sábado, 10 de setembro de 2016

Casa Museu dos Fósseis na Granja em Santiago da Guarda

A Granja em Santiago da Guarda oferece ao visitante belas paisagens de pequenos outeiros ou cumeadas, guardadores de fósseis marinhos, ainda hoje se mostra fértil em área demarcada abrangendo o Rabaçal, graças à  qualidade argilosa e calcária que os protegeu nos milhões de anos . 
Outeiros, cumeadas e muros de pedra seca
A Granja foi sede da Vintena da Cabeça de Façalamim com a sua pequena igreja, a matriz de Santiago da Guarda, hoje Capela de orago a Nossa Senhora da Orada.
Desse tempo resta a ruína do que foi o Paço dos Jesuítas com o seu Seminário, casario dos serviçais, a lembrança da Forca e a Casa da Roda.
 
Publicado no Jornal Luz Boletim Interparoquial  da Paroquia de Santiago da Guarda, segundo testemunho do Padre Armando Duarte «Com a abolição da paroquia de Nossa Senhora da Orada, o seu território não foi totalmente integrado em Santiago da Guarda . O Outeiro, que lhe pertencia, ali ao lado foi integrado no Alvorge.»
 
A nova centralidade com uma nova igreja matriz  instalou-se a sul no coração de Santiago da Guarda, perto do que foi o Paço dos Condes de Castelo Melhor,  junto da torre medieval, onde foi descoberta  uma vilae  romana.
 
Uma bela flor em vermelho quente a dar as boas vindas à Granja
O meu conhecimento primário com  fósseis
Ao Ribeiro da Vide, em Ansião, no muro da casa de Fernando Luís, julgo natural do Vale Perneto ou das imediações, para ali foi morado depois de casar com a Tina Parolo, os trazia quando andava caçadas - uma concha enorme e um aglomerado de calhaus rolados em arenito amarelo torrado, e depois na escola designados  "pudim" e os toscos "brecha" como a que existe na serra da Arrábida, proibida a exploração. Em adolescente no quintal dos meus pais no Bairro de Santo António encontrei uma pedra branca com um caracol esculpido, uma amonite e um pendente em calcário, com orifício, feito pelo homem, o único que ainda guardo... recordo o meu pai ter trazido do Vale da Avessada um fóssil de uma grande concha, com mais de um quilo... anos mais tarde a minha irmã sabendo do meu gosto por pedras, fósseis e velharias quis presentear-me com uma nova visão das coisas que eu gosto e levou-me ao Rabaçal, a uma casa secular cheia de coisas antigas e de fósseis jamais vistos e ainda pedras da região esculpidas pelo homem e outras pela erosão com aspeto gracioso, como um cordeiro que ostentava no seu jardim. Por fim a visita em Torre de Moncorvo, ao Espaço Museológico da Fotografia do Douro  Superior , do meu amigo o Prof Arnaldo Duarte da Silva, onde há semelhança da casa no Rabaçal encontrei os mesmos artefactos do neolítico produzidos pela mão do homem, pénis em pedra, embora no Rabaçal a escultura fosse completa .

Casa Museu dos Fósseis na Granja  
 A primitiva casa em pedra foto do Sr Padre Manuel Ventura Pinho
Teria sido o palco da Casa da Câmara, de sobrado com janelas de avental muito semelhante à da Sarzedela e à da Cabeça do Bairro, em Ansião, que ainda conheci.

Acompanhei as obras de reabilitação  que foram longas

                                     

 

                                          
                
 
Há muitos anos que ouvia falar dos fósseis em Santiago da Guarda.Nos últimos anos por duas vezes me desloquei ao local, mas a casa estava sempre fechada, tive sorte no dia 15 de agosto de 2016  estar aberta onde encontrei um colega de profissão, reformado, no papel de cicerone.Neste dia especial aberta pela carolice de alguns e do Sr Padre o ter publicitado na missa. O meu dia de sorte.
Segundo o Sr Padre Armando Duarte « A casa-museu não abre quando a padre faz “um anúncio na Missa”. A paróquia não tem meios para mantê-la aberta. Seria muito bom que o assunto fosse pensado a um nível mais oficial, mas pessoalmente a minha intervenção terminou, pois há muito que aqui não estou.Mas, o espaço do Conde Castelo Melhor, em Santiago da Guarda, acompanha a visita a quem pretenda.»
Casa Museu dos Fósseis
Segundo fonte o Jornal Serras de Ansião «A Casa Museu foi adquirida pela Paróquia de Santiago da Guarda, a sua recuperação foi ao abrigo de projecto Lider + da Associação de desenvolvimento "Terras de Sicó", com apoio da CM de Ansião e da JF de Santiago da Guarda, segundo o seu mentor o Padre Armando Duarte um investimento de 80 mil euros custeado por essas entidades.»

A Casa-Museu de arquitectura do séc XVII, preservada com a finalidade em potenciar a pré-história da região da recolha de espólio paleontológico para expor a coleção que se encontra patente.
Preservada a cozinha tradicional e o quarto, em representação das artes e ofícios da terra.
Bom aproveitamento dos absides de concavidade, as chamadas prateleiras em pedra escavadas nas paredes, de muito uso na região, pela falta de móveis e aqui de novo na função para expor coleções. Valioso espólio paleontológico, julgo na totalidade (?)encontrado pelo Padre Armando Olívio Duarte, homem nascido no concelho de Ansião, na Constantina, quando foi pároco em Santiago da Guarda.
A Casa inaugurada em 2007 deve-se  à sua iniciativa cultural, espírito e vocação arqueológica e histórica, mas também pelo prazer da partilha ao mundo de tão vasta mostra fóssil da região com cerca de 150 milhões de anos, tendo sido apoiado pelo Centro de Juventude de Santiago da Guarda, o que me foi transmitido pelo colega João Santos.

Excerto do Jornal informativo da Diocese de Coimbra de 5.6.2007« No dia da inauguração o Padre Armando Duarte considerou que os fósseis "são um convite a descobrir não apenas a beleza da criação, mas, ao mesmo tempo, também, a grande dignidade da natureza humana" realçando que a recuperação e valorização destes vestígios conduzem à descoberta de "um sentido mais belo para a nossa existência". Referiu ainda que esta obra, a Casa-Museu de Fósseis de Sicó, "se insere no plano da nossa diocese", nomeadamente no capítulo do "diálogo da fé com a cultura", que segundo o documento tinha como objectivo: "estimular os cristãos a assumirem, de acordo com as capacidades e talentos, as suas responsabilidades nos meios da cultura, da informação e da acção social como contributo importante para a construção do reino de Deus.

Já D. Albino Cleto, afirmou-se alegre com a inauguração desta obra "porque sendo uma actividade cultural, mostra que a Igreja está atenta, não apenas esteve, mas continua a estar a tudo aquilo que é valor humano".
De referir que no futuro se espera que esta Casa/ Museu de Fósseis proporcione a oportunidade de estudos científicos para melhor identificação e catalogação dos fósseis expostos.» 

Mostra fóssil
Boa recuperação das paredes em pedra da casa com dois belos cadeirões, não sei de onde os trouxeram, supostamente do solar do Visconde da Várzea (?)...
 Cozinha recuperada com a lareira e o forno
 A lareira

Os utensílios da época que tem sido recolhidos e outros oferecidos
 O banco que servia para assento e para guardar a loiça
Quarto 
Com a mesa para escrever e ler, não falta o penico, o lavatório, o cabide com as saias que mal se chegava da missa se tiravam e deixavam penduradas para o domingo seguinte, o mesmo do lenço da cabeça,  lençóis alvos de linho com  bainhas abertas, toalha com bordado Rechilieu, não falta a manta de trapos tecida no tear, o terço, os quadros com os Santinhos...debalde houve  fotos que ficaram mal...

 Tapetes de trapos, uma obra de arte, ainda viva na região, a trapologia
O oratório sempre presente nas casas
Uma sala cheia de fósseis
Foto  tirada da janela da Casa dos Fósseis 
Onde se destaca  a Casa da Roda do lado esquerdo, a casa mais baixa  com a janela pequena onde se deixavam as crianças...
A  coleção fóssil
A que conheci primeiro em casa particular no Rabaçal, muito mais pequena mas com belos exemplos pontiagudos como se fossem agulhas de fiar o linho, em antítese aqui pequenos, para distinguir na coleção da Casa-Museu, a sua grande escala fóssil  e de conchas a encher o olhar...em prol da coleção do Rabaçal, angariada em mulher pastora, de idade e parca instrução, mas de soberbo olhar peculiar para ter angariado tamanha panóplia fóssil, jamais assim vista  e pedras esculpidas pelo homem e pela erosão.De tal forma impressionante que o Director do Museu Rabaçal , segundo me confidenciou, todos os meses se dirigia a sua casa para conhecer as últimas aquisições...Esta coleção que hoje não sei se existe,  a senhora era do Alvorge, entretanto faleceu, desconhecendo o destino que lhe foi dado...sem dúvida era uma grande riqueza do passado pré histórico nesta região, espero não se tenha perdido!

Deixei a Granja emocionalmente feliz com conversa que nunca mais acabava com o colega João Santos, genro da vereadora da cultura da Câmara de Ansião, a Dra Célia, tanta cumplicidade sentida das coisas do Banco vividas , das pedras e fosseis abundantes por aqui e, claro das gentes. Com 77 anos, parece ter 60, colega no Sotto Mayor de Pombal, não nos conhecíamos pessoalmente,  um jovem de aspeto, abençoado de conversa escorreita , fluidez no raciocínio, boa memória das gentes da nossa terra, uma enciclopédia viva, aqui no papel de cuidador da Casa Museu, recuperando objetos doados com outros bons amigos que partilham ainda o papel de Cicerone, só desta forma a Casa pode receber visitantes, e na Granja assisti neste dia 15 feriado de 2016, o dia com mais festas no País, a um movimento abismal.
Estão de parabéns, só gente da terra é que se empenha para o seu progresso, sendo que a ajuda primeira foi do Padre Armando que não sendo daqui é do concelho.
O meu bem haja a todos e continuem a preservar um património de todos nós e do concelho. 
Deixei a Granja olhando os moinhos no Outeiro
 Um fim de tarde maravilhoso num sítio que já conhecia, mas que sempre me encanta.


Há que investir na estrada da Várzea de acesso à Granja, na berma direita forma-se o leito de um ribeiro que só corre de inverno e passa despercebido a quem não conhece o local, pelo  que pode eventualmente despistar-se, por isso deveria a berma ter uma proteção em ferro ou em alternativa ser tapado o ribeiro.Sendo  necessário a criação de estacionamento.

Fontes
http://correiodecoimbra.blogspot.pt/2007/06/foi-inaugurada-casa-museu-de-fsseis-de.html
Comentário do Dr Armando Duarte
Jornal Serras de Ansião

6 comentários:

  1. Caro Unknown a entrada é grátis. Só que nem sempre está aberto. Pelo que me pareceu o Sr. Padre faz anúncio na missa para os dias que está aberto. Um grupo de veteranos é que faz de cicerone. Entre em contato com a paróquia para saber da abertura.
    cumpts
    Isa

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  2. Boa tarde!
    Verifico que retirou o meu comentário, embora tenha modificado o texto. Não estaria mal manter as afirmações de D. Albino Cleto, que demonstram a importância deste empreendimento, que mereceu ao Bispo da Diocese uma excelente apreciação. O problema está quando lhe acrescentou comentário pessoal, completamente desligado do tema em causa, desvirtuando a riqueza das suas afirmações. A história não se apaga, nem se inventa! Desculpe a observação.
    Mas vou aproveitar para outro comentário:
    Primeiramente, com a abolição da paróquia da Senhora da Orada, o seu território não foi completamente integrado no de São Tiago da Guarda. O Outeiro, mesmo ao lado, que lhe pertencia, foi integrado na paróquia do Alvorge. Aproveito para informar que isso já está publicado. No jornal Luz - Boletim Interparoquial, da paróquia de S. Tiago da Guarda, iniciei a publicação regular de vários documentos, com o título "Conheça a sua terra" e que, mais tarde , teve e tem continuidade com um trabalho muito mais profundo e alargado, da responsabilidade do Dr. Manuel Augusto Dias. Não só esta informação aí está publicada, como também não permite que se afirme o que refere quase no início do seu texto: "Esta centralidade mais tarde mudou-se para sul para Santiago da Guarda, perto do que foi o Paço dos Condes de Castelo Melhor, junto da torre medieval, onde foi descoberta uma vilae romana". São duas coisas distintas. Se investigar, verificará que as duas paróquias coexistiram: uma, ligada ao Colégio do Espírito Santo de Évora, e outra, ao mosteiro do Lorvão, na altura também com ligação a Abiúl. Isto, durante algum tempo, embora eu esteja a citar de cor. Por isso, só se poderá entender o texto que escreveu, apenas porque grande parte do território passou a pertencer a S. Tiago da Guarda. Só que a Senhora de Orada deixou de existir como paróquia. Como tal, desaparece como entidade, e a continuidade será em S. Tiago, em grande parte, e no Alvorge, com uma aldeia.
    Os melhores cumprimentos
    Armando Duarte

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  3. Boa tarde Sr Padre Armando Duarte! Aqui no papel de aprendiz e de boa educação pelo que acedi integrar o excerto em falta, se lhe é querido, a mim não não me custou em nada. A cronica no blog foi única e exclusivamente o retrato da minha última visita à Granja, do que despertou ao meu olhar para falar sem aprofundar o que foram as suas paroquias no tempo, temática especifica e aqui descontextualizada. Apenas quis dizer o que escrevi, a primeira matriz foi ali na Orada e mais tarde mudou-se para Santiago da Guarda.E chega.Curioso é falar do Dr Manuel Augusto Dias, se calhar foi colega no seminário(?) cujos livros apresentam grandes lacunas, erros e omissões, e para historiador medalhado é no mínimo estranho e desolador constactar...Só não enxerga quem não quer ver.Relembrar o que ele escreveu sobre o orago de S João da Quinta das Lagoas, quando o é NS da Boa Morte, sobre o hospital de Ansião como se fosse o primeiro e foi o segundo,o livro da Confraria da sua terra- o que ele se esqueceu de correlacionar...ficamos por aqui, porque há mais. Somos todos diferentes, todos erramos, e escrever sobre o passado não é fácil, pelo rigor que se impõe, mas eu sou autodidata e muito incomodo, não só a ele como a outros distintos em história, o que é notável. Despeço-me o prefaciando- A história não se apaga, nem se inventa! Slogan antigo, que faz parte da minha missão a levantar o passado de Ansião, alegadamente tenha aos demais passado despercebido por falta de cuidado, investigação e talento, e não estou a ser vaidosa, é um facto que me orgulha para em deixa final dizer - se os ditos doutos podem publicar com erros porque razão eu não posso, não somos todos iguais? Lamento o desabafo,até porque não o conheço, e ainda assim falei de si e do seu mérito e podia nada ter dito, devia pensar nisso, não é qualquer um que valoriza o outro,e ainda mais não o conhecendo é divino.
    Melhores cumprimentos
    Isabel

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    Respostas
    1. Boa noite!
      Procurei ajudar, repondo com algumas informações do que investiguei. Mas reconheço que esta forma de intervir não será a mais adequada, pelo que não irei dar-lhe continuidade. Sobre o Dr. Manuel Augusto Dias não irei também fazer qualquer comentário. No que me diz respeito, não procuro elogios, pois são descabidos. Cada um procure assumir o seu dever de cidadania, participar, dar o melhor de si, sem procurar outra recompensa, para além da consciência do dever cumprido; quanto a críticas, se justas, são bem-vindas. Mas deve enaltecer-se sempre o cuidado de sermos objectivos e respeitadores, para com as pessoas e as instituições. Creio ser esse o seu desejo que, uma vez mais, quero sublinhar. Mas, para falarmos das pessoas e instituições, ou as conhecemos bem, ou estamos bem documentados. E porque falou várias vezes de mim, nunca fui inacessível, aliás sou um homem da comunicação, e o que se exigia é que falasse comigo, para não cair no ridículo (a palavra é sua!) de dizer coisas, que eu classifiquei mais suavemente de caricato! Além disso, dou-me conta que só hoje soube que se chama Isabel! Com certeza que também eu podia ter feito algum esforço para ter esse conhecimento mais cedo. E por aqui me fico, enaltecendo o seu contributo positivo de valorizar o património, a beleza, os valores e a riqueza das nossas gentes. Já percebi por onde passa a sua missão, e resta-me incentivá-la a dar-lhe continuidade, pois ficaremos todos mais enriquecidos.
      Os melhores cumprimentos
      Armando Duarte

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  4. Caro Sr Padre Armando Duarte, agradeço as suas partilhas de sabedoria que usei, como agradeço sempre outras que chegam de outros. A partilha de cultura é sempre o mais importante.De facto como bem diz aqui não é forma de trocar ideias e de se intervir, por ser desadequada, após rectificar anulei os comentários. Tem-me chegado novos amigos com informação, procurando meios para o fazer, mesmo não sendo amigos no face.Menciona que falei várias vezes de si, nesta e tenha sido numa crónica da Constantina, onde interviu primeiro, em rascunho, não me recordo de mais.Se o fiz pelo carinho que nutro pelas gentes da terra, e dos seus valores, mesmo não as conhecendo, as enalteço, para o povo delas não se esquecer. Destaco-me a partilhar o básico em cultura, quase desconhecido e o oOuvi do Sr. pres. da câmara e seus vereadores e de outros. O ano passado chamou-me para informar a pretensa de me darem uma medalha pelo contributo cultural que vinha a prestar a Ansião, perguntei se era habitual, foi-me dito que o Dr Manuel Dias tinha recebido em 2008 ,perguntei sobre o Sr Padre Coutinho , disse que não. Respondi, enquanto ele não receber uma medalha eu não aceitava nenhuma.Porque o Padre Coutinho com os seus defeitos e virtudes, igual a qualquer mortal, foi o pioneiro a levantar o passado de Ansião, e até hoje sem ter recebido o mérito que o seu livro de 86 bem merece, pilar basilar para qualquer investigação.A medalha acabou no Dr Manuel Dias, pese a extensa literatura editada com base na transcrição documental que lhe tem facilitado na câmara, e outros, confiando. Debalde se alguém quiser algum documento do arquivo municipal tem de lá ir e procurar, porque nada mais sai além de nada digitalizarem, o que negativo para mais se avançar. Em resumo, as condições favoráveis dadas ao Dr Manuel Dias, não são as mesmas a outros que queiram investigar.A minha grande mágoa em relação ao Dr Manuel Dias é que ele aproveitou o pouco que eu tinha escrito e as fotos da capela de Santo António que usou no livro, as tomando como da sua autoria, negligenciando as fontes. Por fim quero agradecer-lhe os ensinamentos, foram úteis, reconheço tenho vindo a melhorar, a cronica tem 4 anos, e nesse hiato, esforcei-me. Sobre a transcrição da frase que classificou suavemente de caricato - foi proferida por pessoa de Santiago, tenha sido a suposta imagem carinhosa imbuída pela paixão a que tanto se dedicou para na minha ingenuidade a ter destacado em ênfase, senão evocar a paixão pela descoberta de fósseis, de mais alcançar do passado pré histórico, porque do mesmo modo me igualo a recordar a 1º vez que fui à Granja ao me meter em cenas ridículas, no interesse de mais achar, de modo algum ofuscar a sua dignidade no estatuto primordial que tem e bem merece. Por isso se alguma coisa disse que o desagradou aceite respeitosamente sinceras desculpas. Estarei sempre aberta a críticas construtivas, como foram as suas, e de outros que sabem mais do que eu, são sempre bem vindas. Por fim o lamento deste inicio de diálogo, na nossa vida, não ter sido de excelência, ainda assim de mérito e frutifico, assim o entendi , para deixar a porta aberta ao futuro para manter troca de ideias das coisas da nossa terra, pese não saber onde está. O desafio que lhe deixo.Obrigado por perceber por onde passa a minha missão.
    Respeitosos cumprimentos
    Isabel

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