segunda-feira, 4 de junho de 2012

O voltar à feira de velharias de Montemor o Novo

Rumei pela 2ª vez à feira de Montemor o Novo. Desta vez fui mais cedo, mesmo assim ao chegar o recinto estava cheio. Julguei não ter lugar, nisto fui ao encontro do Sr Custódio, amavelmente me disse se não queria ficar junto à parede dos sanitários...aceitei.Até me disse "temos autorização da Câmara para avançar pelo jardim" - fiquei super descansada!
Abanquei junto da banca da Isabel, do Manel "Ourives" do "Igrejinha" , da Mariana e do Laureano.
Havia uns quatro feirantes de etnia cigana com grandes estaminés prostrados pelo chão. Dois meus conhecidos. Todos com peças de encher o olho: estatuária em granito; talhas em cerâmica ; pias em pedra; faiança da boa a preços exorbitantes...claro que houve tantos que me encheram as medidas, o pior mesmo a carteira!
Montei a minha banca de encosto na parede e ainda um pano vermelho no chão com saldos...
Estreei-me com um livro, o único - parece-me ... no Alentejo não apreciam leitura...e um DVD para "putos"...depois apareceu um senhor de muita idade de bengalinha que se encantou por duas peças - uma cremeira francesa sem tampa e uma peça para se por o ovo cozido  na mesa...ofereci o ovo de madeira que fazia a decoração...depois do troco viu-o enrolar a nota que lhe dei e mete-la numa latinha que dantes foi de vitaminas efervescentes..manias de velhos!
Uma senhora queria comprar uma jarra com incrustação de estanho - o que me ofereceu rejeitei - outra um ícone religioso com latinhas dá para pôr uma foto ao meio - queria barato...isso é nos trezentos...ainda outras queriam jarrinhas "casca de cebola" dadas...e até um cestinho...são peças de coleção, depois outra com o marido queria uma peça da VA, não gostou foi do preço - voltou - eu para fazer dinheiro baixei a contento e lá foi feliz com ela - no seu dizer tem duas filhas e tem uma peça igual, ligeiramente maior e assim fica com duas peças - um dia não há chatices na divisão...mulher pensante. Outra comprou um copo de água lavrado da Marinha Grande, ainda uma máquina de filmar com uma avaria - tinha letreiro com o preço e aviso - vende-se como está - a outra senhora vendi um naperon...chávenas de café e...podia ter faturado mais, mesmo assim a minha melhor feira de sempre...os colegas na maioria  enfeiraram pouco e outros nem se estrearam...desde 7,5€ a 30 € - eu atingi o record de 3 algarismos!
Apareceu na feira o Sr Bonito com uma irmã de Évora e a esposa Teresa vieram cumprimentar outra irmã - Mariana, que acabei por conhecer e com quem me fartei de conversar. Filha de antiquários da Vidigueira passou o negócio de Silvares para a filha e genro - distrai-se com uma pequena banca e o marido com livros.Vi dois belíssimos pratos de grandes dimensões: um intacto outro com gatos - dizia o vendedor serem de Fervença...calei-me, não ia gastar o meu latim - o partido seguramente de Darque( além da decoração exuberante de amarelos tinha a cúpula do pagode em azul tal como tenho num prato também grande numa imitação de Miragaia - o outro também  norte com castanhos borra de vinho, esmaltes brancos, lácteos.
Continuei a minha volta pela feira, descobri uma banca no chão com um prato que tinha visto há 15 dias na feira da ladra- no meu jeito frontal falei alto, naquilo a mulher diz " olhe lá imagine que ele lá foi e eu não podia saber" respondi...isso é um problema vosso, eu só constato verdades e no caso reconheci o prato ( de barro de Viana do Alentejo gravado na pasta, antigo com arabescos tipo árabes) ainda  peças de vidro usadas pelos enólogos - na altura comprei duas e, ainda lhe comprei em esmalte uma cafeteira minorca e um tachinho - taro...diz o homem de óculos escuros à Stallone e calções abaixo do joelho "estou a lembrar-me sim senhora" - mais acima noutra colega que veio das Caldas comprei uma tacinha oval em jeito de couve ornada nas pontas com duas azeitonas, peça antiga Bordado Pinheiro.
Na minha última volta pela feira fui à banca do cigano perguntar o preço do prato com um peixe -, lindo apesar de um grande cabelo na aba...de manhã pediu-me 110 e no final de feira para colega fazia 75...muito caro para mim , lindo, uma segurança afirmar Darque (?) ou Santo António do Vale da Piedade pelo tamanho, esmalte branco e cores, tinha ainda uns pratos pequenos tipo porcelana finos em esmalte azulado,estampa cavalinho cor de amora...possivelmente José Reis Alcobaça -,dizia-me ele isto é Coimbra galega (?)... na banca da filha uma loucura de pratos: Real fábrica de Sacavém , pareciam porcelana com a decoração a séptia -, motivo a lavoura; de Coimbra, grandes, azuis para todos os gostos e pequenos ainda do José Reis de Alcobaça - um em particular motivo casario em verde alface, china azul, cantão e, norte...demorei uns minutos a dar uma aula grátis sobre faiança...que agradeceu com uma pergunta "em Estremoz a mulher do toureiro Bastinhas diz que estes pratos são China azul" e você o que acha...
Numa banca de gente de Peniche comprei um prato em esponjado azul de Coimbra com gatos e gasto na curva do covo, não o deixava por 2 €.

Mesa improvisada para almoço à sombra - comiam: o Laureano e a esposa Ana Maria que ontem estava cheia de dores da sua coluna e ainda o "Igrejinha"...chamaram-me para beber um copo...nunca hesito comer à moda do Alentejo: canivete na mão  - cortei pão e uma rodela de paio de porco preto ainda bom queijo, cerejas...bolo que a Luísa fez...havia muita fartura de comes e bebes até o Óscar o caozito do "Igrejinha" tinha a malga de inox cheia de papinha...
Prometi da próxima vez fazer um bolo de chocolate para presentear esta gente que me acolhe tão bem!
No final da tarde chama-me a Mariana tinha ido a casa, trouxe para o lanche chouriça caseira...uma maravilha - outra vez de roda da mesa o Laureano, o "Igrejinha" eu e,...
Nunca conheci um homem tão bondoso e amigo de dar de comer como o Laureano - ainda por cima um bom "vivan" sardento - umas vezes de chapéu à cowboy outras de cinto entrançado branco e vermelho à matador...o raças do homem é giro à brava -pela tardinha foram beber a bica, trouxeram gelados para as senhoras...ainda por cima é amoroso!
Abeira-se da minha banca uma senhora alta e elegante derretida com uma caixa de lata, não gostou do preço - "tenho de gerir prioridades"...pois quem não tem...voltou a passar  levava na mão dois discos de vinil, por entre dentes dizia à amiga "já vou contente com os discos"... naquilo passa uma mulher franzina coisa de 35 quilos toda feliz "já vendi os discos todos"...
Depois de arrumada a minha banca a Ana Rita a mulher do "Ourives" começou a arrumar a dela, ainda fui a tempo de comprar 3 copinhos minorcas para oferecer à minha filha...sei que adora.De manhã o meu marido comprou-lhe um pequeno bule de Massarelos com bolinhas azuis para uma decoração igual que temos noutra casa...
Despedi-me da Isabel e do marido  Rogério com o convite de nos voltarmos a ver no sábado em Ponte de Sôr...
Outros vão para Vila Real de Santo António, Estremoz e feira da ladra.
Vamos ver - o que eu gostava - era ir e dormir em Évora para fazer no domingo a feira na cidade - claro!
Mas não creio!

sábado, 2 de junho de 2012

1º de junho com feira de velharias molhada em Setúbal

O dia ameaçava chuva contra a vontade do meu marido teimei ir fazer a feira - tinha saudades!
Queria estrear a minha bancada nova... e vender...acontece que enfeirei  mais do que ...

A minha banca....nem reparei que deixei a colcha torta...fez - me lembrar cena igual na sacristia da igreja em Ansião no batizado da minha filha . Amanhã vai ficar mais bonita por cima vou por uma toalha de altar... ao fundo o meu chapéu com as cidades do mundo...
Levei livros, loiça, fosseis e futilidades...

Conheci um colega artesão - Sr Carlos que habitualmente faz feiras de artesanato. Andou imigrado pela Holanda nos estaleiros como soldador no tempo que as Meco as fragatas da Marinha Portuguesa foram lá feitas...até me contou a asneira de terem à última da hora ter de encurtar a proa...porque não caberiam na doca da Marinha...dizia ele " sempre foram 6 metros "...respondi eu...não não...foram 10...por isso na vez de cortarem as ondas como uma faca cortam como se fosse um sapato - andam sempre de "focinheira dentro de água a bate-las...e as peças de artilharia que se lixem...até saltam parafusos, é o que tenho ouvido. "
Faz barcos e outros motivos que monta dentro de garrafas e garrafões.
Dizia ele que um dia perto de S. Pedro de Muel chegou-lhe um velhote à banca todo aborrecido porque as pessoas não valorizam as peças de vidro - no caso era um garrafão de 25 litros - antigo vidreiro contou  "para fazer um igual eram precisos sete homens e ainda assim saia com defeito".
Em Cascais vendeu uma peça do género com a  "Sagres" a duas senhoras bem apresentadas. Quando vende uma obra sua gosta de perguntar ao cliente para onde vai - para atestar o seu orgulho - no caso elas disseram sem papas na língua " vai para uma casa da descendência Champalimaud "...
Ainda outra venda...andava ele com uma peça que adorava , gostava de mostrar, não tencionava vender por isso marcou o preço de 500€  até que um dia é abordado por um senhor que lhe pergunta o preço, diz que é muito interessante, mas cara. No dia seguinte o mesmo senhor aparece acompanhado por outro bem vestidos e dizem de rajada - vamos levar a peça...o homem ficou boquiaberto....perguntou se lhe podiam dizer para onde ia - responderam "podemos sim senhora - vai para o Museu do Estádio do Sport Lisboa e Benfica"...ainda - sabe "dantes chegava-se à banca um casal com um filho e este dizia  coisas tão lindas - os pais olhavam um para o outro  respondiam - deixamos escolher o menino ...agora chegam-se na mesma, o menino diz a mesma coisa - só que os pais dizem  - é lindo sim, mas temos a casa cheia"...
Um contador de estórias!
Chega-se uma senhora  baixota , idosa de cabelo sedoso  com uma malinha redonda e dentro dela trazia peças suas para as quais procurava parelha embrulhadas em jornal, ainda um rolha de vidro para garrafa - tabela conversa comigo " não foi à senhora que prometi uma rolha de vidro?" - respondi que não, que não vinha à feira há mais de um mês...teimava "a senhora é tão parecida, bem talvez a outra seja mais velha..." respondi - pois ainda sou uma menina e moça...não desgrudava..."o prometido é devido"...tenho de a encontrar se prometi não posso falhar... voltava ao mesmo - "promessas são promessas"...
Passadas mais de 3 horas fui dar outra voltinha pela feira - encontro-a na frente de uma banca a conversar, meti-me com ela " então ainda anda na feira"...responde "sim, já comi uma maçã "... nisto admirei a banca da colega e descubro uma garrafa que me pareceu ser a "panela cujo testo seria a rolha dela" ...e sem delongas disse-lhe "parece-me que é esta garrafa, já que a senhora até é parecida comigo - ora dê cá a rolha para experimentar....responde pausadamente - "eu até a trocava se a senhora tivesse uma rolha para a galheta que parti na Páscoa"...fiquei muda...falsa duma figa...tinha uma rolha a mais  e não queria comprar, apenas trocar...a mim fartou-se de "mandar postas de pescada" em matéria de seriedade...
Há velhos muito surdinas...cuidado com eles!
Julgo que houve colegas que não se estrearam.

Li as "gordas" do jornal - um pavor a trágica notícia - alegadamente "um irmão teria atropelado e depois assassinado à facada uma irmã por causa de heranças -  palácio onde nasceram presentemente à venda..." ..."tudo porque o presumível homicida viu o Dr juiz lhe revogar a Procuração dada pela mãe (?) após o falecimento do pai para tomar conta dos negócios, num ano estoirou em casinos mais de um milhão de euros"... indignada pelo inusitado e extrema violência - sem mais nada saber, apenas feeling...acho que esta mãe (?) como muitas outras não sabem o real significado de uma Procuração Notarial e dos poderes exarados na mesma - pior do que isso é sentarem-se à sombra da bananeira à espera que o seu filho (?) adorado, favorito o eleito em prol dos outros (?) o líder para  tomar conta dos  negócios de família e da fortuna...e, com isso assumem tomar medidas extremas com tal gesto impensado : delegam e afastam-se - dão "rédea solta", não acompanham os negócios, não pedem contas, limitam-se a aceitar  directrizes  - são literalmente "enganadas com muita lábia" e mentiras ardilosas, tolas - fazem que não notam as extravagâncias que se vêem a "olhos vistos" - porque lhes é difícil aceitar - "afinal é o seu menino" a quem perdoam sempre...porque o dinheiro é muito, se fosse pouco a coisa mudava de figura..no dizer popular " casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".
Há mães que nunca deixam crescer os filhos. Não lhes dão uma educação para a vida, para serem gente a pensar a agir. Serão sempre apesar da idade - 40, 50, 60 anos " eternamente crianças no pior dos sentidos" - porque é bom ser-se criança em qualquer idade!
Esta mãe ao ver revogada a Procuração pela justiça - um acto bem feito - será que consegue interiorizar o que quer dizer?..."que o seu filho não reunia condições de responsabilidade no momento,  pior nunca reuniu a dar azo à notícia "estoirou mais de  um milhão no casino num ano ...
Difícil agora será esta mãe gerir a tragédia que assolou a sua família e para a qual possivelmente contribuiu ao não ser perspicaz , atenta, nem tão pouco ponderou medir consequências futuras ao dar-lhe tal poder milionário - o filho ao sentir na pele a revogação de tais poderes ficou louco de raiva a clamar vingança desmedida sem capacidade de avaliar danos, porque está doente - viciado em jogo - só isso parece lhe dar prazer(?)  - estoirar a fortuna da família, porque se fosse só dele - tinha esse direito .
Onde estão os valores de família ? - este homem simplesmente os atirou para segunda linha. Afinal o maior património a meu ver do que disputas de heranças.
A  sede de vingança revelou-se na pretensão de querer assassinar as duas irmãs...pereceu a golpes fatais na mais velha, a outra sobreviveu porque um homem acudiu a tempo ... ainda parece que foi até Alcácer à procura de uma terceira irmã...
Coitada desta pobre e rica mãe - o filho na prisão - será ela capaz de o visitar (?) sabendo que foi o alegado assassino da sua primogénita?
Deve ser dor que nunca mais acaba - não há dinheiro que pague, nem palácio que valha a pena!
Esta a sociedade dos nossos tempos formatada a pensar somente no dinheiro e no seu poder afrodisíaco!
Desculpem o desabafo, fiquei agoniada - tanta gente com tanto dinheiro...tantos que querem comer e não tem nada nem tostão...ainda outros que são poupados para andar com a vida direita - uns desgraçados !

Vi muita maezinha tolinha a proceder assim durante anos na minha atividade profissional. Um dia chega-me ao banco uma velhota a perguntar se ainda havia dinheiro na conta....conversa puxa conversa acabou por me dizer que em tempos comprou a casa ao senhorio, como só tinham uma filha decidiu com o marido fazer logo a escritura em nome dela...entretanto a filha licenciou-se e foi para o estrangeiro...um dia  em Lisboa tocam à campainha...eram os novos donos - compraram a casa só por fotografias - a filha tinha-a vendido sem se preocupar com a mãe viúva que ficou na rua...(no caso deveriam os pais ter feito escritura de usufruto) ...dizia-me a senhora lavada em lágrimas...era tão boazinha a minha menina, nem acredito que foi ela que fez uma coisa destas...estava na rua e não aceitava dar-se conta!
Um dia escrevo estórias verdadeiras como esta.
Mulheres que fizeram maus casamentos, que não se realizaram  acabam por se rever num filho homem, ou num único filho - será sempre o seu bebe ...não os deixam crescer, aceitam passivamente tudo o que eles dizem e fazem até quando estes os começam a drogar para manobrar as suas investidas para levantar poupanças...
Já estou a divagar é que a noticia deixou-me completamente extasiada...Não havia necessidade de tamanha loucura!

O meu colega do lado- rapaz de Setúbal desempregado - bom moço e generoso - em Azeitão deu-me duas moedas do tempo do último rei...hoje, deu-me um quadro pequeno com tela pintada...bem andei de volta dele para lhe comprar uma forma de sapato de criança - uma loucura de bonita...tinha outras maiores, até me dava uma - aquela por ser airosa fazia-se caro a puxar preço - bem contei o dinheiro que me restou, até dava...naquilo ele disse-me "na próxima feira se ainda a tiver dou-lha..." pois sim é danada de bonita o raças da forma de sapato de criança...começou a chover foi um desatino a arrumar, não deu para negociar...fiquei com tanta mas, tanta pena. Sonhei oferece-la à minha filha.
Sei que ia amar!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sempre um frenesim a Feira da ladra

Tempo enevoado convidava a passeio, enfeirei, como é hábito. Tenho bancas que não passo sem as ver e comprar, claro, pela qualidade e preço.
São aqueles vendedores que compram recheios durante a semana, iniciam a venda aqui  e, no domingo acabam na feira do mês nas redondezas - o que sobra vendem por atacado a outros colegas para fazerem negócio - tem vezes que hesito não compro, depois ao domingo encontro as peças na D. Maria...

Na banca do Miguel comprei impecáveis - nunca foram usados três lindas peças da SP de Coimbra: dois pratos e uma saladeira - imaginem faziam-me falta. Ainda um pequeno prato Viúva Lamego em tons amarelo impecável e uma moldura pequena por 1 € - antiga para a casa rural, estava em falta - pretendo redecorar uma parede da sala com fotos a preto e branco dos antepassados - tipo  colecção que vi num livro de 1967 da Reder's Digest que a minha mãe tinha - e nunca, claro esqueci.Em casa reparei que afinal  os cantos são em prata e foi partido o vidro para retirarem a foto - esqueceram-se que atrás ficou a verdadeira foto de família de 1947 tirada num fotografo em Lisboa com dedicatória...

Almocei bem - comi umas sardinhas regadas com bom tinto fresco e bolo de bolacha, fiquei confortada -  tivemos por companhia dois homens jovens, com eles travamos boa conversa, um  divorciado há 2 meses, tanto falamos sobre relacionamentos...

Noutro estaminé postado no chão - comprei uma moldura com uma estampa de uma Santa - que me saltou logo foram os escapulários na sua mão, a coroa, cantinhos em lata a imitar prata e vidrinhos espelhados à volta do caixilho, uma delícia, por 1,5€ para ornamentar a sala da casa rural. O vendedor - um jovem negro de S.Tomé , bem falante, rija e boa a conversa, rapaz bem disposto, parecia de bom intimo acabou por nos oferecer uma caderneta militar de 1929 - num relance tirou o boné de marca da cabeça - olhando para nós, disse...bom, muito bom, não sabem o bem que me fizeram aqui e...apontava para a cabeça...Senti tanta pena dele, bem que o influenciei para aproveitar as Novas Oportunidades e tratar da legalização, até me mostrou os papéis - "topei" logo que era diferente, com cultura, trabalhou muito nos restaurantes da Expo - ainda lhe comprámos um cavalo tipo Lusitano branco - pó de pedra de Alcobaça ou biscuti a rivalizar com os famosos da Vista Alegre- que sujo estava,  lindo agora que foi lavado!
Mais à frente encontrei outro vendedor com quem travei conversa, já mais velho, magro de origem Goesa, via-se que tinha percorrido o mundo, sabia o que dizia...em jeito atrevido disse-lhe - sabe, os seus olhos são iguais aos nossos, tem por certo na sua família genes de gente portuguesa..o que nos rimos, farta conversa. Este o maior prazer da feira, o imprevisto, conversar com gente anónima de tudo e de nada, rir...e apetecer ficar!
Num canto vi um tinteiro em porcelana chinesa, tipo casca de arroz marcado por 1,5€ - nunca tinha visto, tive de o comprar, fez-me lembrar os tinteiros brancos de rebordo das carteiras na primária - ao chegar a casa constatei tratar-se de um cálice (para beber a aguardente de lagarto) ...

Na saída comprei uns Jambés com couro para oferecer à  minha filha, lindos por um preço simpático.Ao lado um colega, já enfrascado com pacotes de vinho pelo chão - vazios...tocava, tendo como instrumento uma simples cana rachada, o raças do rapaz, apesar de embriagado tocava como ninguém o malhão, até lhe dava o jeito de bater com a mão.Comprei-a por 1€. A cana desnudada - tem contudo por baixo um parafuso para ajudar a vibração, fazer saltar o som característico que me catapultou à infância - homens em romaria cantavam à desgarrada estrada fora com elas nas mãos engalanadas com fitas berrantes em jeito de laço.Ele a cantar, batia com ela na anca, atrevidote convidava a dança!

O que tive pena? Vi pela primeira vez lindos azulejos século XVIII com caras de anjos e um painel quase completo com um anjo desnudado, eram lindos de morrer, a vendedora rapariga na casa dos quarenta, muito magra, marcada pelas amarguras da vida, falava fluentemente inglês...trocava conversa com um homem novo, conhecedor...Vim embora, ao fim de alguns passos voltei-me, para meu espanto arrumava-os...voltei, nada vi, vendeu-os dados! Se estivesse sozinha tinha-os comprado!
Eram divinais, únicos, de onde teriam sido roubados?
Sim, era mercadoria nobre, se era!

domingo, 27 de maio de 2012

Finalmente tratei da mobilidade dentária...à borla!

Tormento com mais de dois anos com infeções na gengiva no maxilar superior - duas por ano. Ao tempo foi tema para descarregar uma raiva sobre o comércio da nova vaga de clínicas dentárias que proliferam no mercado como cogumelos...Detesto negócios com raiz em franchising - o grosso do negócio para o master - uma carestia no preço final para  cliente porque o parceiro tem de lhe pagar comissão -  royalties !

http://quintaisisa.blogspot.pt/2011/06/quem-nao-teve-dor-de-dentes.html

Perceber este filão de negócio que estes serviços apresentam confesso  tem sido o meu comodismo em decidir o que fazer. Apesar da higiene bocal - o problema persiste por força de dentes tirados em miúda e os do siso aos 20 anos - infalivelmente o mirrar das gengivas  - sendo a boca o maior foco de bactérias no nosso corpo - infiltram pela gengiva,criam fissuras, atacam o osso que prende os dentes - na sua consequência  perdem mobilidade - abanam e, acabam por perder-se se não forem tratados - esta doença tem o nome pomposo - Periodontia - em miúda julgo que  ouvia falar - Seborreia...ainda me lembro nesse tempo ver velhotes quase sem dentes, a minha avó materna só  tinha um à frente...claro que nunca os lavaram, outros tempos !

Amei esta foto apesar da falta de dentes tem um sorriso delicioso!
Interiorizei que tinha de ir a um consultório eficiente, consciencioso e a preço justo...não me parece que exista (?)... até que uma higienista jovem me falou na Faculdade de Medicina Dentária no Monte de Caparica, se bem que tirou o  seu curso na de Lisboa. Já há muito tinha ouvido falar -  confesso nunca lhe conferi destaque para uma visita, talvez pela morosidade na lista de espera...Contudo desta vez tomei a iniciativa - telefonei a marcar uma consulta que ocorreu na sexta feira. Gostei francamente das instalações, do espaço, da modernidade em open space dividido por gabinetes nas várias especialidades - música ambiente e uma infindável azáfama de alunos, bacharéis e professores doutores sempre a intervir, a ajudar, a dar sugestões, a colaborar em equipa - "sem vaidades nem trunfos na manga" - em prol de prestarem um serviço de qualidade que se entende de Excelência  - vali-me do meu poder de observação - enquanto fazia espera da minha vez constatei o perfil atento de simpatia - logo no acolhimento - condução do utente para a consulta - igual cortesia após a intervenção à receção - onde ainda havia tempo para dicas e despedidas.Chegou a minha vez - o mesmo acolhimento cavalheiresco e afável no abrir as portas com a primazia de me fazer entrar - sentir "em casa" até ao gabinete onde me foi feito um diagnóstico de rastreio e algumas perguntas - o  Dr Duarte que me fazia o diagnóstico pediu-me para olhar para ele...fácil foi constatar sem palavras que apenas queria entender o meu rosto - no caso observar os queixais na expetativa de avaliar anomalias na dentição. Seguidamente fiz um RX panorâmico com uma prévia análise por uma equipa, enquanto eu de boca aberta - ouvia as notas ditadas a outro colega o Dr AA das intervenções que sugeria virem a ser feitas. Sendo a primeira consulta de rasteio, estava concluída - sai acompanhada pelo Dr António Amorim que na receção agendou duas consultas. Horas mais tarde  - recebi um telefonema precisamente do Dr. AA se estaria disponível para no dia seguinte pelas 14 horas me deslocar à Faculdade  - "tinham analisado mais detalhadamente o RX, havia um dente a precisar de implante ósseo que seria excelente para um trabalho de Pós Graduação, haveriam fotos, mas era gratuito" - respondi logo que sim. Ao chegar, cumprimentou-me com um aperto de mão fervoroso e disse-me -  " fiquei muito contente por ter aceitado "...Sou moderna, ainda me lembro do tempo da minha filha ter de fazer trabalho idêntico para Psicologia - recolha de estórias de pessoas toxicodependentes...
Pareceu-me que pelo facto de haver pouca gente seria a tarde para "trabalhos a apresentar pelos alunos em final de curso e graduações" (?).
Confesso que senti - apenas haver interesse no tratamento de apenas um dente...quando o Dr Ricardo me pergunta qual era o dente a tratar, respondi "  no maxilar superior no lado esquerdo os últimos dois dentes estão a abanar, julgo que o último não sei se terá condições de tratamento"  - sem delongas inicia o tratamento segundo a minha sugestão, mais tarde passa um colega que o instiga " não era para tratar o dente com defeito?"...responde o Dr Ricardo " sim - mas a senhora queixou-se de dois em cima, um apresenta grande mobilidade" - acordam em fazer um RX a que se seguiu a intervenção de limpeza do dente até à raiz com aparato de muitos olhinhos em cima de mim...fui pincelada na cara com betadine enquanto davam palpites -fosse do número do dente fosse do grau de mobilidade - atribuído grau dois - após uma hora de limpeza e outras intervenções - não sentia nada - mas a Drª assistente segurava no dente para não baloiçar ou cair - no entretanto oiço o Dr Ricardo desabafar isso mesmo com ela - a mim disse-me "tenho de o tirar, é um foco de infeções, quem sabe até da enxaqueca"...assim foi - de seguida começou a tratar do dente ao lado que lhe fazia parelha...limpeza e cirurgia para implante de uma cunha com osso para regenerar a parte óssea da gengiva  - na minha intuição julgo que o implante vai fazer crescer de novo o osso da gengiva e com este brutal reforço ósseo, agarra de novo o dente. Levei pontos desde o palato a toda a volta do dente mais do que foi arrancado...o médico dizia "foi a minha avó que me ensinou a dar pontos para cozer as meias" depois de cozida não sentia forças no canto da boca já passavam mais de 2 horas...aguentei ao pedir para me anestesiar junto ao lábio, assim foi mais fácil tratar do "dente com defeito" que o Professor em sorriso dizia aos colegas " nunca cá apareceu um dente igual a este de 3 pontas...merece constar em livro"  - senti que aquele dente com defeito despoletou um autentico orgasmo intelectual... A máquina fotográfica parecia dessas dos fotógrafos com uma grande teleobjectiva, na mão o médico segurava um espelho mais parecia uma tala de formas arredondadas para ajudar na visibilidade do trabalho à medida que ia sendo feito, não faltou o bocal para manter a boca aberta -a parte mais difícil porque ao estar anestesiada, não se tem a precessão do grau de abertura. Novos RXs antes e depois da cirurgia. Falavam sempre em modo profissional com termos que não são do nosso quotidiano - percebi por entre dentes um desabafo sobre o "medo" de não se utilizar o produto(?) ...substituído por osso no enxerto da cirurgia (entendi se tratar de algum método ainda não totalmente testado cientificamente, ou ... tal e qual o que senti em situação análoga há 31 anos no Hospital de Santa Maria com a introdução no endométrio de um medicamento  em teste  - prostaglandina com a função de provocar aborto espontâneo do nado morto - debalde senti dores como se fosse um parto normal com a rotura do saco de águas - a enfermeira deixou-me uma arrastadeira com a indicação de a usar...mas nada saiu pelo que no dia seguinte tive de me submeter a uma raspagem- só me lembro à minha volta estar um grupo de estudantes de medicina de batas brancas, aparentemente brincalhões a fazer perguntas " quando menstruou a 1ª vez...quando teve a sua 1ª relação sexual...a gravidez foi pensada...e,...o meu humor estava péssimo - fui indelicada tal a loucura de nervos - lembro-me que a anestesia não surtiu efeito até levar dose dupla - no dia no recobro o médico disse-me " nunca mais cá apareça para fazer serviço igual, mesmo anestesiada não parou de se mexer um segundo na marquesa, foram os alunos que a seguraram - estavam ali para aprender como se faz uma raspagem..." mal sabia ele que aqueles alunos a aprender a serem doutores me fizeram lembrar o Dr. Pica no seu tempo em Coimbra - um malandreco  - "um dia corta o pénis numa autópsia  ao cadáver e sorrateiramente o deixa no bolso da bata de uma colega..." agora imaginem quando a menina sorteada  dá com o brinde do dildo ereto no bolso...julgo desmaiou!
As palavras são como as cerejas já estava a divagar...no caso optaram pelo implante ósseo. Já conhecia o método em outras situações análogas que vi numa reportagem na TV. A odisseia demorou 4 horas.Se para mim não foi fácil para eles também não.Imagino o cansaço brutal de braços e de mãos para não falar cerebral.
Senti-me muito bem tratada e acarinhada. Muita educação - tantos desculpe D. Isabel...mais um bocadinho já está pronto...esta-se a portar muito bem...vou fazer o meu melhor apesar de ser do Sporting - eu do Benfica, se fosse do Porto era bem pior...está-se a aguentar...quer continuar? ...estes dentes vão ainda durar muito e, ...
Com a minha caneta prescreveu o receituário sob olhar atento de outro colega de olhar lânguido esverdeado qual lago de nenúfares ao entardecer - aquele olhar transportou-me à minha infância no meu tempo da 4ª classe ao lembrar o Salvador...momento arrepiante - homem  por demais sedutor!
Volto para tirar os pontos no dia 5 - o Dr AA vai estar de propósito para os tirar - até me disse " se não houver muita gente retoco a coroa daquele outro dente..."

Um louvor e um BEM HAJA aos médicos que estiveram comigo extensivo aos outros que colaboraram com destaque para o Dr António Amorim  - elo de ligação para o convite , do Dr Ricardo - cirurgião e assistente a Drª....quase ficou "com o pulso aberto" de tanto segurar nas mangueiras de sução da saliva e outros apetrechos cirúrgicos, ao Dr Duarte, não menos gentil. Muito obrigado a todos por me terem distinguido com a sua simpatia e aparente eficiência neste serviço de cirurgia e implante regenerador prestado na  Faculdade de Medicina Dentária cujo nome encabeça outro nome não menos ilustre - EGAS MONIZ - na Quinta da Granja no Monte de Caparica .
Não precisei de tomar o S.O.S...Bom trabalho caríssimos médicos, dormi muito bem, ajudou na minha auto estima uma dose dupla de cinema que me aqueceu o coração...Sinto-me bem...o canto da boca ficou neste estado...mais umas horas estou pronta para nova aventura! 
2016
Voltei para acrescentar que deve haver muitos com a mesma patologia, a crónica vai perto das 6000 visualizações.
O que aconteceu entretanto? Aqui aportei outras vezes nestes últimos anos, onde nem sempre fui devidamente atendida , porque os alunos, que são alunos, uma maior parte, deles no meu opinar, não denota perfil para exercer esta profissão..., sendo sempre o trabalho em parelha, passam o tempo a falar de tudo; borgas, festas, fatioras, enquanto o paciente espera e desespera, alguns sem memória, e parco conhecimento, vale o outro que toma apontamento do que ele dita, onde se constatam constantes enganos seja na numeração da dentição mostrando dificuldade em saber atribuir o nº certo ao dente que está a verificar na sondagem da verificação da enfermidade- até 3 é considerado normal, depois disso começa a ser grave com a infiltração das bactérias que se alojam no osso e o tecido gengival começa a ficar esponjoso e podem originar um abcesso, e os dentes a ficar com mobilidade, se a infeção não for tratada a tempo os dentes acabam por se perder . Tive um abcesso em agosto passado tratado com antibiótico. Entre este tratamento e a consulta marcada em outubro comecei a sentir as mesmas dores do início do abcesso, pelo que me acautelei, fiz um tratamento simples, que vou explicar e de facto não voltei a ter abcesso- com uma cotonete embebida em água oxigenada a 10 volumes mergulhada em sal fino, fui carregando bastante, sendo que doía muito a gengiva inflamada, de aspeto esponjado, repetia o mesmo em volta de todos os dentes, de seguida lavava a dentição com uma boa pasta receitada noutra altura pelo dentista em detrimento das vulgares compradas nos supermercados, armada de escovilhões que passava por entre todos os dentes por o fio dental não me dar jeito, finalizava com um solução de água oxigenada com água, em partes iguais para bochechar em detrimento dos elixir tradicionais no mercado, fiz isto todos os dias ás 3 refeições, fora delas não comia nada para não ter o trabalho de voltar a lavar a boca. Comecei a sentir resultados evidentes em poucos dias, o que me deu força para continuar, sendo que tudo foi feito com peso e medida, li bastante nas pesquisas que fiz, separei o trigo do joio, e sem medo algum estava certa que apesar de poderem haver contratempos, sobretudo pelo sal descontrolar a tensão alta, ainda assim o fiz. Quando me apresentei na consulta expliquei o que aqui relato e se deixaram a olhar uma para a outra, uma delas ainda diz, assim não precisa de voltar ao dentista...foi-me informado que tinha uma doença crónica, devia ser tratada em perio, de novo o espicaço das gengivas para fazer a estatística referida atrás, que depois vem a médica e volta a espicaçar para verificar se a numeração dada está correta, sendo q que não está tem de ser emendada. Marcada nova consulta para fazer alisamento. Por fim disseram-me que andava a lavar muito bem os dentes e se usava fio dental-, respondi que sim, lavava muito bem a dentição, mas usava era escovilhões, percebi que afinal a numeração referente à gravidade da doença da minha dentição era perfeitamente aceitável, resulto do meu trabalho, que afinal foi simples e económico.  Cancelei o alisamento radicular ao maxilar inferior, percebi é muito espicaço, sendo feita raspagem com anestesia local, deveria primar por ser cuidadosa o mais profundo, limpando áreas com placa ou película bacteriana. Na maioria  fui atendida por alunas sem perfil(?), de uma maneira geral em todas as equipas, a que tomava notas se revelava com mais sabedoria em relação da que fazia o trabalho, errava constantemente a numeração dos dentes... convenhamos para o dorentede boca aberta fica a pensar se está em boas mãos!
Portanto se continuar a proceder como até aqui, reduzo a infiltração de bactérias e consequentemente mantenho os dentes saudáveis. No objetivo de reduzir a inflamação e reduzir a mobilidade escovo os dentes  e na frente em rotação para as gengivas não regredirem. Bochecho apenas à noite com a solução de água oxigenada com água.
Conclusão o sal é a única coisa que combate as bactérias, que as mata.
A minha solução é mistura de um pouco de sal fino e de bicarbonato de sódio.Com a cotonete embebida em água oxigenada passo na mistura e pressiono junto das faltas de dentes, onde é mais provável as bactérias se infiltrarem, corroem o osso e por isso deixam o dente com mobilidade.Não abusar do bochecho com água oxigenada, correm o risco de queimar a língua, fica branca e a pele pode saltar. A mim nunca aconteceu.
Como sei? Não gosto muito de regras, sou mais a "OLHO" e abusei da +agua oxigenada e sim tinha a língua esbranquiçada. Na ultima consulta, as alunas(de lambidas)  alvitraram que quando lavasse os dentes também lavasse a língua...estranhei e perguntei a razão- resposta escorreita "tem a língua branca cheia de bactérias"...horrorizada, logo eu que até faço uma equilibrada higiene oral, fiquei chocada...em poucos dias por me perturbar este estar de bactérias, em conversa com um amigo, tranquiliza-me ao dizer que também tinha abusado da água oxigenada, queimado a língua e a pele tinha saltado toda...

domingo, 20 de maio de 2012

Parabéns Briosa...Parabéns Pincesa - HURRA, HURRA, HURRA!!!

Cantarei até que a voz me doa o - Grito Académico da minha cidade - Coimbra!
O Grito Académico - divide-se em duas partes: Dedicatória e Aclamação (em que existe uma voz de "comando" a que responde a assembleia).
Assim, temos:
- Então (malta), e para a Briosa não vai nada, nada, nada, nada?
- Tudo !
- Mas mesmo nada, nada, nada, nada?
 - Tudo
- Então, com toda a cagança, com toda a pujança e aclamação pela taça de Portugal aqui vai /sai um...F-R-A!

- Frá! - FRE! -Fré! -FRI! - Fri! - FRO!
- Fró!
- FRU (com prolongamento do som É da letra F: "éf "- concluindo com RU - "ériu"). - Fru!

-(todos) FRA, FRE, FRI, FRO FRU ALIQUA, (a)liquá, (a)liquá (BIS)

CHIRIBIRIBI-PÁ-TÁ-TÁ-TÁ (Bis)

 HURRA, HURRA, HURRA!!!

Sou Sporting - o meu coração não se dividiu a ver o jogo - dois clubes do meu coração na final da taça. O dia prometia festa para quem a ganhasse!
O lema de uma final além da sorte e do azar as equipas tem o dever de entrar em campo para "dar o litro"- numa luta de igual para igual, entrega, sacrifício, amor à camisola e vontade de vencer, porque é uma final -ontem no Jamor os vitoriosos foram  os da minha terra onde um dia eu nasci - Coimbra a cidade dos amores de Pedro e Inês, do Mondego, do Penedo da Saudade e dos jogadores da Académica!
Desde pequena os vi treinar no seu estádio no Calhavé, emblemático para mim com um grande arco em "U" virado ao contrário na entrada através dele divagava em sonhos para lá das grades ao ver o relvado e nele rapazes atrás de uma bola vestidos de  camisolas pretas...
Tantas foram as vezes que os havia de ver nas constantes idas à cidade berço em companhia da minha mãe no carro de táxi do Sr Estrela a consultas da especialidade -  " Doenças das Senhoras"....
Claro que via outros do clube a União de Coimbra a treinar junto ao Mondego onde depois de tirar a carta a  minha mãe deixava o carro estacionado.
Em 1978 quando trabalhei nos CTT na baixa junto ao jardim da Manga cheguei a ir ver  jogos, ainda haviam muitos estudantes jogadores -" mas foi sol de pouca dura..."

Fiquei francamente feliz com a vitória! Se sofri!O Sá Pinto não arriscou e deveria!

De manhã entrei na euforia da promoção de 50% na compra de carne no Pingo Doce. Valeu a pena comprei lombo de vitela de 20 a 10 €. Aguaceiros iam e vinham, o meu marido foi ver o desfile em mar e terra da Marinha em Cacilhas. Azáfama na cozinha, assei duas agulhas de vitela com batatinhas, aproveitei o forno  fiz um bolo de chocolate, o mais fofo de sempre...até o meu marido me perguntou onde fui buscar a receita, resposta escorreita - o segredo é a água morna e metade de uma maçã ralada...

Repasto divinal com salada de alface e laranja...até parecia leitão fingido.
Pela tarde saímos numa voltinha à Costa de Caparica. A feira pelas 3 horas estava em demanda...muitos feirantes arrumavam estaminés. Muitos lugares vazios, fraca afluência.Já não é o que foi!
Amanhã a minha querida filha completa 30 primaveras. Está em Barcelona com o namorado.
Felizes.
Eu também!

Aldrabona  nas cantigas e, fora de mim por tanta alegria  entoou o grito académico à minha maneira...

Áferreá Á
Afeeré É
Aferri  I
Afeerrió Ó
Aferriu U
A E I O U  Chiribi tá tá
URRA URRA URRA!
Parabéns Briosa!
No miradouro de Santa Luzia - a ver o Tejo!
                                                      PARABÉNS PRINCESA
                                                             DINAH  ISABEL!
                                                           URRA URRA URRA!

Saúde, e alegria - que contes muitos.....sssssssssssssss 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dia da Espiga na visita à Base Naval do Alfeite em 2012

Dia da espiga  em 2012 coincidiu com as comemorações do Dia da Marinha, com portas abertas ao público para visita ao Alfeite.Claro que não desperdicei a oportunidade!
Quinta Real do Alfeite pertença da Família de Bragança, cedida ao Estado para implantação do Alfeite e Arsenal
Considerada um dos locais mais deslumbrantes e belos de Almada com uma área de 300 hectares, estende-se desde o Caramujo e Romeira, sobe a arriba ao lado das Barrocas, vira num repente na Azinhaga do Rato ao Laranjeiro para descer ao Miratejo beijar o esteiro de Corroios e terminar na Ponta dos Corvos - hoje infelizmente sem a linha férrea que fazia a ligação por uma pequena ponte para a estação do Seixal aos pés da Quinta da Trindade, um dia destes vou falar dela.
Escritura da Quinta
A Quinta Real do Alfeite no século XVI  foi pertença de João Álvares de Caminha, 3 anos após o terramoto de 1755 D. Pedro III, filho de D. João V manda construir o Paço Real do Alfeite.Em 1871 surge a transferência do Arsenal do Alfeite da Marinha de Lisboa para a margem esquerda do Tejo que só viria a ter projecto em 1906 do Engº Santos Viegas - muita discussão gerou os planos para a sua construção,os trabalhos de terraplanagem começaram em 1929, só viriam a terminar  com a transferência do velho Arsenal da  Marinha de Lisboa, para o Alfeite, em janeiro de 1939 onde ainda se mantêm nos dias de hoje. Tem uma capela, um bairro onde ainda vivem antigos militares, creche e escolas, infra-estruturas de desporto com piscina, um balcão do banco Santander - teve uma clínica e uma cordoaria, um grande estabelecimento com um restaurante no último andar com uma vista panorâmica sobre o mar da Palha e Lisboa, onde os preços eram muito acessíveis, isto antes do Pão de Açúcar se instalar em Almada, além de outras valências tem uma mata de pinheiro manso muito antiga e dezenas de pavões lindíssimos.Julgo que a quinta pertence à Casa de Bragança, nada pode ser demolido ou árvore cortada sem pedir autorização...é o que ouvi falar!
Aguarela do Paço Real do Alfeite de Enrique Casanova
A uns cem metros do palácio para norte encontra-se um grande edifício cuja fachada mostra evidencias quinhentistas com reforços de meios muretes laterais de cima abaixo sendo que são mais finos em cima e mais largos na base- devem ter um nome - que se encontram nos Jerónimos e muitos  outros monumentos. A bateria da máquina "flipou" não pude registar a foto...Também na extrema da Quinta com o esteiro de Corroios há coisa de 30 anos nas minhas caminhadas até à Ponta do Mato assim o povo chama ao sapal estreito e praias iodadas, bons ares para a saúde, problemas de tiróide, vi na altura ruínas de dois palacetes que fariam parte integrante da Quinta, pelo aspecto pitoresco seriam casas de veraneio viradas a sul  usadas pelo rei D. Carlos que aqui se deslocava amiúde.
Durante as obras de construção da nova Base Naval os operários depararam com um objecto insólito na sondagem do terreno a desbravar - uma grande talha de barro cheia de reluzentes moedas de ouro - centenas de moedas de 500 reais- raríssimas - cunhadas no reinado de D. Sebastião com finíssimo ouro dos tributos de Quiloa conhecidas popularmente por "Engenhosos" - alcunha do seu fabricante moedeiro Real João Gonçalves - o "Engenhoso". As primeiras moedas datadas de 1562, existindo porém, espécimes da mesma época e com valor idêntico mas relativamente vulgares.Como se explica a presença de tamanha fortuna em local tão ermo, descoberta mais de três séculos depois de terem sido cunhadas?
Certeira seria encontrar a resposta exacta...? Pondera-se a possibilidade do tesouro ter sido escondido(enterrado) a mando de D. João Álvares de Caminha, fidalgo da Casa Real, cuja família tinha na época a posse das propriedades do Alfeite e que acompanhou o rei D. Sebastião na desgraçada jornada a Marrocos onde veio a falecer em 1578.Num tempo que não existiam Bancos...a segurança dos bens era praticamente nula, por isso lendas de arcas com ouro enterradas...felizmente algumas descobertas de tesouros como este. Duas perguntas imperam? O que aconteceu aos homens que enterraram a talha (sim o patrão foi para a guerra  - se não os mandou matar eles podiam sempre vir à posterior roubar o tesouro e fugir ou não, já que dono fora, patrão na loja?) - o que foi feito das moedas ainda existem, estarão em algum Museu?
Ancoradouro do Palácio do Alfeite
 Aguarela do Alfeite de D. Carlos de Bragança 1891
Comecei a visita com uma passeata no Patrulha Pegaso

 Veleiro Sagres 
Ancorado na Base do Alfeite. Visitei-a na minha primeira vez.
Gostei de sentir um veleiro a sério: cordas, lemes, mastros - tinha uma vela aberta com a Cruz de Cristo - na ré existem mesas com bancos corridos em madeira para se lanchar ao sabor da maresia.Navio elegante e belo com latões a reluzir oiro.
        
Tive o prazer de  mexer no badalo do sino e de registar foto com os cozinheiros
Barricas em madeira

Veleiro Criola
Navio mais pequeno que a Sagres, não estava em visita.
Por detrás a vista do verde da mata  de pinheiro manso do Alfeite.
                              
 Navio de guerra F487 em reparação na doca seca do Arsenal
O Alfeite em termos territoriais é distinto para a entrada quer da Base Naval da Marinha  quer do Arsenal, na linha do rio cada um se separa no território para cada lado.
Recentemente o Arsenal foi englobado na sociedade de capital do Estado -Impordef - que também detém os estaleiros de Viana do Castelo...
A antiga Goame do Arsenal -, oficina de armamento - ouvi comentar  a antigos reformados "deveria ter ficado englobada na Marinha por esta depender diretamente dos seus serviços - ou não - se procurar fora de portas quem faça o trabalho mais barato, outros diziam que a nova empresa exigiu  ficar com a Goame - a única que dava rendimento (?)"...Refuto sérias dúvidas se esta nova empresa  Impordef não poderá ter os dias contados (?) fazendo eco às recentes notícias ocorridas no estaleiro de Viana do Castelo ouvidas na TV - fiquei com a nítida impressão de uma  fatal visão estratega e liderança na administração empresarial cujo fundamento deveria ser - de sucesso - com objectivos definidos numa dinâmica laboral de expansão, e projeção para fora de portas do negócio, rentabilizando os estaleiros, e o pessoal credenciado - não deixar morrer aos poucos nenhum deles com o descrédito - despejo para a  mobilidade dos trabalhadores, todos eles desde sempre - a alma e a vida do mesmo, a baixo custo . Na nova empresa julgo - de um administrador passou a três - sem falar de outras chefias criadas, todos  contemplados com frota de carros de boa cilindrada. Um dos males destas empresas megalómanas - antes estatais passam para outras mãos com outros interesses(?)... criam-se "tachos" com a criação exagerada de chefias, gente de poleiro - muitas vezes sabem pouco, ou mesmo nada do serviço - pelo que ouvi dizer ganham grandes ordenados - claro que não havendo contratos negociados - não tem gente de carisma comercial que saiba negociar aqui, e além mar - rareia o trabalho -  e casa onde não há dinheiro...quem paga os ordenados? Fala-se que já rareia no Arsenal para os continuar a pagar...boatos neste estaleiro foi coisa de sempre - lá diz o ditado "onde há fumo há fogo!
Assunto para pensar - uma empresa levanta-se com todos a remar para o mesmo lado , onde os chefes  da mesma elite, e não misturas de doutrinas diferentes - Marinha e civis - metem mãos ao trabalho ao lado dos trabalhadores, e não tipo polícias de vigia em "rondas"...há falta de atitudes pragmáticas, e de inteligência no  incutir força, ânimo, e vontade em vencer todos unidos a mesma luta - a continuação do estaleiro, e o seu progresso!
A manutenção dos navios da Marinha será a meu ver o principal cliente do Arsenal - esta, com a redução substancial do orçamento tem de redefinir as obras, só entrega determinados trabalhos sendo que alguns são feitos pela prata da casa,onde os conhecimentos (?) da especificidade podem acarretar consequentes dores de cabeça e custos redobrados - digo eu - ao ouvir dizer que militares desempenham pequenos trabalhos - ora, ninguém nasce ensinado e o que parece fácil, não é  - só operários que durante anos desmontaram e montaram peças de armamento e, outras específicas, as conhecem de cor e salteado - acredito é de ficarem com os cabelos em pé quando ouvem " aprendizes de armamento militar" falar de avarias e da sua resolução  menosprezando um trabalho de elite, bem executado pelos operários do Arsenal - toda a vida mal remunerados em relação aos militares - pelo árduo trabalho: seja na construção, mecânica, electricidade, electrónica, soldadura, preparação e outros - além do saber que acumularam com técnicos holandeses que se deslocaram aqui e os ensinaram a resolver avarias nas peças de armamento e antenas. Alguns tem um saber imensurável sem contudo nunca o terem sido remunerados na propulsão! Outros tiveram estágios além fronteiras de especialização.Alguns são técnicos - dizem passar o tempo a jogar no computador - porque trabalho é obra suja para os operários...dizia um deles a rir...coisa que faz pensar!
A Marinha  a meu ver ainda está a tempo de voltar atrás, agarrar esta oportunidade de ficar com esta oficina de operários de grande valor e saber, fazendo dela escola - para novos aprenderem e continuarem o desempenho de gabarito como no passado tal como no presente sempre foi bem executado no Arsenal pela maioria dos operários - porque também os houve que pouco ou nada fizeram, aproveitaram-se das circunstâncias sem circunstância - achadiços que pouco ou nada trabalharam, só recebiam ordenado... porque afilhados e "engraxadores" existem em todo o lado, é sarna deste País!

Navio Atlântida
Navio fantasma que o governo dos Açores rejeitou por incompatibilidades no projecto... veio o presidente da Venezuela  Hugo Chavez dizer  que o comprava ao Sócrates com palmadinhas nas costas...atacado de cancro esqueceu-se do negócio...acabou por vir dos estaleiros onde foi construído - Viana do Castelo para o Arsenal...A pergunta é  para quê? Será que não existem compradores nesse mundo fora para a sua aquisição? Porque razão o governo açoriano sabotou o negócio quando Portugal contribui com riqueza, embora numa escala muito inferior em relação à Madeira...acaso não deveríamos ter força, e dizer tem de ficar com ele? Ou querem que apodreça  e vá para abate para um dia afundar com um torpedo(uns milhares)  para ser coral - e prazer na pesca submarina para mergulho de meia dúzia de novos ricos...
               
Navio Hidrográfico D. Carlos
Adorei ver imagens como estas registadas por aparelhos sofisticados a preto e branco do relevo da nossa costa ,depois tratados a cores para estudo e outra visibilidade.
Destaco o  Canhão da Nazaré com 30 metros de profundidade, por isso a tal onda do mesmo tamanho que deu o recorde no Guiness.


Fragata Vasco da Gama
O tapete em corda na entrada feito á moda e tradição marinheira.

Euzinha  ao meio da rampa de lançamento dos mísseis - Searsparrow.
Com a crise que se vive na Grécia-, acaso saia do euro, outros países se seguirão - imagine-se a loucura se  alguém dos governos desta Europa desnorteada der ordem no meu dizer " se passar dos carretos"  e, os manda disparar...vamos todos  para o "Katano" com tanto cruzamento de misseis por todos os lados!
Na boca dos sobreviventes vai andar o nome -  searsparrow...cuja tradução - pardal do mar , nada tem haver com destruição ( o nome advém do formato do míssil ser esguio  e rápido como o pardal do mar, julgo). 
Porque razão digo isto? 
Junto ao helicóptero ouvi cochicho de homens pareciam saber do que falavam  sobre o recente golpe de estado na Guiné-Bissau, o ministro deu autorização para sair uma esquadra com duas fragatas, uma corveta e um petroleiro para abastecimento - até parece que somos um grande país, se tivéssemos porta aviões também ia... No caso os "golpistas militares pretos" - que o são aqui, mais do que qualquer outro lugar - isto não é xenofobia - é a cor das gentes daquele corno de África com ideias bem claras - não deram autorização para a esquadra fundear nas suas águas territoriais- "ficaram a encher pneus" a 100 milhas - tão pouco se mostraram interessados com as relações do passado - País irmão, antigo colonizador...A missão da esquadra tinha a salvação das nossas gentes imigrantes ( se houvesse massacre o povo português cairia em cima do governo, abonam agora em sua defesa...) mas houve guerra? Ao que sei houve arrufos de poleiro pelo poder da droga - outros Países  é o petróleo. O que parece ter havido - prisões e pilhagem, um hábito nestas bandas, que não é surpresa nenhuma...
Conversa para muitas linhas, mas no caso não me apetece estar aqui a dissecar se o País tem de ir a correr mal se sinta uma instabilidade de guerrilha. Os imigrantes tem hoje leis mundiais que os deveriam proteger porque imigração existe desde que há descobrimentos, só agora é que se andam com estas emergências de ir a correr acudir (?) pessoas , que mal chegam cá  - matam saudades e na semana seguinte votam e, ninguém pergunta o dinheiro que o País gastou com o repatriamento.
No  caso ouvi por entre dentes a um grupo de antigos operários(?) que o gasto se cifrou em  6 milhões!
Não acham que alguém tem de parar de continuar a dar ordens sem pensar em custos?
Dou comigo" a pensar para os meus botões...
Até onde vai parar o nosso querido País!"

Faço fé, acredito que o País não pode continuar a ser um " rebadofe(?)" onde todos mandam e ninguém tem razão!
Chega de políticos de "meia tigela" sem escrúpulos - gostam de mandar, sonham com protagonismo, nenhum assume nada , acertam negócios de milhões com contrapartidas que depois falham, e ainda pelo meio há sempre muita  gente que se "afiambra" na intermediação com milhões.
É tempo de exigirmos a todos eles a obrigação - Ponderar CUSTOS - tal como na ciranda da foto -  a fazer lembrar a corda arrumada  -  " chegar à inglesa"!
Portugal um País fronteiriço com oceano - meio por meio, é verdade -  somos pequeninos - pior seria se estivéssemos enfaixados entre países no interior da Europa. Porque raio temos a mania das grandezas em comprar navios de guerra sofisticados de milhões quando outros Países da América do Sul se remediaram com a nossa frota de fragatas que alguém (?) achou estarem obsoletas? Pelos vistos para eles servem - "chamaram-lhe um figo"...coisa para pensar!
Quem aguenta continuar a  suportar tamanha carestia de CUSTOS:
Prestações de milhares dos submarinos e,..
Manutenção da frota naval de guerra
Pessoal terra e mar
Provisões  - abastecimento de géneros alimentares para todos os navios
Combustível
Honorários
Este País  tem a mania da grandeza, quem não caça com cão, caça com gato !
Se não há ganhos, como se contrabalança na Marinha o orçamento?

A Marinha tem sido  "salva vidas e náufragos". Ação benemérita. Pois é, e os custos? Quem os suporta? São horas, dias que os  helicópteros fazem buscas? 
Chega de tanta bondade. Deveriam começar a cobrar. Talvez assim as pessoas comecem a entender que tem de ser mais cuidadosas no mar. Há seguros para tudo. Porque não pensar nesta variante para solver esta situação.
Doí  pensar no custo diário com a MARINHA PORTUGUESA - num País sem guerras - que não se consegue sustentar a si mesma, não produz riqueza, antes só despesa - grande na casa dos milhões, cujo Estado suporta a custo - todos nós - sem falar dos submarinos...aquisição sem ponderação de custos onde muita gente se "abotoou à grande e à francesa" no pensar de gente inteligente - aberração sem limites de carestia - qual a necessidade? Só aceitável se tiverem a missão de descobrir o que aconteceu ao navio Bolama guineense, que afundou nas nossas águas...as causas? Alterações no estaleiro tiraram estabilidade (?) ou quiçá, supostamente arrastado para o fundo por um submarino, acidentalmente(?) lhe sugou as redes  que tinham sido lançadas... Ou ainda? ...pouco ou nada se sabe sobre o naufrágio ocorrido em 92 com 30 pessoas a bordo na sua viagem inaugural...ao se falar pouco sobre o assunto foi morrendo no esquecimento...mas, uma pessoa com raciocínio lógico, e atenta mantêm dúvidas e imaginação fértil para o que de fato teria acontecido!
Julgo ser tempo de repensar na possível reestruturação  da defesa nacional a nível mundial.Portugal ao ser membro da Nato - deveria ser esta organização  a assumir a aquisição de navios de guerra - e os Países membros pagariam a prestação de serviços quando recorressem  a ela na ajuda externa.
Portugal deveria renegociar a utilização da Base das Lajes exigindo mais, atendendo ao ponto estratégico, esmifrando o governo dos Estados Unidos, e não ter "medo" de os enfrentar...como parece ser a política de anos dos nossos governantes sempre de "orelhas murchas" ...deveríamos ser nós a dar ordens e não a recebe-las como tem sido.Diz o povo nos seus ditados populares "de Espanha nem bom vento nem bom casamento" - digo eu - "dos EUA nem boa política nem boa economia"...
Portugal ordeiro - " bastava-se" com a sua frota normal para supervisionar a costa, e as Ilhas seria mais do que suficiente. 

Ainda outra frota ancorada pela base naval do Alfeite

Fragata Álvares Cabral F 331
Remato em desabafos - de quem saber fazer contas sabe distinguir o Débito do Crédito, e ainda gere poupança com poucos recursos.Contudo há uma comemoração quase passa despercebida que aprecio imenso, ocorre a 25 de junho no Tejo - navios da Marinha  exibem-se com varinos, fragatas , faluas, catraios, botes leão e,... em alegre viagem relembrando os tempos que eram o meio de transporte no rio.


Notei este ano abrandamento nas comemorações, mesmo assim  grandes gastos em demasia.
Claro que gostei da visita.As comemorações terminaram no domingo dia 20 . Antes durante uma semana - entrada livre na Base para visita de alguns navios em exposição, ainda outras exposições no Fórum Romeu Correia em Almada e rastreio por pessoal credenciado do Hospital da Marinha - parque aventura no relvado, jogos, insufláveis e piscina para mergulho com os fuzileiros.Ainda há outra exposição em frente da praça João Batista por baixo do lar e,...


Em  Cacilhas , a Sagres no rio junto da fragata D. Fernando, que na foto não se vê, aberta ao público em visitas, a última do caminho das Índias.
Houve desfiles no rio e em terra.
Esqueci-me de apanhar a espiga!
Espigada, e empertigada me senti com este País e os seus mandantes - todos sabem que há gente que nada tem para comer e pouco ou nada os governantes fazem para melhorar o seu dia a dia, antes só sabem retirar regalias. Isto é o começo. Exige-se urgência em cortes radicais nos ministérios e organismos públicos - mas a doer - estabeleçam objetivos de redução de despesas.
Se precisarem de ajuda estou disponível...não tenho a formação da escola naval - austera, fria, distante ...o meu  jeito "forte e feio" baseia-se na liderança, olho vivo, rudeza e força no trabalho!

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