O meu marido dirigiu-me convite depois da sesta para sair, propus esta quinta que dela nada quase sei...Quinta de Crastros, onde funciona a sede dos escuteiros da Cova da Piedade, adoçada a uma capela erigida de raiz de orago a S. Jorge e julgo capelas mortuárias defronte da rua na urbanização de seu nome- D. José de Alarcão- Conde de Arcos, donatário da quinta da Tôrre, no Monte de Caparica, em Almada.
Catapultou no meu imaginário esta quinta ter sido de um nobre da sua família ou de outro pela traça antiga do solar, pese pouco resta dele, apenas uma parte da frontaria.
Catapultou no meu imaginário esta quinta ter sido de um nobre da sua família ou de outro pela traça antiga do solar, pese pouco resta dele, apenas uma parte da frontaria.
Foto retirada do Livro Pragal - História e Cultura de 2008
O topónimo Crasto aparece referenciado desde o século XIV e pode estar relacionado com a presença de ruínas de uma villae romana, à qual estaria associado o espólio arqueológico dessa época recolhido na zona. A quinta referida no século XVIII como Quinta do Crasto, integrava a ermida de Nossa Senhora da Piedade. Esta quinta manteve produção agrícola até ao final do século XX, pelo que ainda se podiam observar até à pouco tempo alguns edifícios que testemunhavam aquela actividade, como a adega, o lagar, a casa dos caseiros com forno foram demolidos em 2007.
Esta quinta teve o mesmo destino das congéneres com a expropriação na década de 60 ficando algumas com o casario e algum terreno circunscrito, a olho nu distingo à volta de 1.000 metros.
A requalificação da Quinta de Crastos
Nos terrenos a nascente da autoestrada está a nascer o belo Parque Urbano do Pragal, uma nova área verde que segue o sentido estético do Parque da Paz com muros e portas abertas em granito que os ligará por uma passagem superior que por envolver várias entidades se nota o atraso nas terraplanagens e enchimento do terreno.
Tão pouco sei se foram encontrados artefactos do tempo que aqui houve um crasto ou castro.
Distingui o poço da Quinta de Crastos com andarilho em ferro, ao meio do terreno em descampado existe outro igual além de uma casa grande habitada supostamente pertença de algum familiar da Quinta (?).O topónimo Crasto aparece referenciado desde o século XIV e pode estar relacionado com a presença de ruínas de uma villae romana, à qual estaria associado o espólio arqueológico dessa época recolhido na zona. A quinta referida no século XVIII como Quinta do Crasto, integrava a ermida de Nossa Senhora da Piedade. Esta quinta manteve produção agrícola até ao final do século XX, pelo que ainda se podiam observar até à pouco tempo alguns edifícios que testemunhavam aquela actividade, como a adega, o lagar, a casa dos caseiros com forno foram demolidos em 2007.
Esta quinta teve o mesmo destino das congéneres com a expropriação na década de 60 ficando algumas com o casario e algum terreno circunscrito, a olho nu distingo à volta de 1.000 metros.
A requalificação da Quinta de Crastos
Pormenores no vestíbulo do portão com pedras antigas adaptadas a bancos
Mantiveram o portal da quinta e o pátio e a frontaria do solar
Resta do solar da Quinta de Crastos o portal encimado por uma cruz com decorações típicas na região com caracóis ou volúpias de remate, devem faltar os pináculos nos prumos do frontão. No vestíbulo ou pátio de entrada a escadaria que se divide em dois lanços pelas laterais e na ligação no rebordo do mural da frontaria esteticamente apresenta sob a vertical ligeiramente recortadas duas pedras como se fossem pendentes, os muros da escadaria de paredes de avental assentes em mural de pedra que terminam em pilares, com remate a esferas.Um típico balcão rico que foi usado por famílias judaicas. Por baixo abrem-se duas janelas estreitas com gradeamento e uma pequena porta ao meio possivelmente cómodos do solar servidos por outra pequena escada.
O primeiro lanço da escadaria tem no sopé um lajeado e o recinto é de calçada basáltica.
Dei comigo a imaginar como seria o solar...E o varandim que se vê como irá ficar?
Não lido muito bem com a mistura arbitrária do antigo com o moderno, no entanto brilha com bons projetos de arquitetura -, aqui teria resultado em excelência, acredito, se não fosse a utilização do alumínio vulgar em janelas de rasgo pequeno e ainda o uso de colunas de fibro cimento que no conjunto da entrada sóbria de pedra elegante choca por demais o meu sensível olhar...
Fotos (quatro) registadas em 2009
Da 1ª vez que aqui vim faltava a esfera no remate do lado direito
Entretanto neste agora reposta
Fotos registadas hoje
Nesta Quinta de Crastos onde segundo a tradição, está sepultada uma das filhas de El-Rei D. Dinis.
Onde? Lógico que o tenha sido na capela da quinta.Será que a actual capela de S Jorge foi edificada no palco da antiga capela de Nossa Senhora da Piedade? O chão primitivo devia ser lajedo, não sei se foi preservado, o devia, para testemunhar o passado rico da quinta.
A quinta de Crastos teria extrema com a Quinta de S. Pedro, conhecida pela Quinta do Maia, divididas pelos acessos à ponte 25 de abril.Nos terrenos a nascente da autoestrada está a nascer o belo Parque Urbano do Pragal, uma nova área verde que segue o sentido estético do Parque da Paz com muros e portas abertas em granito que os ligará por uma passagem superior que por envolver várias entidades se nota o atraso nas terraplanagens e enchimento do terreno.
Tão pouco sei se foram encontrados artefactos do tempo que aqui houve um crasto ou castro.
Deixei a Quinta com sol a uma hora de se pôr ...A olhar os pés empoados com praganas enfiadas nas socas por ter subido a pequena arriba na ideia de espreitar o poço...
Fontes
Livro Pragal História e Cultura de 2008 da Junta de Freguesia com parceria do Centro de Arqueologia de Almada
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