Ao Pragal, a Quinta do Olho de Vidro ao ser urbanizada ficou conhecida como Bairro do Matadouro, porque no seu términos a norte, foi aqui feito pela câmara nos anos 60(?) o Matadouro Municipal. Caricatamente não foi contemplada esta denominação da antiga quinta em nenhuma rua do Bairro, que o devia para que perdurasse na tradição da oralidade, apenas encontrei um nome de um antifascista Alberto Araújo; Praceta do Magriço e de Paulo da Gama; Praça 25 de abril, R. Lusíadas; Vasco da Gama, Tágides e,...esta quinta tinha a casa de frontaria para a Estrada do Casquilho, extremava a nascente com a quinta do Bocelinho onde foi implantado o Hospital Garcia de Orta e a Pousada da Juventude .
Ainda existem resquícios dos alicerces da casa e da sua entrada na extrema onde existe uma figueira.
Ainda existem resquícios dos alicerces da casa e da sua entrada na extrema onde existe uma figueira.
Em cima alicerce da casa e na frente para sul um corredor amparado por muro com a estrada do Casquilho, reaproveitado para o passadiço que na verdade não faz sentido aqui existir.Se na extrema da quinta do Olho de vidro que se encontra semi alcatroada foi reaberta até ao cimo para passagem de carros e ao lado passeio para passagem pedonal com a ribanceira devidamente ajardinada e outros canteiros em cima que se mostram em abandono.
O meu marido naquele que foi o corredor da frontaria da casa
Bairro em sítio altaneiro abençoado de vistas deslumbrantes no seu tardoz para o Tejo e Lisboa e pela frente para o Mar da Palha e Arrábida.
No terreiro onde se estaciona ainda me recordo da ruína da casa que foi da quinta de Santo António da Bela Vista.
A Estrada do Casquilho por ser estreita entre quintas de altos muros há anos foi delineada uma nova variante a norte chamada Rua dos Três Vales, cujo entroncamento foi deixado ao abandono sem qualquer ordenamento, tão pouco passeios, convivendo há poucos anos com uma escola no local, merece rápida intervenção com uma rotunda e passeios.
Aqui existem passeios ( ou opistas para bicicletas?) em alcatrão passíveis de utilização porque cortaram a erva, mas acaba abruptamente...e depois tem de se seguir pela estrada.Rua dos Três Vales que tem mais aspeto de avenida...
Escola, só existe passeio uns metros na frontaria, sendo que no sentido inverso não há passeio, felizmente foi cortada a erva que era altíssima.Um caixote do lixo mal colocado na via e a existência de sinal de passagem estreita, quando aqui o que não falta é terreno para a via ser larga como o é mais acima...
Frases do 25 de abril...o povo jamais será vencido, passados mais de 40 anos é tempo de mudar de atitude e mostrar serviço...
No espaço que deveria ser uma rotunda mostra-se assim uma parovela larga sem utilidade.
A Rua Lusíadas, não entendo a razão deste nome(?) integra o casario dentro do muro delimitador do Bairro e a estrada do Valdeão.
Por aqui foi no passado um bairro de lata após o 25 de abril onde viveu miscelânea de gente e de culturas que depois daqui partiu para outros locais ao ser integrada. Porque razão não foi chamada Rua de Palença? Ou do Valdeão?
A antiga Quinta do Olho de Vidro ainda resistem videiras do tempo que teve uma grande vinha.A Rua Lusíadas, não entendo a razão deste nome(?) integra o casario dentro do muro delimitador do Bairro e a estrada do Valdeão.
Por aqui foi no passado um bairro de lata após o 25 de abril onde viveu miscelânea de gente e de culturas que depois daqui partiu para outros locais ao ser integrada. Porque razão não foi chamada Rua de Palença? Ou do Valdeão?
O Bairro tem um edifício de apoio à Comissão de Moradores do Bairro do Matadouro, desconheço as suas atividades, mas entranhando pelo Bairro e suas imediações fácil perceber que nada aqui se faz há imenso tempo, e devia!
No antigo matadouro municipal funcionam agora as Oficinas gerais dos SMAS
A proteção civil de Almada
Pela frente não sei o nome atual da quinta, supostamente foi outrora parte integrante da quinta de Palença de Cima um dos locais onde teria morado o cronista Fernão Mendes Pinto, "na sua vila de Palença", uma casa que ainda existe no alto do fraguedo que termina com o miradouro do Rangel, supostamente nos séculos seguintes foi sendo o seu nome primitivo alvo de mudança (?) e hoje conhecida por quinta de Penajóia (?) e ainda outras quintas que surgiram nas imediações do Vadeão como a quinta da Malquefarte e,...
Quinta de Palença de Cima ou do Penajóia (?)
Falando de Fernão Mendes Pinto, concretamente não se sabe onde teria vivido mais tempo e escrito a Peregrinação, aventa-se esta quinta de Palença, outra a norte da quinta do Raposo( hoje bairro social amarelo) onde ainda existe a ruína da entrada em redondo a imitar um moinho da quinta de Monte Alvão, ao fundo do fraguedo a poente a quinta de S.Lourenço e ainda na Sobreda a quinta de Vale Roseiral.
Quinta de Palença de Cima ou do Penajóia (?)
Falando de Fernão Mendes Pinto, concretamente não se sabe onde teria vivido mais tempo e escrito a Peregrinação, aventa-se esta quinta de Palença, outra a norte da quinta do Raposo( hoje bairro social amarelo) onde ainda existe a ruína da entrada em redondo a imitar um moinho da quinta de Monte Alvão, ao fundo do fraguedo a poente a quinta de S.Lourenço e ainda na Sobreda a quinta de Vale Roseiral.
Ao longe o Hospital Garcia de Orta que tem ligação por estrada ao Valdeão, onde muitos dos visitantes aqui estacionam no terreiro dos vendedores e compradores do Mercado Abastecedor.
ETAR do Valdeão está em obras de reabilitação, em exploração pelos SMAS de Almada desde 1996, foi concebida e construída pelo IGAPHE para o tratamento dos efluentes hospitalares e de parte do Bairro do Matadouro.
A potente máquina de lagartas, supostamente andou nas obras da ETAR, deveria inverter marcha e limpar o vale até ao Tejo...
Ao meio da estrada uma estrutura em ferro e na berma outras
No caricato uma boca de saneamento sem tampa sinalizada com um sinal de plástico branco ...
O alcatrão acaba por aqui em vasto largo que tem sido aproveitado para
deixar entulhos de obras. Cenário arrepiante em pleno século XXI às
portas da cidade de Almada.
Daqui a poente, no alto da arriba se avista a Casa da Juventude com uma vista deslumbrante sobre o Tejo e Lisboa, toda em vidraças.
Termina a estrada alcatroada para dar começo a uma azinhaga que nos primeiros metros foi coberta por cimento muito irregular que até faz doer os pés, e continua o caminho em argila cujos socalcos rompidos pelas águas das chuva foram atulhados de escombros de obras, ladeado por canaviais e um riacho.
Incrível é constatar que a ETAR
depois da saída da central só tem 3 caixas de saneamento que seguem a direção diagonal para a esquerda na direção de um riacho, que é extremamente profundo, e aqui será o seu começo(?)
e que foi usado para receber as águas residuais da ETAR que nele vão escoar
diretamente a céu aberto, que na verdade só se houve o
burburinho das águas em descida apressada até ao Tejo, no ar sentia-se
um intenso mau cheiro a esgoto, e no piorio toda a paisagem entupida por entulhos de
obras com restos de sanitários, azulejos, ladrilhos, tijolos, enfim, entulhos deitados fora ao longo da margem do riacho e da arriba...
Um sem fim de canas...Estando em obras de requalificação a ETAR, o SMAS que detém a sua exploração deve quanto antes alterar a continuidade do esgoto a céu aberto, encanando-o, até ao rio como deve ser feito, que outras câmaras na margem norte já assim procederam, e melhorar substancialmente o cheiro das águas residuais. Por outro lado a câmara deve fiscalizar e multar os infratores. Tem de haver estaleiros para receber os escombros de obras.E claro o vale deve ser limpo para poder ser visitado e para quem quiser usufruir da praia de Palença.
Pinheiros na arriba da Casa da Juventude
Aqui já se avista o Tejo e Lisboa
O riacho quase na foz no Tejo de águas turvas...
Aqui houve um fortim do tempo de D João III que se manteve artilhado até ao tempo de D.Miguel 1830(?) tendo sido reaproveitado para se fazer a fábrica de cerâmica - PALENÇA, fabricava tijolo e telhas, sendo que o final do riacho foi encanado com tijolo cerâmico, o que pode esclarecer a sua existência antiga como regateira que se forma na altura das chuvas, da qual a fábrica aproveitou a sua cama para fazer escoar resíduos de águas sujas da fábrica (?).
Foz do Valdeão, o riacho da ETAR do Hospital Garcia de Orta e de parte do Bairro do Matadouro...larga as águas residuais diretamente no Tejo...não gostei!
Os lugares que indica na sua maioria não são onde os aponta. Melhor verificar na vasta bibliografia ou no arquivo, fazendo uma pesquisa vai conseguir melhorar a sua descrição. É um comentário construtivo. Obrigada
ResponderExcluirCaro anónimo agradeço a cortesia da visita e da critica construtiva. Porém, a cronica foi feita a partir de um passeio a pé, e do que captei . Para mais tarde me entreter a rever. Até me admiro como fixo tanta informação, sem tomar nota. Claro que não é nenhuma investigação, os nomes a não estarem na maioria corretos, como diz, o que estranho, a culpa será camarária ao não ter sinalética devida , porque ao perguntar foi o que me responderam. De fato pesquisando melhoraria a crónica, porém, apesar de viver em Almada e de me ter interessado em mais conhecer o que foi o seu passado, quando passei à reforma , foi uma luta no aprendizado da escrita, habituada pela via profissional a emitir pareceres tecnicos a contar caracteres. De fato gostei e acabei por me decidir a investigar sobre a minha terra de adoção - Ansião, e tenho atingido bons resultados que publico mensalmente.Por falta de tempo, pois já levo 65 anos e 4 netos que ajudo de vez em quando a criar, já não me sobra tempo para fazer todas as Coisas que Gosto, por isso peço desculpa de não alterar os nomes errados, mas, acaso os queira em agrado fornecer, alterarei, e muito fico agradecida pelo empenho. Grata.
ResponderExcluirIsabel
Trabalho notável o seu. De grande qualidade e de grande utilidade. Parabéns!
ResponderExcluirCaro José Luís Covita, bem haja pela cortesia da visita e pelo elogio. São cronicas sobre as antigas quintas de Almada, quando iniciei a reforma, que de fato me deram muito gozo fazer.
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