sábado, 13 de dezembro de 2014

Torre no Monte de Caparica onde viveu Bulhão Pato

Largo da Torre do Conde (dos Arcos) rebatizado Bulhão Pato no Monte de Caparica
Raimundo António de Bulhão Pato era filho de Francisco de Bulhão Pato, poeta e fidalgo português , e da espanhola María de la Piedad Brandy, nasceu em Bilbau, no País Baco.
Bon vivant, apreciador de caçadas, viagens, da gastronomia e dos saraus literários, na companhia de intelectuais, como Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Andrade Corvo, Latino Coelho, Mendes Leal, Rebelo da Silva e Gomes de Amorim . Com outras personalidades importantes da sociedade portuguesa da época, forneceu receitas para a obra "O cozinheiro dos cozinheiros, editada em 1870 por Paul Plantier .
Escritor romântico Bulhão Pato de signo Peixes, por certo escolheu a Torre para morar até falecer pelos ares, paisagens,pela caça, e por estar muito perto do Tejo, num pulo em descida ao Porto Brandão, metia-se num catraio e chegava a Lisboa.

Citar excerto https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA
«BULHÃO PATO!
E, então.........as AMÊIJOAS??!

Escritor, homem de caçadas "de sala e de laboratório culinário....derradeiro sobrevivente do romantismo", como o descreve Alfredo Morais, in "O Cronista", n.º 21 de 27/4/1955, foi, Bulhão Pato, celebrado por Júlio Dantas com um elogio, proferido em 1913, na Academia das Ciências, que sobre ele disse: "Toma em Sèvres e oiro o caldo de galinha das sauteries do Farrobo" e entre preciosos manjares "na sua casa da Torre, servia aos convidados a lebre caçada na véspera ou lebrão marinado em vinho.
 »
Retrato de Bulhão Pato de 1883 pintado por Columbano Bordadlo Pinheiro
Citar excerto de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
"Bulhão Pato que era muito bondoso, muito, tinha os seus paradoxos: não gostava de crianças, porque eram barulhentas, mas, chamava as filhas do sr. Marques( as meninas da Torre) para a sua beira; amava o silêncio e tinha sempre à sua roda à barulho de uma alegre e palradora convivência, médicos e escritores, sobretudo.
 — Apesar disso — acrescenta a mana Isaura Augusta —  o sr. Pato era muito bondoso, muito. Acudia pelas criadas, obrigava-as a ir cedo para a cama, que não queria excessos de trabalho lá em casa.
Depois, a propósito de criadas, vem a história da Elisa. Bulhão Pato. além da cozinheira e do criado, tinha sempre uma "criadinha fina", uma rapariga de serviços de fora que pudesse acompanhar D. Maria Isabel.
— O sr. Pato gostava de ter caras jovens e bonitas á sua roda. Mas a história da Elisa é muito triste. Um dia, vieram dizer ao escritor que ela andava de amores com uma visita da casa, o jornalista, sr. Urbano de Castro. Viam-nos juntos em Lisboa, nas folgas da Elisa...
O sr. Pato chamou-a, ralhou-lhe tanto, tanto, que ele, segundo diziam, era um trovão quando se zangava, que a rapariga, envergonhada, matou-se com um desinfectante com que andava a tratar-se...
O sr. Pato chorou e fez-lhe uns versos. Havia uma quadra que dizia assim:
Senti bater o caixão
Quando te foste enterrar
Era tarde de Verão
O Sol morria no mar."
 —  Em que passava o tempo o escritor?
—  Se não escrevia, conversava sobre as suas viagens, falava de livros, fazia "pic-nics" na Quinta da Estrela ou caçava nos juncais de Caparica. Uma vez por semana, parece-nos que ás quintas-feiras, saia para Lisboa com a senhora, muito bonita com as suas mangas de presunto e os seus grandes laços de tule à volta do pescoço.
 —  Deu o nome a muitos "pratos" e petiscos...
— Possivelmente, eram os amigos que lhos davam. Nunca demos conta de que o sr. Pato fosse á cozinha ensinar a fazer ameijoas, bacalhau, perdizes ou ostras — e o que ele gostava destas! — com o seu nome ou não..."
Escreveu aqui na Torre vários livros destaco -  Livro do Monte (1896)
            
Reza a história a célebre receita  "ameijoas à Bulhão Pato" da sua autoria, debalde não é...Segundo os comentários da Rosa Miguel, muito interessantes sobre a origem desta receita .Por aqui na região reza a lenda que vivendo na Torre, a um pulindo do Porto Brandão, terra de pescadores e ancoradouro de catraios para Belém em  Lisboa, seria o local onde a receita teria tido origem em casa de uma mulher alentejana, por isso o uso dos coentros- erva típica na gastronomia alentejana ficando na história do seu nome associado ao bom repasto que adorava, por isso o seu nome associado.
As famosas ameijoas à Bulhão Pato, foto retirada fotos do Google, petiscos
Ainda existe o prédio que habitou metade, cuja construção reporta aos finais do século XIX.
Segundo excerto do Livro de Alberto Pimentel a Extremadura Portuguesa 
A casita  é confortável
Com dois palmos de quintal;
Porém tem vista agradável ,
Que abraça o Monte ao val
Foto retirada de  https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
Visível na sua frontaria um gradeamento que seria pertença da quinta da Torre do Neiva que "surripiou " o nome da primitiva Quinta ad Torre.
                
 Continuando a citar excerto de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
 "— Vinha muito por aí o dr. João Barreira. Ficava ás semanas e viamo-lo, através da janela, pendurado além, nas grades do jardim, a esticar-se, como se quisesse ficar mais alto. Tinha uns olhos de pássaro tonto que nos assustavam. Ali ao lado, havia um celeiro. Ás vezes, o caseiro da sr.a Condessa dos Arcos ia para lá tocar harmónica. Como doido, o dr. João Barreira desatáva ás voltas, com as mãos nos ouvidos e aqueles olhos, a gritar, "que é isto, que é isto?" Este tocador de harmónio [?] era o mesmo que um dia, cumprimentando o sr. Pato, lhe estendeu a mão e a quem o escritor admoestou serenamente: "que é isso, rapaz, estende a mão só aos que forem teus iguais".
Foto retirada de  https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2015/01/casa-do-monte.html
Casario de Bulhão Pato com remate em platibanda em balaústre em faiança e vasos
   
Citar excerto https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
"— Não sabíamos de onde lhe vinham os rendimentos. Rico, rico, porém, não seria, porque lhe vinham duas vezes por semana, ás quintas e domingos, grandes cestas de fruta e legumes, oferecidos pela familia Pinto Basto, da sua quinta aqui de perto, que está hoje nas mãos dos Quintelas. Mas com o não ser rico não deixava de ser muito esmoler, o sr. Pato. A casa aqui ao lado. estava mais que modestamente mobilada."


Citar excerto de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre
"O Joaquim da Fidalgo vinha buscá-los, com o seu velho trem puxado por dois cavalinhos velhotes e eles aí iam a caminho de Lisboa para almoçar não nos lembra se no Leão de Ouro se no Estrela de Ouro... O carrinho, claro, ficava do lado de cá em Cacilhas. Nesse tempo, os barcos já eram movidos por vapor mas ainda não transportavam carros, como hoje. Aqui, do Porto Brandão, é que partiam os barquinhos movidos por meio de remos.... "
Largo Bulhão Pato
Citar excerto de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2015/01/casa-do-monte.html
" A paizagem vulgar d'aquelles sitios: vinhas em volta, pinheiros ao longe. No caminho do Lazareto, a cem metros do Monte, umas ruinas pittorescas: a Casa das Bruxas, na sombra dos grandes ulmetros, onde os rouxinoes cantam na primavera. Á hora em que o orvalho sobe mansinho no ar socegado, fazendo tremer os contornos longinquos, Bulhâo Pato, madrugador, pega da espingarda e elle ahi vae por esses montes atraz das perdizes, por esses pinhaes á espera das gallinholas."

Casa das Bruxas
Sserá a atual ermida de S Tomás de Aquino reaproveitada no século XVI de um morabito árabe(?), que ainda conserva uma cúpula.
Foto retirada de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2015/01/casa-do-monte.html
Rio Tejo Fragata Higino Mendonça dedicada a Bulhão Pato
Citar excerto de http://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
"—  Estamos a vê-lo, ao sr. Pato, muito fino, muito educado, um pouco baixo e de barbas muito brancas, com uma manta alentejana pelos ombros: "vamos a ver se ainda deito este Janeiro fora!" Costumava passear por aí, com a sua bengalinha mas, sendo muito sociável, não admitia certas liberdades... " 
Funeral de Bulhão Pato o cortejo a caminho do cemitério do monte em 1912
Um gato branco ao sol  numa parcela da horta da quinta da Torre primitiva, se encadeia com as pedras do talude da avenida Timor Lorosae
Foi com este olhar que senti a TORRE onde viveu e morreu o Bulhão Pato amante de ameijoas.
Fontes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Ant%C3%B3nio_de_Bulh%C3%A3o_Pato
https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA-186509761426925/photos/
http://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2016/02/as-meninas-da-torre.html
http://mariopro.com/caparica/images/LUGARESdeCAPARICA.pdf
https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2015/01/casa-do-monte.html
http://lisboa-e-o-tejo.blogspot.pt/2017/03/meme-de-bulhao-pato-no-leao-douro.html

7 comentários:

  1. Diz-se, por vezes, que as "Amêijoas à Bulhão Pato" seriam um prato com que João da Mata (grande cozinheiro) teria pretendido homenagear o poeta. Azar dos azares! No seu livro "Arte de Cozinha", publicado pela Parceria António Maria Pereira em 1924 (6.ª edição), o mestre cozinheiro não faz qualquer referência às amêijoas mais o seu perfumado molhinho. Frequentes são as alusões feitas a Bulhão Pato, no âmbito da gastronomia, pelos seus contemporâneos. Referências às amêijoas (talvez o que ainda o mantém "vivo", já que a sua obra literária, essa levou-a o tempo) associando-as ao poeta - como refeiçoeiro - há, que eu conheça, uma: a de Alberto Bramão, seu amigo, que em "As Últimas Recordações", Lisboa, Oficina da Empresa Nacional de Publicidade, 1950, pp. 61-69, descreve assim a ementa habitual do autor do "Livro do Monte" no restaurante Estrela de Oiro, na Rua da Prata: "um grande prato de sopa de camarão, um prato de arroz com amêijoas e outro de peixe guisado; queijo, fruta e uma garrafa inteirinha de vinho de Torres".
    Ah! Grande poeta, que bem te deverá ter sabido o arroz com amêijoas...............
    P.S.: Ainda sobre as amêijoas versus Bulhão Pato
    Se bem que a orientação geral tenda para que não sejam da sua autoria, ou que seriam uma forma de homenagem à sua pessoa ( de João da Mata ou outro….), há algumas referências a Bulhão Pato, na sua relação com a cozinha, que conviria explorar…….. No prefácio à 1ª edição (1875) da “Arte de Cozinha”(teria Bulhão Pato para aí 46 anos), Alberto Pimentel escreve ".....se não há já todos os dias nos dois hotéis do Mata um prato de Bulhão Pato é porque B.P. sempre que pode fugir de Lisboa........" - o que atesta a importância de B.P. no que à culinária respeita. Facto corroborado pelas receitas da sua autoria, incluídas no “Cozinheiro do Cozinheiros”, de Augusto Plantier, e, também, na revista “Ilustração Portuguesa”. Porém, nunca foi dada a conhecer a receita das amêijoas - À Bulhão Pato - como sendo, comprovadamente, da sua autoria. Para baralhar um pouco mais, Alberto Bramão, que no seu livro "Últimas recordações" descreve o menú de um jantar, que fez com B.P. no restaurante "Estrela de Ouro", sito na que é a actual Rua da Prata (restaurante este "onde [segundo este autor] havia sempre indicado na lista um prato que teve fama: Amêijoas à Bulhão Pato"), cita-as sim, mas na companhia de arroz. Porém, há um indício que, porventura, encandeia B.P. às amêijoas (às ditas): Albino Forjaz Sampaio, em “Volúpia a Nona Arte: Gastronomia”, publicado em 1940, portanto 28 anos depois do falecimento do poeta", escreve "....mas não falta quem coma as amêijoas, lhe saboreie a açorda, lhe repita a lebre. Amêijoas à Bulhão Pato é o prato mais gostado, e o mais popular da sua obra gastronómica......"
    Foi ou não Bulhão Pato o criador de tão saboroso e perfumado pitéu? Alguma vez o saberemos?...............

    Fernando Miguel

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    1. Deveria ter sido postado antes

      BULHÃO PATO!
      E, então.........as AMÊIJOAS??!

      Escritor, homem de caçadas "de sala e de laboratório culinário....derradeiro sobrevivente do romantismo", como o descreve Alfredo Morais, in "O Cronista", n.º 21 de 27/4/1955, foi, Bulhão Pato, celebrado por Júlio Dantas com um elogio, proferido em 1913, na Academia das Ciências, que sobre ele disse: "Toma em Sèvres e oiro o caldo de galinha das sauteries do Farrobo" e entre preciosos manjares "na sua casa da Torre, servia aos convidados a lebre caçada na véspera ou lebrão marinado em vinho".
      A revista semanal "Ilustração Portuguesa", II série, n.º 30, 17 de Setembro, 1906, pp. 193-198, em artigo não assinado, dele refere "...depois da caça a sua paixão é a cozinha, uma cozinha toda de emoções e de colorau picante, uma cozinha declamatória e grandiosa, cortada de especiarias e drogas como um Colóquio de Garcia da Orta, e puxando a lágrima à força de pimentão como um sermão de frade "Lagosta"." Todo o bom português leu um dia a "Paquita", ou comeu, ao menos uma vez na vida, "Lebre à Bulhão Pato", receita que é descrita na revista, tal como uma de cada um dos escritores gastrónomos: Júlio César Machado, Luís d´Araújo, Ramalho Ortigão, Fialho de Almeida e o padre Raphael Bluteau.
      Para além da "Lebre à Bulhão Pato", três outras receitas do poeta são descritas, desta vez, num opúsculo intitulado "Receitas para os gastrónomos requintados - inventadas e executadas por distintos artistas e escritores portugueses", editado pela Compendium em 1944, e transcritas das páginas 15 a 18, das receitas de Bulhão Pato, que Paulo Plantier recolhera, em 1870, na sua obra "O Cozinheiro dos Cozinheiros".
      Albino Forjaz de Sampaio, na sua obra "Volúpia, a Nona Arte: a Gastronomia", publicada por Domingos Barreira editor, em 1940, escreve na pág. 51 "....Quando com o grande Ás da Gastronomia que é António Belo, eu ajudei a fundar a Sociedade Portuguesa de Gastronomia, pensei um segundo em criar, como nas academias eruditas, vinte e cinco fauteuils, poltronas à portuguesa, para gastrónomos nacionais e outras tantas para a gastronomia mundial, antiga, moderna ou exótica, poltronas que teriam o nome de escritores da especialidade, cultores da arte, grandes cozinheiros ou gastrónomos somente" e mais adiante "...pode consagrar-se a décima poltrona a Bulhão Pato, grande poeta e gastrónomo notável...". Os virtuais assentos eram vinte e cinco.

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    2. Cara Rosa Miguel, bem haja pela cortesia da visita, pelo eloquente comentário, sendo extenso, se revela em duas partes, em obra prima da vida do Bulhão Pato, remata o nome de Fernando Miguel, o autor da obra, suponho, apreciei imenso a informação que desconhecia, no caso só dignifica o post ao lhe acrescentar sabedoria.Na região do Monte de Caparica o que se fala é que BP por morar na Torre, a um pulindo do Porto Brandão,região de quintas solarengas e pescadores e ancoradouro de barcos que seguiriam para Lisboa, por ser mais perto do que Cacilhas, com isso o surgir da receita do pitéu por aqui seja também grande probabilidade (?) .
      Muito obrigada
      Cumpts
      Isabel

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    3. Cara Isa Coy, agradeço o seu comentário. Ui eu, Fernando Miguel, quem escreveu os apontamentos. O nome da minha mulher, Rosa Miguel, aparece porque, inadvertidamente, utilizei a sua caixa de correio.
      De Bulhão Pato, amante da caça e da cozinha, o que se conhece, como certo, da sua autoria são quatro receita, com que contribuiu para o "Cozinheiro dos Cozinheiros" de Paulo Plantel". Nenhuma dessa receitas algo tem a ver com as celebradas "Amêijoas à Bulhão Pato". Não é conhecida qualquer prova de que a receita seja da autoria do autor .
      do "Livro do Monte"

      Cumprimentos,

      Fernando Miguel

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  2. Obrigado Exma Sra Isa Coy por as suas fotografias sobre a Torre.
    Eu vivi na Fonte Santa até aos 19 anos, (entre 1949 e 1967). Se a Sra tivesse perguntado aos velhinhos da Fonte onde era a "Casa dos mouros" talvez lhe a tivessem imediatamente indicado. Nós, os rapazes da Fonte entravamos pelo "buraquinho". A capela estava cheia de terra até à altura dessa janela. O muro da estrada já existia "era a estrada nova" ninguém a chamava de 5 de outubro. Eu e o meu amigo Firmino do Monte de Caparica, cavamos pelo interior até alcançarmos a parte superior da porta (por volta de 1961).
    Muito obrigado pela imagens (que me causam penas) e o prazer de recordar sítios por onde vivi.
    Carlos Estevao : carlos.estevao@laposte.net

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  3. Caro Carlos Estevão muito obrigado pela cortesia da visita e pelo comentário.
    Uma visita agendada há muito que acabei por fazer sozinha, e não me atrevi a descer da capela à Fonte Santa, foi propositado para voltar com o meu marido. Acontece que nasceram dois netos um a seguir ao outro, olhe acabo de chegar de Lisboa de estar com eles, e o tempo diminuiu para estas coisas que eu também gosto. Mas fique descansado que vou voltar e fazer uma crónica sobre a Fonte Santa e vou falar com as pessoas e saber sobre a "casa dos mouros" que nunca ouvi falar. O local é aprazível, pena que a autarquia não a revitalize, tem -se perdido muito património.Tenho várias crónicas sobre quintas que existiram no Pragal e Monte de Caparica. Só aportei a Almada em 78.
    Cumprimentos
    Isa

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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