terça-feira, 19 de abril de 2016

Risquei a Clínica Dentária da Faculdade do Monte de Caparica !

Pela Páscoa a trincar com soberba uma fatia de folar doce a que juntei avelãs ao trincar senti uma dor imensurável, de morrer, num dente pré molar...Com analgésicos e gelo amorteci a dor, sou uma nata sofredora, mas havia horas que se mostrou quase insuportável até que me resolvi voltar à Faculdade de Medicina Dentária no Monte de Caparica.Cheguei pela manhã  às 8.15 H. Sentada na espera da minha vez a fazer uma "sopa de letras" ouvi a chamada do meu nome, levantei-me e quando chego ao corredor já outra senhora na minha frente se tinha apresentado por ter nome igual ao meu  entrando porta dentro ...Indignada, pois tinha a certeza de ter ouvido o meu nome fiz espera que a senhora do atendimento acabasse de atender para a instigar sobre o assunto, a primeira coisa que fez foi a pesquisa se havia outra paciente com o mesmo nome, e havia, mas há 2 anos que não utiliza o serviço, para imediatamente me dizer que ia lá dentro averiguar e assim foi, no regresso disse-me que já me vinham chamar. O que aconteceu? Ao entrar a médica de serviço nas urgências explicou-me o mal entendido... a chamada tinha sido feita por uma médica de sotaque italiano, em que o meu apelido soou à outra senhora ser o dela...Desculpas aceites, expliquei a razão da urgência. Fui observada e nada se deslumbrava pelo que partimos para o RX. Um novo método mais apelativo que gostei  por o achar mais simpático e pela eficácia do resultado ao momento, sendo menos evasivo e doloroso que o anterior. De novo a observação e a aluna diz para a colega que lhe parece haver uma fratura no dente, ambas analisam ficando com dúvidas se efectivamente se trata de fratura ou cárie, pelo que com segurança chamam a médica de serviço que ao observar manda remover  todo o restauro, por mais de uma vez até estar totalmente limpo, dizendo que o restauro é que está a segurar o dente, e tinha de se perceber se a fratura seria total, infelizmente diz-me  "este já era"...Não havia nada a fazer, mas será que não? Quantas pessoas se lhes partem dentes e ficam com as raízes? De tanto andaram na minha roda para o tirar, horas, senti que o dente por duas vezes partiu dois fragmentos que  rolaram na minha língua e continuava difícil de o tirar pela quase incessibilidade em  prender o alicate. Claro que fiquei a pensar que poderia ser restaurado (?) e assim continuar a manter o bonito sorriso. Supostamente arrancar dentes seja prática  para aplicar implantes (?) o que fatalmente me deixou a pensar... Nervosa há horas sentada na cadeira e por não ter tomado o comprimido para a tensão arterial, que foi medida - 16-10, foi-me administrada uma anestesia de efeito mais baixo, pelo que fui constantemente invadida com picadelas que derramavam excesso de líquido que me caia na língua e amargava, em suma a tramitação deste cenário se mostrava ineficaz em colmatar a dor com picos ainda dolorosos e o que restava do dente nada de querer sair. Teimoso! Coitado do malogrado dente  incisivo que lhe estava ao lado a levar  borduada com a força das mãos e do alicate com balanços para trás e para a frente para o dente ganhar mobilidade, duvidei que aguentasse tamanha tortura, terrivelmente gélida dos pés e das mãos, nunca vivi uma situação de pesadelo tão aflita, que nem bons pensamentos me ajudavam a  salvar aquelas tortuosas horas infinitas desde que me sentei (8,45 às 12,10), apesar da aparente simpatia e da boa fluência da linguagem médica quase sempre falada entre dentes, salvou-se desta vez a parca conversa pessoal entre elas, o que lamentavelmente de outras vezes já a tenho vivido imensamente e não devia, porque ao se estar a tratar de um paciente o deviam respeitar e no mesmo ao ato do serviço que estão a executar, na verdade foi tempo por demais doloroso, bestialmente demorado, que só foi eficaz com as mãos da médica de serviço chamada em última instância que pede de imediato uma anestesia forte (?) dizendo que não pode haver dor e armada com material cabal que também solicitou da farmácia logo  tira o dente que nem senti, e diz que até tinha a raiz pequena mas tinha um canal bloqueado...uma nota que ressalta à vista é a lacuna enorme de professores no acompanhamento, deveria haver no mínimo dois blocos por professor, para poderem estar mais atentos à morosidade e a outros fatores desabonatórios que constringem o paciente.
Fiquei terrivelmente triste por ter perdido mais um dente, senti como perder algo que era muito meu, fazia parte de mim, por me fazer todos os dias sentir bem, logo eu que sempre os estimei nesta vida por ter sido  abençoada de bonitos dentes mas também do mal de inveja a outras que não os tinham tão ordeiros, brancos e belos...apesar da aluna me dizer "pode sempre tomar outras opções..." nem a deixei acabar respondi de imediato, não gosto de dentaduras porque me  dá a impressão que as pessoas são cavalos com freios na boca, também porque os protésicos  as fazerem em geral ao mesmo molde não respeitando o sorriso das pessoas, que as descarateriza e quando as gengivas mirram com a idade a dentadura desliza, além de se mostrar inestética, nem se percebe o que falam, já os implantes, sendo a melhor opção, são caríssimos, quase inacessível ao cidadão comum, a que me responde, os materiais são muitos caros... foi evidente que na mente fervilhava a dica para optar por implantes...
Julgo tenha sido a longa demora e o prognóstico os fatores porque  enregelei!
A fila para pagamento era imensa onde perdi mais de meia hora, inconcessível, para pagar 30 euros. O da minha frente cansado saiu, nunca mais o vi, nem sei se pagou (?).
Abandonei as instalações de cabeça e pernas meia zonza...Cansada!
A caminho do Metro a fazer gelo na cara, no justo e suposto questionar, acaso valerá a pena continuar a investir neste serviço praticado por alunos, depois de horas de evasão de boca aberta, da tortura que os tecidos do palato e gengival foram votados durante o tempo de averiguar a origem da dor, vários RXS, tentativas de arranque, para em cúmulo ser a Professora de serviço acabar  o serviço com eficácia!
Na verdade a clínica da Faculdade desde que a frequento teve um aumento exponencial, não sei se o será no mesmo resulto no sucesso de eficácia em relação ao paciente (?).
A minha filha preocupada com a minha demora remata-me sem resposta "oh mãe tens de equacionar se vale a pena continuar a ser tratada por alunos, era preferível teres ido a um consultório conceituado, o serviço era feito em muito menos tempo, nem metade do sofrimento, e também menos seria o pagamento."
Tenha sido o balanço da morosidade, sofrimento e débil eficácia a conclusão de que o preço é muito alto.
Sendo que por outras vezes fui e houve vezes que sai bem atendida, apenas tudo depende da equipa médica que nos assiste.Quando se revelam de alta competência, sendo humana, prática, elucidativa em desempenhar cabalmente o seu ofício em prol de um bom serviço prestado.Falo da Dra Gadum, um exemplo de alto profissionalismo!
Tenciono não voltar mais à Faculdade do Monte de Caparica onde já perdi dois dentes, e quiçá ambos podiam ter sido salvos, sendo este último restaurado a parte quebrada(?), quem nem disso me prepuseram!
Pior foi em agosto tive de ir às urgências por causa de um grande abcesso, precisamente no dente ali intervencionado cirurgicamente com um implante de osso, ainda estou com antibiótico. Desilusão!

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