Tomei conhecimento pelo Facebook com Henrique Dias a 15 de janeiro, a propósito do Foral de Maças de D. Maria que vai celebrar os 500 anos a 12 de Novembro, em que abordou se deveriam esperar iniciativas . Seguiu-se o Rafael Henriques também em abordar a temática, no mesmo intuito a sua divulgação. Amigos. Acresce um outro Raul Manuel Coelho do Avelar.
Sinto nestes bons amigos o amor pelas raízes, pela história, património e suas gentes pela sapiência a compilar árvores genealógicas, e tantos outros saberes destas terras de Maciço de Sicó. No querer saber mais do vale aquífero do Nabão, das dolinas cársicas vulgo lagoas, dos muros de pedra seca, das oliveiras milenares, dos troços da via romana, da arquitectura tradicional com balcões e alpendres, dos parreirais, das flores campestres; oregãos e tomilhos de cheiro intenso na primavera que o povo chama erva de Santa Maria, do cardo para o queijo e dos lírios, peonias, vulgo cucas, rosmaninho, esteva e alecrim que vestem as nossas serras pela Páscoa . Sempre com incursões culturais às tradições do concelho de Ansião e das antigas Cinco Vilas que tanto amamos. Homens sábios, nutridos de humildade com gosto pela partilha, senhores que muito admiro e estimo e me honram na amizade!
Apogeu a celebração de 500 anos da atribuição de Cartas de Foral às Cinco Vilas
Estranhei em tempo não ver nada que me chamasse à atenção de cariz semelhante por parte da vereadora do Pelouro da Cultura de Ansião, nem anúncio na sua página de Facebook. Apesar de saber que a Câmara colocou convites no Facebook, não sendo amiga da página, nem vi o Ansião TV...Folhetos e cartazes mencionavam que o responsável por estas comemorações é um filho da terra, no verso diz: " Para coordenar este programa está o nosso conterrâneo e historiador M.A.D que através de várias iniciativas dará a conhecer aos cidadãos..." Não me dei conta, porque a minha habitação permanente não é em Ansião, só a secundária. Como sou educada, peço desculpas se alguém se sentir incomodado!
Pelos vistos o evento muito publicitado no entanto me pareceu de brilho baço, e não foi por ter sido palco ocorrido ao meio da semana, com presenteio de chuva e chuvisco, faltou a meu ver o incremento da população em aderir ao evento em massa , para na graça, presentear convidados e plateia com travessas de arroz doce típico na região...
Teria sido ex-libris de hospitalidade em bem receber e o foi ao jus dos algarvios comem da gaveta!
O que efetivamente estranhei foi o fato das pessoas envolvidas no evento não me terem dirigido convite, apesar de muito anunciado e dele, pouco, quase nada soube ou dei conta, nem tão pouco a minha querida mãe assídua do Café na vila, nada soube ou tão pouco dele ouviu falar, sendo senhora com o 5º ano dos Liceus na década de 50, com cultura e globalizada desde 62 quando comprou a primeira televisão, para estranhar nada se ter apercebido!
Ninguém me dirigiu convite...Mais uma bofetada! Mas que grande disparate! Pois o é , isso exatamente!
No mínimo seria expectável ter vindo pela mão do Dr Manuel Dias com quem me correspondia por email, anos e trocávamos tanta conversa sobre Ansião.Debalde ao ficar calado, se entenda o fez no propósito para eu não o ofuscar!Não perdoo!
Brasão em mármore de quatro belas romãs |
Houve uma vez em miúda na década de 60 que pela mão do Prof. Albino Simões então Presidente da autarquia aqui estive na varanda por detrás do brasão, queria saber o porquê das romãs... Carinhosamente na companhia do meu querido pai me falou
do fruto, que eu mal conhecia, até nem apreciava pela membrana amarela que envolve as sementes comestíveis cor de
carmesim -, na Bíblia fala que os judeus quando chegaram à Terra
Prometida depois da fuga do Egipto, os doze espias voltaram carregados de romãs
e outros frutos, como prova da fertilidade das terras, em alusão à mesma fertilidade aqui nesta terra de Ansião de regadio e bom milheiral nas Lameiras com feijão, e hortas nas
margens a nascente do Nabão. Há falta da canção de Maria de Lurdes Resende no You Tube "Quem quiser passar seguro pelas serras de Ansião" a ouvi cantar nas Festas de agosto na década de 60, no então recreio do Externato, onde o palco era feito em cima da placa das casas de banho, deixo um cântico gregoriano.
O antigo Solar do Senhor de Ansião Luiz de Menezes, hoje Paços do Concelho, edifício emblemático faz parte da minha vida por o ter muito usado a brincar no
jardim sito no tardoz a poente, inexplicavelmente destruíram canteiros delimitados por
buchinhos, bancos de pedra ovais e cerejeiras para fazer novas instalações...Foi o tio do meu pai António Rodrigues Valente nascido no Bairro de Santo António, pedreiro, o mestre de obras da empreitada de ampliação deste edifício, depois do incêndio em 1937. E o pai dele Francisco Rodrigues Valente, meu bisavô, plantou os plátanos no Ribeiro da Vide e ainda tomava conta dos fontanários,
limpando a mina da Garriaza e do Castelinho) e também retirava a Imagem de Nossa Senhora do Pranto do altar da Misericórdia, para a procissão
e,...Pois jazem esquecidos na memória da terra e não deviam!
Mas claro para se saberem estas coisas é essencial quem tem o Poder
Político ser conhecedor do
passado desta terra e fazer aprendizado no dia a dia . Bem sei que existe pouca literatura e a que existe apresenta lacunas e erros, porque uma coisa é investigar e transcrever documentos e outra bem diferente é sair da base de conforto e falar com o povo, pese as ressalvas, porque
nem todos fazem juízos de consciência acertada, por puro desinteresse, para terem esclarecido palcos do nosso passado e assim terem avançado mais, debalde não, deixando espaço para eu falar, e sim já brilhei. Magoada ao sentir que amigos não passam de supostos, pese no tempo me terem vindo a tecer convites, para nesta comemoração especial, única, a minha praia, não me ter sido dirigida palavra, Nada de Nada!
A propósito não deslindei o Padre José Eduardo Coutinho na comitiva de convivas, supostamente não foi convidado pela autarquia...Lamentavelmente sei que não foi ouvido nesta temática, nem tão pouco convidado a apresentar o seu estudo sobre o Foral de Ansião pronto há anos, o sabiam pessoas e também na Biblioteca, desconheço se as funcionárias deram feedback à Sra. vereadora com isso em ""cima do joelho" foi publicado um livro do M.A.D em letras gordas ao jus de livros para crianças e capa grossa para dar ênfase a mais um livro, outra coisa não é do que um pequeno manuscrito!
O Padre Coutinho é também um homem que se revela grande amante de Ansião, sendo historiador reconhecido além de arqueólogo e outras virtudes. Teceu monografia desta terra sobre o seu passado histórico de inegável valor, tributo e valia com edição esgotada, sendo pioneiro merecia reconhecimento mais digno, com atribuição de Medalha de ouro, até porque além do mérito dos estudos, pesquisas e das dádivas aos conterrâneos do conhecimento do nosso passado histórico se revela um homem simples, integro e de carater, sem vaidades, jamais usou outros para vingar no sucesso de escritor, muito menos plagiou, ou se vangloriou com a sabedoria alheia para brilhar , já o mesmo não se pode dizer de outro duplamente medalhado e pelo povo rotulado na alcunha livros ao quilo, porque em metros dava quilómetros...
Confidenciou-me o Sr Padre Coutinho ter sido abordado em sua casa para dar informação sobre uma determinada ermida , vindo a constatar mais tarde com espanto que veio a fazer parte da edição de um Livro, sendo ultrapassado na mesma temática , sem pejo nem humanismo, apressadamente por outro autor, e claro com graves omissões, erros, sem estética nem seguimento da matéria aflorada e se concluir tenha sido alegadamente ainda encapotado com a adição de mais dois co- autores para despiste de tão trágica edição, pese pioneira na temática é gritante em lacunas e se tivesse sido editado por quem antes o idealizou, acredito o fosse substancialmente bem melhor!
E claro acordei para uma nova realidade que fatalmente me deixou a pensar na suposta atitude mesquinha, emproada e de convencimento ambicioso desmedido para vir a correlacionar a mesma atitude com algumas fotos publicadas na mostra dos 500 anos do Foral...Quem me segue nas minhas crónicas, sabe bem que adoro a fotografia e com isso publico fotos nos meus Blogs e falo sobre vários temas da nossa terra. Constato para mal dos meus pecados que delas alguns tiram ideias para ganhar lucro, e outros ainda receberem louvores e literalmente lhe são indevidos!
O Padre José Eduardo Coutinho descendente de homem ilustre desta terra. Ora se há coisa que não gosto mesmo nada é o desprezo dado a pessoas de mérito em detrimento de louvores a outros que se alevantam da miséria cultural de quem exerce o poder autárquico a valorizar quem não olha a meios para atingir os fins de ambição desmedida...Intrujo, intrujão, intrujões? No pior ressalta a nítida falta de saber do passado da história de Ansião em deficientes iniciativas agravada na escrita pela metade a transparecer na autarquia habilitada de gente com olho vesgo a emprenhar pelos ouvidos, ao apoiar o desdém ao certo , ao rigor, à seriedade, em detrimento de glória encapuçada e falsária o que deixa transparecer!
Não estando presente nas comemorações do Foral, o Padre José Coutinho, acredito por suposto desaguisado nestas Coisas da História, quiça ao suposto cariz frontal, sem papas na língua no seu opinar nu e cru, o certo, em abono da verdade deve sempre existir, porque da discussão nasce a Luz (supostamente feitio que já lhe valeu dissabores) contudo perfil tão parente do meu... E esta aptidão leva-nos logo para genes do mar mediterrâneo, pela fatal sinceridade . O conhecendo bem, pode até em determinadas alturas se mostrar em desagravo por falar Verdades que doem e fazem moça, para em gente hipócrita e mesquinha que tenta encobrir aos demais os podres de casa, caminhantes com altivez e vaidade pelas ruas a fingir que vivem em harmonia e paz , debalde andando de candeias ao avesso ao impingir uma imagem de gente de BEM, não passando de hipócritas, e impostores, vivendo de aparências, que em gente de cariz integro, não passa despercebido. Por isso até lhe tiro o chapéu por essa verticalidade no confronto com as massas, pese os brutais transtornos. Homem abençoado por pais trabalhadores e poupados estudou no Externato António Soares Barbosa onde foi meu colega e já mostrava vontade em ingressar no Seminário mais tarde com ajuda de um tio na zona de Arganil. Abraçou a vida religiosa na eloquência mayor ao apelo da sua vocação, ao invés de outros na região e pelo País apenas se aproveitaram dos Seminários para estudar quase à borla e deste modo afastados na sua adolescência na terra que os viu nascer pela perda de vivências cruciais, fazem uso de lábia - falinhas mansas, artimanha para granjeio de amigos e neles o ganho de oportunidades, cunhas e apadrinhamentos .Por demais sabido e infelizmente constatado!
O Padre Coutinho é também um homem que se revela grande amante de Ansião, sendo historiador reconhecido além de arqueólogo e outras virtudes. Teceu monografia desta terra sobre o seu passado histórico de inegável valor, tributo e valia com edição esgotada, sendo pioneiro merecia reconhecimento mais digno, com atribuição de Medalha de ouro, até porque além do mérito dos estudos, pesquisas e das dádivas aos conterrâneos do conhecimento do nosso passado histórico se revela um homem simples, integro e de carater, sem vaidades, jamais usou outros para vingar no sucesso de escritor, muito menos plagiou, ou se vangloriou com a sabedoria alheia para brilhar , já o mesmo não se pode dizer de outro duplamente medalhado e pelo povo rotulado na alcunha livros ao quilo, porque em metros dava quilómetros...
Confidenciou-me o Sr Padre Coutinho ter sido abordado em sua casa para dar informação sobre uma determinada ermida , vindo a constatar mais tarde com espanto que veio a fazer parte da edição de um Livro, sendo ultrapassado na mesma temática , sem pejo nem humanismo, apressadamente por outro autor, e claro com graves omissões, erros, sem estética nem seguimento da matéria aflorada e se concluir tenha sido alegadamente ainda encapotado com a adição de mais dois co- autores para despiste de tão trágica edição, pese pioneira na temática é gritante em lacunas e se tivesse sido editado por quem antes o idealizou, acredito o fosse substancialmente bem melhor!
E claro acordei para uma nova realidade que fatalmente me deixou a pensar na suposta atitude mesquinha, emproada e de convencimento ambicioso desmedido para vir a correlacionar a mesma atitude com algumas fotos publicadas na mostra dos 500 anos do Foral...Quem me segue nas minhas crónicas, sabe bem que adoro a fotografia e com isso publico fotos nos meus Blogs e falo sobre vários temas da nossa terra. Constato para mal dos meus pecados que delas alguns tiram ideias para ganhar lucro, e outros ainda receberem louvores e literalmente lhe são indevidos!
O Padre José Eduardo Coutinho descendente de homem ilustre desta terra. Ora se há coisa que não gosto mesmo nada é o desprezo dado a pessoas de mérito em detrimento de louvores a outros que se alevantam da miséria cultural de quem exerce o poder autárquico a valorizar quem não olha a meios para atingir os fins de ambição desmedida...Intrujo, intrujão, intrujões? No pior ressalta a nítida falta de saber do passado da história de Ansião em deficientes iniciativas agravada na escrita pela metade a transparecer na autarquia habilitada de gente com olho vesgo a emprenhar pelos ouvidos, ao apoiar o desdém ao certo , ao rigor, à seriedade, em detrimento de glória encapuçada e falsária o que deixa transparecer!
Não estando presente nas comemorações do Foral, o Padre José Coutinho, acredito por suposto desaguisado nestas Coisas da História, quiça ao suposto cariz frontal, sem papas na língua no seu opinar nu e cru, o certo, em abono da verdade deve sempre existir, porque da discussão nasce a Luz (supostamente feitio que já lhe valeu dissabores) contudo perfil tão parente do meu... E esta aptidão leva-nos logo para genes do mar mediterrâneo, pela fatal sinceridade . O conhecendo bem, pode até em determinadas alturas se mostrar em desagravo por falar Verdades que doem e fazem moça, para em gente hipócrita e mesquinha que tenta encobrir aos demais os podres de casa, caminhantes com altivez e vaidade pelas ruas a fingir que vivem em harmonia e paz , debalde andando de candeias ao avesso ao impingir uma imagem de gente de BEM, não passando de hipócritas, e impostores, vivendo de aparências, que em gente de cariz integro, não passa despercebido. Por isso até lhe tiro o chapéu por essa verticalidade no confronto com as massas, pese os brutais transtornos. Homem abençoado por pais trabalhadores e poupados estudou no Externato António Soares Barbosa onde foi meu colega e já mostrava vontade em ingressar no Seminário mais tarde com ajuda de um tio na zona de Arganil. Abraçou a vida religiosa na eloquência mayor ao apelo da sua vocação, ao invés de outros na região e pelo País apenas se aproveitaram dos Seminários para estudar quase à borla e deste modo afastados na sua adolescência na terra que os viu nascer pela perda de vivências cruciais, fazem uso de lábia - falinhas mansas, artimanha para granjeio de amigos e neles o ganho de oportunidades, cunhas e apadrinhamentos .Por demais sabido e infelizmente constatado!
Ora não sendo euzinha licenciada, muito menos ilustre, tão pouco "lambe botas" nem filiada em partido político, o que sei ? AMO ANSIÃO E AS SUAS GENTES - sobre as quais tenho vindo a escrever ao longo dos anos com carinho a retratar memórias vividas durante a minha juventude até casar, tanto me deliciam e a outros também, debalde também os há que não!
Pese não ser a minha terra natal, nasci em Coimbra, fui concebida em Maças de D Maria, mas vivi no Bairro de Santo António em Ansião, até aos meus 20 anos. Nesta terra faço questão de manter uma habitação secundária que comprei a parte da minha irmã em 2004 quando foi alterado o IMI, no lamento cidadã desta terra que mais imposto pago em relação aos demais vizinhos e outros com casario agregado a barracões, garagens e alpendres que eu nada disso tenho, há quem pague 29€ sendo e eu pago 267,20 €, valor que tenho reclamado em som de estrebucho sem dó nem piedade e ninguém me dá ouvidos e vou pagando com sacrifício, porque sou mulher de contas certas!
Só por via disso merecia convite!
Falta de um Museu digno nesta terra querida de Ansião que já se mostra em grande atraso a sua reabertura...Não há teimosia do querer crescer em cultura !
Sem palavras fico a pensar o que fizeram ao espólio que tinham na sala da cadeia, porque panelas em cobre que muitos populares ofertaram consta-se da suposta esposa de um presidente da autarquia no passado, se dignou usa-las na escadaria da sua casa para vasos...
Trista a falta de personalidade e atitude ao me terem dado uma desculpa esfarrapada sobre a edição de um livro de memórais de Ansião dizendo "por contingências financeiras não é possível editar o seu livro....e vim a constatar o pelouro tinha na forja quatro para editar ?"...Santa paciência, mas ar de impostura ou pedincha nunca fui, antes o seja abençoada de genes do meu pai que ajudou no Tribunal muita gente em tempo de grande analfabetismo desta terra e redondezas, para receber de gorjeta, copos de vinho, enquanto outros em cargos semelhantes se encheram de dinheiro. Para pensar!
Pese não ser a minha terra natal, nasci em Coimbra, fui concebida em Maças de D Maria, mas vivi no Bairro de Santo António em Ansião, até aos meus 20 anos. Nesta terra faço questão de manter uma habitação secundária que comprei a parte da minha irmã em 2004 quando foi alterado o IMI, no lamento cidadã desta terra que mais imposto pago em relação aos demais vizinhos e outros com casario agregado a barracões, garagens e alpendres que eu nada disso tenho, há quem pague 29€ sendo e eu pago 267,20 €, valor que tenho reclamado em som de estrebucho sem dó nem piedade e ninguém me dá ouvidos e vou pagando com sacrifício, porque sou mulher de contas certas!
Só por via disso merecia convite!
Falta de um Museu digno nesta terra querida de Ansião que já se mostra em grande atraso a sua reabertura...Não há teimosia do querer crescer em cultura !
Sem palavras fico a pensar o que fizeram ao espólio que tinham na sala da cadeia, porque panelas em cobre que muitos populares ofertaram consta-se da suposta esposa de um presidente da autarquia no passado, se dignou usa-las na escadaria da sua casa para vasos...
Trista a falta de personalidade e atitude ao me terem dado uma desculpa esfarrapada sobre a edição de um livro de memórais de Ansião dizendo "por contingências financeiras não é possível editar o seu livro....e vim a constatar o pelouro tinha na forja quatro para editar ?"...Santa paciência, mas ar de impostura ou pedincha nunca fui, antes o seja abençoada de genes do meu pai que ajudou no Tribunal muita gente em tempo de grande analfabetismo desta terra e redondezas, para receber de gorjeta, copos de vinho, enquanto outros em cargos semelhantes se encheram de dinheiro. Para pensar!
A minha amiga de infância a Dália Dâmaso saiu de Ansião para Tomar com 5 anos de idade, ainda assim tão novinha se recorda da festa do meu aniversário de doze primaveras, na loja da casa dos meus pais ,onde comeu aletria pela primeira vez. Os meus bons amigos na entrada do portão da Escola Primária que eu frequentei e eles não!
Que fique bem claro tanto a Dália como o João Patrício estão de fora desta quezília que se derrama em tristeza, porque sempre julgaram que eu sabia do evento, também por outras razões agora não vem à baila. Depois pouco podiam fazer sendo que havia alguém por trás, conotado como o Chefe das Comemorações, nada se podia fazer sem o seu conhecimento!
Cinco séculos de julho a novembro com iniciativas pelo concelho.
Momento solene a celebração desta data histórica cuja iniciativa decorreu no dia 4 do corrente mês pelas 18.30H com duas palestras no auditório de Ansião. Convidados: Dra. Margarida Sobral Neto apresentou "O Foral Manuelino de Ansião". Seguidamente o Dr. Manuel Augusto Dias apresentou "Os Forais de Chão de Chão de Couce, Avelar e Pousaflores" .
Estranho a fraca afluência a comemorar 500 anos, devia estar a sala cheia a abarrotar de gente!
Se tivesse sido eu a tomar parte do staff do comando destas comemorações teria exercido pressão e teimosia em inovar ao incitar a colaboração da capela da Misericórdia para solenemente se ouvir a Leitura do Foral no seu altar, acredito soaria ao público a ousadia de o celebrar com brio em tamanha autenticidade histórica de cinco séculos num espaço emblemático, pela antiguidade desde 1702 na mesma altura do Pelourinho ali na frente, no terreiro foi colocado. Ansião por onde passou D. Afonso Henriques, D. Sancho, D. Dinis para só ser abençoada com o primeiro Foral já em era tardia!
A Câmara convidou a Oficina de Teatro Canto Firme de
Tomar para fazer um Ensaio de Portugal do século XVI dirigindo pessoalmente o convite para organizar o espectáculo ao João
Patrício, que em maio se deslocou a Ansião com a Dália Dâmaso para
agilizarem pormenores com a vereadora da cultura. Ora me pareceu a contento o convite e poderia ter sido alargado a outros, não sei se o Grupo de Ferro Alma Teatro de Torre de Moncorvo que integra um casal amigo, sendo ele de Figueiró dos Vinhos, e há anos aqui esteve presente em Workshops com o Grupo de Teatro Olimpo de Ansião, nem sei se este ainda se mantêm no ativo? E neste agora, noutro contexto de animação sócio cultural , de paredes quase meias com O Palco dos Sentidos e ainda falar da Anabela Paz para não falar da minha irmã que acredito teria sozinha um espetáculo criativo de supimpa!
Sabendo que eram precisos voluntários para o Cortejo Real de D. Manuel I, o Grupo de Teatro trouxe vestuário de sobra ...E faltou gente para os vestir!A minha amiga de infância Dália Dâmaso nascida em Ansião, encenadora, e chefe do vestuário, tanto haveria de gostar de abraçar e eu a ela!
Os
Encenadores Paulo
Serafim e Dália Dâmaso conceberem o espectáculo para as comemorações dos 500 anos do Foral
Manuelino com um Cortejo Histórico pelas ruas de Ansião, uma maneira de dizer, porque se
vestiram figurantes e atores no Centro Cultural de onde saíram em
cortejo descendo a rua para dar a volta ao Pelourinho, e depois se chegarem
à Praça do Município, onde se fez a Leitura do Foral na varanda dos Paços
do Concelho. Sabendo o jeito travesso do João Patrício fez questão da escolha do fato para o seu amigo Manuel Dias envergar no desfile como arauto, sendo mensageiro do Foral de Ansião!
Cânticos do coro de Alvaiázere
Pelas 21h30, fez-se uma reconstituição da atribuição do Foral
A cara de espanto do encenador Paulo Serafim a olhar para o João Patrício no desplante do interromper com aquela expressão de dor exaltada e sentida de mão no peito fervente, alumiados à luz do archote...
Sendo o Foral difícil de entender o encenado Paulo Serafim decidiu
que o mesmo se apresentasse aos demais, o público " como se fossem Duas Leituras" lidas
em voz declamada de intenso cremor ao querer vibrar corações na plateia dirigidas do alto da varanda estando de um
lado o Rei e a Rainha e do outro lado o Paulo Serafim que fez a leitura
original em Português Arcaico, e ao seu lado o João Patrício,
conterrâneo de Lisboinha que fazia a tradução para o Português moderno
para ser estendível obviamente do mesmo modo vestido à época contemporânea. Objetivo proposto em feliz contrastes na Leitura Foral feito à moda antiga e no linguarejar atual, cada um envergando vestes usadas ao tempo, ideia fascinante!
Ao que sei o meu amigo João Patrício arrancou aplausos, pois deles está
habituado pelo desempenho de gálio, em tantos papéis que encarna, tendo também sido granjeado com elogios pela Tradução Foral, ao decidir em boa hora a tornar mais
atraente na leitura na teimosia em brincar com inusitados. Ao tempo cada Ansianense tinha de capar um galo que uma vez CAPÃO
tinha de ser dado aos Frades do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, para as
suas suculentas refeições degustadas depois das orações.
No seu jeito espontâneo e criativo, armado de grande dinâmica na voz que Deus lhe deu de líder expedito , incita o
público na pergunta "sabem o que são Capões?" São galos CAPADOS! Capavam os
galos para deixarem de andar em cima das galinhas e por via disso ficavam
magrinhos de tanto andar em cima delas a GALAREM... Porque o costume é os galos de 10 em 10 minutos saltarem para cima das
galinhas, no caso de verem minhocas as chamam para elas, as comerem, assim fortes são
mais bem galadas, e os galos uma vez capados, perdem interesse nas galinhas, e passam a ver as minhocas que comem, com isso engordam para ser comida farta
para as barrigas dos Frades...
Rapsódia que fez despoletar uma forte risada na assistência -,
ainda mais, porque os jovens nem sabiam deste fato antigo na tradição destes
animais domésticos.
A leitura continuou no jeito brejeiro em arrebatar admiração ao falar
agora nos Alqueires (cerca de 11 quilos) uma quarta e um salamim, termos
ainda comuns nos hábitos dos antigos, mas dos novos não.
Ainda sou do tempo de comprar uma medida de tremoços ao fim da missa, ora
deles o Foral fala que nada se pagava pelos tremoços. O nosso ator João Patrício
aflorou em gracejo que os tremoços se empurravam com um copito de vinho e
assim o Povo ficava animado e pagava sem reclamar...O que desarmou outra grande
ovação de risada na plateia. Ora nem sei se o seria pois na leitura menciona" pagam 1/5 do pão,
linho e tremoços"...O que revela o grande potencial deste grande ato no brilho e habilidade ao insinuar a história, com estórias, tão ao estilo do Prof. Hermano Saraiva, de quem tenho tanta saudade!
O bom João Patrício de garrafa de vinho em punho obsequiou convivas como um bom Ansianense deve fazer!
Graçolas.
No propósito simples e direto e na
atitude maior de chegar ao coração do público.
No final houve gente de idade a querer dizer " eu sei que é um alqueire " e novos a perguntar se era verdade CAPAREM os Galos...
Sinal que se encantaram, por isso se riram a bom rir em
gargalhada, ficando amarrados na audição teatral apesar da chuva que
passou a "chuva molha tolos" ...Que de tolos nenhum tinha nada!
Mas supostamente afastou público. Não se pode dizer que estava uma multidão, ou muita gente,
estava alguma, nas fotos distingui as minhas sempre amigas que foram na
juventude moradoras no Cimo da Rua, a Luz
e a Anita, nem sei se vinham da sua caminhada noturna e se chegaram ao
recinto deram de caras com a festa onde abancaram, para não perder esta
oportunidade única!
Também a Rosa, esposa do Dr Manuel Dias. com a neta Isabel ao colo.
Também a Rosa, esposa do Dr Manuel Dias. com a neta Isabel ao colo.
O Foral de Ansião era duro para o Povo com muitos
impostos, a TEIGA dois alqueires e uma quarta de trigo nesta terra de limites em arrabaldes de
Façalamim (terminava a sul em Santana) onde se cultivava bom trigo em extensas quintas fechadas por muros de pedra seca.
Apareceu no recinto a BRUXA, papel
desempenho na pele pela Dália Dâmaso no querer
mayor salvar a vila de Ansião da Teiga, que dela se via EMBRUXADO!
Os Guardas da comitiva real pegaram nela, e a levaram...
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O padre no papel desempenhado pelo João Patrício no propósito de Esconjurar a Bruxa para dela afastar o demónio...
De novo envergando outra vestimenta o nosso bem alegre João Patrício a dançar com uma plebeia, que bem poderia ter sido eu...Ora houve falta de homens, pois bailavam mulheres com mulheres...
Danças e cantares em fecho de cena, envolveram figurantes e alguns da plateia
A Fada...Vestida de azul
Além dos figurantes do Grupo de Teatro se distingue o Presidente da edilidade e a vereadora na dança...
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Aplausos por mérito do sucesso da peça teatral. O povo gostou eu também teria amado
Senti-me ainda assim triste, mas percebo sem
perceber, à laia de despedida no meu tom maldizente falar da época
representada em desatino de escárnio e maldizer que assino e da boca
exclamo alguém que se considera o eleito escritor de Ansião que teve receio de perder brilho com a minha presença e neste acto se revelar a brutal mudança, tão brusca atitude, quebrando a amizade, e deste modo se mostra falsa!
E tudo o que me parecia errado poderá neste agora
parecer certo, e tudo o que achava ser fundamental perde agora importância.
Certezas? Poucas tenho, mas senti necessidade de agir pela escrita,
vomitando o desaforo a quem foi incumbido de comandar as celebrizações da efeméride da atribuição do Foral de Ansião, quando celebrizou os seus 500 anos, ao não me ter sido endereçado convite , o foi pensado para não lhe roubar o brio!
Porque se tenho pernas é para andar, se tenho braços é para
trabalhar, logo se tenho coração é para amar, e não para me deixar trancada a
sete chaves sem nada fazer por isso pus mãos à obra e com o disponível, ainda nem recebi o Jornal, sem medo escrever a crónica para deixar o meu testemunho do evento histórico vivido à distância , quando o querido o era ter sido vivido em presença!
Sendo verão, altura ideal para libertação de "lixos" acumulados ao longo da vida" o lema é o de sempre, seguir em frente ainda com mais FORÇA!
A melhor maneira de se receber é dando e isso sempre o fiz no papel de autodidata ao FALAR DE ANSIÃO E SUAS GENTES, e se não recebo nada, sendo completamente ignorada, é no mínimo estranho!O que francamente me chateia? Usarem as minhas ideias as tomando como suas, e com isso receber os louros. Não é justo! O que é justo é saber reconhecer o mérito a quem o tem e o dignificar, enaltecendo, para isso tem de ser habilitado de humanismo, ser leal , franco e despido de preconceitos!
Mas que faço moça, isso é evidente!
Curiosamente nesta terra não se dá valor a gente que foi importante para Ansião, até hoje não há uma estátua de ninguém, sendo terra de canteiros!
Tão pouco a efeméride mereceu estatuária alusiva à comemoração dos 500 anos, e Ansião o merecia!
Será que jamais alguém se interrogou da razão? Percorro o País de lés a lés e em cada terriola está patente o busto ou estátua do padre, do médico, do benfeitor, de alguém que foi bom para o povo...
Ansião terra de bons calcários e canteiros onde ainda não foi desterrada estatuária e sabendo haver gente de talento na arte da pedra. O saber reconhecer o valor e mérito das pessoas é atributo de valia de quem é apossado de inteligência, com perfil integro e muitos talentos, só assim cumpre a sua Missão em excelência. Mostra-se um tempo novo em que só se deixa ludibriar e enganar quem for lêrdo... Termino com uma frase célebre de uma senhora distinta de Ansião a Sra D. Amélia Rego "Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa"!
Tão pouco a efeméride mereceu estatuária alusiva à comemoração dos 500 anos, e Ansião o merecia!
Será que jamais alguém se interrogou da razão? Percorro o País de lés a lés e em cada terriola está patente o busto ou estátua do padre, do médico, do benfeitor, de alguém que foi bom para o povo...
Ansião terra de bons calcários e canteiros onde ainda não foi desterrada estatuária e sabendo haver gente de talento na arte da pedra. O saber reconhecer o valor e mérito das pessoas é atributo de valia de quem é apossado de inteligência, com perfil integro e muitos talentos, só assim cumpre a sua Missão em excelência. Mostra-se um tempo novo em que só se deixa ludibriar e enganar quem for lêrdo... Termino com uma frase célebre de uma senhora distinta de Ansião a Sra D. Amélia Rego "Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa"!
Urge tempo do poder autárquico romper com paradigmas e fazer obra que perpetue o presente e o futuro para os vindouros!
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