Visita gratuita na semana Europeia da Mobilidade em Almada
Porquê do nome dado à Fragata!
O navio foi batizado em homenagem ao Casal Real, o rei-consorte D. Fernando II e a Rainha D. Maria II, cujo nome próprio era Maria da Glória, que também se refere à Santa Nossa Senhora da Glória, muito devota dos Goeses
Aguarela pintada aquando da exposição na marina da Expo
Através das imagens se idealiza a vida deste deste navio, começando pela maqueta.
A Fragata foi construída em Damão, Índia Portuguesa em madeira Teca de Nagar-Aveli, entre 13 de junho de 1832 e 22 de outubro de 1843, altura que foi lançada à água em Goa.
Foi lançada à água em 22 de outubro de 1843.
A última a ser construída exclusivamente à vela da Marinha Portuguesa.
Navegou 33 anos entre os territórios na Índia e Portugal.
Cumpriu missões ao longo da costa de Moçambique e Angola.
Navegou mais de 100.000 milhas náuticas, o que corresponde a cinco voltas ao Mundo.
Cumpriu missões ao longo da costa de Moçambique e Angola.
Navegou mais de 100.000 milhas náuticas, o que corresponde a cinco voltas ao Mundo.
A última fragata a fazer a carreira da Índia.
Veio para o Tejo em 1878, em 1889 a Fragata sofreu profundas alterações para melhor servir como Escola de Artilharia Naval.
Veio para o Tejo em 1878, em 1889 a Fragata sofreu profundas alterações para melhor servir como Escola de Artilharia Naval.
Em 1945 iniciou uma nova fase da sua vida como sede da Obra Social da Fragata D. Fernando, criada para recolher rapazes de fracos recursos económicos que ali recebiam instrução escolar e Treino de Marinharia, estando ancorada no Tejo em frente a Santa Apolónia.
Desfile junto da Igreja velha de Nossa Senhora da Conceição.
Fundeada perto de Cacilhas, onde foi a Lisnave até ao dia 3 de abril de 1963 decorriam trabalhos de serralharia que ocasionou um violento incêndio que a consumiu quase na totalidade, ficando o vcasco encalhado no Mar da Palha cerca de 30 anos.
Nas fotos os rapazes em fuga nos escaleres e outros na água a ser resgatados
O que restou da Fragata para não se afundar foi rebocado para o Mar da Palha, em frente do Arsenal do Alfeite, onde viveu encalhada no lodo -, que conheci há 40 anos em maré baixa, sendo habitat de peixe graúdo, safios.
Este belo veleiro, que durante anos foi um verdadeiro ex-libris do Tejo que serviu de modelo a muitos pintores, como o Rei D. Carlos
Reboque para Aveiro para o estaleiro Ria Marine para restauro
A Marinha conduziu todo o projeto de restauro do navio
Restauro coordenado por uma comissão nomeada para o efeito, com apoio de diversos colaboradores com a gestão e responsabilidade técnica do Arsenal do Alfeite.
O adeus à saída da barra de Aveiro para Lisboa
Na frente da Torre de Belém
No reboque a passar pela Ponte 25 de abril
Entrada numa doca do Arsenal do Alfeite.
Foram chamados operários reformados, ao tempo já nada se fazia destas artes no estaleiro, havia que fazer mastros, pavimentos,chapear a cobre, fundição de canhões , fazer escaleres e,...tudo o que faltava fazer para a deixar como se apresenta-, uma maravilha, produzida pela mão operária sem licenciaturas!
Colocação dos mastros
Chapeamento a cobre
Fundição dos canhões
Moleskine de Francisco Moura
Na Marinha Grande foram encomendados serviços em cristal para guarnição das messes, e na Vista Alegre os serviços de loiças.
O Comandante na proa onde é a varanda fechada sob a bandeira da Monarquia
No poço do navio parte-se à descoberta das várias áreas que o compunham na vida a bordo no século XIX
Preso com ferros e com golilha
Moleskine de Francisco Moura
Cozinha, com fogão,depósito de água quente, tachos, frigideiras todos os utensílios em cobre
Bomba de Roda destinada ao esgoto de águas do porão e combate a incêndios
Cabrestante para puxar a âncora
Coleção de espingardas e de espadas
Curral para animais vivos destinados a abate a fim de proporcionar carne fresca. Não tem local fixo a bordo, dependendo dos espaços disponíveis e condições do tempo
Paiol da pólvora
Camaratas dos passageiros
Enfermaria também mudava de local
Dormitórios em esteiras de rede
Local onde se comia e trabalhava nas cordas e remendo de velas
Cordas, cadernais e outros utensílios e outra bomba de água
Bateria de 50 canhões
Oratório de Nossa Senhora com a Imagem da Virgem indo-Portuguesa do século XVII
Porta do Sacrário retirada do fogo pelos bombeiros de Almada
Mastro principal exibe a placa de homenagem ao Almirante Andrade e Silva, protagonista desta iniciativa de restauro
No convés a pensar que caiem pingos d'água na sala da messe...vi penicos aparadores...bacias plásticas, ora estará mal cafetada?!
Sonhadora na roda de leme
Moleskine de Francisco Moura
Convés com 22 baterias de canhões
Roda de leme e a bússola fechada na caixa alta que deve ter um nome...
Perdi por artes do diabo a foto que tirei esplendorosa junto do sino...
Nem de propósito o meu amigo Francisco Moura enviou-me a foto da pintura que fez em 2013.
Pintura no Moleskine
Panorâmicas da Fragata com o esplendor dos mastros
Os terminus dos mastros que enfiam nos que se vêem na Fragata jamais voltam a sentir as alturas-, jazem no chão a gemer de profundas frestas, apesar dos anéis brutais em ferro que os adornam...
Ei-la a subir a bordo...
Vista da Fragata com o mastro colossal na popa
Aguarela gentilmente enviada pelo meu amigo Francisco Moura-, iguala uma boa foto!
Rede esticada que deixava antever o céu enublado a lembrar o tempo que marinheiros se emaranhavam nas suas cordas, as subiam rápido e sem medos...
Deve estar bem guardada para ninguém se atrevera surripiar o cobre...
Nunca faltam os tapetes feitos na arte de marear
Só foi feita uma vela, por litígios...Desafio-, a origem das fotos do passado aqui mostrado da Fragata?
Espero que se deslumbrem como eu me deslumbrei com este testemunho eloquente da brilhante história marítima portuguesa, orgulho de muitas gerações passadas e um exemplo de determinação e coragem para as gerações futuras.
Veleiro Sagres
A fraca qualidade de muitas fotos deve-se ao seu registo ter sido com pouca luminosidade e diretamente do filme...
A piada-, falava com o meu marido para se tirar o flash da máquina , eis que o Sr. Comandante aparece e nos pergunta se estamos a fotografar para o Concurso de Fotografia que decorre no âmbito da Marinha ou pela FNAC...
Valeu a cortesia do Francisco Moura , um artista arsenalista, ao me enviar aguarelas e pinturas do seu moleskine -, que muito me honram e engrandecem a crónica, e de que maneira...
O meu bem haja!
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