar!!! 
Muito obrigado por leres a crónica https://quintaisisa.blogspot.com/2018/09/quinta-de-sarzeda-em-pousaflores-no.html e mais uma vez enalteceres este gosto que a escrita me confere. 
-Também porque pelo que conheço de ti estás muito próximo dos ideais da Maçonaria.
Sobre a questão que colocas de facto nunca me inteirei sobre o que trata efectivamente a Maçonaria tendo ouvido pela primeira vez este nome no BPSM onde trabalhei quando foi integrado no BCP em que acordei para uma novíssima forma comportamental dos seus dirigentes dado pelo estar intelectual, altivo, snobe e conservador com punhos d'oiro, os escolhidos para desempenho de altos cargos tendo apenas em mira o sucesso, sem olhar a que preço a esminfrar clientes e empregados, brutal imagem em nada a obedecer aos meus padrões de liberdade, tão pouco ao prazer de partilha gratuita em ajudar todos sem olhar a quem, na premissa quanto mais ensino mais sei,difícil foi encontrar alguém com as mesmas capacidades... E sim, nunca mais visto um tailler, em verdade os fatos que tive de usar nesse tempo na minha irreverência alindava com conjuntos em ouro tudo a condizer comprado com prémios nos leilões da CGD, a faísca e show indirecto de tanto brilho em contraste à fazenda escura na minha forma de rebeldia mas também em espicaçar o sistema...Mais tarde a minha casa foi assaltada e roubado todo o espólio da montra áurea. Lembro um porém por altura da fusão e do conhecimento do pessoal ocorreu por altura da notação profissional em que por cautela ou falta de firme postura comportamental de quem procedeu à notação não a ter executado em rigor que a mesma merecia pautando toda a equipa por igual não destacando quem era polivalente, substituía o subgerente estando sempre disponível para acorrer a tudo, sem receber horas extraordinárias, para no confronto lhes dizer que não concordava com a atribuição da  letra "C" não acreditando que os meus colegas por estarem abaixo  jamais receberiam um "D"  e assim todos eram pautados por igual quando o desempenho era diferenciado, afinal de que valia a notação profissional, era fachada? Inflamada  disse-lhes que nas minhas veias corria sangue e não água, sem qualquer culpa do meu líder não saber reconhecer a destrinça e qualidade do trabalho de cada um por estar sempre fora do balcão, mas também por desinteresse, bastava analisar os objectivos concretizados, pelo que me restava a partir de amanhã passar a ser mais uma funcionária normal  apenas no cumprimento de horários para receber o ordenado e,...Falei da boca para fora, na verdade sempre fui obstinada no trabalho e nada me faz esmorecer nem mesmo a negligente falta de visão que o meu gerente teceu sobre mim para no dia seguinte de semblante triste pelo ocorrido na véspera desenvolvi a minha rotina  laboral aproveitando as oportunidades que ao longo do dia apareceram no balcão e foram algumas e boas...Já passavam das 18 horas e continuava a trabalhar acompanhada pelo subgerente quando o director lhe telefona e o questiona para responder honestamente como tinha sido o meu dia de laboração em que lhe responde abonatoriamente tecendo elogios no destaque, nunca assim  outro profissional conheci, em verdade não tinha como dizer o contrario, só se fosse por má fé ...Tenha sido a descoberta de talentos que os obrigou à necessidade de saber de onde eu vinha, quem foram os meus ascendentes, se era da família de "sicrano e beltrano"para num deles acertar, igualmente sem licenciatura, na valia ser homem em prol de mim mulher acrescida de ter vindo de um Banco considerado com gente retrógrada, na faixa dos 40 anos, para os alertar a tamanha versatilidade ao seu produto estrela muito antes dos demais começarem a dar cartas  pela tenacidade, empenho e  vitória onde o dissabor também se fazia ouvir pelas vezes que os questionava quando não entendia as novas regras para ouvir sobre mim falar que era uma chata de gente rotulada com licenciaturas que de banca e negócios nada abonavam para enfim ter sido elevado o crédito de novo aprendizado em apreciar algumas mulheres que dignamente as vieram a honrar no posto de gerência, sem cunhas, pelo profissionalismo, fui uma delas! 
Mas atenção apesar de tanto elogio e pancadinhas nas costas apenas conhecida pelo número mecanográfico onde jamais senti ponta de humanismo quando no BPSM sentia o seio de uma família. Gente mirabolante, poderosa com mira apenas no lucro onde existia um Pelouro para ajudar a solver problemas internos e a dar "gracha" assim o passei a conhecer quando me ligaram a dirigir convite para um evento anual de nomeada quando mais ninguém do balcão o tinha sido...
- BCP e maçonaria? Pois !!!
- Nessa altura ainda não havia Maçonaria Feminina em Portugal. Tem poucos anos, mas segundo me parece está com muita força.Sociedade discreta ,quase secreta.

A maçonaria portuguesa feminina tem 20 anos, perfilha tal como a masculina a mesma linha de fachada dos ditos altos valores  que se devem professar em sociedade, mas na  pratica é elite só para alguns angariar ganhos para mais  riqueza ...Sabes que conheci o Grão Mestre Dr António Arnault?
- Quanto ao Dr Arnaut, teve consultório junto aos correios (antigos) em Ansião. 
O Dr Arnault advogado, natural da Cumeeira (Penela) recentemente falecido, conheci-o no tempo que teve esse escritório em Ansião, sabias que foi colega do meu pai no Colégio Nuno Álvares em Tomar. Em Coimbra ele seguiu Direito e o meu pai matriculou-se em Economia, mas abandonou para casar porque a minha mãe estava grávida de mim, quando inesperadamente o meu pai faleceu em 1972 foi o primeiro a dirigir-se a nossa casa para prestar condolências. A seguir ao 25 de abril chumbei a ciências no 5º ano tendo ido receber explicações com colegas de Ansião ao Colégio do Avelar, íamos na camioneta para num dia não ter havido e não me apetecendo por lá ficar , fiz mal devia ter percorrido o Avelar para mais me lembrar do seu passado, ao jus de um repente inexplicável deu-me na veneta para me pôr a pé sozinha a caminho de Ansião, e ao endireito da britadeira, ao alto do Camporês, num tempo de poucos quase nenhuns carros eis que passa o Dr Arnault olha para mim sem me dar boleia, também não pedi, não me conferiu importância alguma, para antes do ramal do Maxial passar uma camioneta dos Transportes Serras de Ansião com o motorista Costa que o conhecia de vista de o ver como outros a limpar a frota ao Ribeiro da Vide, esse sim deu-me boleia. 
- Tinha acabado falar de ti, estive em Ansião.Fui com os meus pais a uma consulta de rotina e levei as minhas irmãs da Rua Trouville 4 no Monte Estoril .
Onde vai a vivência do colégio religioso no ano de 71/2 e a vivência com a tua irmã Fernanda que abraçou o espírito de casar com Deus... 
Numa feira de velharias em Figueiró dos Vinhos fui abordada por um apaixonado pela Maçonaria que me perguntou se tinha símbolos para um museu que tinha em Pedrogão Grande.Trazia uma coleção de loiça "ratinha" de boa qualidade a um preço exorbitante, debalde nem se estreou... 
- Esse senhor que te pediu símbolos maçónicos é Aires Henriques em Troviscais Cimeiros no concelho de Pedrogão Grande.
Museu da Republica e Maçonaria 
Citar excerto de https://universatil.wordpress.com/2010/02/03/coleccionador-constroi-museu-da-republica-e-maconaria-em-pedrogao-grande/ «Economista construiu um edifício com características neo-medievais para instalar o Museu da República e Maçonaria, com base num acervo de centenas de peças raras. Aires Henriques associou ao seu projecto de turismo rural Villa Isaura, na aldeia de Troviscais, uma unidade museológica que constitua “um pólo de referência política, cultural e histórica dos valores da igualdade, da liberdade e fraternidade universais”. Várias colecções e temas integram o espólio, que abrange o período entre o Ultimato Inglês, em 1890, que marca a ascensão do republicanismo face à Monarquia, e o Estado Novo, passando pela I República, as primeiras revoltas contra Salazar e a II Guerra Mundial. Enquanto percorria o país de Norte a Sul como inspector do Ministério da Agricultura, Aires Henriques já aposentado foi juntando peças diversas, com destaque para adereços, documentos e instrumentos maçónicos ou identificados com a República. Ao todo, são centenas de objectos do quotidiano, como estatuetas, pratos e outras peças de cerâmica, relógios, cartazes, postais ilustrados, fotografias de dirigentes políticos, jóias, espadas, livros raros, caricaturas e ilustrações. “Houve todo o meu interesse em não deixar morrer este espólio nas arcas e nas vitrinas” 
“(...)Esta é uma colecção de gente humilde, mas também do que foi possível juntar ao longo destes anos”, afirma. Ao longo de quase 25 anos, “as viagens levaram-me a conhecer a realidade deste país, a repressão e a limitação das liberdades” durante o Estado Novo, refere. “Deste modo, fui também formando o meu espírito democrático e participativo”, conta, ao folhear um álbum de fotos de presos políticos dos anos 30, bem como dos primeiros deportados para as ilhas dos Açores (Angra do Heroísmo) e Cabo Verde (Tarrafal). Presidente da Casa de Pedrógão Grande em Lisboa e autor de vários estudos locais na área cultural, Aires Henriques idealiza um Museu da República e Maçonaria como “projecto aberto à comunidade”.

“(...)Há aqui um campo aberto para uma colaboração entre a Villa Isaura e as escolas e universidades”, reitera. Através das peças, “devidamente tratadas e estudadas”, o coleccionador projecta “um futuro de democracia, participação, convívio e entreajuda” dos concidadãos. “É um conjunto muito equilibrado e significativo de objectos ligados à Maçonaria, ao movimento republicano e à I República”.
O Museu da República e Maçonaria, em Pedrogão Grande, encerra ao público em geral no final do ano, mas em 2019 o proprietário permitirá ainda a visita de membros das diferentes obediências maçónicas."a decisão de fechar está tomada", independentemente do destino que venha a ser dado ao acervo. 
A Torre do Inferno do Rei do Lixo em Coina 
Quando visitei a torre do Inferno em Coina também conhecida por outros nomes mandada construir por Manuel Martins Gomes Júnior conhecido como o "Rei do Lixo" pelo exclusivo da recolha dos detritos da cidade de Lisboa que trazia em barcaças para engorda de porcos em pocilgas que tinha na margem do rio Coina, quando este ainda era navegável, hoje completamente assoreado com canaviais se fosse limpo seria lindíssimo com os seus moinhos de maré... Há historiadores que defendem que o palácio com a torre foram idealizados para ser a sede da Maçonaria por na altura ter ardido a de Lisboa .

Obviamente foi tema para outra crónica http://quintaisisa.blogspot.com/2016/09/palacio-ou-castelo-do-rei-do-lixo-torre.html. 
Depois destes episódios ocasionais jamais aprofundei a Ordem da Maçonaria para te ser sincera nem tão pouco me inspira. Talvez porque não atino com a imposição de regras rígidas, embora sempre me pautei por as cumprir e gosto que se façam cumprir, o seja pelo meu lado irreverente e a necessidade de me sentir livre sem amarras a rituais em que a cena do avental me reporta à origem celta do kilt com sacola usada pelos escoceses, apesar da simbologia fundamentada, acho que tudo tem o seu tempo se a comparar com as mulheres cristãs, em criança costumava entrar na igreja de véu a cobrir a cabeça que veio a cair em desuso, em verdade se comparar os últimos 50 anos, muito se mudou na vida, alterou e caiu em desuso com a globalização na maneira de estar, pensar e agir no que respeita a simbologia em rituais do passado!
O que sei e sinto um gosto desalmado por pedras, na Maçonaria gostam delas "brutas" e eu não, as brutas não me dizem nada, gosto da pedra esculpida pelo homem para no Louvre me deixar perplexa, extasiada, moribunda com tanta e brutal beleza, igualmente adoro as pedras esculpidas pela erosão, sobretudo as que encontro na serra que durante anos te fez sombra em Lisboinha. A família do meu avô paterno teve homens na arte de pedreiro, com a minha irmã na idade de imitar os adultos acompanhámos o reforço de uma placa da padaria dos nossos avós onde foi aplicada rede com cimento, o mote para fazer uma casota para o nosso cão, debalde não procedemos à dobragem da rede com mestria para a placa se apresentar nos cantos com rede saliente, um empecilho, onde de vez em quando se prendia a corrente do cão...mas durou mais de 20 anos sendo apenas demolida para se fazer uma calçada no patim.Mas sim identifico-me com alguns dos seus preceitos, sobretudo nos fins filantrópicos, educacionais, filosóficos, progressista e ação educativa. Assim tem sido o meu papel de mais partilhar sem nada receber muitas das vezes em resposta ao incentivo de amigos como tu que me estimulam a continuar este caminho de contadora de estórias com história.
Um pedreiro a desbastar pedra bruta
A história como a vemos sempre foi uma Nação de Religiões contrárias ao Papa em que a célebre Batalha de Ourique disso é exemplo em que uns e outros com Reis contra Reis tendo por detrás de tudo o que se fazia a mão da grande organização anti-papal " Os Pedereiros Livres" em meter irmão contra irmão e Rei contra Rei ao jus de um anjo S. Miguel contra um S. Pedro? Em que um era o Libertador contra o outro Absolutista!
Esta luta sobre quem ia salvar os povos das trevas travava-se dentro da fronteira às vezes em plena vista mas de certo na maioria às escondidas, em que a Maçonaria de certeza descendeu daqueles frades Templários que se transformaram na Ordem de Cristo e que se manteve secreta até o seu poder ser igual ao da Inquisição do Papa para em 1700 o pai do Marquês de Pombal ser conhecido como Maçon, viveu numa quinta no concelho de Pombal cujos apelidos "Carvalho Mello" o indiciam com ascendência judaica. Em mente tanto de um lado como do outro se controlava a propaganda que lhes assegurava a ascendência ou a queda do poder, a arma secreta do poder absoluto sobre os demais a se ajoelhar em desígnio de má sorte!
- Apesar de Tomar ser a terra da " Pedra trabalhada", segundo sei não há "Lojas" Maçónicas" por cá. Ironia do destino???!!
Um dos principais símbolos da Maçonaria mostra o pedreiro com o maço e o cinzel vestido de avental, peça de vestuário que se amarra à cintura, utilizado para proteção dianteira da roupa do próprio usuário quando desbasta a pedra bruta e a alavanca representa a força utilizada de modo sábio, ajudando a recolocar as pedras nos seus devidos lugares.
O termo maçom ou mação provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer pedreiro, construtor. Histórias sobre os primórdios de sua existência com vertentes afirmando que teve início na Mesopotâmia, outras confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçónicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria fechado com a flor pervinca.No documentário televisivo sobre a Maçonaria despertei pela simbologia de um símbolo esculpido numa pedra da letra "A" em que o traço a cortar a letra se mostra um delta invertido.
Jerusalém
Pervinca
Flor de cinco pétalas usada pelos trovadores depois de serem aceites na Ordem outros ofícios além dos pedreiros.Planta herbácea que conheço de miúda havia ao cimo do quintal dos meus pais na envolvente do poço de chafurdo e que cobre parte do ribeiro ao Vale na Moita Redonda a ditar um cariz lúdico e fresco a lembrar Sintra.
A letra "A" imediatamente me reportou para outras duas semelhantes que encontrei esculpidos ao meio do arco Manuelino do que foi um palácio em Abiul que revisitei em agosto. 
Citar excerto de http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/327730Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público por Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B. n.º 42, de 19-02-2002. 
Segundo Catarina Oliveira -« Pensa-se que este arco integrava originalmente o portal principal do solar de André de Sousa Coutinho, que adquiriu parte do senhorio da vila ao Mosteiro do Lorvão. Depois da sua morte, a vila passou para os domínios dos Duques de Aveiro. »
Contrariando de certo modo a autora em história e arte, para mim do que ainda existe em Abiul aventa ter sido um palácio e não solar e ainda o apelido do dono não seria "Sousa" e sim "Silva"para realçar o mais importante não encontrei referência dada à relevância das letras esculpidas onde o arco fecha.
Arco Manuelino em Abiul
«Uma coluna é um elemento arquitectónico destinado a receber as cargas verticais de uma obra de arquitectura ( arco como barramento,arquitrave,abóboda) transmitindo-as à fundação. Representam o suporte de algo superior e dão sustentação à obra. A maçonaria utiliza tanto colunas inspiradas no templo de Salomão quanto as colunas da Arquitectura da Grécia Antiga. 
O conjunto de três colunas gregas formam As três pequenas Luzes. 
A coluna de Ordem Dórica, mais robusta e de ângulos retos representa a força e o Primeiro Vigilante, a de Ordem coríntia, adornada de folhas de acanto, representa a beleza e o Segundo Vigilante e a coluna da Ordem jónica, onde é enfeitada com volutas, representa a sabedoria e o Venerável Mestre.» 
Estarão as letras ligadas à Maçonaria? 
«A origem da Maçonaria, segundo o manuscrito hebreu .Acredita-se que a Franco-Maçonaria moderna tenha sido criada em 1717 quando a sua Grande Loja da Inglaterra foi estabelecida. Se este palácio que teve este arco Manuelino segundo Matos Sequeira (1955), descreve: “…é um dos elementos que resta do solar de André de Sousa Coutinho, (também referiu mal o apelido, devia ser Silva) edificado entre os finais do século XV e os primeiros anos do século XVI.»
Ao meio das duas letras "A" aparece o "G" seguido de NF(?) onde passa o fio de iluminação parece outra letra (?). Os "A" cortados em cima e em baixo reportam para a tradição Celta, a necessitar estudo!
 
Cemitério do Avelar
Onde encontrei simbologia ligada aos ofícios de pedreiro e outros.
Tardoz da igreja da Aguda
Brasão dos Duques de Vila Real a parte final em delta invertido ...
O que transparece é que a Maçonaria teve na região centro em Ansião, circundantes e antigas Cinco Vilas discípulos e apaixonados onde se destacou o Dr António Arnault como Grão Mestre. Por não haver informação escrita deste passado na região ou a havendo, desconheço para numa pequena abordagem pela rama falar do que conheci e sinto sobre a Maçonaria. Uma teoria sobre a mística origem seja reportada aos povoadores aportados à região com ascendência franco/judaica vindos de países europeus e do Médio Oriente que se expandiam pelo País, Ilhas, Brasil e no Mundo a denotar cariz aventureiro e sapiência em atingir metas de riqueza sem olhar a meios para atingir os fins vestidos de temperamento reservado mas visionário a novos filões de negócio de tenaz astucia encapuçada com préstimo de amparo onde privilegiados recebem ajuda de bandeja de bons empregos enquanto outros menos afortunados, sem ser aprendizes, gente de trabalho supostamente se aproveitaram deles até ao tutano sugando o seu talento para angariar maior riqueza com reverso da medalha pouco, quase nada receber, francamente sinto grande desigualdade para me desculpar nesta frontalidade, Ordem à qual jamais podia ser membro por não a compactuar ao ser pautada por Escolhas, em que só uma elite tem acesso vestida de roupagem com finalidades aparentemente convincentes que aprecio e gosto de praticar, a meu ver no passado tenham tido mais realce do que no presente para comparar a sua suposta filosofia com gente enigmática onde o cariz ao embuste e recurso à mentira compulsiva seja repleta de manietação com engano e desengano em uso e abuso de praticas testadas ao limite com um único desígnio - Fortuna, sem equacionar prós e contras, antes desprezando o incalculável prejuízo a terceiros, engodo desprezível em que não me revejo, também por coroar supostos "afilhados" maçons no trampolim da fama com ascensão a bons cargos políticos e outros cargos meritórios em grandes empresas de referência, sem aparente teste ao seu perfil nem ao teor de conhecimento de onde outros supostos emergiram à laia da maçonaria passando a ser reconhecidos pelo número de processos de alegada corrupção e engrandecimento de riqueza pessoal de milhões, comandita ideológica que alcunhei " punhos d'oiro" ao género dominante gente com apetite vaidoso, sedento de status social e de angariação rápida de riqueza pessoal onde um porém é muito evidenciado - o trajar conservador inglês coroado de charme sedutor em falar calmo e calculado, para noutros se evidenciar de linguagem ditada pelo raciocínio ágil no fio da navalha a ditar inteligência no ensejo de encantar, puro engano da mentira presente para quem ouve, acreditar ser verdade, ambas as formas da transmissão da palavra em aviso, as aparências iludem! A que acrescia no ambiente de trabalho o alegado desprezo de quem vinha de uma classe considerada inferior a ser usado no implantado sistema importado do mercado financeiro, estratega mirabolante e assustadora a labuta no dia a dia a esminfrar o couro e o cabelo a clientes na concretização dos objectivos em revertido proveito pago na prática dúbia de excessivos louvores escritos e orais, a cegueira de ingénuos por lhes bastar e míseros trocados, em que os altos lucros eram distribuídos por quem pouco produzia em cargos de Direção. Deficiente era o desempenho da sua cabal função que se distinguia aquém do expectável no apoio à rede de balcões, poleiro ganho pela licenciatura sem aprendizado da real função só alcançada por quem começa de baixo, subindo todos os patamares. Tão pouco valia ao incentivo maior do que devia ser o intercâmbio gerencial "graxa de encantamento e lambe botas de criadagem" para auspicio de promoções e ascensão na hierarquia.Proliferou a inexistência de humanismo na alegada abertura da rede secundária de balcões para clientes de segunda linha onde recém licenciados alegadamente injectados de novas práticas comerciais na venda agressiva de produtos sem olhar ao perfil do cliente na meta de atingir altos ganhos a trabalhar desalmadamente sem horários com alguns a não aguentar a alta pressão onde se constou a surpresa da morte precoce... Em paralelo autodidatas de aprendizado no terreno sem formação académica no direito e normativo bancário, nem estágios, no mesmo ritmo laboral e do excesso de carga horária tomados pelo stress e vícios laborais trazidos na bagagem da herança da banca tradicional a contornar situações viria a ditar também o azar a surpresa do despedimento, em que se salvaram supostos afortunados pela ajuda fulcral da figura do "padrinho" apesar do total desaire e prejuízo à casa eram jogados na prateleira, melhor sorte que outros por muito menos ao mínimo deslize o fatal abandono, sem palavras a passar de bestial elogiado a besta despido e denegrido, sem eira nem beira!

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