quinta-feira, 23 de maio de 2019

Ruína de casa de traça judaica no Avelar, teria sido a Casa da Câmara?

No Grupo de Genealogias Avelarense o seu Administrador - bom amigo Raul Manuel Coelho tem vindo a desenvolver temática importante na divulgação e preservação do património das antigas Cinco Vilas de Chão de Couce e suas linhagens . Postou um texto em 27 de julho de 2018 da ruína de uma casa cujo limite de caracteres no Facebook não me permitiu publicar...nesse pressuposto para que não se esquecem as memórias do passado, temática a privilegiar a crónica em também elevar cabeças - quando Cabeças não faltam na toponímia do Avelar, Aguda e na região...
A união faz a força - lema que devia ser de cada um de nós no contributo de mais se vir a saber sobre o rico passado das Cinco Vilas de Chão de Couce e da ilha ou enclave que foi Ansião rodeada por Senhorios em  deslindar um pouco a investigação que tenho em mãos . a grande lacuna da génese historial do edificado e dos testemunhos deixados em herança sem estudo, como a  razão de escolha da região pelos primeiros povoadores, a não descartar homiziados de Germanelo, perdoados de crimes graves desde que povoassem o sul do concelho edificado em 1142, onde Ansião era extrema, a que se juntou o povo franco e judeus vindos da Galiza sefarditas  e ashkenazi .Por mar outros se aventuraram para aportar a Buarcos onde encontraram boa pescaria, construíram casas de brunhos, por ali ficaram, verossímil  alguns  se encaminhar para o interior onde também deixaram a marca indelével do seu passado com os tradicionais moinhos de vento na Gândara e no Maçico de Sicó, ainda hoje caracteristicos no Afeganistão de onde tenha vindo a  herança trazida na sua Diáspora. Após o êxodo espanhol de 1492 outros judeus sefarditas vindos da raia em especial de Belmonte para se fixar nesta região em pequenas comunidades, no tempo se cruzaram entre si nos concelhos limítrofes onde também se constacta ligação ao Minho, Trás os Montes, Alto Alentejo e Algarve. Na região desenvolveram actividades além da agricultura, moagem, pisoaria, tecelagem, lagares de azeite e de vinho, com trabalho e visão soube aproveitar os parcos recursos como a água das ribeiras e ribeiros,  só corre até junho para angariar riqueza que lhes deu hipótese de colocar filhos em Coimbra no ingresso na Universidade, Seminários e Ordens, depois se espalharam por Portugal, Brasil e pelo Mundo, em geral se vieram a fixar nas terras onde encontraram trabalho ou casamento, uma maioria sem mais voltar à terra, vendeu as heranças, enquanto outros mantém com orgulho a casa de família tal como os que nunca emigraram para dentro e fora do país, com as mesmas evidências em talentos dotados para a agricultura, medicina, farmácia, direito, magia, artes, etc ) fácil reconhecer o carisma obstinado no trabalho, de olhão para o negócio, angariar poupança, carácter reservado em contraste com outros aventureiros, de mau génio com episódios de violência  em casos de vingança, outros psicóticos sem arte para coisa que o valha, a miscelânea resulto de cruzamentos com o povo franco, celta e nas últimas centúrias com mouros do norte de África, ainda muito evidentes na população, laivos de ruivos, louros de olhos azuis, altos e entroncados, altos e secos de carnes, medianos, baixos e atarracados de olhos mesclados verde e castanho de cabelos escuros encaracolados. De todas as evidências  ainda se acrescentam os apelidos e controvérsia  onde me destaco com costado no gosto de conversa farta, que se estranha e ainda o gosto em ofertar e partilhar e me parece muitos o seriam mais de ficar com trunfos nas mangas...Na fundação de Portugal ou judeus da Península Ibérica -comunidades sefarditas vindas da actual Alemanha , se tenham estabelecido com os mercadores fenícios com outros vindos em Diáspora do leste europeu - os judeus ashkenazi de olhos azuis e verdes todos ajudaram ao povoamento do território conquistado aos mouros. Por isso beneficiaram da proteção real até 1496, data do Édito de Expulsão dos Judeus. Dessas comunidades de homens de negócio, de ciência e de letras, filósofos, médicos, astrónomos, saíram grandes contributos para a náutica e os Descobrimentos portugueses, assim como para a medicina ou a economia.» Na  Biblioteca Joanina encontram-se importantes estudos dos grandes matemáticos Pedro Nunes (inventor do nónio) e André de Avelar, ambos cristãos-novos, este último pelo apelido Avelar, pese ter nascido em Lisboa em 1546 , estudou em Coimbra, não deixa de ser curioso o uso do apelido do nome desta terra.
A herança judaica atestada na toponímia das ruas ou na arquitetura com grande evidência nas terras raianas e junto ao litoral, já catalogadas, onde é visível por vezes a tipologia da habitação hebraica, com duas portas no piso térreo: uma larga para o comércio e uma estreita que levava ao piso superior, de uso doméstico.Também na ombreira das portas perduram inscrições de marcas cruciformes associadas ao culto hebraico. Muitas delas atualmente em forma de cruz, sinalizam a cristianização dum antigo espaço de judeus. 
Pioneira em abordar abertamente esta temática na região, debalde até hoje jamais explorada como o merecia por investigadores e historiadores! A que acresce a continuada falta de sensibilidade cultural em se valorizar o que restou dos seus testemunhos - "cruzes" esculpidas nos lintéis de casas e outra simbologia - quiçá a lápide encontrada na ampliação em 1969 do cemitério de Ansião com 3 letras esculpidas, hoje desaparecida, pode ser  alusão ao "Hejal" pequeno altar com letras (?)e a  entrada diferenciada para homens e mulheres nos tanques de chafurdo debaixo dos arcos da Ponte de Cal em Ansião para o tradicional Banho Santo, tenha sido herança romana onde existiu um habitat depois usado pelos judeus, que também ninguém lhes fez correlação...Apresento-me autodidata, na minha vida profissional de bancária despertei para um talento escondido no dom de saber destrinçar as motivações da panóplia da clientela que me veio a motivar em novo aprendizado onde a leitura aos 50 anos nunca explorada abraçei em paralelo com a investigação disponibilizada na internet  - Estudos na Academia EDU, Monografias, Dissertações de Mestrado, entre outros , o último livro Miscelânea do Sitio da Senhora da Luz de Pedrogão Grande de Miguel Leitão Freire d'Andrade de 1629. A crónica reúne notas, embora modestas, poderão vir a ser úteis à investigação considerando que nem todas as fontes (históricas, artísticas, antropológicas, mágico-religiosa, etc.) estão suficientemente tratadas. Também por este motivo,embora seja um trabalho simples e aberto para esclarecimento e abrir mentalidades adormecidas também a despoletar a cortesia gratuita de mais partilha de informação para lhe acrescentar de mais valia, mas também onde alguém aponte erros, circunstância sem alternativa, senão emendar ou ficar queda! O medo não me atrofia, se errar é porque ainda me falta crescer e crescimento é o que sinto a cada dia mais quando me embrenho na investigação mais se abre em facetas múltiplas, sem tempo para as abraçar todas, tornou-se um vicio... A crónica na pretensão maior sensibilizar a população e quem a dirige para testemunhos ainda vivos que merecem  preservação e estudo além dos costumes, tradições e romarias em que linhagens, o seu levantamento, tem sido exímio o Raul Coelho e o primo Henrique Dias .
Casa em ruína no Avelar postada por Raul Manuel Coelho no Facebook
Facebook de Raul Manuel Coelho « Num tempo em que se ouve falar de Programas de preservação dos centros históricos, voltamos, aqui, a este tema. A existência de dinheiro, no passado, serviu mais para destruir do que para recuperar. Que o presente nos traga melhor sorte.
Em nossa opinião, o essencial do centro histórico da Vila de Avelar está perdido, pouco resta além do Pelourinho arredado. Destruíram-se as casas antigas, construiu-se em altura, descaracterizaram-se as fachadas, alcatroaram-se os pavimentos, ignorou-se o pódio e as ruínas da Igreja antiga, local sagrado, onde os nossos antepassados vivenciaram a sua espiritualidade, tomaram sacramentos, e se fizeram sepultar, e onde há poucos anos se construiu... mais um edifício.
Quem aqui passa, dificilmente dirá que este local foi o centro de uma Vila sede de Concelho ao longo de muitos séculos, e a centralidade de uma comunidade popular milenar. A este Espaço não foi dada a possibilidade de reflectir e testemunhar, condignamente, a história e a cultura deste Povo.
Veja-se, por exemplo, esta casa, uma das últimas a resistir no Centro Histórico; já em estado assinalável de Ruína. Não sei de quem é, mas, ainda lá está, agonizando, “empurrada” por um prédio. Seria, talvez, um bom local para ali se instalar um Posto de Cultura.
A sua configuração inspira a pensar na Casa da Câmara, que, com toda a certeza por aqui existiu, simbolizando e representando solenemente o poder popular, tal como o Grande Carvalho, dos quais alguns documentos nos falam.Já nem falo em se averiguar vestígios arqueológicos no local, nomeadamente Romanos dado que, parece-me, há algumas pistas que poderão apontar nesse sentido. O centro moderno da localidade, com a construção da nova Igreja (datada de 1767, mas só terminada meio século depois) e do Hospital, no final do século XIX, passou para o Terreiro da Guia. O Avelar crescia. Pena foi que se tivesse desprezado o Centro da Vila Antiga. Bom será, no possível, que se lhe dê a dignidade que merece (mos).»
A resposta que não consegui publicar
Caríssimo Raul Manuel Coelho muito obrigado pela cortesia da partilha deste rico património da vila do Avelar com a ruína de uma casa de arquitectura ancestral a reivindicar herança visigótica após a romanização, mormente arte continuada pelos povos concentrados na Galiza - celtas, lusitanos, francos, fenícios e judeus vindos na sua Diáspora ao se fixarem na terra que os romanos chamaram - Finisterra - por esta acabar e começar o mar, em que o sul da Galiza se veio a consolidar no Condado Portucalense, com essa gente a se deslocar para sul para povoar as terras novas reconquistadas aos sarracenos, em ser hoje a nossa ascendência.
A foto apresenta na frontaria uma escadaria seguida de patamar com a particularidade de ser ou não alpendrado- o tradicional Balcão, herança judaica sefardita existente em Portugal, composta pelo património histórico e cultural desta comunidade que deixou marcas profundas e decisivas para o desenvolvimento do país ao longo dos tempos. Medelim na Beira Baixa, que foi terra de judeus, detém o maior numero de casario com balcões a despertar opiniões adversas quer em investigadores quer em historiadores  sobre  se é ou não traça judaica  como nesta ruína que se encontra na Rua do Pelourinho enquadrada no sitio da primitiva igreja, para mim a segunda fase da parte mais antiga da vila do Avelar.
A casa no r/c debaixo do balcão com porta para entrada dos currais, no tempo de escola se aprendia que o seu bafo servia para aquecer a casa no tempo de invernia... A ruína a cada dia a se alastrar mais em que já não indicia acima do lintel da porta principal o formato invertido de pedras em "V" com duas lages, ou na forma sobreposta de ligeira abertura entre elas, sem lhe saber o significado - a necessitar investigação também a simbologia mágico-religiosa  na sua afirmação à cristandade e na sua tradição judaica tenham marcado as suas casas com  mezuzah's - e aqui perceber se as cavidades nas paredes em pedra ao lado da porta  que encontro em muita  ruína se o foram de facto, ou "armário da lei" onde se guardava o "Torah" , o livro sagrado dos judeus, confidenciou-me um amigo ainda se lembrar dum livro em casa dois avós... Pese outras cavidades maiores as encontro na cozinha onde se  entende serviam para guardar grandes utensílios grandes em que a instituição de capelas, uma afirmação de professar a fé cristã, quanto a mim a profanaram... Outras casas ostentam acima do lintel meia lua em lajes cerâmicas - exemplares que vislumbrei com estas caracteristicas no concelho de Ansião em casario recuperado e ruínas - na vila de Ansião; Escampados, num caminho em Santa Marta recordo uma grande laje estava incisa uma "cruz" que desapareceu com a melhoria da estrada, Moinho das Moitas (  existe uma espécie de altar cravado de pedrinhas), Além da Ponte, Ribeirinho, Casal Soeiro, Ameixieira, Casal Viegas, Constantina, Ateanha, Portela de S Lourenço, Venda do Negro, Vale Perrim, Chão de Couce na que foi a Casa da Câmara e,...E na Granja e Ansião nos lintéis  esculpidas "cruzes" e numa casa da Portela em Pousaflores uma pedra com a data ladeada por cruzes. Imperioso abordar esta temática para não se perder, sensibilizando as autarquias e juntas de freguesia no seu dever em preservar estes testemunhos, incitando ao seu estudo e divulgação mas como? O maior problema passa por estar em mãos de particulares que o vetaram por razões várias ao abandono...ou porque não lhes interessa ou por falta de capacidade financeira para o recuperar, acabando por a venda ser o destino final e aqui um imbróglio - todo e qualquer património ancestral (casas, poços de chafurdo, dolinas cársicas vulgarmente chamadas lagoas, moinhos, lagares, fornos e demais património particular e público inserido na malha histórica urbana e rural dever ser inventariado para se acautelar e não se perder, incitando a população residente e sazonal no dever de o preservar na sua traça ancestral e não como já se tem visto- adulterado e outro desaparecido, pese a menção obrigatória há muito patente nos projectos de requalificação, debalde antes ou depois da vistoria os donos dão cabo dos vestígios antigos...lembro-me na vila de Ansião de uma casa de aspecto medieval e fachada pesada edificada por altura de 1593, a data da segunda igreja, a casa do padre ter chegado ao principio do séc XX vendida com essa menção, em que o novo projecto de requalificação tinha obrigação em manter a fachada e numa noite simplesmente ruir, porque não foi sustentada com vigas de ferro como hoje na grande Lisboa se constata em qualquer prédio em reabilitação...o património, a sua mais valia deve merecer mais atenção de quem deve fiscalizar se mostrar isento e determinado em executar cabalmente o seu trabalho e também se instaurar medida cautelar para a sua defesa fazendo disso notícia ao divulgá-lo, sensibilizando a população e ainda estabelecer parceria com os Notários para no acto da escritura a nacionais e estrangeiros o conhecimento da obrigatoriedade em respeitar a traça da arquitectura ancestral, a nossa herança e de todos os valores que encerram , pese infracção - coimas e reposição da traça antiga, o caminho certo!
Portugal é de todos os portugueses, desse modo todo e qualquer estrangeiro que venha a escolher a nossa terra para viver , é bem vindo desde que a sua integração passe por aprender a nossa cultura e o dever de a manter viva, preservando, e jamais adulterando os seus vestígios, a nossa herança!
Que mais nos mostra esta foto? Além de duas portas na tradição judaica em que uma servia para entrada da casa e outra para a oficina (sapateiro, tecelão etc) com as janelas na parte inferior do parapeito  ostentar a sobreposição de duas pedras em que a primeira é mais comprida que a segunda em detrimento da habitual janela em avental, característica igual que se encontra noutra casa na vila de Ansião e noutras que distingui na vila de Abiul.
Casa em Ansião ao Cimo da Rua
Adornada com piais nas laterais para as sardinheiras.Graciosa! Neste caso por estar implantada na beira de uma estrada que foi romana e depois medieval com casario perfilhado e adoçado na centúria de 600, a escadaria em pedra encontra-se no interior para o sobrado.
Nova foto no Avelar tirada em 12-05-2019 de Raul Manuel Coelho
«A hipótese, que há algum tempo coloquei, de este edifício poder ter sido durante séculos a CASA DA CÂMARA do Concelho de Avelar, se, para os que têm forma de o averiguar, merece o esforço de ser feito, o tempo é cada vez mais escasso para o fazerem.
Como podemos ver, a ruína total, do que pode ser o símbolo máximo dos antigos poderes locais de base popular da nossa Terra, está eminente.
Gastam-se tantos recursos em tantas coisas sem sentido (exemplos não faltam), e parece não haver, nem que seja o custo do tempo que a atenção deste assunto merecerá.»
A ruína desta casa a cada dia se acentua mais sem ninguém para lhe acudir! Peremptória a sua preservação na traça antiga para a finalidade que o Raul Manuel Coelho muito bem protagonizou!
Se foi aqui sediada a  Casa da Câmara do Avelar em supor uma  porta servia a sala da Câmara e outra porta a sala do Tribunal (?). Onde estaria a simbologia do poder? Sino, brasão e bandeira?
As casas  da Câmara ao serem vendidas depois da instauração da comarca de Ansião em 1875 quem as comprou as adaptou para viver. Não conheci esta casa, por isso não posso nada mais dizer como era o seu interior,  julgo não há nenhuma certeza - o podia ter sido ou então de família importante morador na centúria de 600 nesta vila de Avelar, inclino-me para a descendência dos irmãos Afonso na ousadia em escrever ao Papa para instituir a paróquia do Avelar, cuja resposta tardou em chegar , além da visita que fiz ao cemitério de Avelar onde encontrei muita simbologia relativa ao povo judaico, crónica que retirei e outras alusivas ao Avelar para não influenciar a futura monografia, e aqui não me queria alongar mais, por no passado o mesmo  autor usar matéria do meu blog e dele não fez qualquer referencia, a tomando como sua, para neste agora bem as podia ter copiado para vir a usar, e no mesmo esta- o pode fazer se o fizer constar em Fontes , caso contrário haverá problema, passível de se evitar se as pessoas forem honestas!

No concelho de Ansião e antigas Cinco Vilas as Casas da Câmara  nenhuma foi preservada
Segundo o Livro Noticias e Memórias Paroquiais Setecentistas «As Casas da Câmara nasceram com as Vintenas nas Ordenações Manuelinas e mais tarde  incrementadas com as Ordenações Filipinas em estabelecer nas aldeias com, pelo menos, vinte vizinhos, situadas a uma légua ou mais da cabeça do concelho, fosse escolhido cada ano um homem-bom que conhecesse e determinasse, verbalmente, sem processo algum, as contendas cíveis havidas entre os moradores, executando imediatamente as sentenças, das quais não haveria agravo nem apelação,Estes magistrados locais passaram a ser designados como juízes pedâneos, juízes de vintena ou juízes das aldeias, chamando-se ás suas circunscrições julgados ou vintenas. »
As Casas da Câmara - na Cabeça de Façalamim(r) na Orada em Santiago da Guarda, a correlaciono na Granja, com a Casa dos Fósseis pela janela de avental.
Em Ansião foi edificada na Cabeça do Bairro, também tinha uma janela de avental, e duas grandes colunas na frente, ainda conheci.
Em Chão de Couce há anos mostrei as suas ruínas, debalde ninguém nada fez, nem o presidente camarário na altura, sendo a sua terra natal, para o ano passado o dono a reconverteu em habitação.
Em Pousaflores as ruínas que existiam na Chousa foram destruídas numa iniciativa da JF em fomentar o povoamento ao lançar campanha passada na rádio com oferta de lotes onde se construíram vivendas sem dignificar ali o seu passado.
Na Aguda restam duas paredes...
Foi assim no passado nesta região a história das Casas da Câmara que conheço...
Nitidamente votadas a tudo menos preservar património público, por falta de conhecimento e atitude!

O que nos espera o Futuro?
Cabe a cada um de nós a defesa do património público fazendo crítica construtiva no uso do direito de Cidadania. Pese o infortúnio de décadas sem ninguém lhe prestar a atenção merecida ou fazer coisa que o valha na sua requalificação - há obra feita, mas de pouca monta e outra ainda por fazer. Acredito na mudança, bem sei que Roma e Pavia não se fizeram num dia tão pouco tanto por fazer se faz de um dia para o outro, contudo ninguém se deve resignar - tem uma arma na sua mão que a deve usar com sapiência no exercício do seu direito ao Voto!
Deixar de vez manipulações e conveniências em oferecer o seu voto na continuada aposta em caras, em prol de saber distinguir nos candidatos qual o que mostra maior potencial e reais valores em todas as vertentes onde a cultura seja dianteira na escolha certa!
Lanço desafio a todos os avelarenses amantes ferverosos da sua terra no desejo maior de a ver engrandecida - nas próximas eleições votem em consciência, ao jus da triagem do trigo e do joio no anseio a explosão da vitória no partido da sua eleição que acreditam efectivamente vai privilegiar em grandeza a vila e o passado do Avelar-  em que irão cobrar o voto, estando atentos e não se resignar com a incúria e inércia, sendo cidadãos actuantes, protestando, sem olhar a gregos e a troianos, tão pouco intenção de conviver em comunhão com Deus e o Diabo a pensar no ganho que lhes pode advir de ambos os lados - técnica de gente de segunda e os avelarenses o são de primeira linhagem, gente heróica e reivindicativa no dever em mostrar diferença e não se acomodar, sem medo e discernimento enfrentar o futuro dando o seu voto útil ao partido que lhe oferece melhores garantias e alternativa para o engrandecimento da sua terra!
Todo e qualquer património herdado merece ser preservado para deixar o seu legado às gerações vindouras, ao jus do pensamento " O futuro são as nossas memórias, quem não sabe de onde veio não sabe para onde vai " .
Podia estar quieta- podia!Porém não sou capaz, em farta idade em pleno séc XXI aflige-me em facadas assistir a continuada falta de conhecimento cultural com pelouros adstritos a perfis de gente acomodada, sem vontade de fazer aprendizado, pese ninguém nascer ensinado onde se reconhece nem todos tem sensibilidade cultural para lhe distinguir olhar peculiar e atento, tão pouco outros em o respeitar, identidade maior que todos deviam sentir para o manter vivo, preservado e dignificado em honra tomando iniciativas certas no intento maior -augúrio da população avelarense e de todos com raízes espalhados pelo Mundo na luta da sua defesa, do que ainda resta, com todas as armas e forças !
Votem bem, ficando claro a supervisão durante o exercício do mandato, em que a ruína desta casa será disso bom exemplo - jamais alguém lhe deu atenção até hoje!
Agradecimento ao Raul Manuel Coelho por partilhar este rico património testemunho do passado.

Fechar a chave d'oiro a conclusão ao jus de soneto  - Saber é Poder!

FONTES
Duas fotos e textos de Raul Manuel Coelho retirados da página Genealogias Avelarenses
Livro Noticias e Memórias Paroquiais Setecentistas de Mário Rui Simões Rodrigues e Saul António Gomes

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