Na agenda no dia 2 de maio tinha a visita à minha querida tia Emília hospitalizada nos Hospitais da Universidade. Rumamos cedo à cidade dos doutores para conhecer o local para os lados de Celas e suas acessibilidades, uma vez identificado, estacionamos a caminho do Bairro Formoso .
Partimos em caminhada na manhã fresca mas gostosa a recordar tempos que aqui aportava na carreira com a minha mãe, e das boas lembranças; vendedeiras de queijos do Rabaçal de canastras à cabeça, havia outras pelas ruas de cestas cobertas com panos de linho branco a vender arrufadas e os cafés: Nicola, Briosa e Internacional onde degustava um bom pequeno almoço com pão cozido em forno elétrico que adorava, hoje abomino, e galão, onde travei conhecimento com os pacotinhos de açúcar refinado branco, pois só conhecia até então o amarelo que se vendia avulso num cartucho...
- Deparei-me espantada com a nova sinalética dos semáforos, neles a contagem dos segundos a decorrer como avisador, nunca antes assim vista.
Edifício dos Bombeiros Voluntários, ex livris arquitetonico-, não se trata de ARTE NOVA-, sim estilo PORTUGUÊS SUAVE.
Segundo o comentário de um "anónimo" que gentilmente me ensinou na correção passo a transcrever " Trata-se de uma construção provavelmente da década de 40 do século XX, no estilo Português Suave (Estado Novo). Este estilo arquitetónico é único no mundo, só existe em Portugal, tal como o Manuelino, e pode ser encontrado principalmente em Lisboa, na zona das Avenidas Novas (Praça de Londres, Areeiro, etc). O estilo Português suave (sim, é o nome de uma marca de cigarros) foi criado tendo em base vários elementos da arquitetura tipicamente portuguesa e, por isso mesmo, pode ser tomado com mais antigo do que realmente é."
Neste espaço outrora laboraram fábricas de faiança, a última a laborar da Viúva A. Oliveira.
Na fachada o que resta da guarita das Alminhas
As obras do templo foram iniciadas antes do ano de 957, como comprova um
documento onde este é doado ao Mosteiro de Lorvão. Foi reedificada nas
últimas décadas do seculo XII em data desconhecida, no reinado de D Sancho I.
Prédios da Rua Ferreira Borges a Livraria Almedina
Edifício Chiado alverga o Museu Municipal, que é um digno
exemplar da arquitetura do ferro. Nos dias de hoje apresenta uma
coleção de arte concedida à cidade pelo casal Tello de Morais, abriu
portas em 2001.
Igreja de S. Bartolomeu, pelourinho e igreja de S. Tiago
Aqui a minha mãe comprava cintos, travessões, fitas para o cabelo, chapéus de chuva e,...
Largo do Paço do Conde aqui havia bazares no meu tempo de criança onde a minha mãe me comprava pastas para a escola, jogos, lápis de cor e cadernos a 5$00 e,...
A Cruz Templária no telhado da igreja de Santa Cruz
Aponto para a janela onde comecei a trabalhar em abril de 78 nos CTT na parte técnica, TLP . Tanto mirei o jardim da janela...A pensar no futuro como seria...
Ao descer a escadaria para registar a foto da hortense vinha em grande correria uma ratazana peluda a fugir de um melro de bico amarelo ...Possivelmente andou a rondar o ninho que os fazem baixos...
A lateral do convento de Santa Cruz ostenta colunas de pedra, por aqui passei tanta vez a caminho da estação da CP de braços carregada, de 15 em 15 dias a caminho de casa na margem sul de Lisboa.
Tasca do Vitor na lateral num esgueiro beco da Rua da Sofia com o pipo e as chouriças penduradas e nós de barriguinha cheia
Assim se edificou o maior conjunto renascentista, universitário e religioso do País e talvez da Europa, eventualmente o primeiro campus universitário do país… Nestas cidades a presença mais marcante foi a da Igreja, que tal como se percebe pela Rua da Sofia, foi responsável pelo ensino em Portugal.
Igreja e colégio do Carmo
Igreja e colégio da Graça
Diário de Coimbra
Jardim da Manga
O claustro quinhentista do Mosteiro de Santa Cruz, obra
marcante de João de Ruão, de cariz harmonioso e bucólico, arquitetura singular de formas circulares, cujo templete central, colunas e os
arcos que o ligam a quatro pequenas capelas cilíndricas que tiveram os
seus retábulos, e depois os quatro tanques em "L" sempre a brotar repuxos d' água, a fonte
da vida...
A lateral do convento de Santa Cruz ostenta colunas de pedra, por aqui passei tanta vez a caminho da estação da CP de braços carregada, de 15 em 15 dias a caminho de casa na margem sul de Lisboa.
Rua da Sofia, nome que provem da palavra grega para Ciência ou Sabedoria,
célebre porque consolidou definitivamente a cidade de Coimbra como
centro cultural e pólo universitário nacional. Em 1500, Frei Brás de
Braga presidia aos destinos do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e a
ele se deve a abertura da Rua da Sofia, ou Rua da Sabedoria,
que com os seus 450 metros de comprimento e 15 de largura, era a mais
larga do país naquele tempo e também uma das maiores da Europa.
Aberta segundo o modelo parisiense da Rue de Sorbonne,
iria servir de suporte aos colégios que as diversas ordens religiosas
viriam a erguer em Coimbra, na sequência do estabelecimento definitivo
da Universidade, na cidade, em 1537. A sua implantação em linha recta e a
escolha do local estratégico, fora do perímetro amuralhado, permitia
maiores níveis de concentração nos estudos. Na Rua da Sofia existe algum
paralelo com a clássica cidade Grega, assumindo assim o seu valor
particular pelo conjunto de soluções urbanísticas e inovações
arquitetónicas que implicou, nomeadamente nos séculos 16 e 17.
- É a cidade portuguesa com maior número elevado de colégios universitários. Os edifícios têm com 3 a 4 pisos, com uma arquitetura relativamente rigorosa e classicista, com uma decoração de transição, sobretudo no seu interior, composta por elementos renascentistas portugueses, manuelino e barroco.
A estrutura social destes colégios era bem diferenciada e estratificada.
Assim havia colégios para ricos, para pobres, para nobres, para laicos e
para o clero.
Na Rua da Sofia contaram-se 7 colégios renascentistas, com outras tantas
Igrejas anexas, de um conjunto de 20 que se enumeraram terem sido
construídas na época e mais 3 posteriormente.
A maior parte destas escolas foram integradas na Universidade e
perfaziam um número de 23 escolas distintas construídas entre 1539 e
1779.Assim se edificou o maior conjunto renascentista, universitário e religioso do País e talvez da Europa, eventualmente o primeiro campus universitário do país… Nestas cidades a presença mais marcante foi a da Igreja, que tal como se percebe pela Rua da Sofia, foi responsável pelo ensino em Portugal.
- O Mosteiro de Santa Cruz foi o primeiro grande pólo de ensino em Coimbra, a partir do qual se começou, de forma embrionária, a desenvolver a Universidade.
- Esta rua foi incluída, com a Universidade e a Alta, no património classificado da Unesco, sendo hoje Património da Humanidade,considerada de interesse mundial no conjunto com a parte alta da Universidade.
Construído em 1541 pelo bispo do Porto, Frei Baltasar Limpo, para
residência de clérigos que desejavam frequentar a Universidade, contém a
mais monumental igreja da rua da Sofia e um dos mais belos claustros de
Coimbra. Em 1547 foi doado à Ordem dos Carmelitas Calçados. Com a
extinção das ordens religiosas, em 1834, o edifício passou para a
Venerável Ordem Terceira de São Francisco (1837). Todo o seu conjunto
tem vários atrativos: um retábulo maneirista, dos melhores do estilo no
País, com belas pinturas e esculturas de madeira; a beleza das capelas
laterais; o revestimento azulejar e a diversa imaginária, contribuem
para que esta igreja constitua um recanto precioso de Coimbra.
Estabelecido em 1543 por Frei Luís de Montoia para a Ordem dos Eremitas
de Santo Agostinho. A igreja, o claustro e todo o colégio são os
primeiros exemplos de arquitetura com estrutura renascentista
executados na cidade e influenciaram um conjunto de outras obras. O
claustro do colégio tem dois pisos e foi iniciado em 1548 por Diogo de
Castilho. O primeiro piso está coberto por abóbada de berço. Por carta
régio, o Colégio é incorporado na Universidade em 1549. Com a extinção
das ordens religiosas, em 1834, o edifício passou para a Irmandade do
Senhor dos Passos e para o Colégio do Exército. Hoje é um Quartel
Militar.
Piada em ver afixado o jornal com anúncio em rodapé sobre Ansião...
Colégio de S. Tomás
Azulejos da Fábrica Lusitânia de Lisboa
Construído em 1539 perto do rio, foi depois transferido em 1546 para a
Rua da Sofia devido a inundações. Pertencente à Ordem Dominicana, com a
extinção das ordens religiosas, em 1834, foi comprado pelo Conde do
Ameal no séc. XIX, que o adaptou a residência e mais tarde ainda neste
século foi adaptado a Palácio da Justiça que já nada tem a ver com o
edifico quinhentista. O Portal do colégio encontra-se hoje no Museu
Machado de Castro aplicado na fachada que dá para o largo de S.
Salvador.
Quando perguntei aos seguranças se sabiam a fábrica que os pintou, os três abanaram a cabeça a dizer não, entretanto tirei fotos que amavelmente me deixaram registar, nisto um deles chega-se a mim e disse " o nome está ali, por acaso reparei de manhã quando passava..."
Chalet em abandono na colina da Conchada deveria ser pertença da fábrica de curtumes também em abandono.
http://www.cearte.pt/destino1874/roteiro_3.php
Estabelecido pelo bispo de Miranda, Dom Rodrigo de Carvalho, para que 12
clérigos pobres mirandeses pudessem estudar. O edifício na Baixa foi
construído entre 1543 e 1548. Em 1572, Dom Sebastião I concedeu a este
Colégio o edifício junto à Alcáçova Real (a Sul do que é hoje a Porta
Férrea), passando o Colégio de São Pedro a usufruir de dois edifícios,
um na Baixa, outro na Alta. O edifício da Baixa acabou por passar para a
Ordem Terceira Regular de São Francisco. Na Alta, o Colégio
destinava-se a doutores e licenciados para estágio. O templo, tal como o
claustro, é simples mas de boas dimensões, seguindo o esquema das
igrejas dos colégios vizinhos, ligando-se numa gramática vulgarmente
designada por renascença coimbrã.
Igreja construída no início do séc. XVIII localizada imediatamente a
seguir à Rua da Sofia não muito longe da antiga que as cheias do Rio
Mondego forçaram a abandonar, encerra um ciclo de edificações religiosas
que, vinham a ser construídas desde o séc.XVI, nesta zona da cidade.
Constituída por três pisos e duas torres sineiras e com forte expressão
setecentista. O edifício foi sofrendo intervenções ao longo do tempo,
mantendo grande parte da estrutura original. São ainda de realçar, os
retábulos em talha policromada e dourada.
Ruínas com terreno no baixio da Segurança Social que serve de parque de estacionamento... |
Jardim fresco com mesas para piqueniques, aparelhos para crianças brincarem e riachos a fazer lembrar o choupal ali tão perto.
|
http://www.cearte.pt/destino1874/roteiro_3.php
Mais um maravilhoso passeio. De Coimbra tenho saudades do tempo que por lá andei. Agora com todo o tempo do mundo será local a revisitar.
ResponderExcluirCarlos Gomes
Olá Carlos, que bom saber-te de volta. Julgo estarás reformado...
ResponderExcluirDiverte-te e passeia muito.
Bjo
O meu local de férias desde sempre! A minha cidade.
ResponderExcluirExcelentes fotografias, com alguma dificuldade para as visionar devido ao modelo do blogger.
É sempre bom relembrar os locais onde trabalhamos e vivemos, o jardim da manga e o meu amigo Xico com aquelas especialidades gastronómicas.
Não gosto de ver aquele abandono como acontece um pouco por todo o Pais.
Voltarei em Novembro.
Obrigado pelo seu tempo, gosto de vos acompanhar.
Bj e abraço.
Caro Manuel Luís ainda bem que gostou de revisitar a nossa Coimbra-, desta feita apenas uma parte.é sempre gratificante recordar boas memórias.
ResponderExcluirBem haja pela cortesia da visita. Bjs
Boa noite, tenho só uma coisa a corrigir, o edifício dos Bombeiros voluntários não é Arte Nova. É uma construção provavelmente da década de 40 do século XX, no estilo Português Suave (Estado Novo). Este estilo arquitetónico é único no mundo, só existe em Portugal, tal como o Manuelino, e pode ser encontrado principalmente em Lisboa, na zona das Avenidas Novas (Praça de Londres, Areeiro, etc). O estilo Português suave (sim, é o nome de uma marca de cigarros) foi criado tendo em base vários elementos da arquitetura tipicamente portuguesa e, por isso mesmo, pode ser tomado com mais antigo do que realmente é.
ResponderExcluirCaro anónimo, desde já o meu muito obrigado pela cortesia da visita.Também no corrigir, com ensinamento, o estilo arquitectónico citado, que vou desde já alterar. Confesso que apenas sou apaixonada pelo património e vivências, que adoro descrever com emoções, também críticas, para mais tarde recordar. Claro que desconhecendo detalhes específicos, mas sem medos e atrevida, reconheço os riscos de erros, por isso é sempre agradável haver pessoas que me sabiamente me corrigem e partilham saberes gratuitamente , no caso só enriquecem a crónica.
ResponderExcluirO meu bem haja.
Isabel