09.0utubro de 2022.Alvorge, caminhada 14 km
Parabéns à Junta de Freguesia pelo espaço aberto, bem pensado, para a concentração festiva e pela circular da nova acessibilidade. Extensiva excelência à organização, com buffet de pequeno almoço, com fartura de bebidas, bolos , omeleta e bons queijos.
Num ano e meio a caminhar em Ansião e concelhos limítrofes, elejo o trail da Ladeia, no cúmulo de organização e bem servir, com fartura em tudo , a que se junta a vila graciosa, de pedra, com um manancial histórico ainda para vir à tona.
Vindos de Ansião, reparamos no movimento de carros atras, logo advínhamos irem para o trail.Já só havia estacionamento junto da igreja. Manhã enovoada, sem brilho para fotos...Registei com agrado candeeiros de braço em ferro forjado, como o deve ser em locais históricos.
Misericórdia do Alvorge e a sua capela
Estalagem com balcão de avental com a data
Belo casario de traça antiga
Descobri há anso algo nesta casa. Mas, ainda não vou falar...só deposi de publicar no Jornal Serras de Ansião
Belo casario de traça antiga
Descobri há anso algo nesta casa. Mas, ainda não vou falar...só deposi de publicar no Jornal Serras de Ansião
Loureiros invasores a pôr o muro em derrocada...
Localizei uma parte de coluna quinada, setecentista, o cão era o seu dono. E na parede a sul foi um forno, o que teria ali sido no passado... Algo importante do franquido.
Aquecedores altos postos nos cus da mesa, a imitar o melhor que se pratica por esse país fora.
Atletas com aquecimento ritmado ao som de boa música.
Partida
Em companhia em grande parte do grupo às 9 na Pastelaria de Chão de Couce, o Leonel Lopes da Mouta Redonda e o primo José Mario. Mas, a primeira pessoa que me cumprimentou foi a minha prima Luciana Abreu, seguida da Dra Isabel, esposa do meu amigo Jcmarques, do Avelar.
Circuito bem sinalado.
Muito fluxo de atletas e caminheiros, com grupos vindos de fora. O maior julgo do Botão.
Entre chão de terra, pedregoso, vincado a cinza onde nada cresce, por caminhos seculares na ligação da herdade do Alvorge passando pela Atenha e Cumeeira.
Ouvi caminheiros admirados com as oliveiras em chão semeado a pedra...não estavam habituados a terra cársica...
Ia a conversar com estes dois jovens, quando dei conta de um troço de metros com grandes lajes, será a via romana com derivação em Tamazinos com corredor para a Lagarteira.Tabelamos conversa e ajudamos nas descidas duas manas madeirenses, maduras, a viver no Entroncamento.
Sempre com aromas a salsaparilha, trovisco, aniz, arruda e orégãos. Aqui não há aroeira nem alecrim. Pedi algumas fotos, como da ruína de um solar com belo portal. Belos muros de pedra seca.A caminho do Cabeço de Trás de Figueiró, encimado por uma Cruz e um baloiço , foi difícil a subida.
No cume para sul a cintura de mouroços, do Castro de Trás de Figueiró
O Sr. Armando Duque, que viveu em Ansião, partilhou ao Sr. Padre Coutinho, um achado por agricultores, que era um verdadeiro tesouro de moedas romanas, datadas desde o século II A. C. até aos inícios do século I. E algumas destas moedas teriam sido mesmo dadas por um nosso emigrante ao seu patrão francês...
Só aqui encontrei alecrim...
Bom almoço, com caldo verde, arroz de feijão e porco no espeto, cortado mais miúdo e levou um molho picante, havia comida vegetariana com esparguete e salada.
Fartura e á descrição, como em mais lado nenhum assim já encontrámos!
O Luis Alberto parecia zangado...mas não...A fila para o café era medonha que decido ir até à Ladeia.
Troço romano/medieval depois do corte da circular ainda guarda alguma calçada, com a divisão da via, com pedra em fila . Foi retificado um muro sendo deixada pedra, que deve ser retirada como o entulho do quelho para pôr a descoberto mais calçada, para ser catalogada
Vista do Cabeço de Trás de Figueiró que subimos e descemos....
Arquitetura ancestral com abertura retangular acima do lintel
Monte Vez
Não sei se o antigo sistema de rega da quinta, com canais e grandes tanques agora com estufas, se ainda se mantém ou foi destruído., resta o ribeiro e a entrada do canal para a quinat que abastecia os tanques.
O parque de merendas estava com estrangeiros.
Ruína do solar dos Carneiro Figueiredo da Guerra na centúria de 600, foi acrescentado à torre romana, que foi feita para proteger a fonte, então a água era riqueza em terra cársica.
Apreciei dois grupos de caminheiros que iam para norte nem olharam para a ruína, muito menos entraram para ver a escultura...
Chocou me a arte moderna, cúbica, que não lhe achei piada plantada no que foi o altar da capela da senhora do Pilar. Teria sido mote a auscultação dos membros municipais da cultura...a mim ninguém me perguntou nada... É um gastar de dinheiro em adereços públicos chamados arte, que não são pensadas e ajustadas à região. Talvez eu seja mais conservadora, mas, também sou moderna e aprecio novas apostas. Mas, não gostei mesmo nada e amo o amarelo...
O futuro passa por requalificar o local com dignidade e aquilo ali não fica bem. Desculpem o desabafo.
Arco de berçoEsta ombreira estava a descoberto, a outra descobria-a ao retirar a hera seca...
Nota negativa? O alcatrão, em frente da ruína do solar. Será com certeza o corredor da via romana que passava pela fonte seguido pelo troço de ladeira de pedra solta, a calçada descarrilou nos séculos, a necessitar de ser reposta, com as mesmas pedras, pois ali passam caminheiros e podada a figueira e a hera que obriga a abaixamento.
Extraordinário couval em terra cársica ressequida e quase estéril...
Nenhum comentário:
Postar um comentário