O Portugal de outrora sem ficção liofilizada!
Numa visão de valias culturais!
Já por aqui andei várias vezes nesta procura do corredor da estrada romana , cujo trajeto catalogado retirei do excerto de https://www.viasromanas.pt/#braga_lisboa
A via romana de Bracara Augusta - Braga, para Olissipo, Lisboa com Itinerários das Vias Romanas dita corredor depois do Rabaçal, Tamazinos - Portela de Casas Novas, Cabeço da Revolta e pelo sopé do Cabeço da Ateanha, marginando o casal de Vale da Abrunheira Aljazede (m.p. XI; continua pela Várzea de Aljazede e Vale de Campores passando junto do habitat de Poço Carril/Vinha Morta pelo caminho rural a sul da Póvoa por Algar, Estalagem, Furadouro, Terra de Maçãs/ Celeiros e Campo da Lagarteira, servindo de linha divisória entre os distritos de Leiria e Coimbra, cruza o ri- debalde sem qualquer identificação - foi o meu olhar- beiro de Camporez e segue por Palmoeiro e Castelos até entroncar na EN560).
No trail da Ladeia, Alvorge a caminhada de 2022, passou por um troço de calçada romana , sem quaisquer identificação para o caminhante - em afronta à cultura!
Será a Portela de Casas Novas, uma vez que mais à frente passámos pela aldeia de Casas Novas. Seguirá como acima diz pelo caminho do Poço do Carril, que também já fiz do sopé da Ateanha.
No Poço do Carril, onde houve um habitat romano e para sul já na Lagarteira, houve outro, que não recordo o nome , e um nos Verdes.
O corredor da via romana ainda em terra, que o povo inculto queria que a autarquia alcatroasse...fui a tempo a dar a informação...foi cortado com a estrada para a Cumeeira, contudo nota-se o seu corredor depois da estrada seguindo para sul a nascente da Lagarteira.
Desconheço o palco dos topónimos : Póvoa por Algar, Estalagem, Furadouro, Terra de Maçãs/ Celeiros. Para se perceber se passou pela rua que aponto a nascente da igreja ou, este troço é medieval, ao atender o limite do Foral de Penela em 1137 pela Lagoa do Pito, o que falta apurar. Seguindo por Carrascos, Campores, Vale do Pião , Cabeça Redonda etc.
Tive o privilégio de conhecer o quintal do Sr. José Alexandre, Carrascos, na Rua dos Verdes. Pairava a hipótese que a via romana vinda da Mina de S. Domingos, seguia em frente pelo seu quintal. E não. Porque o quintal foi um baldio, ainda está cheio de penedos, e seria impossível o corredor da via.
Lote com 3 casas; a norte tem na frontaria uma pequena janela fechada. O registo dessa pequenez pode aventar ter sido no passado uma estalagem. Por causa de ladrões que percorriam estas vias, então únicas, atrás de viajantes de todas a estirpes. No tardoz casa de sobrado de traça judaica com balcão.
Não falta o oratório centrado com os quartos na sala
Seguida de outra casa baixa também com uma janela pequena que foi do Sr. Francisco.
Ao primeiro palpite aponta para palco de uma estalagem. O chão ainda guarda lajes compridas em pedra, como as que se veem na igreja, portanto seculares.
Defronte deslindei uma bela varanda setecentista, com dois belos portais e colunatas quinadas, escondida pelo alto muro. O que me parece é que a casa sofreu requalificação nos anos 50 do séc. XX, porque o tijolo da varanda foi igual ao da casa dos meus pais que casaram em 1957.
O que importa saber é se antes a varanda era em grade de pedra, como outras ainda vivas na Lagarteira. Se alguém souber de memória destas casas ou de ouvir falar o que foram no passado, agradeço partilha.
Notório que a casa sofreu requalificação com reutilização de materiais visíveis nos lintéis de portas e janelas.
Um belo exemplar de fóssil, uma amonite de grande dimensão
Fontes
https://www.viasromanas.pt/#braga_lisboa
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