Cortesia as fotos de Maria de Benjamim Simões de Sousa (1975/76)antigas de um dos solares da família Pimentel Teixeira em Maças de D. Maria
Foto de Beatriz RodriguesRecordar a memória da ruína da casa nobre
da Família Pimentel Teixeira em 1993.Sem saber a razão da saída do seu dono para Moçâmedes, em que data, ficando em agonia até ao 25 de abril onde foi alvo de vandalismo e a falta de manutenção, os telhados cederam.Foto de Beatriz Rodrigues
Capela anexa ao Solar da Família Pimentel Teixeira em 2000.
Fotos do decorrer da requalificação
Foto de Carlos Laranjeira Craveiro
Traseiras da Capela dos Pimentel Teixeira.
O balcão telhado com varandim em madeira virado a poente, uma caraterística da arquitetura judaica, ancestral na região.
Foto do SIPA
Origem dos Pimentéis Teixeiras
Segundo um excerto de Genealogia de Luís Piçarra
Esta registado no livro do ano de 1753 a fls.113 Cota Dep. IV-27-A-17,o assento de baptismo de José, nascido a 2.01 de 1753, filho do Capitão-mor das cinco vilas, José António Álvares Pimentel Teixeira e de sua mulher D. Francisca de Sequeira Mansa de Figueiredo, moradores nesta vila e freguesia de Maçãs de D. Maria, neto paterno de Domingos Álvares Simões e de sua mulher Luzia da Nazaré da mesma vila e freguesia e materno do Capitão Pedro Martins de Figueiredo e de sua mulher Marcela Leitão de Sequeira Mansa da Fonseca, moradores na Quinta do Fojo freguesia de Sernache do Priorado do Crato,nascido a dois de Janeiro de mil setecentos e cinquenta e três, foi solenemente batizado(...) foram padrinhos o Rev. Dr. Manuel Rodrigues Teixeira, Tesoureiro mor da Sé de Coimbra e Provisor deste Bispado, tio do batizado, e Bernarda de Sequeira (?) do Capitão Pedro Martins, tia do batizado(...)"
Interessante tentar conhecer melhor as referidas ligações de D. Josefina Pimentel de Abreu e de D. Maria da Conceição Fróis Gil Ferrão de Pimentel Teixeira-, a Sãozinha, que dela os da minha geração e mais velhos ouviam dela falar e da sua santidade, aos avós e pais.
Excerto do livro Topografia Médica das Cinco Vilas e Arega ou dos concelhos de Chão de Couce e de Maças de D. Maria do Dr. Costa Simões de 1848 " A família dos Pimentéis Teixeiras, cujos apelidos foram reunidos numa "Carta de brasão de armas, de nobreza e fidalguia" pelo Rei D. José, em 8 de Agosto de 1767 a favor de José António Alvares Pimentel Teixeira, fidalgo de cota d'armas (escudo partido com Pimentéis e Teixeiras) e capitão-mor da comarca das Cinco-Vilas e Figueiró dos Vinhos. Na segunda metade do Século XVIII mandou construir um solar em Maças de D. Maria no concelho de Alvaiázere, distrito de Leiria, com capela e brasão. (...) em 1848 o possuidor d'desta casa é o Sr. Venâncio Pimentel Teixeira , falecido a 2.09.1850. foi capitão das extintas milícias da Lousã, neto paterno do referido José António Álvares Pimentel Teixeira. Ficou herdeiro daquelas casas e das propriedades que se achavam vinculadas, o seu sobrinho n, o Sr. José Maria Pimentel Teixeira .Quem começou o processo para a desvinculação do vínculo , que só se concluiu em 28.07.1854, depois da sua morte, em 6 de março de 1853. Deixou à viúva as propriedades antes mencionadas. Atualmente vive nesta casa o seu irmão Sr. Manuel Maria Pimentel Teixeira na parte que lhe tinha cabido na partilha por morte de seu tio. Casou com a viúva e vivem na quinta da Boa Vista nos subúrbios de Maças de D. Maria , o primo do seu primeiro marido , em 1859, o Sr. José Gaudêncio Freire de Andrade. "
A respeito do apelido dos Pimentéis de Maças de D. Maria
Diz o seguinte a Benedictina Lusitana
"vem da casa de Benavente de D. Rodrigo Pimentel, que foi Conde de Benavente e irmão de el-rei D. Afonso II"
Excerto de https://geneall.net/pt/forum/10868/joao-afonso-martins-pimentel-conde-de-benavente/
Fernão Roiz Pimentel foi o primeiro desta família que se fixou na Aldeia Galega do Ribatejo, e que as “Genealogias Manuscritas” afirmam ser certamente dos Pimenteis dos Condes de Benavente, alicerçando essa ideia na inscrição que se encontra na sepultura de seu filho Duarte Roiz Pimentel “Descendente de Rodrigo Affonso Pimentel Progenitor dos Condes de Benavente”.
Carece investigação à ligação a outras famílias com o mesmo apelido "Pimentel"
- A família de Maças de D. Maria teve uma quinta em Sendelgas, com o mesmo brasão.
- Pedra de armas da família Pimentel Teixeira no Convento de Sandelgas, S. Martinho de Árvore, Montemor-o-Velho
- Por morte de José Venâncio Pimentel Teixeira, ficam menores Manuel
Maria de Pimentel Teixeira e uma irmã sob a tulela do curador de
órfãos das Cinco Vilas, o Dr. Joaquim de Mello Freire dos Reis de Almofala , que veio a
vender o solar em Sendelgas, em Montemor o Velho. Como vendeu o que herdou
ainda por finalizar, em Ansião , que tinha sido mandado fazer, pelo seu
tio o jurisconsulto Pascoal José de Mello Freire dos Reis .
- Em Ansião; temos Suplício José de Almeida Pimentel, de Montemor o Velho casou e viveu na quinta das Sarzedas, em Ansião . E outros Pimenteis na Quinta da Boa Vista ao Senhor do Bonfim como na quinta dos Sequeiras na Ribeira do Açor que teve capela a Nossa Senhora dos Anjos. Na centúria de 800, um Pimentel, teve cargo na Vintena em Ansião,
sediada na Cabeça do Bairro, ao Ribeiro da Vide, em Ansião.
- O Dr. Joaquim Manuel de Morais de Mesquita Pimentel, viveu na quinta de Valouro entre Espinhal e Penela, com a mulher, duas criadas e três criados e continuava a habitar nesta quinta a maior parte do ano, mesmo em 1828, quando é eleito procurador às Cortes, tem o seu domicilio no lugar da Sarzedela, freguesia de Ansião, onde seria Juiz na Vintena ?
- Quando estive em Torre de Moncorvo apreciei o Solar dos Pimentéis, « uma construção dos meados do séc. XVIII que pertenceu a D. Engrácia da Silva, casada com o Capitão-mor João Carlos d'Oliveira Pimentel, pais do General António José Claudino d'Oliveira Pimentel, aqui nascido em 1776»
Fotos de Carlos Laranjeira Craveiro
Solar na vila com as colunatas de pedra onde foi encastrado o brasão como a foto documenta
Em baixo, o solar em Torre de Moncorvo, com cantarias semelhantes, mas, mais requintadas.
Sem saber se as famílias tem ramo familiar .
Os primeiros povoadores de Maças de D. Maria foram caçadores - coletores nómadas, no circuito associado aos carreteiros pro- históricos, circunscritos entre o castro de Conímbriga, para nascente e para sul entre outros; Germanelo, Ateanha, Torre de Vale de Todos, Lagarteira, Castelo da Serra dos Carrascos , Castelo de Pousaflores, Marzugueira, Portas de Alvaiázere, Castelo Sobral Chão etc. , até Ourém. Seguiram-se outros povos , alguns vindos do mar Mediterrâneo, que se encaminharam de colónias sediadas no litoral . Seguidos dos romanos e visigodos.
Após a reconquista cristã, os cavaleiros vilãos, do povo franco que prestaram
ajuda ao rei D. Afonso Henriques, no combate dos sarracenos, receberam pelos
altos serviços prestados títulos e terras para
povoar. O povoamento foi feito com gente que de deslocou do norte; judeus sefarditas vindos da Galiza, com celtas e iberos.
A "Ribeirinha", de seu nome Maria Paes Ribeira, em crer de origem celta, bela, de cabelos fulvos ruivos, foi amante do rei D. Sancho I, recebendo dele na região, a herdade de Almofala .
Depois de 1492, foram expulsos judeus asquenazes de Espanha, aportando alguns às Beiras, de onde irradiaram para a nossa região .E desses alguns clãs acabaram por se fixar na região. Em Maças de D. Maria viveu uma comunidade de Fariseus e outra de Galileus. Informação dada pela minha bisavó Brizida Ferreira, da Mouta Redonda, Pousaflores, ao seu neto Alberto Lucas, publicado, no livro A História de Pousaflores.
Chegaram aos nossos dias genes de todos estes povos; do mar Mediterrâneo; grega, fenícia etc; alta silhueta, secos de carnes, olhar escuro penetrante , tez branca, pés e mãos finas, de grande inteligência, com muitos talentos e obstinação no trabalho.
Outros indivíduos altos de tronco entroncado, olhos claros, com origem no povo franco, no território que é hoje a Alemanha e outros de Itália e Inglaterra, entre minorias da antiga Rússia.
Dos vários clãs de judeus aportados à região, também ainda se reconhecem genes ; orelhas grandes e narizes, como o rosto oval, com realce a talento para angariar dinheiro.
Tanta mistura de povos em tanta geração, ficaram por cá mouros a perdurar na miscelânea mourisca de tez morena, baixa estatura, pele sedosa e cabelos encaracolados. Na região centro de Ansião e Cinco Vilas, ainda se encontram muitos com os seus genes e carregam apelidos com origem judaica. Debalde jamais objeto de estudo.
- Os apelidos; Pimentel e Teixeira, presumo são de judeus sefarditas que já viviam na Galiza, e se deslocaram quando se formou o Condado Portucalense. Como outro nobre aportado à região, em Pedrogão Grande - Leitão Freire de Andrade.
Carece a genealogia de Ansião e concelhos limítrofes ao estudo do apelido Pimentel aportado por casamento ou a trabalho. Além da família representada coligi na centúria de 800, um administrador da vila e Ansião sediada na Cabeça do Bairro, ao Ribeiro da Videm julgo de Maças de D. Maria de apelido Pimentel. Temos Suplício José de Almeida Pimentel, de Montemor-o-Velho, que casou e viveu na quinta das Sarzedas, a sul de Ansião. Outros de apelido Pimentel e Sequeira viveram na Quinta da Boa Vista ao Senhor do Bonfim e, na Ribeira do Açor, na Quinta dos Sequeiras. Em 1828, foi eleito procurador às Cortes, com domicílio no lugar da Sarzedela, onde seria Juiz na Vintena, o Dr. Joaquim Manuel de Morais de Mesquita Pimentel da quinta de Valouro, entre Espinhal e Penela. |
- O brasão dos Pimentéis Teixeira
Com conchas de vieira evidencia origem dos Pimentéis na Galiza.
Descendência dos Pimentéis Teixeira de Maças de D. Maria
A sua descendência provêm dos Pimentéis do Conde de Benavente – D. Rodrigo Pimentel, irmão do Rei D. Afonso II.
Tiveram dois solares em Maças de D. Maria; na vila e para sul a Quinta da Boa Vista solar ornamentado com as respetivas pedras d'armas, cujo interior tinha painéis azulejares em azul e branco.
Tapeçaria com Brasão de Armas da Família Pimentel Teixeira de Maçãs de D. Maria
De Carlos Alberto Pereira de Figueiredo Pimentel Teixeira
Foto Henrique Dias
Interessante as conchas de vieira alusivas ao Apóstolo Santiago de Compostela
Descrição do Brasão de Armas dos seus antepassados no verso
"Da nobre estirpe dos Pimentéis descendem D. Nuno Álvares Pereira, a Sereníssima Casa de Bragança e grande parte das Casas Reais europeias.
Da família dos Teixeira, uma das mais antigas e ilustres de Espanha, deriva D. Tafez Serracin, rico-homem e senhor de Lanhoso, da casa militar do Conde D. Henrique e descendente de D. Favila, Rei das Astúrias.
Um dos descendentes desta família, Serafim Maria Pimentel de Teixeira, natural de Alvaiázere viria a casar-se com Maria Capitolina Conceição e Silva Pimentel, natural de Gavião, que viriam a ser os avós paternos de Sãozinha, estando agora explicada a sua ligação a esta vila."
Escudo brasonado da casa fotografado e medido em 1955 por Gustavo Sequeira no Inventário Artístico de Portugal
Pertinente questionar se a pedra d'Armas ainda se encontra na posse de um descendente, ou foi vendida ?Toda a região há mais de 50 anos tem sido percorrida por antiquários, especialmente um da Vidigueira o Sr Bonito, que conheci em Ansião...Muitos anos mais tarde o reencontrei em Évora, onde me falou de tantas outras coisas, por aqui adquiriu além de brasões, relógios de sol, até o altar da Aguda de madeira, como mobiliário do solar do Visconde de Santiago da Guarda. Tinha um recetor na Junqueira. Comprou em Abiul , uma biblioteca particular no Espinhal, com a retórica vou voltar para a sua zona buscar um brasão ou um relógio de sol ...Doeu-me a alma, porque trata-se de património que conta uma história cultural das famílias que devem perpetuar memórias aos vindouros prevalecendo nos locais onde foram um dia encastrados!
Fotos retiradas de https://www.facebook.com
Quinta da Boa Vista também desta família em Maças de D. Maria
Foto de Leopoldina de Sousa
Referenciada no Inventário Artístico a quinta da Boa Vista com brasão acima do portão com a Pedra de Armas da Família Pimentel Teixeira em Maçãs de D. Maria.
Foto de Manuel Maria Pimentel Teixeira
Dissecar excerto de Manuel Maria de Pimentel Teixeira
«Meu pai, a quem coube por herança a
antiga casa dos Pimentéis e Teixeiras por morte do tio José Venâncio Pimentel Teixeira. Ao
tempo da morte de seu
irmão, ficaram os dois menores, meu Pai e minha Tia, sob a jurisdição
do curador dos órfãos Dr. Joaquim de Almofada (creio que da família
Rego) ,digo eu ( não seria desta família e sim Freire Mello dos Reis
,com ascendência em Ansião) sendo voz pública, que ele mais cuidava de
si que dos órfãos. Ao
que diziam os antigos e que eu ainda ouvi, foi o Dr. Joaquim quem
promoveu a venda de uma quinta em Sendelgas, na freguesia de S.
Martinho d’Arvore, a qual seria atravessada por uma ribeira, tendo
perto da residência uma fonte pública, antiga pertença dos Pimentéis e
Teixeiras. A quinta seria murada na sua maior parte (havia quem
dissesse que o era na sua totalidade) e teria sido vendida por dois mil
cruzados, correndo que o comprador, cujo nome referiam mas do qual
não me recordo, teria dito após a compra que não vendia os muros pelo
preço que comprara a quinta... Nunca visitei esta quinta, nem sei o fundamento do que corria na voz
pública que, nem sempre, é a voz de Deus. Diziam que no muro da quinta
havia argolas e tal como em Maçãs que se fossem alcançados por
criminosos, já estes não poderiam ser presos pelas justiças ordinárias,
regalia concedida por D. José. Na referida quinta que tinha cavalariças e
casas para cães, também se via o brasão de armas dos Pimentéis e
Teixeiras.»
Por morte de José Venâncio Pimentel Teixeira, ficam menores Manuel Maria de Pimentel Teixeira e uma irmã sob a tulela do curador de órfãos das Cinco Vilas, o Dr. Joaquim de Mello Freire dos Reis de Almofala, que veio a vender o solar de família em Sendelgas, em Montemor-o-Velho que tinha o mesmo brasão. Alerta a cobiça ao dinheiro, já que os menores nada viram…como em Ansião, ainda por finalizar, vendeu sem pestanejar o solar que era do seu tio, o jurisconsulto Pascoal José de Mello Freire dos Reis.
-
O brasão de Sendelgas ainda lá está, o que desapareceu foi outro igual em Maças de D. Maria.
«Manuel Maria de Pimentel Teixeira em 1864 é designado como Regedor
da Freguesia de Maças de D. Maria. Em 1877 foi padrinho de um casamento
onde se diz que era " Juiz Ordinário no Julgado das Cinco Villas". Foi eleito para a Junta de Paróquia de Maças de D. Maria que presidiu de 19 de Dezembro de 1886 a 4 de Janeiro de 1890.
Testemunho escrito em 1923, do seu filho licenciado em Farmácia, Dr. Manuel Augusto de Pimentel Teixeira.»
"Em 18 de Junho de 1898 fui para Vilar de Paraíso como Diretor Técnico
da Farmácia Moura, mas como tinha um especial azar à “arte de
farmácia” vim para Moçâmedes, (Angola) tendo embarcado no vapor
ZAIRE, chegando aqui a 19 de Maio de 1902, trazendo no bolso a
importante quantia de 3810 reis, 55 quilos de peso e... esperançosos
sonhos. Afinal, protegido por meu primo Serafim Simões de Figueiredo,
UM GRANDE AMIGO, tive que montar a Pharmácia Moderna que abri
aos 12 de Junho de 1903, a qual por questões políticas locais fui forçado
a vender em 1913. Do que se seguiu e está seguindo falarão a... história.
Casei com a minha mulher, D. Berta Pinto Coelho, senhora da minha
grande consideração e amizade, que me presenteou com seis filhos".
"Muitas não outras coisas corriam sobre capoliações
feitas a meu Pai e a minha Tia, não as reproduzindo aqui por ignorar se
são verídicas. O que ainda posso certificar é que vi umas colchas de
damasco e grandes “panos” (diziam que estes panos serviam para forrar a
capela nos dias festivos) do mesmo tecido, tudo um tanto velho, servindo
para secar o milho na Quinta da Boa Vista. Muito se falava também numa
outra colcha de damasco com o Brazão de armas bordado ao centro, colcha
esta que teria sido vendida a um sr. Pena de Condeixa, pelo segundo
marido da viúva de José Maria Pimentel Teixeira. Meu pai casou com D.
Maria Florencia Craveiro, do lugar da Cumeada, falecida em 29 de Maio de
1903. Era filha legítima de João Rodrigues Craveiro e de Florencia
Maria. Meu pai veio a falecer em 6 de Setembro de 1903. Teve uns 13 ou
14 filhos, mas só sete chegaram à maioridade."
Senhoras da família Pimentel Teixeira
Maria Rosa Pimentel Teixeira (1831 - 1903), e as suas filhas, Maximina e Conceição
O
requinte da postura, vestuário e dos penteados
Retábulo em talha pintada e dourada da Capela de N. Sra. do Amparo
Pertenceu à família Pimentel Teixeira de Maçãs de Dona Maria.
O retábulo supostamente esteve à guarda de alguém acabou por aparecer em venda na leiloeira do Correio Velho ..."Picture 12959 (Lote 0117) Palácio Correio Velho, Leilões e Antiguidades, S.A.
Descrição: Santíssima Trindade, fragmento de talha pintada e dourada,
trabalho português do séc. XVIII, representando o Pai do Céu, Jesus
Cristo e a Pomba do Espírito Santo, sobre as nuvens e cabeças de anjo
aladas. Envolto em enrolamentos vegetalistas, tendo ao centro brasão de
armas da família Pimentel/Teixeira. Falhas. Dim. Aprox.: 76 x 134 cm."
O retábulo foi desta capela
Imagem de Nossa Senhora do Amparo
O orago da capela, a imagem foi doada à Igreja Matriz como à frente é mencionado.
Faria neste agora todo o sentido regressar a casa!
Toponímia atestada na rua onde morou a família
Maças de D. Maria
Requalificação do velho solar em Auditório, Junta de freguesia e envolvência do novo espaço ajardinado no dia que o visitei florido em amarelo e cerise e lhe achei uma infinita graça para descaradamente me fazer à
selfie...
Tanques em pedra calcária da quinta, um uso na região
Localizado a sul da capela, quando o fotografei há dois anos estava assim em abandono.,,
A Quinta dos Pimentéis Teixeira com portão para a Fonte do Pereiro
Arte Fúnebre
Sepultura de Maria Rosa Pimentel Teixeira, de Maçãs de D. Maria, no cemitério do Avelar
Nascida a 21/01/1831.Falecida a 28/06/1903
E de sua Filha: Maximina Simões Pimentel de Figueiredo, da Rascoia.
Nascida a 25/07/1854.Falecida a. 24/03/1924
Bela obra escultórica em pedra calcária da região o que evidencia o talento na arte de cantaria sempre presente nas suas gentes. Fala o povo que o escultor quando a montou e se apercebeu que esculpiu a figura feminina para a frente do cemitério, quando deveria ter sido para defronte da sua capela, se veio a suicidar...
A parte respeitante à Sãozinha de Alenquer , cuja mãe era de Maças de D. Maria mereceu cronica em separado.
Segundo um excerto de Genealogia de Luís Piçarra
"Está registado no livro do ano de 1753 a fls.113 Cota Dep. IV-27-A-17, o assento de nascimento de "José filho do Capitão mor destas cinco vilas, José António Álvares Pimentel Teixeira e de sua mulher D. Francisca de Sequeira Mansa de Figueiredo, moradores nesta vila e freguesia de Maçãs de D. Maria, neto paterno de Domingos Álvares Simões e de sua mulher Luzia da Nazaré da mesma vila e freguesia e materno do Capitão Pedro Martins de Figueiredo e de sua mulher Marcela Leitão de Sequeira Mansa da Fonseca, moradores na Quinta do Fojo freguesia de Sernache do Priorado do Crato, nascido a dois de Janeiro de mil setecentos e cinquenta e três, foi solenemente batizado(...) foram padrinhos o Rev. Dr. Manuel Rodrigues Teixeira, Tesoureiro mor da Sé de Coimbra e Provisor deste Bispado, tio do batizado, e Bernarda de Sequeira (?) do Capitão Pedro Martins, tia do batizado(...)"
Interessante tentar conhecer melhor as referidas ligações de D. Josefina Pimentel de Abreu e de D. Maria da Conceição Fróis Gil Ferrão de Pimentel Teixeira-, a Sãozinha, que dela os da minha geração e mais velhos ouviam dela falar e da sua santidade, aos avós e pais.
Agradecimento muito especial ao descendente
Rui Graça que ao ver o meu pedido lançado no face o encaminhou para o primo, outro descendente
Filipe Pimentel Teixeira gentilmente enviou algumas fotos com o brasão da família. Supostamente descendente do Dr. em farmácia que emigrou para Moçâmedes (?). Nos finais do século XIX houve emigração de gente do Avelar, Miranda do Corvo, Soure, Ansião e,...para África, nomeadamente para Moçâmedes e para as roças em S. Tomé. De onde alguns regressaram ricos trazendo filhos mulatos dizendo ser afilhados. Vivia-se na altura uma conjuntura politica com a abolição dos Morgadios, extinção das Ordens Religiosas e ainda a guerra liberal, muito nobre por ter apoiado os Miguelistas viram-se perdedores e com medo de morte e represálias dos absolutistas venderam às presas as terras e fugiram, dando mote aos regressados da emigração com dinheiro para comprar essas quintas.
Agradecimento extensivo a testemunhos de outros descendentes mencionados ao longo da crónica e aos titulares de fotos.
E ainda em continuar o agradecimento ímpar aos amigos Raul Coelho e Henrique Dias amantes fervorosos da história com estórias das Cinco Vilas e genealogia das suas gentes pela ajuda e partilha de fotos retiradas das páginas do Facebook "As Cinco Vilas de Chão de Couce" e de Maças de D. Maria, em especial desta família.
Cruzeiro
No Largo da antiga câmara
Antiga Casa da Câmara
Na frontaria apresentam os típicos bancos para descanso, uma caraterística na arquitetura trazida pelos judeus nesta região centro ainda se mostrar marcante, como os tanques em pedra.
A merecer atenção a sua requalificação e que bem aqui ficaria um Espaço Museológico!
Remato a crónica com o enquadramento arquitetónico lembra a bela escadaria do solar em meia lua
Gabarito dado pelo conjunto com as escadarias na envolvente do edificado onde o antigo e o novo convivem em convivência harmoniosa que não choca o olhar.
O Mercado, onde ao domingo gosto de quando em vez ir comprar queijo fresco ou curado, castanhas, romãs, couves para plantar e o que mais me agradar ao olhar.
Será que estas Imagens fotografadas em 1955 por Gustavo Sequeira, ainda existem ?
Topografia Médica das Cinco Vilas e Arega
Fontes bibliográficas: "Arquivo Heráldico-Genealógico",CBA nº1414,do Visconde de Sanches de Baêna ; "Inventário Artístico do Distrito de Leiria",págs 24 e 25, de Gustavo de Matos Sequeira.
http://geneall.net/pt/forum/31589/pimentel-teixeira/
https://terrasdaribeirinha.wordpress.com/
Foto http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1534
http://solaresebrasoes.blogspot.com/2014/06/solar-dos-pimenteis-torre-de-moncorvo.html
Postagem interessantíssima, rica em pesquisa e imagens. Recordação da Saozinha, do que ouvíamos os nossos avós e pais falar....
ResponderExcluirParabéns!
Caro Jorge Amaral muito obrigado pela cortesia da visita e pelo elogio à crónica. Sim é verdade,formou-se a vontade graças a uma pagela encontrada num livro na feira da ladra a que juntei memórias de criança e pesquisa da família.
ResponderExcluirCumprimentos
Isabel
Continue o seu trabalho. Reconheço-o com o pensamento de Carljung , que transcrevo :
ResponderExcluir"Pensar que o homem nasceu sem uma história dentro de si próprio é uma doença. É absolutamente anormal, porque o homem não nasceu da noite para o dia. Nasceu num contexto histórico específico, com qualidades históricas específicas e, portanto, só é completo quando tem relações com essas coisas. Se um indivíduo cresce sem ligação com o passado, é como se tivesse nascido sem olhos nem ouvidos e tentasse perceber o mundo exterior com exatidão. É o mesmo que mutilá-lo." CarlJung
Caríssimo anónimo bem haja pela cortesia da visita e pelo elogio em continuar o meu trabalho.
ResponderExcluirDesconhecia o pensamento de Carljung que achei eloquente e de grande significado.
Bem haja pela partilha
Cumprimentos
Isa