domingo, 10 de abril de 2016

Ermida da Quinta da Torre,Casa dos Mouros ou Casa das Bruxas, no Monte de Caparica?

Em 12.01.2015 percorri o trajeto do Monte de Caparica à Torre, coisa pouca, uns 200 metros . Já antes sobre o Monte da Caparica escrevi. Na semana passada voltei para falar da quinta que compreende a foto abaixo com estacionamento em terra batida em paralelo com a Avª Timor Lorosae e a estrada para o Monte para a Torre, tendo a nascente como confrontação paredes escuras à esquerda junto do carro estacionado onde teria sido um celeiro e quiçá também a casa da quinta? Segundo o comentário do Representante do Conde dos Arcos, Dom Pedro Noronha que  amavelmente deixou exarado em comentário trata-se da Quinta do Neiva. Denominação que não tinha a certeza, agora confirmada.
Lado esquerdo da foto a que foi a Quinta do Neiva
Saída do Monte na direção à Torre
Ao longo da estrada de ligação do Monte à Torre haviam restos de um muro com um alçado e janela como a foto abaixo retrata - o II ou III Passos, segundo o Representante Conde dos Arcos, integrado na Quinta do Neiva, quiçá via sacra da procissão que se fazia pela Quaresma da Igreja do Monte ao Murfacém.
O pilar com um suporte em ferro seria do lampião a petróleo usado no tempo antes da electricidade (?).
A Quinta do Neiva hoje referida como Quinta da Torre onde funciona a Escola Profissional.

Foto retirada  https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA
Recordo ainda o referido muro esventrado ainda assim com apontamento romântico que foi  destruído, a meu ver deveria ter sido preservado e revitalizado, só engrandecia o Monte de Caparica pela riqueza bucólica e valor histórico dos testemunhos do seu património. Lamentavelmente não foi essa a aposta, sendo que havia espaço bastante a desbravar do outro lado para alargamento da nova e estranha acessibilidade à avenida Timor Lorosae que se mostra afunilada no terminal de parco ou nenhum enquadramento estético e  urbanístico . Continuando a descida, avistam-se restos desse suposto  mural que devia ter sido de beleza imponente, com pedras levantadas ao alto para sustentar uma latada, apenas resta desse mural antigo, o que se vê na foto abaixo...
Prumo do que resta da latada?
Notória na região a imagem deprimente de casinhas e anexos  no tempo após o abandono dos grandes senhores, cujos trabalhadores de casa e rurais para viver as foram adoçando de paredes meias com as casas solarengas das quintas, ou perfiladas na mesma propriedade na beira da estrada. 
Quinta do Neiva
Após a travessia da via de ligação da estrada à avenida, se avista  aqui amálgama de casario e anexos de paredes meias com o tardoz de pavilhões  pré fabricados que fazem parte da Escola Profissional, pela frente os muros foram preservados e revestidos a cimento e se  mostram de branco pintados. A latada acompanharia o muro de frontaria para a estrada, logo a seguir ainda é bem visível a sua continuidade.
 

Os herdeiros desta Quinta do Neiva vieram no século XIX a adoptar o nome da vizinha Quinta da Torre, alegadamente  por ser mais  antiga e muita história e ousadia bastante para  usar esse  nome num painel azulejar seguramente dos finais do séc. XIX em azul cobalto para  no séc XX outro painel ter sido acrescentado dentro de portas, mais moderno, de belo remate igualmente em azul - dupla toponímica errada em detrimento da verdadeira - Neiva!O que se sabe desse mau estar ? O 12º Conde dos Arcos-, D. José Alarcão, proprietário então da verdadeira e única Quinta da Torre, ao saber que uma quinta perto da sua  que usou deliberadamente o nome da sua quinta, não satisfeito com a suposta desvirtuação, mandou apor na sua propriedade azulejos com a inscrição "Quinta da Tôrre, 1570". Acrescenta ainda que a Quinta da Torre, "aquela que se situava a sul do Largo da Torre, era totalmente limitada por caminhos públicos que a separavam das vizinhas Quintas -, da Torrinha, Outeiro, Possolos, e Formiga."
Painel azulejar - Fora e Dentro de portas da Quinta do Neiva
                        
Não há dúvida que se trata efectivamente de duas quintas diferentes.A Quinta da Torre mais antiga e de grande prestígio e a Quinta do Neiva, além de outras quintas nas imediações. A foto mostra o painel na atual Quinta da Torre( o certo ser Quinta do Neiva) e na diagonal a casa de sobrado com uma janela da primitiva a verdadeira - Quinta da Torre.
 
Largo da Torre
O  caminho inicial de ligação entre o Monte de Caparica e o Porto Brandão limitava a Quinta do Neiva, hoje designada por Quinta da Torre onde funciona a Escola Profissional, entrava no actual Largo da Torre seguindo por um caminho com cancela, na verdadeira Quinta da Torre, entre a casa e o muro do jardim para nascente na direção à Fonte Santa e Porto Brandão.Ao longo dos tempos no Largo foram rasgadas mais duas variantes para norte.
Casario do rendeiro e feitor da quinta da Torre, o Fraga, o dono deu-lhe o terreno, veio a ser o arrendatário do Bulhão Pato
Actualmente
Marco de pedra "EN 377
Encontra-se  aos pés da quina do muro da  atual Quinta da Torre. No chão um fragmento de 
azulejo, que só deslindei ao ver a foto...seria do painel da Quinta da Torre, a verdadeira?
Mapa retirado de  https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/09/torre-e-fonte-santa.html
Torre d’El-Rei
Foi seu donatário D. João da Silva  Menezes, segundo o Representante Conde dos Arcos.
Interessante  e curiosa a ligação de famílias nobres com a vila de Ansião - família Alarcão do Espinhal que descendem os Condes dos Arcos- um  filho casou em Ansião e a vila foi Senhorio de Luís de Menezes- sem ter a certeza se João da Silva de Meneses terá ligação ao Senhorio de Abiul (Pombal).

Citar excerto de https://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/09/torre-e-fonte-santa.html
"No reinado de D. João III foi donatário de uma propriedade chamada "Torre d'el Rei" o fidalgo D. João da Silva de Meneses. Admitimos que esta torre d'el Rei seja aquela que existiu no lugar dito da Torre ou sua proximidade imediata com vista para o Tejo. O topónimo TORRE terá origem medieval com uma torre  na função de atalaia militar que abateu após o terramoto de 1755 e foi pertença do Morgadio da família do Conde dos Arcos."

Gravura do século XVI/II Francisco da Holanda 1571
Segundo o Representante Conde dos Arcos -  
«O ramo familiar provem de Isabel Fogaça que casa com um Coutinho»
«A representação duma possível torre na gravura de Francisco da Holanda, não prova que se trata da Torre da Quinta. Quanto à localização desta Torre, também nada ainda conseguimos saber em concreto.Lamenta-se o facto de não terem sido efectuadas pesquisas arqueológicas quando das obras de construção da Universidade, tal como está previsto na Lei.»
Apresento-me como autodidacta. A gravura ostenta a Torre de Belém e designação de terras que não decifro mas as correlaciono ao local, defronte mostra a Margem Sul . Ao existir documentada uma torre, o seu local primitivo onde foi edificada, o tenha sido em chão da Quinta da Torre, na actual linha do Metro de superfície, no seu ponto mais alto bem na frente da estrada nova para Fonte Santa, onde se avista o Tejo e Lisboa, e hoje na mesma paisagem se avista a parcela que foi do pomar da Quinta da Torre, desirmanada da casa mãe com as novas acessibilidades.
Terreno a norte da linha do Metro desbravado e cultivado
Distingui um grande tanque e amontoado de pedras, debalde nestes últimos meses o terreno foi limpo para ser agricultado e o que havia construído foi lamentavelmente destruído para cultivo, por afros (?). O que é lamentável é nos dias d'hoje se continuar a assistir à destruição de património edificado, por não estar acautelado com avisos pela JF e devia!
Expropriação da Quinta da Torre segundo o Representante do Conde dos Arcos a Venda da Quinta - A Quinta da Torre foi objecto de expropriação (Diário do Governo, II série, nº 231, 3/10/1974). De referir que não foi aceite a petição dos proprietários de não fazer incluir na expropriação os prédios urbanos e a Ermida de São Tomás d’Aquino, o que é estranho e inexplicável atendendo ao facto de que a Quinta da Torre esteve na Família quase seis séculos!
A expropriação foi efectuada pelo então Fundo de Fomento de Habitação, pelo que os terrenos que não ficaram afectos à Universidade deverão ser propriedade do actual Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado.

Grande parte da Quinta da Torre  verdadeira viria a ser expropriada para se instalar em 85, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Lisboa. As parcelas sobrantes;  casario e anexos,  poço com  tanque,  pomar e a ermida, pertencem ao IGAPE ...

 A  Quinta da Torre 
Cortesia de Carlos Estevão excerto de https://www.dropbox.com/
"Foi das mais importantes do reguengo de Caparica, quer pela produção agrícola, quer pela proximidade das "fontes santas" e pelas relações dos seus proprietários com a família real e nobreza de corte. 
Em 1570 foi instituído por Tomás de Noronha, antepassado dos Condes dos Arcos que possuíram esta propriedade até finais do século XX, um morgado de capela,cuja principal propriedade é a quinta da Torre no Monte de Caparica."

Em 1819, era secretario da Marinha, da Guerra e dos Negócios Estrangeiros do Ultramar, no Rio de Janeiro,  o Conde dos Arcos  D. Marcos de Noronha e Brito, descendente da Quinta da Torre no Monte de Caparica

Foto da década de 40 da  Quinta da Torre 
Casa e frontaria  ao lado do portão o painel azulejar com o nome da quinta da Tôrre e a data de 1570.
Designação do nome da quinta copiada sem o assento circunflexo, por já não ser uso...
A ladear o portão haviam dois ulmeiros, o que se distingue na foto era totalmente oco onde parece morreu um mendigo que ali se abrigava.
 Foto da quinta da Torre retirada da brochura do Monte de Caparica cedida pela JFM
 Visível na foto acima e na de baixo o contraste onde ocorreu a alteração do muro.Não se entende a razão da substituição do muro  por fileiras de tijolo corrido, teriam sido vendidos os pilares de pedra do portão?
 Pintura da verdadeira Quinta da Torre retirada da Internet
Na primeira visita ao local procurei pelo painel azulejar que não deslindei no complexo ruinal  da verdadeira Quinta da Torre.Nem podia! O sítio encontra-se rodeado de silvedo e canavial, fotografei a quinta com o casario pela frente para o Largo, a norte e a poente, sendo que não fui a sul  onde ainda resta uma parede com janelas abertas.  Foi graças a Carlos Estêvão que morou na Fonte Santa, há anos a viver em França ao ler a crónica inicial gentilmente me enviou alguma documentação e fotos, esta nomeadamente, muito interessante pela mostra como era a frontaria da antiga Quinta da Torre com a faixa azulejar na frente do muro. Insurge-se a pergunta em saber a razão porque foram retirados os pilares do portão da quinta e o muro com o painel azulejar, sendo que foi refeito inteiriço em tijolo , cuja culpa não devia morrer solteira, porque não sabendo quem fez a obra, muito menos quem a orientou, o que sinto é que o património azulejar  e os pilares de pedra, não foi acautelado, voltando ao local  foi fácil constatar que o painel azulejar foi perdido com a retirada do muro para alargamento do largo...
Hoje o que resta da casa da Quinta da Torre após o terramoto
Falta-lhe na frente a escadaria e a ligação à cave com porta em  arco
Na foto abaixo
O muro de gaveto pertença da  antiga Quinta da Torre  e na frente a Quinta do Neiva, hoje Quinta da Torre.
Muros antigos da verdadeira Quinta da Torre
Jovens  vindos do café moderno  na saída para as Casas Velhas e Lazarim parece nada terem haver com a emblemática e antiga Quinta da Torre... Estudantes sem nada querer saber do passado e da história do local, o que me pareceu...Não registei fotos por se mostrarem de fachadas ultra modernas que choca o local carregado com séculos de história com estórias ainda por contar...
Escola profissional ainda me lembro da casa antiga
                             
Quando foi rasgada a nova variante para o Lazareto pela  Fonte Santa foi aberta uma nova entrada no Largo da Torre, a segunda, que passava a nascente da primitiva quinta da Torre
Segundo o Representante Conde dos Arcos Dom Pedro Noronha -« o que denomina “Oratório das Alminhas” era um dos vários “Passos” da procissão que anualmente, pela Quaresma, era organizada pela Irmandade do Senhor Jesus dos Passos. Esta procissão tinha início na Igreja do Monte e terminava em Murfacém »
"Passo" LOCAL DE PARAGEM PARA ORAÇÃO, como hoje a via sacra, faria parte integrante da quinta da Torre primitiva, por estar encustrada no muro de ligação à casa com a horta onde se encontra um poço e um tanque, aqui havia outro portão de acesso ao pomar e à ermida, julgo até que a estrada atual da Fonte Santa aproveitou o rasgo deste caminho que já existia na quinta (?). Julgo seja o único "Passo" preservado ao meio entre o rasgo da segunda e da terceira entrada para o Largo. 
A terceira abertura de estrada para o Largo da Torre-, a atual, fica encravada entre a Avª Timor Lorosae reforçada por forte muro de pedra e uma parcela de terreno com o poço retangular ladeado por duas colunas manuelinas .
No tardoz do oratório dos "Passos" há vestígios de um caminho de águas, o que se pode aventar ser reminiscências do talvegue que aqui existia, porque é zona de muita água de nascentes a que no caminho se juntavam as Fontes Santas.
Vista a norte do que resta da quinta da Torre primitiva
Fotos registadas em janeiro de 2015 do poço com as colunas manuelinas, onde se distingue a abertura do portão da quinta da Torre de acesso ao pomar e à ermida.O contentor que aqui se encontra fica a meu ver desenquadrado, pelo que deveria ser escolhido outro local.
 Contrates do ano passado e agora
O ano passado só distingui um poço coberto em forma retangular e duas colunas manuelinas, pela forma como terminam  em forma de encaixe deveriam ser suporte de algo (?).
O terminal das colunas supostamente  foram "roubadas"...
Notei substancial diferença após um ano com a limpeza da horta que pôs a descoberto azulejos hispano árabes em verde e branco, como os que forravam o altar da ermida e aqui revestem o exterior de um tanque dividido ao meio onde tinha uma pia alta com repuxo.A pia ainda existe na família
Património que deveria ser preservado já!
Nas obras da avenida eram evidentes os terminais de encaixe nas colunas, foram desviadas (?)
Além das duas quintas com o mesmo nome - Torre, hoje o Largo chama-se "Bulhão Pato" .Grande vulto das Letras, o último escritor romântico viveu no prédio corrido em branco ao fundo  em frente da bifurcação da primeira estrada de ligação à  Trafaria com a do Lazareto.  
Ao fundo a casa onde viveu e  morreu Bulhão Pato
Pomar da quinta da Torre primitiva a norte
Tomando a avª Timor Lorosae na última rotunda em frente da quinta da Torrinha
Segundo o Representante Conde dos Arcos Dom Pedro Noronha « Pomar ou Hortas – a secular estrada Almada-Murfacém separava a parcela principal da Quinta de outras duas pequenas parcelas. Estas foram divididas em virtude da abertura da nova estrada Torre-Fonte Santa, provavelmente no ano de 1877.
As entradas para estas duas hortas faziam-se por duas cancelas de madeira localizadas nesta nova estrada, em frente uma da outra e muito perto do Largo da Torre. Eram as únicas parcelas da Quinta com água.
A denominação de Pomar é muito anterior à abertura da nova estrada. Pensa-se que haveria um espaço ajardinado que deveria incluir o poço “Manuelino”, os tanques que ainda lá existem e o espaço envolvente.»
A tabuleta com o aviso está onde começa a descida a norte, debaixo desaguam duas condutas de grande dimensão para escoamento de águas pluviais, que vão abastecer no baixio uma bacia de retenção a céu aberto, um lago artificial, sem o ser ( antigas cisternas árabes?) sem manutenção, invadido por canavial propicio a terrenos alagadiços, de parca proteção, que se mostra perigoso para gente, despistes, e infestação de mosquitos. Situação que me deixou perplexa, pois a rotunda propícia abertura de acessibilidade de nova variante para o Porto Brandão, o que seria ótimo, pois a atual estrada se mostra de paredes meias com o muro da ermida de S. Tomás de Aquino -, que num bom plano urbanístico bem poderia nesta parte ser desativada de carros, se fizessem a nova variante, remodelando o lago, aumentando-o para lazer, alargando a parcela do pomar da quinta da Torre, criando uma zona verde, com vista privilegiada e deslumbrante sobre o Tejo e Lisboa, estando a ermida a escassos metros, restaurada na sustentabilidade de paredes e do telhado em falta e claro da porta, seria o palco ideal para ter o brilho de antanho e do fausto aqui vivido que poderá ser desfrutado por outros hoje no mesmo sentido para festas, casamentos e afins.

 
contrastes de luzes no lago até parece bonito...
Parcela do pomar
Gaveto de terreno entre as duas vias, a velha e a nova estrada  pertença da primitiva quinta da Torre
 
Visível o antigo muro da primitiva quinta da Torre a ladear o caminho para a Fonte Santa


 Vista privilegiada sobre o Tejo e Lisboa
Memórias dum passado com história da quinta da Torre, duas parcelas de terreno que ficaram desirmanadas com a abertura da avenida Timor Lorosae, ficando encaixados entre as duas estradas, a velha e a nova a caminho do Porto Brandão, onde foi o pomar da Quinta da Torre e a sua ermida.
Depois do abandono o património antigo e o que foi edificado pelos herdeiros ficou preservado pelos canaviais durante décadas, que hoje se mostra destruído por tractor ou máquina (?), sem ter sido o terreno nivelado, se mostra com tufos de canas a que deitaram fogo, com pedras provenientes da destruição, ainda o ano passado neste terreno distingui um grande tanque de pedra e mais não vi pela vegetação. Mas hoje nada existe, talvez apenas o poço para rega. O terreno foi semeado, nasce feijão e milho, junto ao antigo muro a nascente os afro(?) fizeram quatro casebres, não sei se de abrigo da chuva ou para viverem, na sacha andavam duas mulheres, mais abaixo um casal de meia idade. Gente amante do trabalho rural, não os condeno, o que se condena é a destruição de património edificado, sendo que a culpa não devia morrer solteira. A Junta de Freguesia do Monte, a Câmara de Almada e não sei se o dono (?), algum deles há muito que alegadamente se esqueceram da Quinta da Torre, e dos terrenos que dela restam (?), sendo que existe património bastante para ser preservado, e a não haver informação afixada , dá a sensação que não tem dono, e o inacreditável acontece neste Portugal  sem rei nem roque, o que transparece é que os afros, tudo lhes serve para fazer hortas sejam em colinas de variantes, rotundas e quintas em abandono, porque tarda o arranque de hortas comunitárias que já existem noutros munícipes com sucesso.  

Cortesia de Carlos Estevão - O testamento da Dona Madalena Bruna de Castro, Condessa dos Arcos, 1728 retirado excerto de  https://www.dropbox.com
Casa das Bruxas ermida de S. Tomás de Aquino 
Segundo o Representante Conde dos Arcos Dom Pedro de Noronha «Ermida de São Tomás d’Aquino – penso que esta ermida foi mandada construir por D. Gonçalo Coutinho. Pela semelhança de peças “manuelinas” e azulejos, julgo que a ermida e o espaço ajardinado atrás referido sejam da mesma época.
Graças à pesquisa do historiador Engº Rui Mendes, hoje sabe-se que o original padroeiro da ermida não foi São Tomás d’Aquino, foi a Nossa Senhora da Piedade, por se ter encontrado um documento do seu dote.
Deve-se essencialmente ao Centro de Arqueologia de Almada e à Câmara Municipal as obras de reedificação da ermida que estava atulhada de terras onde se encontraram as pedras que fechavam a abóbada do corpo da capela, uma delas é uma cara que atribuem ao Rei D Manuel(?) O IGPPAR telhou-a e depois disso ficou ao abandono  envolta em silvedo, os azulejos foram roubados e depois recuperados na Judiciária.No entanto, o seu restauro tem que ser completado, bem como a requalificação do espaço envolvente cuja proposta da Senhora D. Isa Coy é do meu inteiro agrado.
Estes e muitos outros assuntos foram objecto dum apaixonante trabalho que efectuei e que está previsto ser publicado no próximo ano pelo Centro de Arqueologia de Almada.
Conde dos Arcos» Em 23 de Novembro de 2019 houve uma palestra na Junta de Freguesia do Monte de Caparica por ocasião do seu aniversário, quase com 500 anos em que estava presente além do Dr

Francisco Silva do Centro de Arqueologia, o Dr Rui Mesquita, investigador e historiador, Dom Pedro de Noronha e a presidente da Junta de Freguesia e a sala cheia.

No pomar da antiga quinta da Torre, no século XVI, foi erguida a ermida de orago a S. Tomás de Aquino, supostamente sob ruínas dum morabito árabe (?).A ermida arruinada pelo terramoto de 1755 ficou ao abandono chamada no tempo que Bulhão Pato morou na Torre pela  "Casa das bruxas (?).
A Ermida de São Tomás de Aquino foi classificada de interesse concelhio em 1996. O pedido de classificação datava de 1982, mas atravessara um confuso processo burocrático, que não ata nem desata e se demoram mais tempo acabará por se perder!
Atualmente a ermida encontra-se em zona de difícil acesso por estar de novo envolta em canavial e silvedo...Descobri-a o ano passado a custo, perguntei a uma mulher que subia a estrada, nada sabia e aqui vive há mais de 40 anos...Fui à Junta de Freguesia onde outra mulher que esperava para pagar a água  me fala dela dizendo " tem um buraquinho..." e assim parti desalmadamente à procura da ermida, apenas vi parte do telhado  em chapa e percebi as obras aqui ocorridas em 80... e do buraco nada via, voltei atrás e de fato distingui algo por detrás de silvas secas que removi, para meu espanto descobri a fresta da parede a nascente , uma foto dentro dela distingui metade do arco da entrada...A ermida encontra-se em total abandono e não devia. E afinal facílimo de resolver, mas para isso houvesse vontade, engenho e arte! Definha a olhos vistos, e com isso se perde indefinidamente um belo exemplar de arquitetura, com arcos ao estilo Manuelino, únicos exemplares no concelho, em prol de engrandecer a Caparica, as suas gentes e chamar o turismo.
Citar Carlos Estevão cortesia vinda de terras de França que fala deste local
"Foi para mim um grande prazer de descobrir o seu blog, estou-lhe muito agradecido pelos momentos de emoção que me proporcionou . Estive em Portugal em 2012 e tal como a Sra, constatei o grande abandono em que se encontram pedaços do nosso património e não só, também as antigas habitações da Fonte Santa e da Torre nos arredores. Quando aí vivia tinha uma vaga ideia da importância histórica dessa zona, mas eu não tinha possibilidades, nem os conhecimentos que tenho hoje. Felizmente que a ciência histórica muito se desenvolveu nestes últimos anos e que a Internet me permite ir descobrindo o valor do passado do sítio onde vivi até aos 19 anos (1949 a 1967) , nós os rapazes da Fonte entravamos pelo "buraquinho", a capela estava cheia de terra até à altura dessa janela.O muro da estrada já existia, era a estrada nova, ninguém a chamava 5 de outubro. Eu e o meu amigo Firmino, do Monte de Caparica, cavamos o interior até alcançar a parte superior da porta por volta de 1961(?). Penso que a Sra conhece os Arquivos Municipais de Almada, editam um caderno gratuito muito interessante."

Ermida de S.Tomás de Aquino na Torre
Citar excerto de  www.m-almada.pt/
" Em 1980, altura em que foram tomadas algumas medidas para a sua preservação com a remoção de entulhos, consolidação de paredes e colocação de uma cobertura a folha de flandres...Alguns elementos decorativos (fechos de abóbada, azulejos do altar-mor) conservaram-se nas instalações do Centro de Arqueologia de Almada e Museu Municipal de Almada. É possível identificar algumas cantarias manuelinas integradas no muro próximo. Apesar das dimensões peculiares reveste-se de interesse, uma vez que mantém fidelidade à construção inicial."

Foto retiradahttps://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/09/torre-e-fonte-santa.html
 em 1970
 Foto retirada de SIPA Em 1980 sem telhado, mostra os arcos e o óculo
Está em colapso! Atualmente na mesma perspectivava nem se distingue a frontaria, apenas do lado da estrada a nascente e pouco pelo silvedo que dela tomou conta.
Fresta de abertura para nascente
A vegetação deixa ver parte da cúpula do telhado
Na minha primeira vez descobri  a custo a fresta no meio do silvedo, de máquina  em punho através dela deslindei metade do arco manuelino que foi naturalmente introduzido pelo Conde dos Arcos.
Fotos possíveis pela abertura da janela. Fatalmente senti-me bem aqui neste lugar onde no século XVIII foi celebrado matrimónio em grande pompa e circunstancia-, casamento de filhos dos Condes com quintas na Caparica-, Conde S. Miguel da Caparica e do Conde dos Arcos, onde compareceu parte da corte de D. João V e muita nobreza.
 
Portal para a ermida
 Citar excerto de www.m-almada.pt
 "Quando se pôs a descoberto a fachada da ermida e se escavou o adro fronteiro nos anos 80, das cisternas libertou-se água em grande abundância sendo necessário encaminha-la por uma vala para um esgoto de águas pluviais."

A existência das cisternas aponta  para silos árabes (?)  sendo que se sabe que habitaram esta região, e a ermida poderia ter sido um morabito como existe o de Murfacém.
Também logo acima entre a Quinta da Torrinha e a Quinta de Santo António, foi localizada uma necrópole romana, de diversas sepulturas de inumação, com caixa e cobertura em tijoleira, sem qualquer espólio, quando se fazia o estudo de impacto ambiental para a construção do Metro de superfície, a existência de vestígios de ocupação romana, quer como villae, quer como necrópole, nos terrenos atualmente ocupados pela Universidade Nova de Lisboa no Monte de Caparica . Para mim a opção foi de possível recolha de objetos e tapar (?) supostamente pelo embaraço da despesa pública, sendo que na verdade o casario existente sem qualquer enquadramento onde supostamente  vivem amontoados em casas e casebres divididos por corredores ínfimos, e sim deveriam ter apostado em escavar a vila romana, e quanto ao comboio, seria  a linha desviada para nascente, porque espaço é coisa que não falta no local para norte. O certo seria prever o futuro com olhos de gente, realojar as pessoas para que a arqueologia fizesse o seu trabalho, porque Almada merecia ter um terrado de chão romano para mostrar!
Lamentavelmente já em Cacilhas, nos tanques de salga, as cetárias na decisão de serem fechadas, embora estejam salvaguardadas. Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!
Corredor
Da estrada a caminho da Fonte Santa  parte um corredor a cimento que circunda até ao lago, o sítio poderia ser maravilhoso se houvesse manutenção,  árvores de grande porte a precisar urgente poda, faltam bancos e cestos do lixo, que é local para lanches, encontrei um grupo de três jovens...a quem dei uma aula grátis de história do local, que agradeceram !
O meu estar em duas visitas distintas com diferença de um ano
Património a preservar antes que seja tarde . Torre, local que poderia ser idílico se alguém o quisesse revitalizar dando-lhe o mérito que merece.
A crónica outro mérito não terá que mostrar algumas das riquezas do Monte de Caparica, nomeadamente da Torre, também alertar na importância em se prevalecer o que ainda resta do património, sobretudo valorizar em prol da cultura o que resta das ruínas da primitiva quinta da Torre, e que haja alguém  "que tenha os ditos cujos no lugar e tenha força para levar avante o que é preciso fazer" seja na recuperação do património ainda existente, seja em  fazer repor o nome nas quintas, como o foram no passado, e acabar com arbitrariedades e falsas identidades. E por favor não destruam mais nada, apelem ao bom senso, antes de intervir no quer que seja, desculpem a franqueza, anda muita gente cansada de tanta aberração!
Há necessidade de preservar urgentemente património edificado que os afros supostamente destroem para cultivo da terra , os azulejos exteriores do tanque junto do poço com as colunas manuelinas deveriam ser preservados , porque o tanque defronte na outra parcela no caminho velho para a Fonte Santa já foi destruído neste últimos meses (?).
Citar Gil Vicente, Pranto de Maria Parda, 1522
 
 "E porque gran gloria senta lancem-me muita água
  E porque gran gloria senta lancem-me muita água benta nas vinhas de Caparica.."

Citar Filipa Vacondeus
Infelizmente já não estar entre nós, quando os pais foram morar para a Costa de Caparica, na década de finais de 30, início de 40, por aqui se passeou de cavalo a caminho de Cacilhas, para apanhar o vapor para Lisboa, quando estudava nas Amoreiras, o cavalo ficava no picadeiro que ai existia. Pois viveu por certo esta beleza imensurável do buliço das quintas, muitas ainda em atividade, deliciando-se com o burburinho das águas que as noras traziam nos alcatruzes , de ver a roda dos moinhos de vento a serpentear o horizonte, das gentes a cortar cearas loiras, dos moinhos com velas de pano a rodar ao vento, da azáfama das vindimas, do cheiro do mosto, de gentes viandantes sempre calcorreando  caminhos de argila amarela...
Deliciosa vista
Ao caminhar pela estrada velha  para a Fonte Santa senti aromas florais de abril e mui chilreio de rouxinóis na crista dos galhos dos ulmeiros, de cabeça no ar tropecei em águas fartas do poço que foi do pomar a correr pela berma esventrada ...felizmente que a Junta cortou as canas das valetas...
FONTES
Uma foto de https://www.facebook.com/pg/AMO-TE-CAPARICA-186509761426925/photos/
http://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2014/09/torre-e-fonte-santa.html
http://www.academia.edu/
http://urbansketchers-portugal.blogspot.pt/2015/07/quinta-do-conde-dos-arcos.html
http://almada-virtual-museum.blogspot.pt/2015/01/casa-do-monte.html
https://www.researchgate.net/publication/234053683_A_necropole_romana_da_Quinta_da_TorrinhaQuinta_de_Santo_Antonio_-_Monte_da_Caparica_
 https://dre.tretas.org/dre/2510321/
 www.m-almada.pt
 Cortesia de  ficheiros e memórias de Carlos Estevão
Cortesia do representante Conde dos Arcos

14 comentários:

  1. Excelente.
    Muito obrigado pela partilha.
    Cumps
    RV

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  2. Caro Rui Vasco, muito obrigada pela cortesia da visita e pelo elogio à crónica.
    Bem haja
    Cumpts
    Isa

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  3. Excelente mesmo.
    Na pequena capela lembro-me de lá ter entrado pela porta, de já não haver telhado, ver pelo menos parte dos arcos que se apresentam nas fotografias antigas e lembro-me também da janela lateral mas vista do lado de dentro. Muito obrigado mesmo pela crónica.

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  4. Caro Paulo Alarcão, muito obrigada pela cortesia da visita e pelo elogio à crónica. Comungo a tristeza de ver a capela prostrada em total abandono, supostamente a Junta de Freguesia entende assim seja preferível, para não ser vandalizada...em detrimento de se poderem candidatar a apoios comunitários e fazer o que é preciso fazer. Lamentavelmente o concelho sofre pela cor partidária, pouco dada ao património, sendo ele o pilar de qualquer estrutura em sociedade. Perdoe-me a curiosidade pelo seu apelido, supostamente descendente do Conde dos Arcos da Quinta da Torre no Monte de Caparica (?). Nasci em Coimbra. Recordo amigos que tiveram na universidade um Prof Dr. Alarcão, historiador/arqueologia, pelo que sempre me interroguei se eventualmente seja da mesma família que se ramificou nos séculos seguintes nos Fidalgos da Casa Real da Quinta do Vale do Arinto, em Penela (?). Falo de José de Mascarenhas Vellasques Sarmento e de Alarcão, uma sua filha Madalena Mascarenhas foi viver para Vale da Couda, Almoster no concelho de Alvaiázere, onde faleceu. Tomei conhecimento desta realidade há pouco tempo, para em galope acalentar a ideia de já ter visto os mesmos apelidos num belo jazigo em Ansião, o que pode aventar também ter sido um membro desta mesma família. Assunto que irei averiguar o seu verdadeiro nome pelo carnaval quando me deslocar a Ansião. Desculpe esta evasão neste perguntar.
    Cumprimentos
    Isa

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  5. Fui amiga íntima dos últimos caseiros da Quinta da Torre, por lá andei muitas vezes, e ainda visitei o solar, que, apesar de já praticamente sem mobília, ainda mostrava largos vestígios de um passado muito rico.
    A quinta era enorme, e a terra dava de tudo o que havia de melhor. Na entrada que abria em largo, junto à casa do Bolhão Pato existiam as cavalariças, adega e casas de máquinas e arrumos.
    Nos anos 80 do século passado foi completamente desventrada pelos donos e, os empregados despedidos (dispensados ...) tendo começado nessa altura o abandono e ruína. Os únicos que lá ficaram foram os caseiros que só sairam quando a quinta foi vendida.
    Mudaram-se para o Lazarim, mas o marido e o filho sei que entretanto já faleceram. A senhora, não sei se ainda é viva.
    Cumprimentos e obrigada pela crónica

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  6. Srª D. Isa Coy
    Dou-lhe os meus parabéns pela excelente “postagem” que editou em 10/4/2016 com o título “Ermida da Quinta da Torre … no Monte de Caparica”.
    Embora esta publicação já tenha mais de três anos, só há pouco tempo tive conhecimento da mesma.
    Por se tratar duma antiga propriedade da Família dos Condes dos Arcos que tenho a honra de representar, é com todo o gosto que tomei a liberdade de apresentar algumas informações, com o intuito de esclarecer dúvidas suscitadas no texto.
    Quinta do Neiva - como tudo o que foi escrito sobre o assunto está correcto, queria acrescentar que o letreiro de azulejos que foi há relativamente pouco tempo colocado, não foi o roubado da Quinta da Torre, pois estes apresentavam a palavra Tôrre com acento circunflexo no O. Além disso, esta quinta nunca fez parte da Quinta da Torre.
    Torre d’El-Rei – esta Torre que foi donatário D. João de Menezes, nada tem a ver com a da Quinta da Torre. A representação duma possível torre na gravura de Francisco da Holanda, não prova que se trata da Torre da Quinta. Quanto à localização desta Torre, também nada ainda conseguimos saber em concreto.
    Lamenta-se o facto de não terem sido efectuadas pesquisas arqueológicas quando das obras de construção da Universidade, tal como está previsto na Lei.
    Venda da Quinta - A Quinta da Torre foi objecto de expropriação (Diário do Governo, II série, nº 231, 3/10/1974). De referir que não foi aceite a petição dos proprietários de não fazer incluir na expropriação os prédios urbanos e a Ermida de São Tomás d’Aquino, o que é estranho e inexplicável atendendo ao facto de que a Quinta da Torre esteve na Família quase seis séculos!
    A expropriação foi efectuada pelo então Fundo de Fomento de Habitação, pelo que os terrenos que não ficaram afectos à Universidade deverão ser propriedade do actual Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado.
    Oratório das Alminhas – o que denomina “Oratório das Alminhas” era um dos vários “Passos” da procissão que anualmente, pela Quaresma, era organizada pela Irmandade do Senhor Jesus dos Passos. Esta procissão tinha início na Igreja do Monte e terminava em Murfacém.
    Pomar ou Hortas – a secular estrada Almada-Murfacém separava a parcela principal da Quinta de outras duas pequenas parcelas. Estas foram divididas em virtude da abertura da nova estrada Torre-Fonte Santa, provavelmente no ano de 1877.
    As entradas para estas duas hortas faziam-se por duas cancelas de madeira localizadas nesta nova estrada, em frente uma da outra e muito perto do Largo da Torre. Eram as únicas parcelas da Quinta com água.
    A denominação de Pomar é muito anterior à abertura da nova estrada. Pensa-se que haveria um espaço ajardinado que deveria incluir o poço “Manuelino”, os tanques que ainda lá existem e o espaço envolvente.
    Ermida de São Tomás d’Aquino – penso que esta ermida foi mandada construir por D. Gonçalo Coutinho. Pela semelhança de peças “manuelinas” e azulejos, julgo que a ermida e o espaço ajardinado atrás referido sejam da mesma época.
    Graças à pesquisa do historiador Engº Rui Mendes, hoje sabe-se que o original padroeiro da ermida não foi São Tomás d’Aquino.
    Deve-se essencialmente ao Centro de Arqueologia de Almada e à Câmara Municipal as obras de reedificação da ermida. No entanto, o seu restauro tem que ser completado, bem como a requalificação do espaço envolvente cuja proposta da Senhora D. Isa Coy é do meu inteiro agrado.
    Estes e muitos outros assuntos foram objecto dum apaixonante trabalho que efectuei e que está previsto ser publicado no próximo ano pelo Centro de Arqueologia de Almada.
    Conde dos Arcos

    (Agosto 2019)

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  7. Caríssimo Representante Conde dos Arcos muito me honra com o seu extraordinário comentário e elogio, vindo de pessoa tão ilustre e letrada em História e Arqueologia, deixa-me lisongeada.Já corrigi o texto, bem haja pela partilha de saberes.Na verdade Ansião e Penela encontram-se interligadas a Almada e à Torre no Monte de Caparica. Sou autodidacta, apaixonada por Ansião e suas gentes que aqui aportaram de famílias nobres, também um ramo0 Alarção com jazigo no cemitério e outros daqui saíram para outras terras.Aguardo com grande expectativa pela obra a ser editada. Mais uma vez um bem haja. Tenho pena de não ter seguido os estudos em Coimbra, sobretudo em o ter como ilustre Professor, teria sido uma boa aluna, pelo menos mui interessada em Historia e arqueologia.Isabel

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  8. Fantástico trabalho da minha querida amiga Isabel Coimbra e ligada à minha família nos desígneos ansiannenses. "Os condes de Arcos trouxeram a Flor de Liz até Leiria"... A sua pesquisa entroncou-se na minha, nestes dias terríveis de que não há memória. Mas vamos vencer!

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  9. Caro Paulo Renato Freire da Paz, bem haja pela cortesia da leitura e do elogio. Suposto filho do meu bom amigo Renato Freire da Paz a quem lhe tiro parecenças , bem haja, se puder aproveito para lhe pedir que transmita um recado ao seu querido pai para se mostrar presente no face, há muito que não trocamos impressões, esta semana entroncámos a ascendência da quinta das Lagoas em Ansião que se desmembrou noutras quintas mais pequenas, como a quinta de Além da Ponte com parentesco nos Mascarenhas, Velasquez Sarmento e de Alarcão do Espinhal e hoje partilhei um registo de nascimento em 1800 em Ansião com uma senhora desta família que viveu na Fonte Galega, Ansião.
    Sinto-me em dobro enriquecida por o meu trabalho pese de amadora não cair em saco roto. Boas pesquisas. Um abraço. E somos fortes, a crise vai passar. Abraço virtual.

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    1. Não é o meu filho cara Isabel, ele é Hugo Renato e eu sou Renato Paulo. Eu estou já a bastante tempo, apenas no Instagram e no WhatsApp. Se quiser encontrar-me no WhatsApp terá de gravar primeiro o meu número nos seus contactos e instalar o WhatsApp. Depois será fácil encontra-se para dialogar-mos. Meu número é +351910016258.Fico aguardando-a num dos espaços ou nós dois.

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  10. Digo- aguardando-a num dos espaços (da internet)ou nos dois: Whatshapp ou Instagram.

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  11. E dialogarmos também em Ansião, no plano real, quando se descer a vertente da curva de frequência da doença que veio para nós devolver o valor da amizade no plano real.

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  12. Renato olá, bem me enganou...risos.Abençoado no batismo com um nome diferente e belo qual a necessidade de lhe acrescentar Paulo?Uma boa pergunta! Para já não uso nenhum dos meios que aflora. Em maio pendo comprar um novo telemóvel para o aplicativo do Wats App, no momemto o que tenho é lento e não dá... Entretanto acho que devia estar no Grupo Ansião, onde sou com o Henrique Dias - administradora e muito temos acalrdo sobre o passado e genealogia. Recorda-se de me perguntar que a sua tia Fernanda casada com o Artur pediram dispensa ao papa para casar? Descobrimos que eram primos, os Rodrigues valente tem Freire da Paz na ascendência...sabia? Os Alarcões estão ligados aos Noronha e Mendes de Tanger da quinta das Lagoas e aos Paula de Lima de Gois. Bjo

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