quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quinta do Malquefarte no Pragal, Almada

A localização desta quinta  a sul do Hospital Garcia de Horta e na frente do Bairro do Matadouro que antes foi a Quinta do -olho-de-vidro onde ainda há vestígios da azinhaga, na separação desta com a quinta do Bacelinho, hoje hospital.
Muro da Quinta do Olho-de-Vidro com a estrada do Casquilho
Antiga estrada de Almada à Caparica
Onde foi a casa da quinta do Malquefarte
Naturalmente esta designação seja do último morador e não do nobre que a fundou, na minha opinião. Malquefarte seria alcunha de alguém que aqui viveu era mau, muito mau...
Encontrei na fisioterapia uma senhora que morou no bairro acima e  comprou algum mobiliário da casa, disse-me que era da família Espírito Santo , atrás do espelho da cómoda havia um jornal do tempo da República.
Em terra batida o terreiro, hoje parque de estacionamento em ruínas era de arquitetura quadrada.
Resta um pequeno muro da frontaria na estrada do Casquilho na ligação de Almada à Caparica, apresenta-se baixo em contraste com os das outras quintas mais adiante, por certo estar muito perto de Almada ou então remodelado num tempo de antanho.
Antes da última intervenção camarária de limpeza urbana
Depois da limpeza camarária

As vistas sobre o Mar da Palha são maravilhosas
Ao meio da encosta o Instituto Piaget
Veio-me à lembrança a Filipa Vacondeus que conheci na televisão a ensinar como se aproveitar os restos de comida nos anos 60 -, sendo que a sua vida no início de 40 se alterou com a deslocalização da família para a Costa de Caparica, onde o pai construiu uma vivenda com piscina por via de doença de um outro filho. A Filipa vinha de cavalo para Cacilhas apanhar o barco, depois subia Lisboa de novo a cavalo, para o deixar no Picadeiro nas Amoreiras para frequentar um colégio.
Recordar este tempo que deveria ser uma delícia passear-se nestes caminhos amarelos de argila com o buliçoso agitar das quintas, das noras a puxar água, das bestas para cima e para baixo, dos moleiros, e de gentes, na companhia do chilrear de pássaros e avistar o Tejo aqui e ali pelos talvegues da crista dos vales ...

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