sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rio Nabão depois da ponte do Marquinho

Domingo. Ao final da tarde fui de mota com a minha irmã, paramos no Escampado de Santa Marta.Enquanto tirei umas fotos ela distraiu-se e a deixou cair, partiu-se o manipulo da embraiagem. Remédio vir com ela a "butes",empoleiradas na descida à casa do primo João Silva,atrás de nós, ladravam cães à desgarrada...
Mudámos de viatura.De carro, voltamos ao Escampado, seguimos em frente até ao Marquinho, atalhou à esquerda antes da ponte, grande a subida em terra batida, descemos ao vale e nele deparei com o rio Nabão, lindo, lindo, lindo...
Algumas fotos que captei.
Azenha do lado sul no Vale do Pessegueiro.
Entrada da água na azenha .
Caneiro do desvio do rio para a azenha recuperada do outro lado da estrada.Gostei do piquenique e da fogueira que decorria debaixo do olival.Eu e a minha irmã deleitamos-nos a contemplar o rio,os  muros de pedra em leirões e os penedos de calcário altos, um anão da Gruta do Calaias que contornamos a saborear uvas...
A partir do Vale do Pessegueiro, o rio deixa de apresentar água, pelas represas que vou falar adiante.
Rio Nabão no Vale do Pessegueiro, sem agriões ao entardecer.
Foz do Ribeiro de Albarrol, na verdade se deveria chamar Ribeirinho, nasce nesse lugar que lhe dá a graça do nome, entre o Casal Soeiro e a Ameixeira, desce ao Carril, acompanha a propriedade da minha irmã,banha os pés da aldeia abandonada os Matos,desliza no Barranco a caminho do morro de Albarrol que lhe deu o nome.
Não resisti a trazer uma lembrança deste ribeiro que faz parte da minha meninice, desci ao seu leito e dele trouxe uma pedra tipo uma bota com buracos, estava ali à minha espera, dei à minha irmã que ostenta junto à talha de barro.
A água a deslizar por entre os agriões que teimam bordar o leito do rio de branco como se fosse um grande véu de noiva.
Uma curva do rio ao longo do vale, desliza sem pressas.Passamos na estrada de terra batida que se vê à esquerda.
Outra represa, outro recanto magnífico do rio.
Represa, dique, açude, tantos nomes para uma comporta. Antes do Marquinho começam a aparecer até para lá do Vale do Pessegueiro. Usados pelo povo no passado, retenção de águas usadas na agricultura de minifúndio nos terrenos da margem, daqui até à nascente usavam poços de represa dentro do próprio rio que aqui se chama ribeira e de leito mais estreito.Tal como o Mondego na nascente na serra de Estrela se chama Mondeginho, aqui não se chama rio, mas sim ribeira. O rio na nascente só leva água no Inverno , no verão é seco,graças ao seu maior afluente, o Agroal, o rio leva um bom caudal na cidade de Tomar até à foz no rio Zêzere.
Rio a caminho do Vale da Vide.Ruínas de uma casa junto à margem. O que eu adoraria aqui ter vivido de paredes meias com tão lindo cenário.
Rio Nabão em Fevereiro de 2011, depois da ponte do Marquinho.
Lindo, coberto de agriões floridos..idílico, único para amar...
Cenário para sonhar.
Deixamos o rio porque a estrada impôs-se com duas variantes, Abiul e aldeias; Outeiro, Sarzeda, Pessegueiro.
De regresso a casa o caminho mais perto em subida, deliciei-me com as aldeias serpenteadas pelos outeiros, belas casas reconstruídas por estrangeiros, ainda o belo cruzeiro em pedra no Pessegueiro.
Adorei o passeio que a minha irmã me presenteou em final de tarde!

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