MARCO
Aberração atestada na toponímia: Rua do Lavadouro...
O certo era ser Mouta Redonda de Cima e Mouta Redonda de Baixo
Depois do Marco, ao entroncamento para as Calhas, há um conjunto de casario em xisto e laje de barro vermelho a que desde sempre ouvi a minha mãe lhe chamar de condomínio fechado...a aldeia distribui-se em fila com casario disperso e neste caso agrega umas quatro habitações em total abandono.
Numa delas morou o Ti Francisco, quando ia à feira do gado a Ansião levava num saco de serapilheira às costas os pêros de inverno vermelhos "rijos que nem cornos" mas muito saborosos da Cabo da Fazenda da minha mãe.
Numa delas morou o Ti Francisco, quando ia à feira do gado a Ansião levava num saco de serapilheira às costas os pêros de inverno vermelhos "rijos que nem cornos" mas muito saborosos da Cabo da Fazenda da minha mãe.
- O que me apaixona na foto é o caixilho minúsculo da janela que tanto se usou em tempos de antanho.
Casa de António Lucas, o "verdasca"
O povo deu-lhe vários nomes , Fojo, Vale; Horta...
Do outro lado irrompe a estrada de terra batida para a Nexebra.
Do outro lado irrompe a estrada de terra batida para a Nexebra.
A seguir ao quintal do "Ti João do Oiteiro" era uma pedreira de extração de pedra para fazer as casas.
Faltam placas de coimas para os madeireiros que deixam faxina tapando as linhas de água das regateiras que se formam no inverno e vai confluir no desprendimento de terras.
Fôjo
Fôjo
Um bem haja para o filho Carlos, emigrado por terras de França, homem apaixonado pela aldeia, aqui vê e todos os anos para limpar o quintal.
A placa da Seguradora ainda patente na parede. Nesta aldeia há mais de 50 anos a maioria tinha as casas no Seguro-, coisa para pensar!
Avista-se o Portelinho para lá da janela aberta sem vidraças...
Só resta o barracão
Do lado de cima o que resta do curral da burra do Ti António Veríssimo
Quando fizeram a estrada, o empreiteiro supostamente ficou a ganhar ao não fazer o muro e as valetas junto da casa ...Porque defronte da casa da "mulata" mais abaixo o muro foi feito em blocos de cimentos, o mesmo na curva da casa do Silvério, e nesta as valetas também!
No pequeno jardim era o estaleiro da carroça
O meu goiveiro lilás que comprei em Penela pelo S. Miguel, morreu...Morreu!
Ficaram os dois potes cerâmicos e neles sardinheiras que apesar da agrura sem água se vão aguentando.
Ficaram os dois potes cerâmicos e neles sardinheiras que apesar da agrura sem água se vão aguentando.
A minha filha neste fim de semana foi até lá com a minha mãe para ver se haviam cerejas, debalde apenas uma e verde...os melros já as tinham comido-, cada vez mais os animais devastam a fruta porque os terrenos deixaram à muito de ser trabalhados para produzir batatas, milho, feijão e,... ficaram deslumbradas com tantas flores em toda a roda da casa...a minha mãe foi acometida com um ataque de inveja...dizia-lhe: " as minhas flores que todos os dias as rego, falo com elas, nada se parecem com estas que ninguém delas toma conta"...pois é verdade nesta terra agreste e seca onde o sol queima até se pôr, as minhas flores gemem por uma gota d'água.
- Espero para a semana as ir ver, por certo alguma ainda estará florida para me receber!
Rosas de Alexandria na barreira do quintal de cima
O Vale ,é ainda hoje um resquício de Sintra seja ao amanhecer seja ao entardecer , também se pode equivaler a floresta Laurissilva como na Madeira pela fartura de loureiros ou loireiros como o povo por aqui lhe chama. Verdejante , húmido de cariz romântico.
O sitio da casa dos meus avós Lucas onde a minha mãe nasceu...hoje um emaranhado de hera, sabugueiros floridos e silvas...a crescer para o céu.
As minhas rosas |
O sitio da casa dos meus avós Lucas onde a minha mãe nasceu...hoje um emaranhado de hera, sabugueiros floridos e silvas...a crescer para o céu.
Eira de xisto da minha mãe
Casa da avó Rosa Marques
Quando alargaram a estrada da serra fecharam a entrada do caminho da quelha e NÃO DEVIAM!
Quero ver quando aqui ironicamente deflagrar um incêndio...
Há Engenheiros que só tem teoria na cultura geral, o que se revela manifestamente pouco para estas terras ancestrais-, antes de se fazer o que quer que seja deveria fazer-se um estudo. Reparei que nem tinham posto manilhas no acesso da estrada, e com isso a chuva trouxe o cascalho para o alcatrão... claro depois à posterior tiveram de as colocar.
O certo era romper um novo caminho nas Hortas que lá já existe o beco em direção à mina de S. João, e assim abrir a aldeia e a proteger .
Vim apanhar amoras no silvado do terrado que foi a casa dos meus avós maternos
Ao cimo da quelha do Vale casario que foi pertença da Ti Rosa da Quelha
Em julho quando a Junta de Freguesia limpa as bermas das estradas esquece-se desta, porque será?
A da frente era dos meus avós-, a casa da Ti Teresa comprada pela Sra Idalina, vinda de Angola.
Na esquerda há um quelho que deveria ter continuidade com a estrada da serra para alargamento da aldeia e sobretudo para prevenção de incêndios.
Na esquerda há um quelho que deveria ter continuidade com a estrada da serra para alargamento da aldeia e sobretudo para prevenção de incêndios.
O mesmo com o quelho da direita a caminho das Lajes.
Barracão onde se diz estiveram escondidos invasores franceses
QUELHA
Casa da quelha onde nasceu a avó Rosa Marques
Olá,Isa
ResponderExcluirDói o coração ver casas em ruinas,onde um dia tinha vida,gargalhadas e crianças a correr
As fotos dessas casas em ruinas,mas lindas de morrer,trazem uma certa nostalgia dos tempos que se foram e...não voltam mais
Curioso,como a Isa gosta das mesmas coisas que eu
Adorava ir por este País fora ver casas antigas,rios,moinhos etc
Recordar-me daquilo que vi em menina e tem tantos,mas tantos anos que já não vou ver .
Com o blog da Isa,mato saudades de tantas coisas
Admiro a grande mulher que é.
Caso eu pudesse,juntava-me á sua companhia e partiamos por esse País fora á aventura das coisas lindas do nosso lindo Portugal
A Isa com a sua filhota e eu com os meu
Só pelo prazer de viajar
Um abraço
Maria
Minha querida Maria muito obrigada pelo comentário e pelos elogios tecidos...em exagero. Basta sermos mulheres e mães para sermos Grandes!
ResponderExcluirFico feliz por saber que vale a pena partilhar as minhas emoções porque há gente como a Maria que gosta de me ler, no melhor sentir saudade e lembranças de tempos que fazem parte das nossas memórias.
A vida tem porquês que nos impedem de fazer o que nos dá na real gana, porque somos pessoas sensatas, no entanto temos esta forma de viajar virtual acreditando que quem sabe um dia sim podemos viajar lado a lado, desfrutar das risadas, sou muito da paródia e doidinha para registar fotos, até maço os outros que me dizem...até parece que queres ser modelo.
Quando quiser trocar impressões ou simplesmente conversar use o email que está no blog.
Beijo
Isa
Obrigada ,Isa
ResponderExcluirQuem sabe um dia nos vamos conhecer pessoalmente
Continuo vindo ao seu blog quase todos os dias
Os meus momentos de descanso são passados vindo aqui á Net
Ver as coisas lindas que os nossos amigos virtuais nos brindam
Muitas vezes fazem-nos companhia na nossa solidão
Com tanta gente á nossa volta,muitas vezes sentimo-nos sós
Um abraço
Minha querida Maria, muito obrigada pela continuidade da sua visita. Também pelas suas lindas palavras. Sinto que é uma mulher que a vida não agraciou...triste, com muitas "dores". Mas Maria quem não as tem?. Esqueço as minhas, que acredite também são grandes...precisamente escrevendo. Devia ir caminhar e não consigo tal esta vontade desenfreada de escrever, dá-me imenso prazer, porque sendo aspirante neste meio, sabendo que me leem , fico em dobro satisfeita.
ResponderExcluirPor isso o meu muito obrigada, porque é graças à Maria e a muitos outros que continuo.
Beijo
E ânimo.Nunca se está só quando amamos, mesmo sem sermos correspondidas. Viva os seus sonhos, desfrute, mesmo que sofra...
Bjo
Isabel
Olá, gostei de ver!
ResponderExcluirSerá que pode ajudar-me a localizar um grande amigo que aí nasceu há uns 70 anos?
O nome é João da Conceição Silva, estudou comigo em Alvaiázere,trabalhou na Emissora Nacional, depois RDP.
Se puder, o meu contacto é asatec@sapo.pt