Foto do Grupo informal, amigo, que muito nos acarinhou.
Bem hajam a todos em especial à Cátia Salgueiro, Luís Filipe Godinho, São, Toné e outros, pelo empenho, dedicação, organização e compromisso.
Comenda de Pias
Foi do Comendador Frei Gonçalo Velho, cavaleiro e criado do Infante a quem é atribuída a descoberta dos Açores, Martim Correia, Senhor da Torre da Murta guarda-mor do Infante
Foi elevada à categoria de Vila já no reinado de D. João III, a 25 de Fevereiro de 1534
Ao longe o viaduto da A 13Vista para poente de Pias
O intuito da caminhada, na minha principal inspiração a estudo, em mais descobrir da ligação do passado a Ansião com os concelhos limítrofes. O excerto abaixo é elucidativo invoca termos como o caminho da Nexebra - serra que pertence a Ansião e a sul Alvaiázere. Aborda o mosteiro de S. Domingos, ao limite de Alvaiázere, que historiadores até hoje ainda sem localizar o seu palco. Como o topónimo Ceras, alusivo à Venda de cera, que seria ali abundante para venda para igrejas e afins. Corrigi o texto para o português atual, apenas deixei os termos que não consegui traduzir. Lamentavelmente, o Dr. António Baião, não traduz a data da carta assinada em Évora aos xxb dias do mês de fevereiro xxxiiij anos... excerto da carta que elege a vila das Pias e seus limites pág.3/36 (...) do marco que está junto da Venda da Serra metido no meio da estrada que vai de Tomar para Dornes, ao cume da serra do Ameal , pelo caminho de Nexebra por onde se aparta a freguesia daluyoneira ( ALVIOBEIRA) com a de NS das Areias, onde esta uma malhoeira de pedras junto da casa de Luís Martins e dali ao Casal de Bastião Gonçalves por detrás das casas que são da freguesia de daluyoueyra, por onde confinam as ditas demarcações e dali a S. Domingos e dali ao Casal do Toco que é de Martin Anes e Gonçalo Anes que são da freguesia daluyoueira e, por detrás das ditas casas do dito Casal vai de Reito à Cabeça de Mamgamaz ( será MELGÁZ, em Alvaiázere?) e desse até Ponte da Ribeira de Ceras ficando dentro da dita freguesia de NS das Areias o lagar e azenhas com a casa de Jorge Dias e da dita Ponte de Ceras vai a dita demarcação Ribeiro abaixo acerado de Brás Rodrigues e dali por cima de S. Gonçalo pela Cabeça da Pia abaixo a fonte do Chão de Eiras e vai dali ao Ride da Ganadara ao diante pelos currais de D Álvaro Anes à Ribeira e dali pela Ribeira abaixo da Bamba do Aguyam ( AGUDA?)até junto das casas de Simão Alvares Ramesam e direito pelo Ribeiro do Bryncã acima á Eira das telhas e dali ao palheiro do gaiteiro e vai direito Azinheira do Mouro por detrás das casas velhas Vale abaixo direito ao ao curral do falhete que é da dita freguesia de NS das Areias e dali Ribeiro abaixo até ao ponto de azinhal e, dali a Cabeça de Carapatosa e vai à Cabeça da Azambuja direito á encumeada do Casal de Álvaro Martins que é da freguesia de NS das Areias pela encumeada da serra aguas vertentes para baixo à Ribeira da Quebrada junto do Casal de João Coelho e pela Ribeira a Riba pelo dito Casal assim como parte com Alvaiázere até á Ponte da Murta e da dita Ponte da Murta onde diz que se acaba a freguesia de N Senhora de Areias com daluyoueyra, pela Ribeira acima partindo com Alvaiázere junto do mosteiro de S. Domingos pelas demarcações que da antiguidade estão deujsadas Ribeiro acima até S. Jurdam e dali vai pelo Ribeiro acima ao marco da cerejeira que está ao Casal de Luís Pires que é do termo de Dornes e dali ao marco aluo é direito ao marco que esta abaixo da Galegia (LAGES) acima do Porto da dita Galegia (PORTO DAS LAGES) confinando com as demarcações antigas com o dito termo de Águas Belas e vai ter direito ao marco que esta na estrada que vai das Pias para Dornes e dali ao marco que está á porta do casal de João Alvares que está ao Porto do Lavadouro e dali pela demarcação antiga entre o dito termo e o de Águas Belas ao marco da Fonte da Trauanqua (TRAVANCA) ladeira arriba assim como vai demarcando até ao dito marco da Venda da Cera onde se começou a fazer a dita demarcação que mandei fazer ao licenciado Diogo Barbosa ouvidor da comarca de Tomar...e portanto eu, por esta minha carta dou toda a dita freguesia da vila das Pias pelas ditas demarcações...
Nas pias escavadas no xisto que ditaram o topónimo
A toponímia alvitra algum castelo mouro que ali existiu, mas, cujas pedras foram reutilizadas e hoje não há quais quer indícios...
Há anos que tento perceber a razão deste tipo de chaminé em Ferreira do Zêzere
Tenho duas teorias. A primeira trazida da ceifa do baixo Alentejo, onde são caraterísticas, a outra do solar da Torre da Murta, sendo mais estreitas dos fogões de sala, podem ter ali origem.
Pedra esteve deitada e foi levantada, esculpida pelo homem, ao lhe ver a forma de peixe
O olho foi esculpido, como a boca e no dorso a grande barbatana
Açude do Pego com brutal muralha, e contrafortes
A poente no leito da ribeira, o canal da represa , para fechar e abrir a água, temos a Cruz Templária a entestar a muralha.
Na minha teoria, os templários usaram a estrutura que tem origem romana, que fazia parte de um sistema de irrigação, com retenção da água da Ribeira de Pias , que aqui toma o nome de Ribeira de Ceras. Não tivemos a perceção da bacia hidrográfica de retenção, por causa do silvedo...
O chamado pego
Azenha
Porém, existe uma cascata impossível de ver pelo volume da vegetação.
Deixo a crítica construtiva, que a falta de limpeza da envolvente da Ribeira deve ser feita para manter o trilho acessível a turistas e a peregrinos.
Quem passa na ponte de Ceras, desconhece este paraíso, ali a dois passos, por falta de sinalética.
Ambiente propício a momentos idílicos, que me transportaram ao Brejão, na costa vicentina, onde a Amália Rodrigues teve o seu monte. Pela fresquidão, ao som do sussurro do bulício da água, copiosa com pressa de ir beijar o Nabão, e já estava na ilha da Madeira, num trilho de levadas... Voltei a mim e perdi me na azáfama de antigamente, naquele local recatado, de trabalho, bordejado de boas várzeas e hortas, e nogueiral , na sombra do que foi o castelo de Ceras, que Gualdim Pais preteriu para ir para Sellim, (Tomar) reutilizar nas ruínas romanas e moçárabes.
Azenha escondida por vegetação
Açude com restauro a cimento
Foto de novembro retirada da pag. Facebook do meu amigo Vítor Sol Carvalho
Enxerguei este lintel soberbo, largo com corte em baixo a viés, foi aqui reutilizado...
Chão em lajedo
Indica troço romano, até porque está junto das sepulturas visigóticas. Durante a sua permanência de 150 anos, reutilizaram as vias romanas, onde se encontram .
Não fomos à eira das bruxas. Havemos de ir.
Três fotos retiradas da net da autoria de Rui Silva
Peros bravo esmofo
Peros bravo esmofo
Casa da família de Cátia Salgueiro
Guarda ainda a caraterística chaminé redonda borlota.
Tapeçaria de tearFechamos com 1 mn de história
A falar dos puxadores em forma de mão. A chamada mão de Fátima, a filha de Moisés. Trata se de um amuleto de proteção.
A caminho do estacionamento em contemplação à vastidão de quintas...
Solar da família Godinho Cabral na Quinta das Valadas
Tem uma pedra de armas desta família. Mas, não a vi.
Uma outra pedra de armas existiu no Solar vulgarmente designado por Solar dos Morgados do Fontão e Tabuaço, nas Pias, mas terá sido vendida para um comerciante de Tomar em meados deste século.
Onde funcionou a comarca até ser extinta em 1836As janelas do r/c eram da cadeia.
O morgado do Fontão adquiriu este solar. 2º o Dr. João Santos
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