quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Casa da Câmara de Chão de Couce no concelho de Ansião

A falta cultural ao passado das Casas das Câmaras das Vintenas, permitiu o seu quase total esquecimento.
Relembrar as ruínas da Casa da Câmara de Chão de Couce, onde foi encontrado um Livro das Receitas e Despesas da Câmara de Pousaflores, para o período que decorre entre 1766 e 1808. 

Numa das minhas idas a trabalhos rurais a caminho da Mouta Redonda, na vez de cortar na Serra do Mouro a caminho de Lisboinha, segui em frente para Chão de Couce e decidi parar!
Feliz por tantas vezes pensar aqui parar...e fotografar
Para a posteriedade, pois o espaço foi requalificado e perdeu-se! Ficam as memorias das fotos!
 Porta ao nível do r/c encimada ao lintel com meia lua em tijoleira
Plano superior à casa virado a sul. Acesso por uns improvisados degraus que possivelmente fariam parte do imóvel cuja frente a nascente não existe. Ombreiras de janelas? jazem em jeito de escada.


No plano superior logo encostado ao imóvel encontra-se um tanque quadrado, vazio com esgoto provisório para o plano abaixo na entrada da casa. 
Enquadrado num ambiente de prado, plano de gaveto, cariz bucólico num dos lados vegetação com canas da Índia. 
 Adorei o cenário bucólico, doce com o costado ao fundo até ao outeiro do souto de castanheiro francês, da Quinta de Cima.
A merecer escavação arqueologica, para saber se o habitat romano foi aqui ou na Quinta de Cima com deslocalização de materiais.
 
Citar José Estanqueiro Rocha " Tantas vezes subi estes degraus, para fechar ou abrir a água que abastecia o tanque e servia para regar vários talhões cultivados. O terreno neste patamar superior onde está o tanque e as persistentes canas da índia, foi cultivado pela minha falecida e saudosa mãe, (a ti Gracinda), em regime de arrendamento ao Sr. Moreira de Sousa, durante mais de trinta anos. Saudades!"
Parede com piais em pedra da antiga casa da Câmara de Chão de Couce
 
Outra porta com o tradicional triângulo em "v" acima do lintel, herança visigótica
 Só paredes, esta no interior
 
O interior visível ainda restos de estuque com cal
 
Parede exterior, a pedra cilíndrica, alvitra tambor romano, e não teve furo ao centro onde era preceito cravejar argola em ferro para prender os animais. No caso , está limpa, inspira ter sido romana ali requalificada.
Admito entre o palco da quinta de Cima e aqui houve um habitat romano, já que a nascente onde foi o corredor romano da via XVI, militar, de Antonino, de inverno para evitar as águas do Barqueiro,  derivou um ramal que serviu outro habitat romano e em época medieval foi o palco da Quinta da Mouta de Bela ( onde nas ruinas também vislumbrei pedars romanas requalificadas), seguia pela Ladeira, onde houve um poçod e chafurdo, Quinta de Cima, onde teve uma fonte de mergulho, hoje mina para o lavadouro, Borda da Mata, Vale Cego, Pereiro, Pobral ( fonte) Pousaflores e Maças de Caminho.

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