![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgijbbhLDIum6stacVlAEG5O7lY6bQds2NS3RLAmGHkpbAUTBbm3f2Dlb8Q78CSkDddGJGp3_7gYFzcNYtSfySn9EhXxlxiB8MTNtfRLTaZdAm6G75kt5y9bBD8NPPmSgm2y17u-Eh45sys/s320/4.9.2010+043.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAauQB7mYdhu_TsWYnkWxIa9SuyaqHJgBmiYGJV07rE4P9h0gKgbMQqsxDP6dFSu3kmQoZHiGYyOlCYrzbRD6NcU7sHOoVXRM4k2m1FGz9_6q09PaiG4AhEWRqubQv8OUp5aS5xgn1BAsg/s320/4.9.2010+060.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmqQqVBBUGPBxsv1KQ4sEgiyldMOmNdCPDoG51wCs11Nh18DDZKy1rmbkfeQrG13RGrmjhIv1dm-B3A4qx1WDyPwa9-uaWScnmnUWuaouWflHSIi5HG0PTDOn3HBCC8GYE5KtPcxfUtVGF/s320/4.9.2010+058.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLViKXLF5uXG02gbcX2kN03fQ8P8khmgS48s2eRug8K8saPmYw4jczCJM5je6I_fiZLVDZR2mEw9JdRz2M-5x6xm5WzDCr39-w-tLxfH7CmszdBRcHRRYU-ASO_HkWv_7IKSOjsozLirH4/s320/4.9.2010+046.jpg)
Quem ainda se lembra da estrada nº 1 ao alto da serra depois da Venda das Raparigas a caminho de Lisboa? Quem se atreveu a observar o vale profundo -, verde, o moinho e a pequena placa amarela debruada a azul com a menção: Salinas.Passei por lá imensas vezes,não havia alternativas até aparecerem as auto estradas, e a nova variante que nos afasta de Rio Maior.
Há anos voltei para ir às tasquinhas em meados de Março, se a memória não me falha, numa segunda ida à posterior acabei por visitar as salinas - únicas situadas no interior em Portugal, distam uns míseros 3 km da cidade e alguns da costa. Numa das vezes tive a sorte de ver actividade salineira, soube que é uma faina sazonal de maio a setembro, julgo a melhor altura para visita o mês de agosto.
Hoje, desloquei-me novamente até lá pela terceira vez - desta foi de vez , não só vi muito sal nas eiras como os armazéns a abarrotar para a estrada cobertos com grandes plásticos, claro o poço estava sem água...prestes a terminar a época do sal. A referência mais antiga que descreve as Salinas data de 1177, mas julga-se que o aproveitamento de sal-gema já seria feito desde a pré-história.
Dada a natureza da rocha da serra dos Candeeeiros ser calcária, com a erosão abre muitas fendas onde a água se infiltra formando algares e rios subterrâneos.A jazida de sal-gema estende-se desde Leiria e Torres Vedras.Precisamente neste vale onde se encontram as salinas, a agua é extraída do único poço em pedra existente por duas picotas, e barricas de madeira, hoje mantêm-se apenas para o visitante perceber como era a tradição da faina que em nada mudou, apenas na tiragem da água,actualmente bombeada a motor.
Esta água é sete vezes mais salgada do que a água do mar, formada há milhões de anos, depois do recuo do mar.Ao chegarmos ao fundo do vale chama-nos logo à atenção os antigos armazéns de sal dos salineiros em madeira, ancorados por troncos de oliveiras com fechaduras características tipo ferrolhos também em madeira para evitar a corrosão do sal. Actualmente algumas transformaram-se em tabernas, venda de artesanato e sacos de sal, outras tornaram-se tascas , uma churrasqueira além do posto de turismo e da cooperativa salineira.
Vale muito a pena conhecer este interior bem português, além de único é belo no contraste da encosta da serra verdejante e do baile das hélices das eólicas...lindo!
Irresistível tirar fotos, todo o cenário é propício a tal.
Não resisti a deitar-me no rebordo do poço bordado na cercadura a sal empreguenado...que sensação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário