quarta-feira, 20 de abril de 2016

Cacos de faiança na Casa Grande da Quinta da Granja em Benfica

Na necessidade de ir ao Hospital da Luz onde no bar se tomou o pequeno almoço o mote apesar da brisa era passear na ideia de contornar a quinta da Granja, já que da avenida Lusíadas ao longe se distingue um engenho encastrado em quatro pilares que fazem parte de  uma nora inserida num grande poço, como nos finais do século XIX no tempo áureo do ferro se fizeram muitas iguais que ainda existem quintas em Lisboa e Almada que as ostentam.
Numa rotunda e na extrema que ficou do terreno das hortas comunitárias toda a quinta se encontra em poisio onde resta algum olival que não sendo podado acaba por morrer...
Sendo incrível que na quinta da Granja de Cima na parte que foi reconvertida da Casa Grande o terreno ostenta oliveiras muito bem podadas!
 
Vista da casa grande
Foto retirada http://guedelhudos.blogspot.pt/2009/11/casa-grande.html
Agora 2016
 Vista para norte onde aos pés se fizeram hortas comunitárias Contornando Benfica até chegar a nascente para dar com o acesso à  quinta da Granja de Cima

Aqui seria o primeiro portão da azinhaga de acesso à quinta da Granja de Cima
Ao fim da azinhaga se abrem dois portões, este pela frente e outro à direita, sendo que a casa em frente pelo terraço tem ligação por escadaria para o terreno onde se encontra o olival em abandono. 

Foto retirada de  http://mynotinsaneworld.blogspot.pt/2011_06_01_archive.htm
Data: 16.Outubro.2010.
Fotografia: Jorge Mendes.


 Casa Grande onde funciona a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger
Prima a reconstrução pela primazia dos motivos da traça antiga . Gostei francamente da obra, do beirado duplo português, do contraste do branco no ocre , em que nada me chocou o olhar.
A argola para prender os animais e a janela aberta um símbolo de antanho nos muros das quintas,  fechada por uma bela grade em ferro forjado
 As pedras de suporte para o parreiral(?)
O oratório a encimar o portão da quinta
Mosaicos com simbologia do Benfica; Eusébio, pantera , catedral e,...
A borragem,  planta de folhas espessas com piquinhos faz parte da minha infância, as havia todos os anos no quintal, as flores azuis/lilás são comestíveis.
Vista de norte o engenho encontra-se ao cimo no meio do arvoredo, na altura consegui avistar quatro paredes de suporte .
Pela minúscula porta apenas consegui fotografar metade do engenho sendo que ainda molhei os pés...
 Foto retirada http://retalhosdebemfica.blogspot.pt/2010/05/1-passeio-tematico-as-azinhagas.html
Encontrei semeada no terreno desde a entrada da azinhaga à frontaria da Casa Grande, claro os trouxe nos bolsos...
Fragmentos em faiança ;Fragmentos de azulejo;Porcelana inglesa;Porcelana portuguesa da Vista Alegre;
Fábrica de Sacavém;Fábrica de Alcântara; Viana?; Vidro e,...
A ideia é de compilar estes fragmentos num quadro para oferecer à minha filha
O tema seja o retrato do passeio em família, com a nossa filha e neta, a Laurinha, mui agradabilíssimo .
Terminámos a jornada no Colombo onde almoçamos
Todos os dias a fazer as coisas que eu gosto- viajar, lá fora cá dentro, também na televisão ou no computador, mas sempre a viajar!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Risquei a Clínica Dentária da Faculdade do Monte de Caparica !

Pela Páscoa a trincar com soberba uma fatia de folar doce a que juntei avelãs ao trincar senti uma dor imensurável, de morrer, num dente pré molar...Com analgésicos e gelo amorteci a dor, sou uma nata sofredora, mas havia horas que se mostrou quase insuportável até que me resolvi voltar à Faculdade de Medicina Dentária no Monte de Caparica.Cheguei pela manhã  às 8.15 H. Sentada na espera da minha vez a fazer uma "sopa de letras" ouvi a chamada do meu nome, levantei-me e quando chego ao corredor já outra senhora na minha frente se tinha apresentado por ter nome igual ao meu  entrando porta dentro ...Indignada, pois tinha a certeza de ter ouvido o meu nome fiz espera que a senhora do atendimento acabasse de atender para a instigar sobre o assunto, a primeira coisa que fez foi a pesquisa se havia outra paciente com o mesmo nome, e havia, mas há 2 anos que não utiliza o serviço, para imediatamente me dizer que ia lá dentro averiguar e assim foi, no regresso disse-me que já me vinham chamar. O que aconteceu? Ao entrar a médica de serviço nas urgências explicou-me o mal entendido... a chamada tinha sido feita por uma médica de sotaque italiano, em que o meu apelido soou à outra senhora ser o dela...Desculpas aceites, expliquei a razão da urgência. Fui observada e nada se deslumbrava pelo que partimos para o RX. Um novo método mais apelativo que gostei  por o achar mais simpático e pela eficácia do resultado ao momento, sendo menos evasivo e doloroso que o anterior. De novo a observação e a aluna diz para a colega que lhe parece haver uma fratura no dente, ambas analisam ficando com dúvidas se efectivamente se trata de fratura ou cárie, pelo que com segurança chamam a médica de serviço que ao observar manda remover  todo o restauro, por mais de uma vez até estar totalmente limpo, dizendo que o restauro é que está a segurar o dente, e tinha de se perceber se a fratura seria total, infelizmente diz-me  "este já era"...Não havia nada a fazer, mas será que não? Quantas pessoas se lhes partem dentes e ficam com as raízes? De tanto andaram na minha roda para o tirar, horas, senti que o dente por duas vezes partiu dois fragmentos que  rolaram na minha língua e continuava difícil de o tirar pela quase incessibilidade em  prender o alicate. Claro que fiquei a pensar que poderia ser restaurado (?) e assim continuar a manter o bonito sorriso. Supostamente arrancar dentes seja prática  para aplicar implantes (?) o que fatalmente me deixou a pensar... Nervosa há horas sentada na cadeira e por não ter tomado o comprimido para a tensão arterial, que foi medida - 16-10, foi-me administrada uma anestesia de efeito mais baixo, pelo que fui constantemente invadida com picadelas que derramavam excesso de líquido que me caia na língua e amargava, em suma a tramitação deste cenário se mostrava ineficaz em colmatar a dor com picos ainda dolorosos e o que restava do dente nada de querer sair. Teimoso! Coitado do malogrado dente  incisivo que lhe estava ao lado a levar  borduada com a força das mãos e do alicate com balanços para trás e para a frente para o dente ganhar mobilidade, duvidei que aguentasse tamanha tortura, terrivelmente gélida dos pés e das mãos, nunca vivi uma situação de pesadelo tão aflita, que nem bons pensamentos me ajudavam a  salvar aquelas tortuosas horas infinitas desde que me sentei (8,45 às 12,10), apesar da aparente simpatia e da boa fluência da linguagem médica quase sempre falada entre dentes, salvou-se desta vez a parca conversa pessoal entre elas, o que lamentavelmente de outras vezes já a tenho vivido imensamente e não devia, porque ao se estar a tratar de um paciente o deviam respeitar e no mesmo ao ato do serviço que estão a executar, na verdade foi tempo por demais doloroso, bestialmente demorado, que só foi eficaz com as mãos da médica de serviço chamada em última instância que pede de imediato uma anestesia forte (?) dizendo que não pode haver dor e armada com material cabal que também solicitou da farmácia logo  tira o dente que nem senti, e diz que até tinha a raiz pequena mas tinha um canal bloqueado...uma nota que ressalta à vista é a lacuna enorme de professores no acompanhamento, deveria haver no mínimo dois blocos por professor, para poderem estar mais atentos à morosidade e a outros fatores desabonatórios que constringem o paciente.
Fiquei terrivelmente triste por ter perdido mais um dente, senti como perder algo que era muito meu, fazia parte de mim, por me fazer todos os dias sentir bem, logo eu que sempre os estimei nesta vida por ter sido  abençoada de bonitos dentes mas também do mal de inveja a outras que não os tinham tão ordeiros, brancos e belos...apesar da aluna me dizer "pode sempre tomar outras opções..." nem a deixei acabar respondi de imediato, não gosto de dentaduras porque me  dá a impressão que as pessoas são cavalos com freios na boca, também porque os protésicos  as fazerem em geral ao mesmo molde não respeitando o sorriso das pessoas, que as descarateriza e quando as gengivas mirram com a idade a dentadura desliza, além de se mostrar inestética, nem se percebe o que falam, já os implantes, sendo a melhor opção, são caríssimos, quase inacessível ao cidadão comum, a que me responde, os materiais são muitos caros... foi evidente que na mente fervilhava a dica para optar por implantes...
Julgo tenha sido a longa demora e o prognóstico os fatores porque  enregelei!
A fila para pagamento era imensa onde perdi mais de meia hora, inconcessível, para pagar 30 euros. O da minha frente cansado saiu, nunca mais o vi, nem sei se pagou (?).
Abandonei as instalações de cabeça e pernas meia zonza...Cansada!
A caminho do Metro a fazer gelo na cara, no justo e suposto questionar, acaso valerá a pena continuar a investir neste serviço praticado por alunos, depois de horas de evasão de boca aberta, da tortura que os tecidos do palato e gengival foram votados durante o tempo de averiguar a origem da dor, vários RXS, tentativas de arranque, para em cúmulo ser a Professora de serviço acabar  o serviço com eficácia!
Na verdade a clínica da Faculdade desde que a frequento teve um aumento exponencial, não sei se o será no mesmo resulto no sucesso de eficácia em relação ao paciente (?).
A minha filha preocupada com a minha demora remata-me sem resposta "oh mãe tens de equacionar se vale a pena continuar a ser tratada por alunos, era preferível teres ido a um consultório conceituado, o serviço era feito em muito menos tempo, nem metade do sofrimento, e também menos seria o pagamento."
Tenha sido o balanço da morosidade, sofrimento e débil eficácia a conclusão de que o preço é muito alto.
Sendo que por outras vezes fui e houve vezes que sai bem atendida, apenas tudo depende da equipa médica que nos assiste.Quando se revelam de alta competência, sendo humana, prática, elucidativa em desempenhar cabalmente o seu ofício em prol de um bom serviço prestado.Falo da Dra Gadum, um exemplo de alto profissionalismo!
Tenciono não voltar mais à Faculdade do Monte de Caparica onde já perdi dois dentes, e quiçá ambos podiam ter sido salvos, sendo este último restaurado a parte quebrada(?), quem nem disso me prepuseram!
Pior foi em agosto tive de ir às urgências por causa de um grande abcesso, precisamente no dente ali intervencionado cirurgicamente com um implante de osso, ainda estou com antibiótico. Desilusão!

domingo, 17 de abril de 2016

Castelo Picão ao alto fraguedo do Monte de Caparica

Castelo Picão 
Pequena povoação no alto de uma elevação sobranceira à Fonte Santa e a poente desta, à qual se liga por uma estreita e íngreme azinhaga, que no topo se liga a outra que parte da azinhaga da Torrinha, em frente ao Campus universitário. 
Citar Carlos Estevão
"Castelo Picão" fui algumas vezes a casa de uma família conhecida pelos "Bodes" que lá moravam. Era evidente que eram ruínas de uma residência de grande importância, mas nunca consegui descobrir a origem desses restos."
Alegadamente o nome do povoado chamado Castelo Picão advêm de construção edificada no mais alto de um fraguedo, o que aqui condiz, sendo também o nome da colina a nordeste da povoação, perto do Lugar da Chanoca, que noutro tempo era campo de vinhas.
"Nesta colina construí-se o Forte nº 8 das Linhas de Defesa de 1810-11 que se chamou Forte do Castelo Picão.Em 1635, Maria Coelha, proprietária, aforou a Domingos Gomes morador no Castelo Picão uma courela de vinha ."
Azinhaga da Fonte Santa ladeada de canaviais
A perspetiva imediata em a subir era descobrir se tinha seguimento para o Murfacém, a pensar na procissão que se fazia à Fonte Santa que dela me falou o Carlos Estevão. Depois da grande subida à direita deparei-me com um carreirinho lançado sob um leirão plano de ribanceira abrupta, uma escorregadela na relva pode ser morte certa (?), pela lógica o caminho poderá dar ao antigo Lazareto(?) a que o povo chama asilo 28 de maio, que deve estar vedado (?) pelo que me deixei a apreciar as vistas fartas...
De volta à azinhaga, apenas mais uns metros em chão altamente esventrado de grandes buracos na curva fechada, eis que ouvi gente, logo me cheguei e tabelei conversa com um afro, que me disse já aqui morar há mais de 20 anos, descarregava as compras do carro, vive com a família no tardoz do que foi um celeiro(?) hoje transformado em oficina, nuns casebres baixos virados a nascente, senti ser gente humilde e simpática que no melhor acordam todos os dias com uma vista fabulosa sobre o Tejo e Lisboa. Pedi-lhe autorização para subir a parca escadaria ainda o ajudei com os sacos das sêmeas para a engorda das galinhas... 
Para ao alto na teima registar a minha foto no abraço largo ao Castelo Picão...
Topo do Castelo Picão
Da primeira vez quando aqui cheguei vinda da Fonte Santa poderia seguir esta variante para sul, porém ainda precisava de fotografar junto da ermida  de S.Tomás de Aquino, pelo que a opção foi voltar a descer a azinhaga. Dois dias depois acordei  com o telefone, a minha filha delirante com uma proposta -, ia apanhar o autocarro no Areeiro para a Costa de Caparica com as duas crianças-, apanhei um sufoco, mas não fui capaz de estragar tal desejo, ainda assim perguntei como se desenrascava-, descaradamente diz - há sempre gente que ajuda.Combinada a hora para o encontro, partimos um nadita mais cedo, e logo o toque do telefone-, perdido o autocarro pela demora na compra do bilhete que sempre fica mais barato, pois foi habituada a economizar. Sem stress idealizei parar no Monte para ir conhecer o que me faltava do Castelo Picão. Sou bastante convincente, apesar do meu marido ter sempre o "não na boca", acaba em geral por me fazer a vontade, com o carro bem estacionado partimos na direção da quinta da Torrinha e na sua direita tomámos a azinhaga .
Azinhaga da quinta da Torrinha
O Campus universitário para alojamento encontra-se parcialmente inserido na  quinta de Santo António, alegadamente (?) atendendo à faixa estreita para a estrada principal de Costas do Cão, de gaveto com a azinhaga da quinta da Torrinha.
Fiquei a conjeturar se esta quinta de Santo António "Costas do Cão" erradamente mal escrito-, o certo sobre o nome "Costas de Cão" - "sobre esta quinta encontramos uma das referências mais antigas sobre este lugar da Freguesia da Caparica de uma Escritura feita no ano de 1653 em que se refere à Quinta de Santa Bárbara como «Quinta do Poço Novo do Outeiro», ou «que por outro nome mais antigo se chama o Lugar de Costas de Cão». Nela morava então o Padre Simão Guardês Peixoto, que ai tinha mandado edificar uma Ermida da invocação de Santa Bárbara, a qual dotava em 3$000 réis anuais impostos numa vinha em bacelo da mesma quinta.Sendo natural da Ilha de Santa Maria, e existindo nesta ilha uma Igreja dedicada a Santa Bárbara, é muito provável que a escolha do título da ermida da sua casa na Caparica estivesse relacionada com aquele culto da sua terra natal."
A minha dúvida se inicialmente esta quinta de Santo António não faria parte integrante da quinta de Santa Bárbara (?) onde funciona o Lar da Santa Casa da Misericórdia e no tempo se dividiu(?).
Este alvitrar porque aqui só haviam duas quintas (?)  Torrinha e  Santo António, se a frente do Campus universitário se mostra estreita dá a sensação que a de Santo António foi vendida parcialmente (?).
Trevo de flor vermelha sangue a  lembrar o rubi ...
No seguimento da azinhaga da Torrinha a uns escassos metros a poente entrada do Campus universitário para alojamento, obra arquitetonica de grande dimensão com a casa de vigia  suspensa para melhor segurança seja do portão e para a frente, pedonal. O terreno remanescente escandalosamente enorme vedado por gradeamento em verde que nos acompanha pela esquerda e termina no barracão no povoado de Castelo Picão, que seria do suposto celeiro da quinta (?) transformado em oficina. 
Citar comentário da Ana Gerardo
" espero não se incomode de publicar "D.Isa os meus sinceros agradecimentos pelo seu blog, a internet é um mundo maravilhoso, não sei como descobri o seu blog mas agora sou seguidora. Sou nascida e criada na Azinhaga da Torrinha, inclusive até aqui trabalho, nasci em casa nesta pequena rua, um canavial que não era nada do que é hoje, mas o mais incrível é que aprendi mais consigo ao ler a sua publicação do que nos 42 anos que tenho vida nesta azinhaga. Obrigado por tudo Bem Haja!!!!!"
Vistas do Campus universitário
 Monte e a Torre
Campos a perder de vista de searas de antanho  até  Costas do Cão e Murfacém, hoje  na maioria incultas ainda assim se mostram verdejantes e floridas.
Pelo concelho de Almada a contínua arbitrariedade de cabos e fios eléctricos, sejam cruzados, em barriga, deslaçados, sem qualquer estética, abaixo e acima , sobrepostos  em casas e anexos da Quinta da Torrinha...
Continuando a jornada a nascente não sei se pertença da quinta da Torrinha(?) está à venda.
Ao apreciar as vistas deu-me o mote para a nova variante para o Porto Brandão(?), Murfacém e Trafaria (?) na rotunda ao início da quinta da Torrinha ficou delineada, mas sem seguimento, ora se mostra nesta hora em arrancar, para melhorar as acessibilidades, que são deficitárias.Obras que deveriam ser substancialmente comparticipadas pelas empresas que exploram locais de excelência na frente ribeirinha, que se instalaram num bom tempo, supostamente sem alcaválas ou contrapartidas, para o povo morador e outros que se vêem deficitários do rio, do transtorno dos camions a carregar, e da poluição, aqui, no Portinho, na Banática e na Quinta de S. Lourenço. 
Rotunda onde falta rasgar a nova variante ( terreno não falta!)
O meu marido atento a uma abertura na vedação do Campus universitário, feita por alguém que sabia o que fazia ...Semeado no meio de hectares em poisio avistei  um contentor...
A azinhaga que era estreita, aqui mostra-se mais larga porque não existe o muro de pedra da quinta, julgo  que até se nota no alcatrão o sítio que foi o seu alicerce, e assim a vedação passa mais por dentro.
Eis que chegámos à Quinta de Castelo Picão 1938 - Um aglomerado de casario baixo...
 A azinhaga na frente da quinta do Castelo Picão faz um pequeno largo
A vedação do Campus universitário, mostra-se evidente que a mesma se perfila para dentro da quinta e do muro que aqui existiu na extrema, fazendo que a estrada seja por isso mais larga.Uma boa iniciativa.
Ao se chegar ao aglomerado habitacional  no tardoz da quinta do Castelo Picão  do lado poente o muro da quinta foi no tempo decepado e se construíram casebres em redor do casario principal, sendo aqui a azinhaga  bem estreita, por isso a vedação correu mais por dentro .

Azinhaga
Tardoz da quinta do Castelo Picão e o aglomerado do Castelo Picão
Muro da extrema da quinta do Castelo Picão com o aglomerado
Espantada ao me  deparar com um painel azulejar em muito mau estado, ainda assim visível uma Santa  que segura numa das mãos uma torre  e na outra uma palma, encimada por duas caras de anjos e ao lado uma Cruz ."No reinado de D.Afonso VI havia aqui nesta povoação uma capela de Sebastião ou Bastião Fernandes, irmão da Misericórdia de Almada". Seria Sebastião, atendendo à torre com o mesmo nome que existe no mesmo fraguedo na frente do Tejo (?).Quando subia a azinhaga vinda da Fonte Santa, reparei que nesta encosta há uma quinta com o nome de família Fernandes, supostamente ainda parentes do Sebastião Fernandes, que tinha uma capela.
Pois não sei se o sítio do painel foi sempre aqui (?) supostamente teria pertencido à tal capela(?)A casa dos "Bodes" onde vinha o Carlos Estevão? 
Foto de 2011(amo-te Caparica)
 Agora em 2016
No sitio onde foi a capela a S Sebastião devia ter um oratório que faria parte dos Passos, via sacra que se fazia na procissão pela Quaresma, da igreja do Monte da Caparica,  Torre, Fonte Santa e  Murfacém, e mais tarde com o desuso da tradição, foi apenas deixado no local o painel azulejar a Santa Bárbara (?).
Um painel evocativo de Santa Bárbara e o outro pelo mau estado imperceptível, mas parece ser uma mulher na Cruz(?)
Existe em Costas de Cão uma quinta de Santa Bárbara onde funciona o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Almada
Alguém escreveu o nome da Santa Bárbara
  A Torre
"A imagem de Santa Bárbara com a  torre na mão ou atrás dela é o símbolo mais conhecido da Santa. Seu pai não queria que ela convivesse numa sociedade imoral e corrupta. Por isso, construiu uma torre, e lá trancou a filha para guardar sua beleza. Após a conversão de Bárbara ao cristianismo, ela mandou abrir uma terceira janela na torre, simbolizando a Santíssima Trindade, o que posteriormente causou seu martírio, uma vez que os cristãos eram perseguidos. A torre também simboliza Deus como refúgio do ser humano.Em algumas imagens a torre aparece em chamas. Quando o pai de Bárbara a degolou, matando-a cruelmente por ela ter se convertido ao cristianismo, na mesma hora um raio o atingiu, como castigo do céu, tirando sua vida. Por esse acontecimento, Santa Bárbara é invocada como a protetora das pessoas que trabalham com fogo: bombeiros, mineiros, construtores de túneis e militares." 
A Palma
"A palma na Imagem de Santa Bárbara simboliza o seu martírio e de muitos Santos que deram a vida por causa do evangelho. A Igreja usa a palma como símbolo da vitória de Cristo sobre o pecado e da vitória de todos os santos sobre a morte." 
Santa Bárbara protectora de militares entre outros
"A persistente relevância estratégica de Porto Brandão está explícita na construção de fortificações orientadas para a defesa marítima que surgiram com o advento da artilharia. A Fortaleza da Torre Velha/Torre de S. Sebastião da Caparica é considerada a mais antiga fortificação portuguesa destinada à defesa marítima. Segundo Raul Pereira de Sousa (1997), assume-se como percursora de uma longa série de fortificações que se ergueram ao longo das duas margens do Rio Tejo, desde o séc. XV ao séc. XX. Implanta-se, em oposição à Torre de Belém, numa elevação, na margem Sul do Rio Tejo, entre as pequenas enseadas do Porto Brandão e da Paulina. Em 1488, fica concluída a fortaleza que D. João II mandara edificar no lugar correspondente a uma bateria ao lume de água, levantada por iniciativa de D. João I. Era designada por Forte da Caparica. Formada por uma torre e um baluarte, segundo gravuras de Garcia de Resende, sendo possível que se assemelhasse à Torre de Outão, sua contemporânea, e à Torre de Belém, mais tardia (SOUSA, 1997). O séc. XV é apontado como época provável de edificação da porta que comunica para o terraço e janelão, tal como os suportes de pau de bandeira que podem não se encontrar in situ (SOUSA, 1997)." 
Encontro de azinhagas; quinta da Torrinha vinda de sul e a da Fonte Santa vinda de nascente.

Na Fonte Santa. avistei que os leirões em poisio até ao cimo com algum casario o Castelo Picão
Miserável aragem levantada em fúria quando chegámos à Costa em cima da hora marcada, já se preparava o motorista em a ajudar, e no regresso igualmente outro colega no Areeiro se prontificou no mesmo, também durante o trajeto privilegiou um andamento mais cómodo, ligou o rádio e de olho no miúdo .
Pelo que felicito o pessoal da TST por dois dos seus funcionários naquele dia terem denotado alto profissionalismo e humanismo na interajuda a uma mãe com duas crianças pequenas ao colo, um carrinho e um saco. 
O Vicente com 17 meses descobriu pela primeira vez o autocarro, deslumbrou-se com portas a abrir e fechar, a entrar e sair gente, sentado ao colo, na frente com uma vista grandiosa se mostrava radiante.
Já na Costa adorou o centro comercial, de nariz nas montras a ver relógios e telemóveis, comeu o caldo verde, cheirava-lhe a pão com chouriço que lambeu e o mesmo aos resquícios de arroz doce...Já a mana a Laurinha, se fartou de dormir no marsupio, para eu tomar o gosto às costas, já que em maio vou ser ama com um ajudante, o avô. 
Mais um dia daqueles que ficam na memória. 
Porque hoje em dia uma maioria vive adensada a um veiculo próprio em detrimento dos transportes públicos. Sempre os privilegiei e gosto francamente de viajar de comboio , barco e autocarro.
Termino a crónica com uma mensagem enviada por Carlos Estevão de França
" Com os meus votos de uma excelente jornada"
E o foi inegavelmente!
Agradeço a cortesia gentil de Carlos Estevão que morou na Fonte Santa 19 anos e na década de 60 emigrou para França, pelo envio de testemunhos e de informação que me permitiram voltar a lugares que já conhecia (Torre, Fonte Santa e Porto Brandão) e este que nunca tinha dele ouvido sequer falar.
"Hoje, dedico-me à historia de uma aldeia onde vivi no Pays Lauragais, tenho um "site" onde por vezes ponho algumas das descobertas que vou fazendo sobre o passado da aldeia ; www.lagardepourtous.com

FONTES
https://dre.tretas.org/dre/2510321/
http://www.cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-santa-barbara/64/103/
Almada Toponímia e História de R H Pereira de Sousa
http://lugaresdacaparica.blogspot.pt/2011/11/quinta-de-santa-barbara-e-costas-de-cao.html
Cortesia do testemunho de Carlos Estevão

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