Compromisso em preservar em novas requalificações as portas de madeira com tramelas, os tanques de pedra, as janelas de apenas um caixilho minúsculo, as escadas em pedra, os muros de xisto e laje de barro, as chaminés feitas pelo Ti António do Vale, as paredes de xisto com filas de buracos quadrados minúsculos , uma tradição judaica deixada de herança pelos povoadores. Porque já muito se perdeu - as levadas, regueiras ou águas soltas que vinham de minas que secaram com o plantio do eucalipto há uns 70 anos, por se terem finado com moléstia os seculares castanheiros para de novo a medo se mostrarem a rebentar como o carvalho negrão, havia pinhal bravo e muitas flores. Paradoxalmente perdeu-se místico casario de xisto e outro alterado sem respeito pelo cunho histórico que carregava. Perderam-se os balcões, demolidos para alargamento de estradas.
Urge tempo de parar com aberrações!
As Juntas de Freguesia deviam ser as primeiras a dar as boas vindas a novos residentes - nacionais e estrangeiros, com entrega de memorando apelando à manutenção da traça ancestral do casario, não o descaracterizando , assim como normas para entulhos, preceito para animais de estimação em estar presos e não soltos, estacionamento dentro dos seus quintais e não nas estradas já por si estreitas, apenas em locais devidamente assinalados.
Uma aldeia deve prevalecer as suas marcas indeléveis do seu passado com estética, rigor e limpeza. Se cada um fizer a sua parte e a Junta o seu quinhão já que na toponímia foi um atropelo e devia ser rectificada - Travessa do Portelinho- sem o mínimo conhecimento em destrinçar travessa de rua, pior a rua principal chamada rua do lavadouro...Uma coisa é Rua da Mouta Redonda de Cima e outra coisa é Rua da Mouta Redonda de Baixo, e outras... Ao Marco, logo na entrada para a aldeia a barreira do outeiro devia ser alargada para em caso de incêndio na serra os veículos ter espaço para manobras , o mesmo no ramal da estrada para a serra e abrir no bico entre estradas um largo.
Foi requalificado o lavadouro, sem utilidade e a fonte com água ligada à mina de S João, sem ter sido fechada e analizada, por isso a facilidade da placa - água impropria para consumo- então para que serve, se não pode saciar a sede a quem passa? O lógico seria a ligação da mina a água da rede e o local ser requalificado em espaço lúdico com tanque de chafurdo, bancos, flores e árvores.
O Vale e as Hortas em altaneiro, onde o pôr do sol se fina por último pelas ramagens altíssimas dos eucaliptos depois das Lages, oferecendo visão que se adensa em mil facetas idílicas tremendamente incandescente, em tons amarelo e carmesim, a imitar África! Um paraíso!
O futuro agenda-se no presente emendando erros do passado!
Entrada d para a serra
O certo era fazerem um largo no bico entre as duas estradas
Entrada d para a serra
O certo era fazerem um largo no bico entre as duas estradas