quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

A Serra de Pousaflores é a Serra dos Carrascos, em Ansião

Pousaflores, entesta a poente com a Serra de Ariques,  pertença de Almoster, do concelho de Alvaiázere.

Dada a posição estrategica de Ansião e Alvaiazere, no centro de Portugal, onde foi assente a espinha dorsal de carreteiros da proto-história  de N/S ,  do castro da Idade do Bronze de Conímbriga, o do Germanelo, o de Ateanha, o do Castelo, na Torre de Vale de Todos, o Castelo da Serra do Mouro (devia ser da Serra dos Carrascos) , o do Castelo de Pousaflores , o da Marzugueira, o da serra de Alvaiazere, entre demais em Ferreira do Zezere, Vale Rodrigo, Calvinos, Ourém , Tomar, etc. 

Na centúria de 700, a Serra de Pousaflores é descrita nas Memórias Paroquiais por Branca (pela imensidão de calcário). 

A origem do topónimo da aldeia da Portela

O topónimo prende-se  com entrada para a serra, à laia Porta e Portelinho.
Antes da extinção das Ordens Religiosas em 1834, Pousaflores, cuja aldeia da Portela faz parte, pertencia ao Mosteiro do Lorvão.
Já a Venda do Negro e Pousaflores, pertenciam a Penela.
Após a instauração da Comarca de Ansião em 1875, assumiu das antigas Cinco Vilas; Pousaflores, Chão de Couce e Avelar . 
Em crer, a partir dos meados da centúria de 700, um foreiro do senhorio do Mosteiro do Lorvão, começou a desbravar matos maninhos entre a serra de Ariques e a Venda do Negro, fixando-se na Portela, no rebordo da serra, em local estratégico, com vista deslumbrante, sobranceiro ao vale do Talegre, para se fixar , atestando a sua morada com estela de pedra "Casa da Portela 1756"

Estela 

                          

A estela retrata que eram cristãos novos com a data encravada entre Cruzes. A que se seguiram outros pelo costado e na vertente do Outeiro e vale do Talegre, formando no tempo duas aldeias com o mesmo topónimo que para se diferenciar passaram a ser chamadas: Portela de Cima e Portela de Baixo. Mais tarde foram fidelizadas ao orago das suas capelas; Portela de S. Lourenço e Portela de S. Caetano.

O topónimo  Cabeça da Ovelha

A história retrata o primeiro conhecimento da Serra de Pousaflores no Foral de Penela de 1137. 
Cujo limite a sul era a Cabazan de Ovelia; cabeça de ovelha, corresponde ao desnível sul da Serra de Pousaflores, com outro ainda mais baixo, o miradouro, que no passado ficou conhecido pelo Monte da Ovelha, e a cabeça, o ponto mais alto, com 612 metros, foi denominado pelos moleiros Serra da Portela, o nome da aldeia que abriu caminho para o ponto mais alto, para a arte da moenga.
Em 2022, no âmbito de Territórios de Pedra, o topónimo antigo, Monte da Ovelha foi agraciado com uma bela escultura com ovelhas, em sua homenagem. E mais duas a norte.

O topónimo Anjo da Guarda
O topónimo mais recente nas serras de Ansião !
Sita a nascente da serra de Pousaflores, na sua parte mais baixa,  corresponde ao focinho do animal, fidelizada no tempo por  Monte da Ovelha. Serviu de pastorícia, às  populações das Portelas. Nos anos 50, do séc. XX onde foi feita uma capela ao orago Anjo da Guarda. O povo a partir daí a batizou Serra do Anjo da Guarda. Romarias à Capela Divindade cristã muito venerada pelo povo de Pousaflores. Bem me lembro da minha avó Maria da Luz Ferreira, da Mouta Redonda,  nos anos 60, do séc. XX, todas as noites lhe endereçar reza pedindo proteção e abertura de bons caminhos.

Mas,

Só aparece pela primeira vez na carta militar de 1984,  no local da Capela e, também na Carta de de 2004,  acrescido da designação "Miradouro do Anjo da Guarda".

O local recebeu outras infraestruturas  ao longo dos tempos; Casa de apoio aos Caçadores,  Ciclo do Pão e um bom Parque de Merendas, oferecendo  excecional miradouro a Pousaflores.

O topónimo do vértice geodésico - o mais antigo menciona "Moura" 
Por certo a referencia à Cova da Moura, um abrigo natural usado desde sempre pelo homem e, mouros e por ultimo por pastores como ao Buraco do Lobo. 

O topónimo Serra de Ucha
O costado  nascente da Serra de Pousaflores toma o nome de Serra de Ucha topónimo vindo com povoadores da Galiza , (sinonimo de queimada de mato em chão de pousio), foi palco de 3 moinhos de vento,  beija e protege Lisboinha  e a sua fórnia beija o Vale Garcia. 

O topónimo  Serra dos Carrascos

Os nascidos na Mouta Redonda, em Pousaflores, ainda chamam à serra de Pousaflores, a Serra dos Carrascos. Recordo em miúda de ouvir falar do "Ti Mateus", avô do meu marido, ter vindo à Serra dos Carrascos com o seu burro buscar lajes para se lavar a roupa no ribeiro da Nexebra.

O topónimo Serra dos Carrascos aparece referido na Topografia Médica das Cinco Vilas e Arega de António Augusto Costa Simões de 1848; “A Serra dos Carrascos que dá assento a grande parte do que foi o concelho de Chão de Couce, estende-se a muita distância, dum e doutro lado, na direção de norte a sul”.  Nos finais do séc. XIX  aparece na menção de um achado - um machado de bronze que foi dado a conhecer pelo arqueólogo Dr. Santos Rocha  da Figueira da Foz ( no castro do Castelo da Serra dos Carrascos e não Serra do Mouro, como veio a ser classificado).

O arqueólogo Dr. Santos Rocha , quem deu o nome ao Museu da Figueira da Foz.

Mas, 

Serra dos Carrascos, é topónimo perdido nas Cartas Militares no Século XX.  
Por falta de zelo à tradição da verdade creditícia aliado ao desinteresse e má transmissão de quem foi auscultado.  

OMapas e Cartas Militares dos anos 1940, 1947, 1984 e 2004
Referem o topónimo Serra da Portela, com perca aos topónimos: Serra de Pousaflores e Serra dos Carrascos.
Topógrafos militares sem valia aos valores creditícios no respeito à tradição, na má auscultação da voz do povo, analfabeto, e sem dentes, num linguarejar dificil de se perceber deu azo a erros e omissões.
Não fizeram serviço público a honrar os  valores herdados contribuindo com erros e neste caso, deu exclusividade ao topónimo: Serra da Portela, que é o nome da aldeia. 

A jus erros e omissões, nos mapas e cartas militares em Ansião
Nabos, em vez de Netos; Moinho das Velhas, sendo Moinho das Moutas (velhas, eram as donas dos moinhos, referidas pelo povo, já Moutas, era o apelido delas). 
Duas notas reveladoras da falta de cuidado ao que se ouve, sem dissecar, num tempo de analfabetismo, com aprendizado errado , a exemplo Jã Galega quando é Chã Galega. 
                               
Perdido nos Mapas e Cartas Militares o topónimo Serra dos Carrascos
A menção Serra da Portela, viria a ser atestada na Tese de Mestrado de João Forte de 2008 "O Património Geomorfológico estrutural territorial de Alvaiázere ". Na abordagem geomorfologica de Alvaiázere, a que juntou a Serra do Casal Soeiro e  da Ameixieira.

A Serra de Pousaflores é formada por outras com topónimos diferenciados
O facto do topónimo Serra dos Carrascos ter sido substituido por Serra da Portela, veio a influenciar negativamente a cultura de Ansião, que a publicita ao País e ao mundo pelo todo, quando é só uma parte, o ponto mais alto,  onde se praticou a industria moageira. Se o autor tivesse feito investigação teria enxergado a menção do achado no séc. XIX na Serra dos Carrascos, como a origem do topónimo Serra da Portela, nascido à volta de 180 anos, pela introdução da moenga a vento.
Reindivica a par de outras Teses de Mestrado em jovens, sem a universidade da vida, nem o conhecimento total do chão que se propoem estudar, salta à vista omissões e lacunas graves.

A exemplo o autor verificou a existencia de poços de pedra com escada, medievais...sem indagar a razão da escada...desde criança quis  saber a razão de um assim no quintal dos meus pais. Demorei 55 anos para perceber a razão de ser diferente aos demais redondos, em que só mudava o diametro. E sim, fui pioneira a dar conhecimento de poços de chafurdo e fontes de mergulho, com origem romana, e alguns podem ser até da proto-historia, outros continuados pelo legado Al-Andaluz.

A sua tese à geomorfologia de Alvaiázere, ao não conhecer não associou, a poente de Ferreira do Zezere, em Avecasta, a megalapiás da Pena Furada (relevo sem evidência nos vários tipos, a meu ver túnel) e o canhão fluviocársico da Fonte do Lodo,  como em Santiago da Guarda, Ansião, as megalapiás de relevo peduncular que batizei "par de cogumelos" a jus, sem aflorar as mitícas Portas de Alvaiázere, em forma de torre, fazem parte do meu imaginário de criança, quando as conheci e associava a westerns, nos anos 60, do séc. XX ... Como não referiu o nome do Vale Garcia, que o menciona vale que se estende por 1,5 Km à Serra do Mouro na descida da fórnia da Ucha. Nem o castro chamado Castelo da Serra do Mouro, que em verdade devia ser Castelo da Serra dos Carrascos.

O canhão fluviocársico do ribeiro da Serra do Mouro
O subi e noutra desci (mais dificil) em caminhadas.
O autor refere:  Vale que se prolonga desde a fórnia da Ucha até à Serra do Mouro, entalhado
nos calcários do Dogger. No pormenor destaca-se o talvegue (com degrau natural) do curso de água que se estende até ao ligar da Serra do Mouro".

Um penedo alto a servidão de degrau que a erosão da água, da pouca que passa de inverno, em milhões de anos esculpiu em lindo rego de água.
                        
Pautou o estudo territorial estrutural de Alvaiázere e parcial a Ansião, a meu ver, sem o conceito ao todo geomorfológico das terras de Sicó, quando o carso e as variadas formas, se interligam com o poente de Ferreira do Zezere . 

Sem abordagem ao filão de arenito que se retratam nas Buracas, em Santiago da Guarda,  a nascente do morro da Serrada da Mata, como a sul a mina da Mouta de Bela , à semelhança dos penedos da Serra da Mata Boa, aos pés da aldeia da Serra do Mouro, que distingui numa caminhada o costado com um afloramento de penedos.  Em Alvaiázere, predominante a sul nas antas do complexo megalitico, no Rego da Murta, e em Avecasta e Chãos, em Ferreira do Zezere, onde se torna mais fragil que o povo chama "pedra podre". Tudo isto constatado a caminhar.

A arte da moenga na Serra da Portela 
A minha bisavô  Brígida Ferreira da Mouta Redonda, quem transmitiu ao meu tio Alberto Lucas, testemunho que deixou imortalizado  na Crónica Histórica de Pousaflores sobre a vivência de galileus na Portela, no Monte das Canas - os Dias e, Fariseus em Maças de D . Maria e Chão de Couce.
Presume foram estes clãs os introdutores? Porque tinham de ser hábeis carpinteiros. E o eram!
Jamais esta temática foi mote de investigação!
Presume que carpinteiros, de apelido Gonçalves e Ventura, da aldeia da Portela, quem abriu serventia para a cabeça da serra, ao seu ponto mais alto,  onde construiram rudimentares moinhos de madeira. Alguém trouxe o modelo que já era uso da Galiza à Gândara. Recordo em criança nas férias em Buarcos, ao domingo ia com os meus pais à feira da Tocha, ao lado da estrada havia um moinho tipico de Sicó, de madeira, em planura, só anso mais tarde percebi que estava plantado num alto, favorecido pelos ventos do mar, como os moinhos da serra de Pousaflores, que conheci na mesma altura, nas deslocações a festas, a casa dos meus tios emigrados em Angola. Moinhos que se estendenram ao Maciço de Sicó, Condeixa, com o último construido na Serra de Janeanes, Soure,  Penela, Ansião, Alvaiázere em Ariques e Mata do Carracal e, a sul Avecasta, em Ferreira do Zêzere.  
Outros moleiros se juntaram, vindos pelo quelho da Gramatinha, Venda do Negro, Chão da Porta, e Casais Maduros, com os seus burros. 

Moinhos de  madeira, de forma poligonal, irregular
O moinho roda sobre três rodas no eirado de pedra à força de sangue; do moleiro ou do seu burro até ficar com vento de feição. O sinal é dado pela artimanha da roda de cortiça pendurada sobre um buraquinho, que oscila com o vento e bate nas tábuas do moinho.

Ditado antigo em Ansião, aos moinhos de água ou de vento pequenos, munhos

"Quem um fole de milho carrega para o munho tem que trazer de volta outro de farinha"
                              
Na entrada da serra à bifurcação falta sinalética aos palcos
Serra da Portela
Serra do Anjo da Guarda
Serra dos Carrascos
Serra de Ucha
Serra do Mouro
Serra do Casal Soeiro
Serra da Ameixieira

Como nos trilhos falta assinalar

Fórnia da Ucha  e o profundo Vale Garcia 
Fónia da Cruz, costado à junção de aguas do Ribeirinho
Talvegue da Serra do Mouro  (ribeiro)

Além dos moinhos de vento na serra da Portela, que exibe um exemplar requalificado, outros existiram nos cumes circundantes; um na Serra do Castelo, dois no monte das Relvas (depois do Pereiro de Baixo  a caminho de Maçanicas), que não foram mote no estudo Parque Eólico da Videira 
Além destes moinhos característicos a  rodar pela força do homem também se encontram na  Melriça Santiago da Guarda e Outeiro no Alvorge. Em Alvaiázere também existe um recuperado na Mata do Carrascal. O de Avecasta, em Ferreira  do Zezeze, ardeu e ainda não foi recuperado. Um velhimho na serra de Janeanes e Penela, nãos ei se ainda mantem algum exemplar.

Posta esta introdução num hiato de 80 anos, a Serra dos Carrascos deixou de ser mencionada, apenas viva nas pessoas de farta idade, passando a ser conhecida por Serra da Portela.

Cabe à população ser chamada a decidir que nome quer ver anunciado ao turismo da sua serra!


Fontes
Tese de Mestrado de 2008 de João Forte A Geomorfologia da Unidade territorial de Alvaiazere
Wikipédia
Livro da História de Pousaflores de Alberto Afonso Lucas
Testemunho Abel Santos Silva
PDF Academia EDU do parque eólico da Videira apresentado no I Congresso de História e Património  da Alta Estremadura, em Alvaiázere.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A minha despedida de solteira em 1978, em Vila Nova de Anços

Para não se perderem as memórias de um tempo de parca fotografia
Recordo a Isabel, a Lurdes e a Ana Duque , colegas de estudos em Pombal.
Amigas de coração.
Aconteceu a minha  despedida de solteira em Vila Nova de Anços, numa festa popular . 
Recordo de ver a Fatita Duarte, julgo que o namorado era de lá...
Impressionada com  esgotos a céu aberto...e o fascínio da planura do chão com choupos alinhados...a perder de vista ao longo do Mondego.

Igreja de Nossa Senhora de  Finisterra em  Vila Nova de Anços 
Colossal ruina, alerta povoadores da Galiza na região

« O tombo da visitação da Comenda de Soure de 1508 refere um pardieiro próximo da igreja de Finisterra que em época anterior a 1508 fora celeiro da Ordem »
Sem ainda o saber a ruína e o nome do orago ficou na memoria a desplantar na reforma interesse na investigação historica, o meu intretem entre os netos e a casa rural, que faço com tanta paixão!
Com a minha amiga Lurdes, colega de estudos em Pombal, vestida em traje de rancho em 1978
No auge dos meus 20 anos, a magresa era o meu estar.
Na reforma dediquei-me a investigar o passadod e Ansião. Encontrei ligação a familias nobres vindas de Vila Nova de Anços para a Quinta do Senhor do Bonfim, em Ansião.
A região foi desde sempre aposta a migração interna para ganhar a vida ou a casamento.

Solar dos Cardosos de Albergaria em Degracias, Soure

Onde nasceu no lugar e freguesia de Degracias a 14 de julho de 1827, o  Visconde de Degracias António Augusto Cardoso Amado de Albergaria Vale, teria falecido em 1879?
Excerto retirado de https://www.arqnet.pt/dicionario/degracias1v.html 

Foi Administrador do concelho de Soure.
Era filho de Manuel Cardoso de Albergaria Vale, proprietário, sargento-mor de Ordenanças da vila do Rabaçal, onde exerceu os cargos de almocate e de vereador do concelho, e de sua mulher, D. Tomásia Augusta Amado da Cunha e Vasconcelos.
O visconde de Degracias casou na capela da quinta de Orão, freguesia da Redinha, a 12 de junho de 1850, com D. Maria da Glória de Abreu Amorim Pessoa, filha de Francisco António de Abreu de Amorim Pessoa, proprietário e capitão de Ordenanças, e de sua mulher, D. Maurícia da Câmara Monteiro Lobo Corte Real. 
O título foi concedido por decreto de 23 de julho de 1879 e o brasão de armas por alvará de 2 de fevereiro de 1769, a seu avô Leonardo Cardoso de Azevedo e Vale, capitão-mor de Ordenanças, e bacharel formado na Universidade de Coimbra, nas faculdades de cânones e de filosofia.»

O solar situa-se a poente no fim de Degracias
Alminhas em pedra 
Quis o meu olhar despertar na varanda de avental
Localizei  a sigla dos jesuitas e abaixo será as iniciais do casal que aqui morou em 1680
Os Jesuitas estiveram implantados na região, na Granja, em Santiago da Guarda
A coluna será romana, em Ansião havia iguais...a via romana de Ega por Tapéus, Degracias, Pousadas Vedras e Abiul.  O solar ou esta casa podem estar assentes num habitat romano
                                             

domingo, 14 de janeiro de 2024

Mal-amado Ribeiro da Vide, a sala de visitas a sul de Ansião!

Crónica com resumo publicado em janeiro de 2024 no Jornal Serras de Ansião

Jardim amparo há minha meninice abre em Ano Novo direito à cidadania, a espelho de crítica construtiva. Almejo êxito, à laia da exercida há anos, à oliveira transplantada da Azinhaga, para a Fundação José Saramago, em Lisboa. A receptivo recado de workshop à arte da poda, na câmara do Seixal…Divido a vida entre Almada e Ansião, onde assisto a práticas inadequadas no espaço público. Trabalho iniciado, inacabado, com copas em desequilíbrio a rondar céus, panorama urbano sem arte, atabalhoado, paira desamor!

Excepção, a última poda nas tílias da Avª Sá Carneiro, em Ansião; no mercado poda artística ao arbusto de bagas vermelhas, já outros junto do muro, sem simetria à altura, e demais sem poda. 
Igual postura pela metade, ao Ribeiro da Vide, nos arbustos no parque de merendas e plátanos, a desleixo total as faixas a sul, a ladear o escadatório. 
Ribeiro da Vide
Já tinha enviado a crónica para o jornal no dia 8, quando nessa manhã foram podar artisticamente alguns arbustos das faixas a sul - a desplante o costume, deixando arbustos altos, outros sem poda e ainda os infestantes...porém já se reflecte arte na poda que houve aprendizado, falta chefe para supervisionar o serviço. Já que quem fez a poda não enxerga que o serviço não ficou completo. 
A manutenção deste jardim divide-se entre técnicos camarários, relvados por empresa de fora, e plátanos pela Florestal. A resulto maldizer, anda mal estimado. 

Assertivo concentrar o contrato na Florestal
Pela competência profissional, cuidada e reconhecida, sem telemóvel nas mãos. Expectável alargue horizontes abrindo-se à jardinagem. Acresce o conforto à supervisão, dando fim à falta de brio profissional que se assiste, e é incómodo nesta sala de visitas!

Panorama do Jardim do Ribeiro da Vide   após a poda aos plátanos
Decorreu a tarefa a par de visualização ao meu blogue a crónicas do Ribeiro da Vide. Alguém andou a bisbilhotar ou foi pela crítica no Facebook...

Mal amada a sala de visitas a sul de Ansião
Constatei a vinda a pé do Ribeiro da Vide, de alguém da câmara, com outro indivíduo de caderno na mão, e presumi vieram tratar do orçamento da poda dos plátanos. Porque em dias começou a empreitada pelos sapadores da Florestal .

O que está mal e continua, sem ninguém enxergar ?
A falta de perspicácia e de talento ao que deve e precisa ser feito, como corte  ao excesso de madeira. 
Em crer, quem manda executar não sabe das funções adscritas à tarefa, e quem orçamenta, quiçá não instiga o mandante do que deve ser  feito, ao estar errado desde o inicio só podar os plátanos, a desleixo ao todo do jardim...Só técnicos antigos da Florestal quem de fato sabe de podas, que avivaria sobre o excesso de madeira, ao perigo da altura dos ramos, cujo bom corte produz menos lixo. As motoserras eléctricas com cabo extensível já cortam no seu limite de extensão, da próxima vez como vão ser cortados? Alguém se atreve a subir aos plátanos? Em resumo há toneladas de madeira para cortar há anos e, pelos vistos ainda não vai ser agora. 
Em cidadania, um povo culto é exigente, e claro dispensa gente fútil, que não pensa nem se preocupa com estética e segurança, no Melhor para Ansião.

Em verdade os ramos eram tão grandes que obrigou a despesa extra na chamada de uma grua. 

Não há estudo nem prevenção, só atuam na hora, sem jamais terem equacionado a extraordinária folhagem que entope todos os anos sarjetas, e até o canal do ribeiro, para a Protecção Civil ser chamada a desentupir em chão de maré…E, o baile de folhas pelo Bairro, e a caminho da vila, soprada por técnicos de máquina nas mãos...
Há minha porta o papel de “Almeida” tem sido meu…
Um desatino! 
Há que pôr termo!

Panorama no dia 14.01.2024
Lençois de água...
Sargetas na pista tartan quando deviam ser no relvado,  mais baixo...onde se concentra a água...
Piso sem inclinação para as sarjetas, a água constante faz buracos no entroncamento...
Poda dos plátanos...um horror o tamanho dos ramos, invasão medonha de lenha...
A empreitada da poda decorreu com chuva com a presença da Engª da Florestal, além de outros. 
Ouvi, que as cabeças dos plátanos vão ser cortadas mais tarde, por causa da geada…
Sem delongas, a crítica surtiu efeito. 
Carece ponderação paisagística reconhecer que cada ramo só deve ter um metro de extensão, o suficiente para fazer uma cúpula airosa. 
Assentes em linhas de água, os grossos devem ter corte definitivo. 
O escadatório descarrilado com tanta raiz, prevenção passa por anular algumas, à salvaguarda das pedras. 
Trabalho bem executado, a resulto manutenção anual menos onerosa, satisfatória, sem crítica!
Falta de estetica com a marcação do caminho das Carmelitas na árvore ...
Arvore enorme de copa oval deve ser cortada. O choupo foi cortado, menos mal!
Perspetiva à rotunda à  poda ficando a sul as faixas laterias do escadatório esquecidas ...
Aberração á falta de cuidados com o total do jardim, ao que ficou por podar...
O miradouro da capela perdeu a vista de 180º pelos altos cedros, choupos e demais árvores
Cedros plantados pela tia Maria, a sua estima era fazer vedação, após a sua morte, jamais foram podados…Urge conjugar práticas ao seu abate.
O jardim extrema a sul com a Fábrica da Igreja, antes do Natal foi cortada a relva do adro da capela de Santo António. Sem dizimar um choupo jovem a despontar ao gaveto do muro norte/ nascente, nem poda das árvores...
                 
Fonte funda aquando da primeira restruturação do jardim...
Duas opções: Transferir a fonte para junto do poço, com roda para elevar água potável, pela dificuldade em a restruturar com eficácia, no local. Em pleno séc. XXI, não faz sentido o gasto de verbas públicas em fontanários, abandonados pelo progresso, a título de requalificação do património, sendo contraditória, pelo letreiro água não controlada. As fontes herança romana saciam a sede, inserida num jardim, apanágio maior!
Outra opção:
No local da fonte adaptar uma cupula a jus de Fonte de Mergulho. Dadas as perdidas no concelho e ainda vivas nos concelhos limitrofes. 
A exemplo a ultima que distingui na aldeia do Espirito Santo, em Soure. A seguir o Casal do Rei, onde segundo a tradição passou o rei D.Afonso Henriques, vindo de Ega, a caminho de Soure. O que palpita dizer antes foi via romana, por isso a fonte de mergulho.
Pese as palavras de um técnico
Já aqui esteve um senhor da camara a dar indicações do que devia ser feito…
Técnicos meros atores, sem cabal conhecimento das funções públicas adstritas, cegos, sem capacidade de reflexão ao meio que os rodeia (só atuam no interesse próprio, em dias foram tapados (mal) dois buracos junto do Palácio da Justiça, e deixado metros acima, outro há mais de um ano, mas ali não passa nenhum vereador). Sobretudo há falta de chefias competentes, denotam nada saber do oficio nem saiem do gabinete para no terrenio supervisionar. O que é minimamente exiguido, dar atenção aos tecnicos, chamar a atenção para falhas , atuando ao incentivar praticas assertivas.

Faixa nascente com buraco na entrada do entroncamento es em poda
O mesmo desprezo na faixa a poente...
No dia 8 de janeiro de 2024 vieram de  novo e fizeram serviço pela metade...
Poda de alguns arbustos artisticamente deixando demais e os infestantes...
Ficou um arbusto enorme junto do muro
Mas, lá diz o ditado “quem nasce torto tarde ou nunca se indireta”
Sina do baldio roteado do quelho dos Limões, ao Bairro de Santo António. 
No meu tempo foi palco da feira do gado quinzenal e acampamento cigano. 
Três requalificações de parco êxito, pelas lacunas; soterrados quatro degraus do escadatório, a fonte perdeu identidade, funda, e o poço da nascente tapado de terra, sendo fechado por lajes, se achará entre o plátano e a árvore de cúpula oval, a sua fortaleza. 
Árvores a mudar de poiso, como dizimar arbustos de plumas infestantes e um choupo jovem. Outrora juncal recebeu um passeio e largo entroncamento para a Travessa do Bairro…

Travessa do Bairro
Toponímia a descalabro cultural
Numa rua, e jamais travessa, com mais de 300 anos…Onde passou Cosme de Médicis, em 1669, com o artista Pier Baldi, que imortalizou Ansião, em aguarela.
Pedestal com sinalização para a rota Carmelita...

Capacidade de engrandecer o jardim exalta projeto de excelência a privilegiar dinâmica ao seu todo 

Tópicos a discussão: remodelar o entroncamento para o Bairro no acesso ao adro, para parque de estacionamento.

Progresso a dinamizar visão futurista no aplauso à parceria com a Igreja. 

Piso plano e marcado, a servidão de eventos culturais. 

Remoção de infraestruturas obsoletas

Excelência ao associativismo

Implantação da Confraria de Ansião, a poente da capela, com bar no r/c, ao serviço da comunidade e do jardim. Ou em formato de L ao reaproveitar o canto a norte, removendo árvores e terra. Ou não, e o canto em anfiteatro.

 Mural do adro a nascente agraciado com arte urbana

A sul da fonte, anular o passeio para parque de estacionamento, passa o corredor entre a fonte e o escadatório, e ao gaveto do muro do adro rampa de acesso ao mesmo. 

Local onde deve nascer a rampa ao adro

Exalta substituição o painel metálico do jardim por pedestal em pedra. Regenerar o parque de geriatria, ao incluir aparelhos para crianças. Pobre sala de visitas sem escultura, tão esquecida, a balanço de três, na Serra da Portela…Abraço portas abertas, janelas de avental, balcões e bancos namoradeiros, com reutilização de cantaria ruinal, a fatal engrandecimento, camélias, e outras flores a chamar público!

Urge retificar sinalética; a placa da Rua Dr. Domingos Botelho de Queirós junto da rotunda indica sul, o certo é indicar norte. A vaidade fomentou roubo há anos da placa toponímica à laia de tampo de mesa, da Rua Cidade de Santos, a ser recolocada, a jus às demais. Colocar no seu lastro placar elétrico, para anúncio de eventos culturais, e ajuda a caminheiros perdidos…

Falta placa sinalética para a Santa Casa da Misericórdia

Ribeiro da Vide a nascente, a céu aberto onde recebe a foz do Ribeiro do Cimo da Rua 
Arvore em pleno leito do ribeiro por dizimar...
Deve haver curriculo para ribeiros encanados, para não serem postos à venda sem o comprador saber do que se trata...
Encanamento do ribeiro do Cimo da Rua

A creche da Misericórdia de Ansião exibe todos os anos no jardim um idílico reino mágico, a sonho da criançada, atrativo ao Natal. Mestria e sapiência das educadoras e auxiliares, que o idealizam em trabalho de equipa. Debalde, poucos o visitam, nem pais levam os filhos a desfrutar de tão grande cenário, por falta de conhecimento. Excelso esmero e afeto ao propósito dinamizador de mais um polo a enfoque do Natal, em Ansião!

Devia ser aposta futura no jardim do Ribeiro da Vide, pela maior centralidade!

Fechar ao apelo da tradição no acerto da toponímia na longa Rua do Ribeiro da Vide, a ser dividida; Rua da Atafona e Rua do Pinhal Terreiro. 
Pelo estrangular da rotunda da Rua Dr. Domingos Botelho de Queiroz, dita para sul agraciar o Prof José Afonso Lucas Lopes, no justo dever cívico honrar o mérito social oferecido a Ansião onde foi caminheiro e cuidador no segundo Hospital da Misericórdia. 
Sem desculpa ao empecilho burocrático de mudar moradas!

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