segunda-feira, 16 de junho de 2014

Feiras de velharias a delinear memórias…

Feiras de velharias de bancas e estaminés de chão com álbuns e fotografias avulso antigas, a preto e branco, algumas de pontas a puxar séptia pelo acastanhado, vagueiam perdidas moribundas de recortes encaracolados pelo sol em caixotes ao desbarato, já outras podem ser bem mais caras pelo porte, emolduradas que as vejo ser adquiridas para abrilhantar cafés vintage e espaços de laser ...
  • Saudosismo dos brasões -, o de D. Carlos em faiança de Coimbra na banca da Nazaré, venda à consignação de uma amiga, já tinham sido vendidos do Gungunhana, D. Maria e,...
A falta de dinheiro tem destas coisas!

Sinto calafrios quando dou comigo a pensar no retrato do bebé que esteve na cómoda da madrinha tantos anos, a fotografia dos avós na parede, a foto do casamento dos pais, o instantâneo do irmão que morreu novo e,...
Memórias de luxo  de gente querida com limite de idade, algumas vezes reutilizável a moldura, em que viram a foto com dedicatória, encontrei uma de 47!
Amálgamas de entulhos à mistura com serviços da Vista Alegre ou SP de Coimbra e vidros da Marinha Grande -, prendas de casamento uma vida guardados na cristaleira, muitas vezes jamais estreado, neste fim de vida vendido por atacado "tudo ao molho e fé em Deus" à mistura com lençóis bordados, toalhas de linho, camisas de dormir em estoupa  para afugentar as pulgas com monograma a vermelho, outras de cambraia debruadas a rendas delicadas-, a melhor peça do enxoval com a colcha, e naperons delicados em renda de  linha fina, com horas e horas a crochetar...
Com 8 anos participei após a morte da minha avó materna nas sortes da herança ao retirar da lata enferrujada que foi do Milo os papelinhos:dois relógios de parede, cordão, brincos, toalhas, loiça e,...Pelo chão da sala haviam dispersos 6 montes, o número de filhos na divisão da herança dos haveres. Recordo que a minha mãe ao chegar a casa deixou tudo no patim para fazer escolhas -,foi para dentro de casa para mudar de roupa par ir trabalhar, nesse ensejo peguei no quadro "Anunciação da Morte" moribundo às portas da morte deitado numa cama de ferro com o Diabo em forma de morcego sobre ele a esvoaçar de capa vermelha e cornos...Maldito quadro, o que me atormentou nas vezes que dormi na casa da avó, logo o parti em mil bocados pisado com os pés, e enterrei no quintal junto do facalhão de matar o porco, por ser uma arma perigosa que o meu pai nalgum momento de loucura se lembrasse usar...A minha mãe nem se deu conta, muitos anos mais tarde é que lhe contei.
Hoje praticamente os filhos nada querem dos pais, exceptuando pratas, e outras valias que dêem dinheiro, além das poupanças que procuram nos bancos ainda com o corpo quente...
Doí o coração ver recheios de casas de toda uma vida que acabam despejados sem vaidades junto dos contentores do lixo nas grandes cidades. Todos os dias passam carrinhas que selecionam materiais: ferro; madeira; roupas; cartão; livros e diversos-, até os indianos andam ao lixo, outros ao cartão e mulheres que sondam Bairros onde a faixa etária é alta, mal ocorre um falecimento passam a rondar diariamente as imediações e os caixotes, até o espólio encontrar para se governarem na feira da ladra em vendas de ocasião, outras famílias já dividem o recheio por categorias, algum vendem nos sites da especialidade, sendo o "lixo" vendido ao desbarato, mas cuidado -, uma amiga confidenciou-me que comprou por 3€ e rendeu 1000 € e outra peça de preço igualmente ridículo veio a render 3.000€ não se adiantou sobre a matéria da peça, fiquei estupefacta. Supostamente um olheiro varejador de oiros, pedras preciosas, marfins, e madeiras exóticas percorre as feiras apressado, sendo feio de ventas, apareceu-me de surpresa em Óbidos  a mexer numa caixa que tinha em cima da banca, de olhar altivo o adverti  " desculpe ainda não arrumei as coisas  e assim no imediato pediu desculpas, voltaria a -lo apressado pela Ladra, e em Paço D'Arcos, depois de ter enfeirado pedia explicações para ir a S. Domingos de Rana em dia de estreia nas velharias -, homem moinante de faro apurado em raridades, que gente não sabendo o que tem em casa, pela falta de cultura, nem avalia outro pensar  que não seja no primeiro momento passar os tarecos, a patacos...Outra colega comentou comigo que rematou um recheio, no final as herdeiras lembraram-se de três relógios de parede na garagem por 25 €  sendo que apenas um no mínimo, vale 40 €...O mesmo os vidros da Vista Alegre, a maioria nem sabe que a fábrica se iniciou na vidraria em 1874. No pior os chineses percorrem todas as feiras à procura de Companhia das Índias a 1 € e impecáveis...Com intermediários pelo País que esmiúçam as feiras para enviar as peças para  a China para reprodução. Um minorca de rodas curtas apreciava um pratinho Mandarim século XIX, pintado a ouro, agachado, ergue o olhar a rir em gozo provocante -, a mulher não sendo de levar desaforos sem resposta, sem modos nem maneiras lhe deu resposta por entre dentes em sussurro irónico " pois não é do século XIX é ali da loja dos chineses, vai para o car..., para  a put que te pariu..." Farta deles como uma maioria,eu também, a passearem-se em desportivos de luxo-, Maserati!
Ora bolas sou uma senhora, sei que deveria estar calada -, infelizmente farta deles, desta comandita de olhos em bico, só de lembrar o cubismo de esperma que um teimou deixar na parede de uma casa, para mal dos meus pecados, me vi na iminência de limpar  com raiva de mãos metidas no esfregão de arame e de boca aberta a praguejar raios e coriscos, jamais conheci gente mais porca, vivem na imundice!

Claro e transparente como a água a promissão em saber que muitos de nós estamos sujeitos a ver a nossa vida um dia destes a ser deitada num contentor do lixo, ou doada a seitas de toxicodependentes, depois do falecimento limpam as casas dos móveis, que reutilizam, o mesmo com candeeiros, sofás, loiças e roupas, sobrevivendo com as vendasPior todos aqueles que não tem descendentes se deveriam acautelar em deixar instruções por testamento, ou doações em vida. Gente com riquezas em casa, no passado e neste agora supostamente outros continuam, a viver sozinhos com criadas de "olho gordo" delas há relatos que sempre deram despacho a pratas e outros haveres, se abarbatando como propriedade sua, sabendo de antemão que são do patrão e seus descendentes -, como ouvi falar duma governanta  do Visconde da Várzea nas vezes que o antiquário sondava o solar para comprar mobiliário, a prataria negra que já nem a limpava lha vendeu, assim dito na ligeireza da sua boca...Outra sortuda na herança de sobrinha vendeu a casa da tia e o recheio, algumas coisas deu, o resto ainda bastante acabou no lixo, nem as uvas brancas amarelinhas da latada quis saber, que saboreei saltando o muro baixo junto do poço na recordação dos anos que as comia das mãos da gentil tia, sempre  me agraciava, por nesta vida não ter sido abençoada com filhos... 
  • Mas esta gente de agora parece não querer saber do seu passado para nada, só muito poucos! 
  • Ora o certo é deixar bens a quem os estime, caso contrario, os devem deixar a Instituições de beneficência!
Pessoalmente sei que eduquei a minha filha no respeito pelo património, passado e raízes. Um dia disse-me " o que faço com as tuas velharias?" Uma doação para o Museu de Ansião-, responde explosiva "isso nunca, não merecem nada, tinham um Museu na antiga cadeia, onde fui , havia trajes tradicionais, alfaias e outras peças, sem pejo o fecharam por não reunir condições de acessibilidade, e assim se deixam neste agora ainda quedos"...
As velharias que tenho, são isso mesmo velharias, e não antiguidades. Contudo exalam valor emocional sabendo que com o tempo algumas, poucas, poderão ser encaradas como um investimento duradouro, cujo benefício reverterá para ela se as vender. Certamente investimento mais seguro e menos perecível que automóvel, grande plasma e telemóveis de 5ª geração... 
Alguns como eu sabemos bem que os objetos são apenas vãs vaidades, que nada fica depois da morte, mas quem quer saber da morte? 
Nesta vida quero visitar Museus onde coleções me regalem o olhar, me façam pensar no passado preservado, nas doações de gente que felizmente pensa alto, na exaltação em querer deixar perpetuar  objetos de valor nas gerações vindouras. 
Por enquanto quero gozar as minhas velharias, admira-las, estuda-las e conserva-las, pois o presente cada vez que me aborrece mais…
Sobretudo gostaria de ver respeitar o património de todos nós!

Marco em Paço d'Arcos de formato fálico...
Outra das minhas paixões são as pedras-, um dia a minha irmã levou-me a casa de uma senhora no Rabaçal para comprar queijos sendo queijeira certificada, se revelou ajuntadora amante de pedras. A minha irmã premeditou esta visita, sabia que eu ia adorar a sua coleção -, uma das suas melhores surpresas, porque  sabe do que gosto. 
Maravilhada com o esplendor que se abriu na minha frente, senti rarear o ar com a beleza das pedras e o brilho das faianças dispostas elegantemente naquela entrada enorme, seiscentista, enquadrada em ambiente de móveis antigos, parecia um Museu que aguçou o meu inteleto-, como é que aquela mulher, com pouca instrução (?) se tinha enfeitiçado por elas, as ditas pedras ? 
Disse-me que foi a surpresa aliada à curiosidade com a primeira encontrada " pastava o rebanho, de repente saltou-lhe à vista uma pedra talhada em formato do órgão sexual masculino ereto " ...As mãos que lhe deram a forma tão real, com outras pedras a bater só podiam ser de grande artista, seria um dildo?

Confesso que não resisti a senti-lo na mão…Fascinante pela grande perfeição, clímax sem explicação aquele sentir da pedra afeiçoada pelo homem há milhões de anos de cariz fálico  nas minhas mãos trémulas , júbilo de vibrações, apesar de frio! 
A dita senhora a partir daí começou a olhar para as pedras dando-lhe mais valor, detendo invejável coleção de fósseis marinhos, pedras esculpidas do Neolítico (?) e outras pela erosão. Tanta beleza rara que despertava o interesse e curiosidade do arqueólogo do Museu do Rabaçal, dito por ela, a sua casa vinha de vez em quando para ver as novidades. Abençoada de lindos olhos azuis nasceu no Alvorge, aqui casou e viveu nesta bela casa de pedra de paredes meias com a igreja, infelizmente falecida precocemente, espero que a família saiba o valor que ela deixou, o estime, ou doa ao Museu do Rabaçal onde a coleção merecia honras com o seu nome em destaque... 
As minhas reflexões sobre pedras não pretendem de modo algum criar situações de susceptibilidade com quem quer que seja, apenas pretendo alertar os interessados, que ainda se tiverem vontade se poderá fazer alguma coisa para defesa das mesmas no concelho. Umas têm sido vendidas, outras roubadas, outras soterradas...Espanta-me a existência de uma língua de grutas que se sabe da sua existência desde as Taliscas onde nasce o Dueça, Ateanha, Olhos d’Agua, Lagoas, Sarzedela, Pinheiro, Poios, e o que parece (?) ninguém lhe querer dar importância, não é estranho? A gruta das Lagoas onde fui com a minha turma do 3º ano do Externato numa aula de mineralogia ao vivo, foi soterrada há uns 3 anos para plantação de pinhal...
Tenho momentos que me atrevo em plena serra da Ameixieira a sair do carro para sentir a liberdade de saltar muros de pedra seca para me perder com o cheiro dos tomilhos -, a erva de Santa Maria, e dos lírios abrolhar pela Páscoa, apreciar contrastes dos terrenos, com marcas das pedras que as gentes vão sulcando para revestimentos e ornamentação, ainda outras semeadas à toa que o tempo se incumbiu de esculpir em milhões de anos, algumas magníficas de tirar a respiração, também as há no Carril aos Matos, a que chamo "parideiras " fossilizadas que me fazem perder horas à sua procura, e elas a mim-, no fardo pesado as trago nos bolsos ou debaixo do braço, encontro sempre alguma cinzelada pela erosão que me fascina e não resisto -, indescritível as sensações sentidas no meio delas e do nada, perdida, no seio de beleza esfuziante de contrastes em silêncios, meditação, assim sentida nestes meandros encantados -, casamento feliz em clímax sem igual pelas serranias de Ansião!

A cada dia a vegetação cresce  desalmadamente em fúria, desde o Alqueidão pelas veredas arriba ao endireito do alto da serra, se mostram vigorosas de manta encrespada em cúpulas de cariz mediterrânico -, no caricato convivem com outras  áridas, ao lado de matos em altura, em tonalidades díspares de verdes, salpicadas por riachos e regateiras atulhadas de calhaus rolados, no verão em secura, onde proliferam fósseis a céu aberto até ao Camporês...
Um dia de carro com a minha irmã seguimos a estrada da serra onde apreciamos a extensa plantação de carvalhos, viramos de direção no seguimento do novo caminho roteado em brutal descida  abrupta onde me achei por momentos a vaguear perplexa e perdida, a mirar pedras semeadas à toa pelas ribanceiras que as maquinas sulcaram da terra para fazer o caminho-, lajes planas que o povo utilizou em tempos de antanho nas entradas das casas, sem contudo deslumbrar o vale profundo quase desconhecido pela adversidade do terreno, com a chuva no momento deve estar inacessível (?) mal chegadas à planura deparamos num paraíso selvagem de arvoredos frágeis em verde ervilha pelo fresco com aves de porte a circundar riachos, inesperadamente avista-se uma muralha, nada mais que um alto muro calcário, impressionante pela grandeza corrida em jeito de contraforte da Serra do Mouro e da aldeia que lhe roubou o mesmo nome.
A floresta dos costados das serranias deitada em declives desce para vales com hortas, vinhedos e olival  a perder de vista pelo planalto do Camporês.

Quem me conhece e à minha irmã de pequenas sabe que nunca nos negamos ao trabalho, apesar de termos tido uma vida desafogada, pais funcionários públicos, criadas e "pessoal contratado à jorna" quase todas as semanas para as fazendas, mesmo assim sentimos ambas um chamamento pela terra que se traduz na paixão pela agricultura, e pela floresta, de querer, fazer e preservar. Ativas e destemidas para qualquer trabalho. Elogio ao desembaraço da minha irmã que desde pequena carregava a máquina de sulfato às costas em cobre, aquela sempre foi "levada da breca" nunca abandonou a terra, apesar de uma vida profissional muito ativa, mantêm a tradição, agora de moto-enxada vai ajudando a minha mãe nas culturas de época de minifúndio no quintal. Faço o que posso quando vou a Ansião, este ano com a enxada de pontas cavei um leirão que produziu boa batata, pois a cava foi funda e a grama toda tirada à mão, queimada na borralheira, mesmo assim estou sempre a ouvir reparos da sua boca em jeito de maledicência a meio riso amarelo " anda aqui uma pessoa a esfolar-se em trabalho com a tua mãe e tu mal chegas toca de encher os sacos"…Palavras ditas da boca para fora fruto de muita liberdade após o falecimento do nosso pai, a casa transformou-se numa "família de três irmãs!"

Grande prazer em escrever as memórias na sede de as agrilhoar com chave de oiro. 
Falar que aqui nesta terra chamada Ansião, aconteceu o primeiro Comício Republicano no princípio de 1911, entre os discursantes esteve o pai do Dr. Mário Soares, ao tempo -, Padre João Lopes Soares das Cortes de Leiria. 
No dia a seguir ao casório me apareceu à porta a Ti Florinda da quelha da Atafona com uma galinha presa nas mãos que me questiona sobre o meu marido -, palavra que em abono da verdade não me soou nada bem ao ouvido, talvez por ter ido a primeira vez que a ouvi...No pior tive de matar  a franga para acercar Almada da parte de tarde do dia 5 de Setembro de 78 no carro dos meus sogros -, azar tive ao retirar os meus haveres do carro na Rua Afonso Galo, fosse pelo cansaço ou pelo calor, na pressa de tirar uma colcha onde tinha "entalado" os naperons estriados no casamento, feitos pela Alice do Ribeirinho quando foi criada no hospital , se abriu no caminho e assim se finaram na calçada… De véspera o meu marido tinha vindo com a minha irmã trazer a mala do enxoval e o fogão -, prenda do padrinho de casamento do meu primo Tó Zé, e não faltou o saco de batatas do padrinho do meu marido, Alberto de Vale Tábuas que ainda fez o favor de emprestar a carrinha . Escriturei a minha casa nova a estrear no Feijó no dia 7, paga a escritura e a sisa sobraram uns míseros tostões para comprar  parcos haveres para a casa, que de prendas pouco recebemos, ainda uns plásticos numa drogaria e um frigorífico, que a primeira sopa com o calor azedou, sobrou na carteira 200$00 para a viagem de volta a caminho de Coimbra trabalhar nos TLP…

Deu-me um gozo extraordinário escrever as minhas memórias, se acaso acrescentei um ponto ou me esqueci de algum, não foi por mal nem prejuízo direto para ninguém. Sou uma pessoa de bem e de paz. Mas isto de contar estórias sabe-se como é quem reconta acrescenta sempre alguma vírgula. Tempos e vidas que nunca mais voltam. Há sempre qualquer coisa importante que se escapa… 
Esperança que o meu registo de memórias seja o melhor investimento cultural que posso legar aos meus netos, que anseio nascimento!
Um amigo deu-me a conhecer Marguerite Yourcenar -, escritora francesa. Nas suas memórias escreveu mais ou menos isto "que se começava a fazer genealogia por vaidade, mas quando iniciávamos o desfolhar e desfolhar das gerações e gerações de gente morta, que nos antecedeu, chegava-se rapidamente ao abismo, isto é, ao precipício que antecede a morte"...
Demónios me mordam se desejo que tal me atormente tão cedo!

Afinal e o título para o livro? 
"Pelas Serras de Ansião, memórias, emoções e caminhos"
"Falar de Ansião, ontem e antes d’ontem"…
"Lusco-fusco de memórias". 
Fez-se claro no mercado, a vendedeira mulher das bandas da beira do rio, pesava-me feijão-verde, dizia-me que o poderia guardar porque o tinha apanhado no lusco-fusco, enquanto fazia o troco disse-lhe "acabou de ditar o título de um livro que acabei de escrever sobre memórias"…
Ficou estarrecida!
  • Agradecimento às gentes de Ansião. Perco-me sem perder tempo, com muitos deles a conversar, a mitigar lembranças. 
Também àqueles que de qualquer forma me ajudaram a relembrar coisas de antanho… Minha querida mãe, prima Júlia e São, Mavilde, Natércia, Carmita, Deolinda, Alice, Elisa, Albertina, Cristina do Bairro de Santo António, Isabel Bandeira, Isaura Gomes, Tina da Quelha da Atafona ; Lúcia do Ribeiro da Vide, Américo Calado São e Isaura Casal das Peras; da vila, Piedade Lopes, Américo Cardoso, Elsa, Maria Bandeira, Mena do "Marnifas", Teresa Fernandes, Odete e Fernando Moreira, Fatinha Pires, Chico Serra, António Simões "Arrebela" dos Escampados, Elisabete Mendes dos Anacos e, … 
Bem-haja a todos. 
Desculpem-me qualquer coisinha. 
Desculpem-me, se acaso me mostrei de cariz  sentencioso!


  • Ergo um caneco à vossa saúde fabrico da fábrica Sacavém  antes do Gil Man!

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