Ontem o roteiro tinha como destino uma praia na Linha do Estoril. Sorte a nossa, a manhã acordou morna, nublada, a convidar calmaria, sem a estoreira do sol, e de facto encontrei muito prazeirosa a orla ribeirinha a bater-se em ondinhas minúsculas, e bons ares a iodo, a puxar os dentintos ao Vicente.
A viagem de comboio do Cais do Sodré até Oeiras à praia de Santo Amaro. Adoro comboios e viajar neles,nem se fala, sendo esta Linha, a primeira, no ano de 1971 quando frequentei o colégio salesiano Maria Auxiliadora, no Monte Estoril.
Foi muito agradável o ambiente, pacato, onde distingui voluntários na limpeza por zonas do areal, com camaroeiros, pena o Tejo se mostrava de águas gelado, por certo amuado por o ter preferido na margem norte!
Aniversário de 9 meses, desde que nasceu, só o oitavo mês , é que não -, merecido direito seja dado aos outros avós, que no mesmo modo também o merecem acarinhar.
No fraldário do Mcdonalds reparei numa mesa brilhante, no tampo era refletido um jogo projetado do teto, imediatamente sentei o Vicente e jogámos, ganhámos umas etapas, fascinado com o barulho, as mudanças de écrans e as cores-, no lamento, nem sempre a máquina de fotos me acompanha...
Desforrei as nossas selfis no banco de jardim. O puto mostra-se de perfil atrevido, interage com gente que passa sempre de sorriso largo, ainda brutalmente observador, tal e qual a avó! Há dias sentados num banco a descansar passava um velhote que parou e no recado disse " olha a avó, sente-se logo que o neto é igualzinho a si, bem disposto..."
Enchi o peito de paixão no desfile do percurso do jardim quando me deparei com versos escritos no asfalto ...mote para divagar no sonho de amar assim os ouvir no sussurro ao ouvido...Na mira de encontrar almoço tomámos a direção ao altaneiro centro histórico, o que mais apreciamos, seja pela arquitetura, ferro forjado e azulejaria.
Adoro esta trepadeira de petúnias em azul tucano e olho ceano, suportam o calor e a agrura da secura da terra. Impressionante a beleza que emanam em qualquer paisagem!
O design dos candeeiros públicos no contraste do arvoredo dos passeios
Ao alto da subida, antes de chegar ao núcleo histórico, olhei um recanto bucólico do jardim Marquês de Pombal, com uma janela aberta para o laranjal ladeado de bancos forrados a azulejos, ao meio um painel falante, julgo BANCO DOS NAMORADOS(?)
O que resta de uma quinta com o portão ladeado por argolas para prender as bestas.
Casario emblemático com carateristicas muito interessantes, sobretudo varandas século XVII
Na mente a ideia era almoçar no restaurante do mercado que descobrimos este ano, com uma cozinha tradicional muito boa, debalde em férias merecidas.
Partimos à procura da Adega, no adro da igreja, também de portas fechadas, já na descida, na rua principal, encontrámos outro aberto onde entrámos.
Uns comeram favas, muito bem confecionadas, eu preferi arroz de tomate com pataniscas e salada. Bom almoço, bom vinho e sobremesas.
O Vicente portou-se muito bem com uma côdea de bom pão.
Aliada ao meu sempre expedito poder observador, também por estar de frente para a entrada, dei conta da chegada de um casal com idades diferenciadas -, homem charmoso, de cabelos neve, a condizer com a calça e o lenço sedoso do bolso do casaco azul, com botões dourados, a esbanjar charme, no imediato fez-me lembrar um diretor do Sottomayor, demorei tempo no abrir a gavetinha de recordações de tempos passados, lamentavelmente não me ocorria o nome, sem certeza Lage(?) que dele me ficou na mente o mesmo style de postura, vestuário e andar, já a companheira, rapariga magrela, trintona, nem feia nem bonita vestida em beije, sem brilhos... Almoçaram, depois foram para a calçada estreita tomar café, reparei que ela mal tocou no prato, supostamente para não engordar... já ele ao sair o vi de perna trocada no auge arrobo fosse o charme, sentado na cadeira enviesado de caras para ela, qual ator em parco palco, na força investida esvoaçante de olhar fulminante no querer saborear aplauso!
Partimos à procura da Adega, no adro da igreja, também de portas fechadas, já na descida, na rua principal, encontrámos outro aberto onde entrámos.
Uns comeram favas, muito bem confecionadas, eu preferi arroz de tomate com pataniscas e salada. Bom almoço, bom vinho e sobremesas.
O Vicente portou-se muito bem com uma côdea de bom pão.
Aliada ao meu sempre expedito poder observador, também por estar de frente para a entrada, dei conta da chegada de um casal com idades diferenciadas -, homem charmoso, de cabelos neve, a condizer com a calça e o lenço sedoso do bolso do casaco azul, com botões dourados, a esbanjar charme, no imediato fez-me lembrar um diretor do Sottomayor, demorei tempo no abrir a gavetinha de recordações de tempos passados, lamentavelmente não me ocorria o nome, sem certeza Lage(?) que dele me ficou na mente o mesmo style de postura, vestuário e andar, já a companheira, rapariga magrela, trintona, nem feia nem bonita vestida em beije, sem brilhos... Almoçaram, depois foram para a calçada estreita tomar café, reparei que ela mal tocou no prato, supostamente para não engordar... já ele ao sair o vi de perna trocada no auge arrobo fosse o charme, sentado na cadeira enviesado de caras para ela, qual ator em parco palco, na força investida esvoaçante de olhar fulminante no querer saborear aplauso!
Adrenalina a pico em Oeiras...amazing!
Descobrimos uma montra com vinho " Carcavelos", lembrei-me de há 34 anos, grávida da minha filha numas mini férias no 5 de outubro, na volta saloia com paragem na Praia das Maças, pedi um Colares para o almoço, a ementa não tinha preço, o empregado dá meia volta e começa a dizer que é um vinho caro, que na véspera um casal também pediu, depois por ser muito caro não o queriam pagar... Respondi-lhe, o senhor não repare na nossa aparência, andamos a passear, se fizer o favor traga o vinho, depois se não querem dissabores ponham os preços na ementa!
Voltei ao palácio Egito para o dar a conhecer à minha Dina
Livraria
A minha Dina sentou-se a ler...enquanto a empregada com uma amiga discutiam diretrizes do espaço
Sempre um prazer voltar e rever os azulejos e os livros, debalde deixei a carteira no banco de jardim-, Os dois livros sobre o povoado e achados de Leceia ficaram-me no goto!
Sentados na praça central da igreja à sombra, num banco de jardim, o dia continuava a mostrar-se acolhedor para a nossa rota de passeio, eis que senão, na minha frente deparei novamente com o homem cavalheiro, maduro, dono de uma voz forte, bem colocada, de cariz galanteador, em passo apressado, de casaco na mão, na passarelle ao adro desfilava em charme de tamanha sedução!
Rever a cidade, a parte antiga, é sempre muito agradável, por se mostrar muito pacata, apesar das aberrações após o 25 de abril, ainda assim se mostra acolhedora com moldura bastante de casario emblemático.Mas ainda com muito por fazer, assim haja empenho!
Veja-se o edifício que termina com platibanda em colunata encimada por bustos, no contraste do acrescento de mais um andar que o descarteriza totalmente, hoje é muito usual o acrescento nos prédios, sem magoar o olhar, com mansardas.
Gosto muito das placas das ruas em painel de azulejo da Fábrica Sant'Ana
Perplexa a olhar uma bela casa que sofreu um incêndio
Chamou-me a atenção para a imagem de Santo Amaro, no teto em estuque e no altar lateral. Disse-lhe, tem piada o teto é igual ao do palácio do Marquês, diz-me ele, pois é!
No jardim da Misericórdia
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