O lado bom do conhecimento virtual -, num instante, se tornou pessoal e muito agradável numa sexta feira, dia agendado para o encontro com prévia rota pelo Ginjal, Olho de Boi, Quinta do Arialva, Miradouro da Boca do Vento, Quinta da Cerca, Salão das Carochas, Almada Velha e Nova, Avª Bento Gonçalves, Castelo, Pedreira e Cacilhas.
Impacto negativo do dia ? Constatar o óbvio em Cacilhas -, não privilegiaram deixar a nu esta obra d'arte. Irresistível foi há poucos meses fotografar as paredes descascadas de caliço, que ladeiam esta escada com estruturas de madeira ao estilo gaiola, usada após o terramoto de 1755.
Sexta feira, a porta aberta estragou o hellan do dia-, decepção, com paredes forradas a pladur. Perdida por segundos a delirar como seria tal beleza radial tivesse sido deixada a descoberto, como tão bem merecia...Surpreendeu-me ao ler os nomes de artistas na Quinta da Cerca -, na véspera encontrou numa vernissage em Lisboa.
Breve passagem no Centro de Interpretação de Almada a funcionar numa antiga ermida do Espirito Santo do século XIV que resistiu ao terramoto de 1755.
Depois de abandonar as suas funções religiosas, funcionou como junta de
freguesia, sede da Academia Almadense e salão de baile, festas e
espetáculos culturais promovidos pelo Grupo Desportivo Cultural de
Almada. É deste tempo o nome pelo qual ainda hoje é conhecido entre a
população: Salão das Carochas.
O meu marido frequentou na década de 60 no edifício, a catequese , e assistiu a filmes, até que caiu na ruína. Mantiveram os painéis de mosaico.
Interessante o apontamento do jardim suspenso a tapar parede inestética na Rua Capitão Leitão.As entradas foram degustadas na cozinha...bola de carnes e queijos franceses .
Encantou-se com a forma prática de assar o pimento no bico do fogão, e do peixe no forno no grill. Denotou apreciar abacaxi grelhado, como uma verdadeira francesa, degustou a salda no final.
Sentiu descanso na pequena sieta...de pouco mais de 10 mn, no sofá da marquise onde almoçamos, para de novo nos metermos à estrada a caminho do Miradouro do Castelo.
Gosta de castelos virgens...O de Almada, ocupado pela GNR há muitos anos restaurado, revestido a cimento cru -, retirou-lhe a dignidade, e não devia. Em sítio altaneiro, a mirar o Mar da Palha, e a capital deveria ser tratado com mais respeito!
Mulher de cariz jovem, não lhe dava a idade que tem, alegre, culta, mui interessante, de sorriso delicioso, franco, de olhar puro a clamar réstias de languidez no lembrar o silêncio dos lagos...
O ponto de encontro pela manhã foi precisamente aqui, onde para meu espanto, cheguei com ligeiro atraso...Ainda por cima ao sair de casa encontrei o meu bom amigo LJ, ao contar-lhe ao que ia, disse-me com aquele sorriso maroto " quem foi que te abriu para a descoberta do mundo..."
Mal cheguada ao ponto de encontro liguei-lhe, para mal dos meus pecados fiquei sem bateria...aliviei o pensar quando vi um barco quase a atracar...
Sorte a minha a vejo a correr na minha direção, tinha ido espreitar o farol...
Olho de Boi a caminho da Quinta de Arialva de portão fechado, aqui se engarrafou muito vinho...
Partimos em caminhada pelo Bairro Operário -, as instalações do estaleiro naval em total degradação...gostámos de ver a sustentação da falésia a pedra com reforço de colunatas médias inclinadas, ao estilo da idade média ainda visíveis em muitas igrejas.
Adorei conhecer esta nova amiga.
Elogiou-me...Na minha idade, e sendo portuguesa,diz que sou
muito à frente...
Fartou-se de me tecer elogios...Exagerou...E de que maneira!
Claro
teceu convite para conhecer a casa dela na Beira Alta.
Na verdade é uma doçura de senhora com quem me identifico, e com quem aprendi!
My dear, best friend...mon amie trés cherie...
Sabes que tanto o inglês, como o francês já teve melhores dias...
- Beijos ternos de boa noite...